7.31.2019

Estou longe dela e a adorar.

Connosco tem sido assim, o tempo passa e tem ficado tudo mais fácil. Acredito que tenha a ver com um respeito mútuo enorme, o máximo de calma possível e também por tanto eu como ela todos os dias assumirmos que há sempre espaço para melhorias. 

A Irene está numa fase adorável - embora todas tenham sido - mas está muito meiguices, calma, a aceitar muitos mimos e a dar. A saber verbalizar o que precisa, a compreender quando não pode fazer o que quer. Estou mesmo muito muito feliz. Claro que é difícil ser a única pessoa que vive com ela diariamente, mas confesso que cada vez menos sinto o esforço. Também é Verão e tudo fica mais bonito no Verão, não é? 

Bem me lembro daquele rapaz em Linhares da Beira que conseguiu saber o que era um bate-chapas meu por não haver mais ninguém. E, do que me lembro, ele parecia e soava como um filtro de um aquário. 

A Irene está com o pai e com os avós paternos. Foram para o Alentejo passar uns dias em família. Sinto que está bem, que está entregue e, ainda para mais, depois de um mês inteiro em que o pai esteve a trabalhar fora, ela que não costuma dizia a torto e a direito que tinha saudades dele. 

Às vezes parece que a ausência nos aproxima. Já dizia o outro do pressuposto da existência dos contrários. 


Quando me lembro da primeira noite que ela não passou comigo, do primeiro fim-de-semana em casa do pai. Agora é uma semana e está a saber-nos bem. Que bom. 

Vim para o Algarve com a minha melhor amiga. Divirto-me muito e preciso muito disto. 

Foi obrigatório comprarmos estas t-shirts. Quero torná-las uma moda.

7.30.2019

Estaremos a criar miúdos-reis?

Tenho sempre algumas dúvidas quando o tema é este: decisões e escolhas dos nossos filhos. E as nossas. Claro que nem tudo tem de ser 8 ou 80 e que podemos ir decidindo, enquanto pais, ao longo do tempo, que espaço lhes dar para fazerem as suas escolhas. O reforço da autonomia é importantíssimo e acho castrador e limitador quando, apesar de já terem 5 anos, lhes continuarmos a escolher a roupa do dia-a-dia sempre ou a ditar quando devem parar de comer. A escolher que livro vão ler ou com que brinquedos devem brincar. A não os deixar participar em conversas à mesa ou a alimentar o espírito crítico deles. Ou, como a Joana Gama disse aqui, a não deixar que ouçam a sua voz interior.

Agora, preocupa-me que (não sendo esse o caso porque não conhecemos as razões nem o contexto em concreto), sejam os nossos filhos a ditar quando devemos ir embora de algum sítio em que nós queremos estar [a não ser, claro, que estejam doentes ou que não estejam em algum sítio apropriado e em horários porreiros para crianças], que comida vão comer num buffet, mesmo que para isso, escolham 79 pratos diferentes e "não gostem de nenhum", ou, como li, em comentário, se queiram ir embora porque não estão a gostar das férias. Não queria com isto estar a julgar (porque não conheço a missa à metade), mas eu acho que as crianças podem passar por momentos em que não estão felizes nem realizadas. Momentos de frustração, de tédio, são essenciais e só lhes faz bem aprender a lidar com escolhas "infelizes". Não era aquele o gelado que queriam ter escolhido e comido, paciência... Para a próxima, escolhem outro. E já muita sorte têm.

Não lhes podemos fazer as vontades todas, mesmo. Não podem ser eles a ditar irmos uns dias mais cedo das férias para casa. Lamento, mas não. É importante eles perceberem que não estão sozinhos neste mundo e que os outros também têm vontades. Que não há justificação para termos investido dinheiro numas férias para os meninos quererem "ir para casa". Faz-lhes bem passarem por esses dias de puro aborrecimento (mesmo que isso implique, para nós, ter de lidar com um feitio mais especial), porque vivemos em família, em sociedade, e eles não são reis. E isto estende-se até à adolescência. Se formos a pensar na quantidade de vezes que eu e o meu irmão quisemos ficar a dormir até às 16h da tarde, mas "temos pena, vivemos em família e devemos respeitar as regras da casa". Pelo menos almoçar em família e levantar o prato... é o menos! E, mesmo assim, já me cheira a hotel mamã que chegue! 

Não estaremos, quando desejamos que os nossos filhos sejam livres e façam as suas escolhas, também a colocá-los num pedestal enorme e a esquecermo-nos de que a vida é feita de contrariedades? A queda não será maior? Não será melhor irem caindo de sítios mais baixinhos, com pequenas lições dadas com muito amor? Estando lá para amparar a queda?

Eu acho que sim. Acho que não devemos ligar ao primeiro "não" que eles nos dão porque, às vezes, até eles estão a testar esse não. Nem eles sabem bem. Acho também que nem tudo é negociável.

Sei que se eu não tivesse incentivado a Luísa, aula após aula, a ir para a piscina, na natação, já não lá estava. Nunca disse que "tinha de ir" mas usei estratégias porreiras, como dizer para ir molhar os pézinhos, mostrando-lhe que eu estava lá, e passados 5 minutos já lá estava dentro e feliz. E isto aconteceu numas 3 aulas. Íamos no carro para lá e já me estava a dizer que não ia entrar na piscina. O que é certo é que agora adora as aulas. 

Fotografia The Love Project

Claro que eu tenho várias dúvidas, sempre. Mas também acho que lhes passamos inseguranças, quando lhes passamos a mão pelo cabelo e lhes legitimamos todas as contrariedades. Eu prefiro estar perto delas, validando as suas tristezas e vontades, mas fazendo-lhes frente, mostrando-lhes o lado bom de cada situação, até mesmo das que achavam que não iriam gostar.

Isto sou eu. E atenção que não sou irredutível nem inflexível. Vou avaliando, caso a caso. Como em tudo na vida.







7.29.2019

Perco tudo! Help!

