3.29.2015

Mães solteiras

A todas as mães solteiras, viúvas, cujo marido trabalha fora, separadas, divorciadas ou que simplesmente têm o pai da criança em casa, mas é como se ele não estivesse.


Vocês são fortes. São feitas de uma fibra única, feita de coragem, amor e dedicação. Não sei como conseguem.


Se eu já me vejo aflita para conseguir gerir tudo e não ficar a bater mal, se eu já me vejo às aranhas para me levantar duas ou três vezes por noite, se eu já me vejo entre a espada e a parede tantas e tantas vezes, com vontade de pô-la para aluguer por umas horas e tenho um pai presente, imagino uma mãe solteira


A ter de se levantar todas as vezes

A ter de dar mama, pôr a arrotar, acalmar as cólicas, trocar as fraldas, cantar, dar mimo

A ter de dar biberão e esterilizar e dar papas e dar comida e comer os restos do prato do filho porque muitas das vezes nem deve haver força para mais

A ter de brincar, dar banho, fazer jantar, ajudar nos trabalhos de casa

A ter de confortá-los e dar-lhes banho de água morna para baixar a febre

A ter de limpar, passar a ferro, tratar da casa

A ter de sair para trabalhar, chegar a casa cansada, mas conseguir pôr um sorriso nº. 33

A ter de mudar lençóis da cama e pijama quando eles vomitam ou fazem xixi na cama, mesmo que sejam 3 da manhã e eles não param de chorar

A ter de estar lá, sempre, porque não há mais ninguém

A ter de estar lá, sempre, para mais do que um filho


A sério, não sei como conseguem. Tiro-vos o chapéu.

Tenho um esquema com o pai da minha filha: vamo-nos revezando nas idas ao quarto dela durante a noite, mas quando achamos que é fome (não engana muito, é um relógio) levantamo-nos os dois: um vai fazer o biberão (a Isabel já não mama desde os 9 meses) e o outro vai logo pegá-la ao colo para que ela não chore e não desperte. Enquanto um dá o leite, o outro abre a cama e puxa os lençóis, descobre o doudou e vai dormir. Na vez seguinte, trocamos. De manhã, também nos vamos revezando: um levanta-se às 06h50 – 07h num dia, o outro no dia seguinte. Nem vos conto como isto tem sido essencial para a minha sanidade mental ainda existir (se é que existe)! Ter um pai presente, que se sente tão responsável nestas tarefas quanto eu, é música para os meus ouvidos.

Por isso, quero dizer-vos que vocês são um exemplo da maior força do mundo, que só um coração enorme de mãe pode ter.

*também válido para pais solteiros, sem a parte das mamas, claro. 

24 comentários:

  1. É o meu caso... Um com 11 anos e a piolha com 1 ano... O pai trabalha fora... Felizmente estou por casa ( acho que trabalho mais até lol mas toda a gente acha que não que estou de férias ;) ) e as coisas vão-se fazendo... Mas é dose... Bjs

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  2. O caso da minha mãe: ficou viúva com 5 filhas, com 16, 14, 12, 8 e 2 anos. A todas as mães sozinhas, um abraço de força.

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  3. A minha mãe criou - nos sozinha. Eu tinha 6, o meu irmão 8 e o mais velho 11. Não foi fácil mas ela fez questão que não nos faltasse o essencial. Ser mãe não é fácil mas é uma Graça!

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  4. Agora imagina o meu caso... mãe solteira (o pai só vem ao fim de semana), gémeas, agora com 9 meses, advogada de profissão (bons horários e um total de 6 dias úteis de baixa de maternidade), pré eclampsia tardia (uma semana nos cuidados intensivos, dez dias depois do parto, literalmente a morrer)... agradece todos os dias joaninha, porque eu também o faço pois, apesar de tudo, ainda há malta com vidas muito piores do que a minha!

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  5. Tenho uma filha de 16 meses e o meu marido trabalha fora do país. A 1ª vez que fiquei sozinha com ela ainda não tinha 3 meses. Mãe e sogra moram a 15km, por isso viro-me sozinha todos os dias. Ainda estou em casa com ela e acho sempre que as pessoas pensam que estou de férias... que não faço nada! As vezes é uma logística muito grande, cansativo, as vezes perco a paciência (e sinto-me muito mal por isso!!!!) mas agradeço todos os dias a maior benção da minha vida! Gostava de ter outro filho, mas qdo penso nisso tenho muitos receios.... sozinha com 2 não deve ser fácil.... Mas tiro o meu chapéu as mães de 2, 3 ou mais filhos que os criam sem grande apoio!!!!!