Serve esta foto para vos dar conta de que perdi o meu multibanco mas foi entregue na gnr e que os meus óculos são dos chinocas porque eu não posso continuar a dar 100€ por algo que sei que vou perder mais tarde ou mais cedo. E normalmente é mais cedo. Muito cedo. Assim logo. E não há fitas que me valham. Acho que só colando com supercola à fronha. E mesmo assim eu arranjaria forma de os perder. É esta a minha vida. Não se pode ser perfeito, não é? 🤓 Valeu pelo passeio até Tavira e façamos de conta que foi a única foto que tirei de forma totalmente circunstancial a mim própria com o coiso dos 10s. O vestido é muito fofinho. Espero não o perder.


"Mãe, não quero estar mais aqui".

Ainda estou para perceber a razão pela qual nos faz confusão que os bebés e as crianças tenham vontade própria. Não só na parte da comida em que, quando dizem que não querem mais, temos de dar mais uma colher (já falei disso aqui em "somos más, muito más"). Ou que, quando dizem que não têm frio, os obrigamos a vestir um casaco - ainda que seja dúbio que se está frio ou não na prática. 

Claro que não ajuda vê-los a cair de sono e fazerem uma birra a dizer que não querem ir dormir (às vezes porque os ameaçamos com a cama ou ir dormir como uma coisa má, outras porque já passaram do ponto), mas há coisas que só eles sabem e que se devem manter assim. 

Ontem, a Irene pediu-me para ir embora. Disse-me - estávamos a saltar a sesta - "Mãe, não quero estar mais aqui, quero ir para casa". Sinto que talvez tivesse sido uma surpresa para quem estava presente (eu incluída), mas perante esta afirmação creio que tivesse duas hipóteses (sendo que não precisava de estar ali mais tempo também): ficar ou sair. 

Saí. 

A Irene soube ouvir-se, sentir como se sentia e chegou à conclusão de que não queria estar mais ali. Da mesma maneira que tinha decidido ir à piscina e, depois de por o protector, sentiu que afinal não queria a meio de um choro. Ela própria ficou surpreendida quando sentiu que afinal não queria ir. Obviamente que não a obriguei, ainda que já estivesse besuntada de óleo. 

Validei a pesquisa que ela fez e a voz que ela ouviu e que era a sua. Algo lhe disse "não quero estar aqui". A mãe ouviu-a e fomos embora. 

Muito orgulhosa de ainda não ter estragado a voz interior da Irene. Aquilo que acredito que quando for maior fará dela uma adulta independente e que não se deixe engolir por outros adultos mais territoriais ou menos equilibrados. A Irene sabe ouvir-se. E, assim, quando for para se adaptar a situações, são decisões ponderadas porque existem dois lados da balança e não só porque "é assim que tem de ser". 

No outro dia, a almoçar com um primo meu também reparei que ele utiliza a técnica do "comer tudo o que está no prato", ainda que depois no final "perdoe um bocadinho". Não quero fazer isso com a comida dela. Decidi que ela lá sabe quando tem fome, deixando bem claro que depois não há snacks "fora de horas" para compensar, explicando-lhe que se não comer naquela altura, depois vai dormir de barriga vazia, etc. O apetite é importante. Talvez depois não coma compulsivamente. Talvez depois só coma quando tiver fome e até deixar de ter fome. O que tem isso de errado? Não vou ser eu a mudar isso. 

Quero mantê-la o mais intacta possível. 








7.28.2019

As piores coisas que vocês nos disseram

Houve quem já tivesse dito, em comentário no blogue, que as minhas filhas eram feias (mais do que uma vez até), ou a família toda, já me disseram que eu tinha o corpo de uma adolescente sem formas, já disseram que a Joana Gama era pxxx ou que ainda bem que a filha tinha outros cuidadores.



Mas também já nos disseram coisas que nos motivaram a sermos melhores, construtivas, e até um comentário que fez com que uma de nós reatasse uma relação. Outro que fez com que terapia fosse procurada. Muitos outros que nos ajudaram em momentos de dor, de angústia, de doenças. 

Têm sido quatro anos cheios de coisas boas, de outras que nos fizeram querer desistir, chorar e que nos tiraram o sono. Cá estamos e falamos sobre tudo isso no vídeo de hoje.





Obrigada por estarem desse lado, sim? ❤️ subscrevam, comentem e partilhem o canal destas youtubers trintonas. Somos as melhores no YouTube em maternidade na zona de Benfica, não somos? 

Beijinhos (ah! E “piretes” também constam do vídeo, que classe)

7.22.2019

À minha melhor a amiga e todas as outras e outros.

Será depressão ou felicidade? Ou, se calhar, nenhuma das duas. Estou tão habituada a mexer-me em pólos, extremos que, para mim, é sempre um caso de vida ou de morte. 

Ando a chorar desalmadamente, super sensível e grata por tudo. Pensando melhor depressão não é porque quando sinto que estava deprimida estava adormecida. Não sentia nada além da dor. Era como um daqueles robots que aspiram a casa. Seguir em frente à procura de cáca, bater nas coisas e dormir ao final do dia. 

Agora não. Continuo a bater nas coisas às vezes por distracção, outras vezes porque tem graça, mas não ando à procura de caca - sou muito gozada pelos meus amigos por causa destas imagens tontas, mas são mesmo a melhor maneira de me explicar. Não incluem sempre aspiradores, porém. 

Faz sentido chamarmos a uma amiga de "melhor amiga"? Sendo que não há uma competição e, apesar do amor assumir formas diferentes de dinâmica para dinâmica, premiar alguém com um título? Ou é apenas o sublinhar merecido de algo mais especial que tudo o resto, pela história, pela intensidade, pelo respeito? 

Tenho uma melhor amiga. Na verdade, vou tendo algumas melhores amigas, mas esta é a melhor melhor amiga. Aquela que tem durado desde sempre e com quem tenho uma história gigante em conjunto. Não quer dizer que as minhas outras amigas não sejam das melhores e que esta seja melhor, simplesmente o nosso amor já teve tempo para evoluir e para maturar e temos muitas certezas sobre cada uma e sobre as duas. 

A minha melhor amiga joga no Euromilhões. E, à semelhança do cliché, os números que põe no boletim são os aniversários das pessoas que lhe são mais próximas, talvez da família. Intimamente perguntei-lhe quais os aniversários na esperança (parva e infantil) que um deles fosse o meu. Ao mesmo tempo saberia que não era. Amamo-nos muito, mas chegar a este ponto é... todo um nível que não sei se alguma amizade alcança (bem sei que "só" estou a falar do Euromilhões, mas nada é "só").

E era. 

Um dos números era o 17. 

O meu aniversário. 

"Joana, eu gosto mesmo de ti". 

Claro que não preciso que seja um bilhete do Euromilhões a dizer-me, mas estava ali, no papel. Como se ela me tivesse escrito uma música ou pintando um quadro. Nem o meu pessimismo pode destruir isto. De maneira nenhuma. 

Que sorte tenho. Alguma coisa devo ter feito para merecer pessoas que me adorem assim. Reparem no plural. Tenho-me apercebido cada vez mais de que sou amada.

Foto do meu aniversário há dois anos ou terá sido o ano passado? 


Há outra amiga que também surgiu agora e que sinto que me adora incondicionalmente. Digo incondicionalmente porque pensamos de forma igual em milhares de coisas mas de forma muito diferente noutras. Nunca conheci pessoa alguma em que a minha matriz fosse tão simétrica. Vem-me a música do Toy à cabeça "duas vidas separadas pelo tempo" e sei que nunca a irei largar. Somos muito mais além de parcerias de comédia, somos uma espécie de gémeas, daí a merda da música, talvez. 

No sábado fui jantar a casa de um outro melhor amigo meu. Era meu colega de turma desde o 6º ano, imaginem. Preparam-me o jantar, perguntaram o que queria beber e, acima de tudo, disseram-me para me deixar de merdas e não levar nada. Adoro quando as pessoas borrifam nestas cerimónias. Adoro sentir que tenho intimidade ao ponto de não levar nada ser sinónimo que faço parte da casa. Sem merdas. Escolhi não levar. Porque posso. 

E quando, depois de meses de turbulência numa relação - daquelas em que ponderamos mesmo se ouvimos quando a hospedeira nos disse para pôr a máscara - somos recebidos como se ainda houvesse mais amor? Como se não importassem as nossas asneiras, passeios, erros, confusões porque, onde quer que nos percamos para nos encontrar, temos a nossa casa para voltar? Que sorte. 

"Chateia-me na semana do Sudoeste", disse-me uma das minhas outras amigas. Porque nos conhecemos e porque sabemos que, das duas, vou ser eu quem não se vai esquecer e que, para que o almoço aconteça, sabemos que o melhor é que fique eu responsável para aconteça. 

"Joana, estamos a morrer de saudades tuas, falamos imenso de ti" dizem as minhas ex-colegas que se tornaram minhas companheiras. Ainda que durante um processo de luto e de transformação e de aceitação da minha identidade, tenho a certeza que não há família laboral com mais carinho que aquela que cresce ali, naquele lugar. 

Mais amigos, que me aceitam como sou. Que me fazem sentir com o triplo do valor que sinto que tenho. Que me conheceram ainda se iam fumar ganzas para descampados em Oeiras e falar a noite toda. 

Outros com quem não falo durante um ano mas que não hesitam em aceitar o meu convite para o meu jantar de aniversário. Outros que dizem estar preocupados comigo e que me acenam à janela quando vão passear o cão e que desde sempre - ainda que com interregnos de presença - estão e para sempre estarão na minha vida.

E a uma ex-cunhada, da minha família adoptiva durante aqueles anos. A alma pequenina que desde sempre admirei e que nunca nos largámos. Continuamos a ser manas, melhores amigas, almas que se entendem e que se expandem. Vê-la crescer e a rebentar tudo faz-me feliz. Não é bombista, como poderão ter percebido.

A outras amigas que o tempo nos afasta, mas que nos irá aproximar quando for certo. Que nunca esquecemos o que nos ligou e a compatibilidade, mas que por alguma razão a nossa dança não é agora como já foi, mas que talvez volte a ser. Pessoas que alcançaram as entranhas e que nos preencheram tão bem que nos ajudaram a encher pneus para seguir viagem. Continuamos a adorá-las e talvez volte a música. 

À minha companheira de blog que à custa de guardar muito para si e de ter muito amor pelos outros, ao longo de todos estes anos foi aceitando e tentando encaixar na minha disciplina e estrutura e por meio de muitos suspiros vai sabendo apreciar o que tenho de bom e que ainda ontem me perguntou se a compreendia. Compreendo, Joana. Cada vez melhor. Temos uma relação longa, intensa, de carinho e de dança. E que espero e tenho feito para que se vá tornando cada vez mais fácil e divertida. Obrigada. Obrigada por me dares esse espaço e obrigada por veres ou quereres acreditar no que há de melhor em mim. 

Tenho muita muita sorte na família que me escolheu.

Quero fazer-vos rir para sempre. 


7.21.2019

A sentir-me a Oprah!!!

Estou doida com isto. A irmã da vencedora do nosso “A Mãe é que sabe ajudar” já tem instaladas, na sua cozinha, a placa de indução e a máquina de lavar roupa da AEG que lhes oferecemos! Senti-me automaticamente a Oprah, com menos uns mil zeros na conta, mas com uma sensação quentinha no peito por termos ajudado alguém com dois electrodomésticos fantásticos, que lhe vão facilitar a vidinha. Obrigada AEG por se terem associado a nós nesta missão!

Então... a Joana Gama já foi a casa da irmã da Paula, que tem uma filhota de um aninho, ver se estava tudo instalado em condições (ela é especialista em muita coisa) e se a Lúcia estava contente. Estava muito!

Se há coisa boa neste movimento que quisemos criar, de entreajuda, é sentir que as mães estão de olho nas outras mães, que estamos mais unidas do que nunca e que estamos lá para o que precisarem. Uma sopa. Um tempo com o bebé para tomarem banho de porta fechada (Spa!). E, neste caso, uma placa toda XPTO e uma máquina de lavar roupa.

Ora bem, vamos por partes:

A Placa de Indução AEG Maxisense com Função Ponte que, só por curiosidade - é a que esta na casa da Cristina (sim, sim a Tininha, a Cristina Ferreira, a Senhora Televisão). É uma placa incrível, tem a tecnologia culinária mais avançada para gerar calor de forma mais eficiente e este modelo tem duas particularidades - vejam-me isto (!!!):


  •  ajusta-se ao tamanho e forma dos tachos e panelas, ou seja, a placa ajusta a dimensão de aquecimento de acordo com a panela
  •  tem uma “função Ponte”, que mais não é a que a opção de converter duas zonas de aquecimento numa só, maior, que dá para um grelhador ou para recipientes maiores!
E tem ainda outras vantagens:
- Aquece mais rápido do que qualquer outro tipo de placa
- O calor é gerado diretamente na base do recipiente
- O resto da superfície da placa permanece fria ao toque, sendo mais seguro
- São muito fáceis de usar e manter – podemos limpar imediatamente um derrame acidental na sua superfície (eu sou óptima nisto do entornanço) - basta usar um simples pano húmido e fica sempre impecável.