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    1. Bem eu tenho uma de dois anos e meio e esta para nascer o Irmao... Ele só esta CA mais ao fim de semana por isso agora vai ser uma aventura

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  6. Eu às vezes sinto-me uma mãe solteira :) o meu marido é motorista de ambulância e INEM das 8 às 20 hoje por ex. entrou ontem às 20 e saiu hoje às 20 só nos vimos à hora da refeição por sorte (não houve ninguém a precisar) e eu é que faço tudo embora ele ao sábado se não trabalha ajuda-me nas limpezas mas com o filho sou eu faz quando lhe peço às vezes é dificil gerir, às vezes é mesmo uma aventura. Mãe já não tenho, sogra nem quando vem e se me vê atarefada pergunta se preciso de ajuda.

    Mas estas mães são um exemplo para todas nós.

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  7. Eu tenho um filho de 5 meses, e desde dos 2 meses que somos só nós. Eu e ele. E faço tudo por ele, sou pai e mãe, tenho força e coragem de leão por ele, vivo em função dele e do seu bem-estar. E olhando para trás, vejo que estamos bem. Até melhor assim, e quando penso em mães solteiras, só consigo chegar a uma conclusão. É que não existe. Existe mãe, porque mãe não é um estado civil.

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    1. É isso mesmo! Adorei a parte "porque mãe não é um estado civil"! Bem haja grande Mãe :)

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    2. Eu tenho uma princesa de 11 meses e desde os 2 meses que somos só nós duas.
      Tenho alturas que só me apetece chorar mas depois olho para ela e tudo muda.
      Por ela eu faria tudo de novo e até mesmo (talvez) tivesse ficado sozinha muito antes dela nascer.
      Sim porque o pai lembrou-se agora que quer leva-la a passear e mostra-la aos amigos. Nunca deu 0,01€ mas agora até quer pagar o aluguer do espaço para o 1º aniversário (de certeza que é para poder dizer que é ele que o está a pagar), mas por mim tudo bem, pois é da maneira que poupo, pois como eu sempre disse, e vou cumprir, não deixarei que nada lhe falte.
      Ela é tudo para mim. É a minha vida e por ela faço tudo!
      Tive uma gravidez pouco feliz com ele do meu lado, mas muito, muito feliz com ela dentro de mim. Adorei estar gravida.
      Amei a minha filha desde o 1º instante e sinto uma revolta imensa porque o pai que nunca quis saber dela, agora quer os direitos pois diz que a ama tanto como eu. Como assim???? Eu sei que para o bem estar dela eles precisam conviver, mas custa-me tanto ter de a deixar ir.
      Sinto um nó na garganta, um aperto no peito.
      Desculpem este desabafo... Talvez esteja a precisar falar com alguém.
      Beijinhos a todas as mães

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  8. Crio o meu " ursinho" sozinha desde o ano e meio (tem 9 actualmente) e confesso que foram muitas as vezes que pensei que não aguentava mais.... Agora com o companheiro tornou-se um pouco mais fácil ( ele praticamente adotou o meu filho e confesso que tem sido uma grande ajuda) agora fica aquele sentimento de não querer abusar dele, visto que ele não é pai e não tem obrigação pra com o menino mas a confissão que por vezes me sabe muito bem "aquela pausa".....há mais mães nesta situação? Um aplauso a todas nós ��

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  9. Também tiro o chapéu a essas mães, especialmente às que têm um pai presente mas não participativo. Felizmente tenho um marido que faz tudo o que pode para ajudar e facilitar.

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  10. Sou mãe solteira durante a semana com zero apoio familiar. Se é duro?! Tem dias que é muito e apetece mandar tudo às urtigas e praguejar com só de me lembrar porque é que me casei e decidi ter um filho. Mas basta um beijo ou um mimo e passa tudo. Ser mãe é óptimo.