Já a máquina de lavar roupa da série 7000 AEG com a tecnologia ProSteam usa vapor no final dos ciclos para reduzir os vincos. Todas queremos isto, certo? Passar menos a ferro, please! O sonho de qualquer mãe!

Além das peças ficarem mais suaves também elimina odores, como os das roupas da estação anterior [já mudaram os armários, com este julho-outono? Eu ainda não...]


Já conheciam estes electrodomésticos? Quem sabe não são vocês as selecionadas para o próximo A Mãe é que Sabe Ajudar! De que electrodoméstico mais precisam?

Sou gaga - como lido com isso?

É verdade, não sei se quem nos segue há mais tempo sabe disto, menos ainda quem nos segue há pouco: sou gaga, desde que me conheço.

Há duas teorias sobre a minha gaguez, já passei por alguns momentos constrangedores, fiz anos de terapia da fala, tive um professor a dizer-me que não poderia vir a ser jornalista de televisão... 



Conto-vos tudo neste vídeo, em que revelamos a importância de ter alguém que nos diz que isto não é um problema e que nos impulsiona a ser o que quisermos ser.



Esperamos que gostem e que ajude alguém que possa estar no meu lugar ou até a lidar com quem esteja (tipo, acabar frases nem sempre é fixe - porque pode não ser o que queríamos dizer e torna-se só parvo). Saber esperar, neste caso, que a outra pessoa complete a palavra ou o raciocínio é o que prefiro.

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7.20.2019

Tu és grande e gorda, disse a uma menina

“Tu és grande e gorda” disse a Luísa a uma menina com uns 8, 9 anos, que não estava a conseguir entrar numa casinha com escorrega. Ela respondeu, a olhar para mim: “vou ignorar a segunda parte”.


Não soube bem como reagir. Primeiro porque, para a Luísa, chamar alguém de gordo não tem qualquer tom pejorativo associado. Tem três anos e nunca me ouviu dizer (nem me parece que tenha acontecido no nosso núcleo, mas não posso pôr as mãos no fogo) que eu estava gorda ou magra ou a comentar o que quer que seja sobre alguém.

Mas, para ela, ser gordo é ser grande. O cão come muito e é gordo. O senhor é gordo. Aquele gato que não tem pelo, sabem?, é magro. A menina é gorda. A palavra, na boca dela, é neutra. E deveria ser assim sempre, não?

A menina não a sentiu assim, talvez habituada a lidar com essa palavra há muito tempo e com tom de crítica, certamente. Percebo. Deve ser duro.

Eu tentei remediar, no momento, mas nem sei o que deveria ter feito. Disse: “ela tem 3 anos, não sabe o que se deve ou não dizer. Ela também diz que é gorda quando come muito. E fica com barriga grande. Não foi por mal”. E ela respondeu: “sim, mas eu sou gorda.” E eu: “mas não há nada de mal eu ser-se gordo, és linda. (...) E muito simpática”. E era. De uma educação tremenda. Foi buscar os ténis das miúdas à areia para as ajudar. Um amorzinho de miúda. E ela continuou: “eu gostava de não ser tão gorda. Também não queria ser só ossos, mas gostava de ser ... ali no meio”. E eu disse: “então mas um dia vais conseguir”. E, depois pensei: mas se não conseguir e se for saudável, não faz mal. E disse “desde que haja saúde, o resto não tem importância. Sabes o que eu fazia aos miúdos que gozavam com os meus pés grandes? Nada, deixei de ouvir (e fiz o sinal de “não estou nem aí” com as mãos, deslizando os dedos, sabem?).”

Eu não estou apta para ter estas conversas com ninguém, muito menos com uma criança. Mas senti que não podia deixar de lhe responder. Só que... o quê? Primeiro, porque não sei se está a ser feito algum trabalho com ela numa psicóloga, numa nutricionista, não sei se tem algum problema de saúde associado, não faço a mais pálida ideia se eu ter dito que “não há problema nenhum em ser-se gordo” é precisamente o contrário do que lhe têm dito em consultas, imaginem. Depois, porque não estou informada sobre o assunto suficientemente. A nossa sociedade é gordofóbica e, por mais que eu possa querer afirmar que não sou, acho que também eu tenho alguns preconceitos, mesmo que lá no subconsciente. Como é óbvio, não discrimino, não escolho os amigos pelo peso, vejo beleza em diferentes tipos de corpos e de pessoas, mas ainda associo, principalmente em idades destas, em crianças e jovens, a obesidade (que, atenção, não faço ideia se é sequer o caso), a alguma falta de informação da família ou de acompanhamento. Nem sempre o será. Sei lá eu as causas. E daí eu dizer que não estou plenamente preparada para falar com uma miúda de 8, 9 anos sobre isto. Mas surgiu.

A minha questão agora é: aproveito este caso para explicar o quê às minhas filhas? Se digo à Luísa que não se chama gordo às pessoas, não vai entender e, às tantas, vai passar a chamar a todas as que vir na rua (tal como quando dizem uma asneira e nós damos demasiado ênfase àquilo). A Isabel até já pode ter entendimento para isto, mas, por exemplo, quando a Irene a imita a falar (a Isabel é “sopinha de massa”) não noto nada que fique triste. É uma característica dela e ela também não sentiu ainda nunca isso como algo com tom pejorativo. A Irene imita-a por achar essa característica diferenciadora e não é num tom jocoso. É porque a adora. É como se imitasse uma língua diferente. Ou um tom de voz bastante agudo. Percebem? Eles estão em idade de experimentar muita coisa, de serem teatreiros, não estão a ser bullies.

A Luísa não estava a querer ofender a miúda de 8 anos chamando-lhe gorda. Mas gostava muito que não repetisse, porque imagino que a miúda tenha ficado triste.

Explico-lhe numa próxima vez? O quê e como? Espero que tenha mais uns dois anos? Algum livro?
Obrigada!

7.15.2019

Acabou o namoro da mãe.

Pois, nem sei o que vos diga. Sei que preciso de escrever sobre isto, porque preciso de fazer algo. Sei que namorar quando se tem uma filha está longe de ser namorar quando não se tem uma filha. Primeiro por causa da filha, claro, mas depois também porque quer se queira quer não ou quer se tenha consciência disso ou não, há um lugar que parece ter que ser ocupado. E provavelmente pela pessoa com quem estamos a namorar. 

Tudo dependerá das expectativas que ponhamos na relação, mas acho muito difícil (pelo menos para mim) namorar com alguém sem a expectativa de que venha a ocupar um lugar minimamente definitivo e absolutamente marcante. Ainda para mais tendo uma filha. 

Tendo uma filha, só lhe apresento pessoas de relações sérias como tal. Honestamente depois de ter casado e divorciado, não tive tempo pelo meio para nada mais (e/ou vontade). Também talvez por causa disso. O outro lado das relações, aquele que associo a que seja o lado mais descontraído, sem “casting” talvez não exista para já. Ou talvez nunca mais venha a existir enquanto a Irene não for adolescente ou assim. 



Sinto que estou numa espécie de limbo (além de estar muito triste com o final do relacionamento) entre “precisar” de uma relação desse género e de não ter capacidade emocional, física e temporal para ter uma relação assim. Sinto ou sei que a relação que tenho com a Irene me consome muita da minha energia e vontade de trabalhar e de estar consciente numa relação. 

Não consigo estar naquela do “logo se vê”. This is serious. Nem sei em que mindset se conseguirá estar sendo “mãe solteira”. 

E lidar com as perguntas dela? Como se faz? Tento mostrar-lhe que nada acabou, que tudo se transforma, mas como falar sem dor de algo que ainda se vive com dor ou, noutra perspectiva, qual o motivo para sentir que devo esconder a dor? 

De alguma maneira, por ser quem passa com ela mais tempo, sinto-me responsável por lhe passar também uma imagem de força e de estabilidade, mas o conceito de força pode não ser o da “força bruta” ou “indiferença”. Quanto mais cresço, mais me vou apercebendo que a consciência das nossas vulnerabilidades nos tornam mais fortes e que está certo sentir coisas tristes e que a tristeza tem um papel fundamental na alegria e vice-versa. 

Mas agora ficam três corações partidos em vez de dois. E sei que é uma fase, mas caramba. Quase que sugiro à Jorja Smith para escrever sobre a single-motherhood fantasy. 

Querem dar-me alguma força e/ou piparotes para deixar de me lamentar e arrumar as trouxas e seguir em frente, mesmo que vá limpando o ranho ao braço? (Eww)



Vou voltar a fazer terapia!

Das decisões mais importantes que tomei nos últimos tempos! Ainda não voltei à psicóloga e já sinto que foi a melhor coisa que decidi neste ano e meio. O alívio já está a chegar e ainda nem lá fui, só por saber que vou conseguir, a partir dali, estar cada vez mais próxima de mim e de resolver tudo o que anda desatado nesta alma, que vou conseguir ser uma melhor mãe e uma melhor pessoa (não por esta ordem, que disparate).

Descobri a Eugénia através da Joana Gama (emoji coração, sempre). Fiz hipnoterapia uma vez só. Não sei se foi o que bastou, não me parece, mas acabei por mudar de vida uns meses depois. Despedi-me do meu emprego de anos e fomos todos viver para Santarém, para o campo. Foi uma das melhores coisas que poderia ter feito. Tive a minha segunda filha com calma, numa esfera de amor e de tranquilidade. 
Mas, meses mais tarde (ou um ano mais tarde, não sei), passei a sentir-me incompleta e até só. Não compreendia por que me sentia assim. "Que disparate." Afinal, tinha cumprido mais um sonho, tinha duas filhas incríveis, era boa mãe, amava-as profundamente, tinha um marido fantástico, escrevia por aqui, tinha amigos mas... não estava feliz. Não como planeara. Andava numa montanha russa, com idas bem lá acima e depois descidas ainda maiores e a enjoar nos loopings. Percebi que precisava de voltar a fazer terapia. Primeiro por skype, depois presencialmente. Ir a Lisboa de propósito, mas voltar a casa com ferramentas para estar melhor.

"Eugénia, preciso de ti". Assumir-se isto é duro. Mas libertador. Houve uma consulta em que senti que praticamente não fiz mais do que chorar. É um processo. 


Fotografia: The Love Project


E aprendi que não posso parar este processo, só porque já me sinto melhor. Ou porque acho que está tudo controlado. Ou porque estou mesmo lá em cima. Naquela altura parei porque voltei a trabalhar, em Lisboa, porque nos mudámos para cá e eu simplesmente não tinha horário. Depois, porque estava tão cheia de tudo que nem me conseguia ouvir, por isso basicamente nem tinha tempo para sentir se andava feliz ou não.

Feliz ou não, toda a gente devia fazer terapia. Toda. Há sempre algo que fica por cá, há sempre alguma relação tóxica, algum acontecimento que nos fez pior do que achámos, alguma coisa por resolver e muitas coisas por descobrir sobre nós. E alguém reconhecer isto já não é, aos dias de hoje, um tabu. Os assuntos do foro psicológico, doenças ou não, são já muito valorizados. A procura por ajuda já não é sinal de fraqueza. Ter até a Michelle Obama a reconhecer isto é de valor. Mas, por mais que haja cada vez mais pessoas a dar a cara por isto, ainda há muito pouca gente a procurar ajuda quando mais precisa - e, segundo vários estudos feitos, muitas vezes não é sequer por uma questão de orçamento. 