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  11. Obrigada pelas palavras. Ao ler estes comentários percebo e fico aliviada por saber que o meu marido n é o único pai k apesar de estar em casa n está efectivamente c os filhos.
    Preferia um pai distante mas k estava a tentar dar uma vida melhor à sua família a um pai como o meu marido. Está presente mas distante...
    Ao menos ouvisse estas palavras na boca dele, que me valorizasse e reconhecesse o meu papel seria um bocadinho mais feliz

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  12. Olá. Aqui mãe solteira desde sempre, mas na realidade desde os três meses do meu Gui que tem dezasseis. Nada de ajuda porque o pai limita se a ficar com ele ao fim de semana apesar que quem cuida dele é a avó e os meus pais moram a 100km de distância. Sozinha é muito duro. Tem dias insuportáveis mas o meu menino é tudo para mim e vou conseguir criar um homem forte e bom que nunca fará o que o pai fez e vai fazendo. Leio o que vocês escrevem e lamento não ter alguém como vocês têm para ajudar e ter com quem falar mas não há de ser problema. Beijinhos grandes

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    1. Muita força. Não a conheço, mas admiro-a! Beijinhos

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  13. Eu tenho um pai presente mas que não faz nada de nada para ajudar! A bebé tem 7 meses e quando veio para casa vinha a mamã e suplemento e as ordens era que no tempo em que ela mamasse o biberão eu tirasse leite com a bomba para estimular! Nos 10 dias que esteve em casa obrigado ainda ia dar o leite a menina... depois disso foi para esquecer! Como é obvio ela acabou por deixar a mama porque o leite não saia como ela queria... estou desempregada e em casa e se passar a noite acordada por causa da bebé e depois estiver deitada até ao meio dia ouço bocas da sogra e do marido! Passo o dia a limpar e arrumar e a cuidar da bebé e nunca se ouve uma palavra de agradecimento... às vezes da vontade de ser mãe solteira a sério! Acho que pelo menos não tinha tanto trabalho em casa!

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  14. Eu sou mãe divorciada e só estive com o pai da criança até ela ter um ano. Não aguentei mais ele não querer participar na vida da bebé. Estou sozinha com a minha filha há 4 anos. E tem sido difícil porque estou mesmo completamente sozinha. O pai vem buscá lá quando lhe dá jeito e quando tem alguém para cuidar dela. Amo a minha filha profundamente e só mesmo um amor tão grande assim nos faz andar para a frente. Mas confesso que tenho medo, por vezes, de ficar doente. Trabalho e já a levei muitas vezes ao meu trabalho, mas no último lugar onde estive, fui expulsa de uma reunião por ter lá a minha filha comigo, mas não tinha a quem a deixar. Ser mulher, mãe e completamente só é, hoje em dia, ser alvo de discriminação. A todas as mães, como eu, sós, tenham coragem e abnegação, porque nem sempre os filhos nos dão o devido valor.

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    1. Boa tarde. Seria bom existir um grupo de mães solteiras ou divorciadas que se apoiasse mutuamente para que nenhuma de nós continuasse a sentir-se só e sem apoio Pode dizer-me onde vive?

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  15. Sou mãe viúva,tenho 2 meninos meu esposo faleceu tem 1 ano, meu filho tem 3 anos e o outro 4 anos,trabalho fora e tenho que da conta, é uma luta constante, sei que vou conseguir.

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  16. Olá tudo bom?
    Bom... Estou com um problemão que está me deixando muito angustiada.
    Eu tenho um filho de três anos de um relacionamento rápido que tive (o pai sumiu).ha um mês recebi uma proposta incrível de trabalho na Irlanda, porém não vou poder levar meu filho comigo. Esta proposta seria para um ano .
    Estou pensando em deixar meu filho com uma amiga para que eu possa ir para a Irlanda trabalhar e conseguir assegurar o futuro do meu filho, pois ele só tem a mim, mas estou muito nervosa pois acho que ele vai sentir demais a minha falta já sempre fomos nós dois.
    Por favor me de uma ideia, o que vcs acham dessa situação?
    Muito obrigada pela sua atenção

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  17. Joana.. nc comentei post algum.. mas este revejo me em tudo.. o meu tesouro vai fazer 6 anos e sempre estive sozinha até mm qdo n estava.. a gravidez apesar de vivermos na mma casa era cm se só lá estivesse eu e a mnh barriga e qdo nasceu manteve se te igual.. julguei q ia ficar louca.. dei por mim mtas vezes durante a noite a fazer coisas sem nexo..ele comia de 3 em 3h. e eu dormia 1h e se é que às vezes tinha tempo pra dormir entre cada mamada.. custa mto n ter ng pra dividir as tarefas.. mas tnh a sorte de ter um filho q é um amor e apesar de ter um relógio na barriguinha qdo era bebé.. comia e dormia e isso tornava as noites menos dolorosas.. as birras aprendi a dar a volta a elas e por isso existem menos birras.. E pra n falar q ele é um amor super fofinho e q faz de mim a mãe mais feliz deste universo!
    M.A.

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  18. Bom Dia! Gostei da iniciativa deste grupo de mães "sozinhas", também estou...tem tido continuação em 2018? Obrigada, Sofia


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