Aliás, se a venda de antidepressivos aumentou e muito nos últimos anos e os psiquiatras têm sido mais procurados do que nunca, a questão não é só e apenas orçamento, de facto. As pessoas só procuram soluções já mesmo no fim da linha, num grau imenso de desespero e querem resultados rápidos, imediatos. A terapia é algo que leva mais tempo. Não camufla, tenta ir ao cerne dos problemas, tenta resolver. Claro que estou a ser absolutamente generalista e que haverá casos em que será precisa medicação, óbvio, ou até ambos, que isto não é nenhum concurso. Mas acho também que se nos fosse dada mais formação ao longo da vida sobre a importância de olharmos mais para dentro, de abrandarmos, de valorizarmos os nossos sentimentos, do poder da palavra, talvez não tivéssemos de chegar tão longe. Aprendermos a dar significado às coisas, a racionalizá-las, ajuda-nos a superar o sofrimento - a amígdala diminui a sua actividade e os processos nervosos no córtex pré-frontal aumentam (acho que é isto, do que li, mas tentem perceber junto de especialistas ;). 

Isto tudo para vos dizer que estou orgulhosa de mim. De querer (voltar a) dar este passo. De perceber que só exercício físico e pilates e até yoga, apesar de me ajudarem muito, não me chegam. Que tenho noção de que preciso de partir pedra, até para resolver o que vos contei que me aconteceu no recobro, entre outras coisas.

E que isto não significa que eu esteja necessariamente infeliz, mas que quero estar mais feliz e sentir-me cada vez mais completa. Ser mais livre. 

E vocês? Já experimentaram? 


7.14.2019

A Irene é que sabe!

Sabem aquela altura em que eles não querem nem por nada ir lavar os dentes? Há mil coisas mais interessantes a acontecer na vidinha deles. Patrulha pata, jogo a glória, slime... o que fazer? Quando já tentámos tudo e mais alguma coisa e quando já nos passaram - assim só em sonhos, calma - as piores técnicas possíveis pela cabeça, já ouvimos “já vai” duas vezes e já estamos a tremelicar do olho direito e quase a repetir frases das nossas mães ou avós, e só queremos gritar por socorro, sabem?

Uma das técnicas usadas pela Joana Gama ;) - vejam o vídeo

Até que a Irene deu esta ideia:




Ao escovar os dentes só estamos a fazer 65% da nossa higiene oral, sabiam? Por isso, o uso de fio dental é obrigatório para extrair aqueles resíduos que ficam para ali entre os dentes, como a “granola” da Joana Gama. Hum hum.

E agora que há este da Jordan, especificamente para as crianças, já tem tudo para correr bem. Juntámos à escova de dentes e à pasta, este instrumento essencial para que os dentes fiquem lavadinhos. E, além do primeiro fio dental para crianças, a Jordan lançou os sticks clean between para os pais (ou para qualquer adulto, claro), que retiram resíduos de alimentos das zonas mais difíceis.

Gostaram do jogo? A Irene é que sabe! ;)


*Post escrito em parceria com a marca

7.12.2019

Agora tenho de pedir os números de telefone a toda a gente 😑

Também vos acontece o mesmo? 

Agora sempre que a Irene conhece algum amigo ou amiga novo/a no parque ou onde quer que seja quer que eu peça o número de telefone à mãe ou a quem esteja com ela. Isto já acontece há um ano e tal, mas fico sempre envergonhada. 

No fundo também acho uma boa ideia, claro. É bom que ela tenha amigos e que queira voltar a estar com eles, mas acho muito difícil que duas pessoas que não se conhecem (eu e os outros cuidadores, neste caso) marquem novo encontro e que isso não seja esquisito, sei lá. 

O que acham vocês? Como fazem nestas situações? Agora tenho um contacto da avó de uma menina que conhecemos ontem no parque e tenho a Irene a enviar mensagens para o telemóvel da avó, ahah. 










7.10.2019

Salas mistas: Sim ou não?


No outro dia, num grupo de mães e de pais na Internet, li uma questão de uma mãe, apoquentada, porque a filha ia passar a estar numa turma mista na escola, ou seja, com idades entre os 3 e os 6 anos.

Não sei se será o vosso caso, mas gostava de deixar a minha opinião sobre o assunto e de "acalmar" quem está com dúvidas em relação a este assunto.

Salas com idades mistas são, a meu ver, extremamente benéficas. Vejo isto enquanto mãe e mera curiosa nestas questões, não enquanto especialista no assunto, psicóloga ou educadora (que não sou). E, claro, tudo isto dependerá sempre de muitas outras coisas: educadoras, escola, projecto educativo, etc. Estou a falar de creche e de pré-escolar (nas restantes idades ainda não me debrucei).

Fotografia: The Love Project

Mas, à partida, sinto como algo muito positivo. Senão vejamos:

- as crianças mais novas têm nos mais velhos um modelo a seguir e querem reproduzir o que eles fazem;

- as crianças mais velhas tornam-se mais responsáveis, sentem-se mais "líderes" e sentem empatia pelos mais novos, ajudando-os em tudo - vocabulário novo, a arrumar algo, etc

- esta interacção e dinâmica é, de facto, o que se passa "lá fora": nós aprendemos e trabalhamos com pessoas diferentes e de idades muito diferentes e é essa pluralidade que nos enriquece

- os valores que se passam nestes momentos de colaboração e interação são excelentes: por um lado pratica-se a tolerância, a paciência e até a auto-confiança e auto-estima dos mais velhos; os mais novos estão rodeados de um ambiente de generosidade e vão usar essas aprendizagens quando for a vez deles serem os mais velhos da sala

- a independência e autonomia dos mais velhos é muito estimulada e reforçada

- os mais novos, pela primeira vez na sala ou até na escola, são recebidos de braços abertos pelos mais velhos, o que ajuda imenso na integração! (Noto que a Luísa, este ano das mais velhas da sala - fez 3 anos em maio -, era muito querida para os bebés que chegavam e queria participar/ajudar em tudo)

- a competitividade, muito comum entre miúdos da mesma idade, é menos pronunciada e, pelo contrário, a questão de "cada um aprender ao seu ritmo" é acentuada: há menos rótulos, menos "pressas" e um espírito maior de partilha e colaboração entre todos - cada um contribui à sua maneira. 

No caso dos irmãos e dos primos, não notam que é saudável a interação deles, tendo diferentes idades? Então, é igual na escola. 

Acredito que o trabalho de casa - e mesmo em sala - do educador seja grande. Gerir idades e necessidades diferentes não deve ser fácil. Mas acredito também que envolver todos, criar um espírito de pertença e aproveitar as situações de conflito para passar valores seja também muito benéfico para todos. Além de que, desta forma, ainda se deve comparar menos competências e olhar mais para cada um individualmente, estando mais atento às necessidades de cada elemento. Faz-vos sentido isto?

O único ponto menos positivo que encontro nisto tudo é, pela minha experiência, que, por vezes, os mais novos queiram imitar os mais velhos em coisas para as quais ainda não estão preparados. Por exemplo, a Isabel deixou de querer e de conseguir fazer sesta mais cedo do que eu gostaria. Como os amigos mais velhos já não faziam, ela não compreendia por que teria de ficar a dormir quando havia tanto mundo para descobrir. Apesar de notar que ela se aguenta muito bem sem sesta (não percebo que faça mais birras ou que esteja muito mais cansada do que ficava antes) e apesar de eu tentar compensar em casa, indo mais cedo para a cama e acordando mais tarde, todos sabemos da importância de uma sestinha nestas idades (havendo algumas excepções, sim, mas serão isso, excepções).

De resto, notei uma evolução enorme nas duas neste sistema e concordo plenamente com ele. Noto também que a forma como lidam uma com a outra e tentam resolver alguns problemas entre as duas, a empatia, a maneira como a Isabel encoraja e estimula a irmã a fazer tudo, é linda de se ver. Quando ela no outro dia tentou perceber por que razão a irmã estava a fazer birra é algo que não esperava numa miúda de 5 anos.
Por outro lado, a forma como a Luísa consulta a irmã, lhe pede opiniões e ajuda é algo que me enche o coração. Também pode ser - e é, vá, não vou estar a menosprezar o nosso papel enquanto pais - trabalho de casa, mas tem muito a ver com as aprendizagens que trazem da escola. 

Este é um tema que me apaixona cada vez mais. Por isso, caso queiram saber a minha opinião ou experiência com o Movimento Escola Moderna; Montessori, ou com algo relacionado com o projecto educativo ou com a escola delas, digam coisas que eu abordo o tema novamente.

Escrevi sobre a escola delas aqui e aqui.





Tudo sobre a minha operação

Queria dizer à menina que imaginava que os ossos pronunciados do tórax eram maminhas, já que as amigas as tinham, mais ou menos pronunciadas, que vai ficar tudo bem. Queria dizer à adolescente que percebeu que, apesar das estrias nas mamas, elas não iriam crescer mais do que aquilo, que vai ficar tudo bem. Queria dizer à mãe que viu as suas mamas alimentar as crias, tomarem proporções redondas, ganharem um brilho especial, para depois mirrarem que nem figuinhos secos, que vai ficar tudo bem. Essa menina, adolescente e mulher sou eu. Ficou tudo bem. Melhor do que imaginei até. A cirurgia plástica de que vos falei aqui foi das melhores coisinhas que fiz pela minha auto-estima. Por mim. Só eu sei.

Foi engraçado ver que, ao contrário do que eu temia, não houve uma única pessoa a falar em futilidade ou a achar que isto era capricho. Que bom que foi ver tantas mulheres unidas: ou porque sentem o mesmo, ou porque simplesmente respeitam a minha decisão, tendo a mesma vontade ou não. Foi bom ver tanta abertura ao tema, tanto respeito. Obrigada por isso.

Como este é um tema que traz muitas dúvidas já que recebi dezenas de mensagens a pedir que explicasse melhor como tudo correu, decidi fazer este post com maior detalhe.



Ora então, fui a duas consultas com o meu médico, falámos muito, medições (altura, diâmetro do tórax), e pele, expectativas e simulações (de acordo com o tipo de prótese usado e tamanhos, ficamos com uma noção de como irá ficar – achei muito, muito útil!).

Lá marcámos então o dia da operação, tendo em conta vários fatores, entre eles recuperação até às férias grandes [queria muito fazer praia com as miúdas] e dias de repouso. Era importante, para mim, que calhasse na altura em que a Isabel e a Luísa estivessem com os avós. Fiz os exames habituais ao sangue, mamografia e ecografia. Cada passo que dava, deixava-me ansiosa, confesso. Queria “despachar” o assunto para não me arrepender pelo caminho. Na véspera estava de rastos. Elas iam de férias e eu não me queria despedir nem por nada. Na manhã da cirurgia, estava super calma. Zero dúvidas, muita vontade.

Quando acordei da anestesia geral, pelo que contam, ri-me às gargalhadas e quis fazer a saudação ao sol ou o que era. Nem consigo imaginar o forrobodó que foi para ali. Eu, que não podia fazer grandes movimentos com os braços a querer fazer Yoga. Tudo bem. Depois, pelos vistos, desatei num pranto a chorar porque achava que estava no pós-parto da Luísa (entretanto já marquei terapia com a minha psicóloga). Lembro-me de partes desse momento de descontrolo, em que não conseguia parar de chorar. Passou. Quando voltei a acordar, já consciente, fiquei feliz, feliz de ver as mamas, mesmo que com pensos. Imaginava vê-las inchadíssimas e roxas, mas nada disso. Fui para casa da minha mãe nesse dia e lá fiquei nos 4 dias seguintes, a ser mimada e apaparicada. Dormi, vi netflix e dormi e vi netflix. Quando, 4 dias depois, tirei os drenos, senti um alívio enorme. Foi, de todas as coisas, a que me deixou mais desconfortável. E estamos a falar de desconforto, de impressão, não de dor. Felizmente, só tive duas horas no primeiro dia com algumas dores, durante a noite, em que tive de procurar uma posição melhor para dormir – e descobri que seria mais “sentada” – mas porque fui teimosa e não quis tomar os comprimidos de SOS. No dia seguinte, vomitei depois de almoço. De resto, andei sempre bem. Ia à casa de banho, lavei eu os dentes, comi sozinha: e eu achava que precisaria de ajuda para tudo isto, não. Apenas pedi ajuda para lavar o cabelo (lavei logo no primeiro dia, ajoelhada em frente ao poliban, cabeça para baixo, com a minha mãe lá dentro – foi como achámos mais prático) e também precisava ali de uma força extra para me levantar ou sentar/deitar. Não posso dizer que tive dores excruciantes. Não tive. Talvez possa ter tido sorte ou possa ser mais tolerante à dor, mas em comparação, sofri mais no pós-parto de ambas, sem sombra de dúvidas. Ou com uma amigdalite. Sim…

Posto isto, 4 dias depois e já sem drenos, almocei em frente ao mar. Acho que se tivesse de começar a trabalhar por esses dias, conseguiria (num trabalho sem exigência física, claro), mas convém que o corpo descanse cerca de uma semana. Depois disto, fiz drenagem linfática manual com uma fisioterapeuta excelente que trabalha com o Dr. João, cá em casa, o que ajuda imenso. Sentia-me mais leve.

Uma das coisas que mais me pediram foram detalhes mais precisos sobre o tipo de intervenção. Fiz uma mastopexia periareolar (incisão toda à volta da auréola), para tirar pele, e com implantes de silicone anatómica, o tal “formato gota”, 440 ml, colocado atrás do músculo. Tudo isto é estudado e decidido numa (ou mais) consulta presencial, por isso, não me guiaria por estes valores nem por esta escolha. O que vos posso dizer é que se tivesse posto menos, talvez tivesse ficado com pena. Eu queria ter mamocas, só não queria que ficassem desproporcionais para o meu tamanho (1,72m; 70Kgs; larga), nem queria muito redondas nem no pescoço, tipo Pamela. Queria continuar a usar decote sem nada ali muito pronunciado. Fiquei com 36 copa C. Para já, e ainda estão inchadas e mais arredondadas do que vão ficar – só ao fim de uns 2 meses é que começam a ter um formato mais próximo ao que irá permanecer -, estão bonitonas. A cicatrização tem corrido sempre bem (tenho-me portado sempre bem também e o corpo também está a colaborar). Este é, no entanto, um tipo de incisão que levanta mais questões relativamente à sensibilidade e à amamentação, por exemplo, tal como me explicou o Dr. João. Alguns nervos e ductos da lactação são cortados, o que poderá dificultar, em alguns casos, a amamentação. Por isso, tive de ponderar bem, mas, para já, um terceiro filho não está nos nossos planos e, caso essa opção na altura não esteja em cima da mesa, reflecti sobre o quanto isso me/nos afectaria ou não. Avancei assim mesmo.

Além disto, perguntaram-me muito, claro, sobre o preço. O preço varia um pouco, por isso, aconselho-vos a contactarem diretamente o cirurgião. Contem com esse valor, mais exames, drenagem linfática manual (super útil), soutiens (comprei 2 porque temos de estar sempre com eles, até a dormir), etc.

Do médico e da clínica já vos falei, mas fica novamente o conselho: Dr. João Bastos Martins, na clínica da Beloura, mais do que recomendados.

Ficaram questões por responder? Digam-me coisas!

Já falei sobre isto aqui e aqui.

7.09.2019

Acho que lhe vou dizer que sim a um cão.

Mas estarei a passar-me da cabeça? O que se passa com esta casa? Tenho dois gatos que, no meio de todo o meu "andar a mil" (odeio esta expressão, acho que nos ajuda a identificar quem é que não está numa boa fase de sanidade mental ou quem não tem praticado muito higiene mental - oooops), nem sei se os trato como gostaria. Não lhes falta nada físico como comida ou a areia sempre limpa, mas acho que devíamos brincar mais com eles ou assim. Escová-los diariamente, não sei. 

Não sei se terá sido por o meu último relacionamento ter acabado... mas, para ser sincera, já durante o relacionamento queria imenso um cão. E sou eu até! A Irene também, mas desvalorizo um bocadinho porque também diz que quer uma tartaruga anã ou cultivar macacos do nariz para ver se ficam gorilas - por acaso não disse isto, mas é pena. 

Os problemas? Os do costume. Porém, antes de nos oferecerem o Nhecs (o peixe) também eu achava que seria impossível ter um peixe cá em casa com dois gatos e... ao que parece... não é. Há aquários com tampas e os meus gatinhos sabem caçar moscas, pedir mimos e abrir portas, mas não sabem abrir portinhas de vidro e caçar o Nhecs - por enquanto, claro. 




Mas e o cão? O cão obriga a toda uma logística muito maior. Ajudem-me aqui com estas questões: 

- Ir passeá-lo à rua - quantas vezes - no mínimo - se deve ir? 

- Há tantas pessoas a passear cães de madrugada, porquê? Também vou ter que passear o meu de madrugada? Isso é logo um não. 

- Quanto tempo demora um passeio de cão? É que a Irene só tem 5 anos e moramos as duas sozinhas. Claro que pode ficar a ver-me da janela, mas se tiver que o passear de madrugada e ela estiver a dormir, pode ser desagradável ela acordar e a mãe não estar em casa (nem a mãe, nem ninguém... só os gatos e o Nhecs, pronto). 

- Imaginando que tenho de ir para fora, que quero andar de avião e tal... Aqueles hotéis são alguma coisa de jeito? 

- Há raças mais porreiras para ter em casa e para crianças que outras, não é? Visto que moro num apartamento quero um cão que não fique ultra-depressivo com isso, embora faça tensões de o passear com frequência até passeios mais longos. 

- Cães e gatos? É possível? Também há tampas para os recipientes dos gatos para poderem conviver todos? É uma piada, calma ASAE dos animais. 

- Claro que antes de "comprar" um cão, irei a um abrigo de animais (tenho uma amiga minha que trabalha muito de perto com um) e espero - à semelhança dos meus gatos - poder salvar um cãozinho e tê-lo cá em casa connosco. 

- Quais os valores médios de gastos mensais com um cão a nível de saúde e alimentação? 

Pronto. Eu é que sou a blogger, mas sou eu quem vos pede conselhos. Está lindo. ;)






7.08.2019

Acho que vou cortar-lhe o cabelo super curto de novo.

Eu deixo que a Irene escolha como gosta do cabelo. Claro que faço sempre uma lavagenzinha cerebral - até a minha moral me permitir - para a inclinar para o lado que gostaria mais, mas não insisto para sempre, nem a obrigo. 

Ela é que anda aí na rua com o aspecto dela, o que tenho a ver com isso? Pelo menos nesta fase. Quando for adolescente e quiser fazer uma tatuagem de um dragão na cara, acho que vou ter que ser um pouco menos porreira em relação a isso. 

A Irene, no ano passado, tinha o cabelo super curto. Por se ter inspirado numa das filhas da Márcia D'Orey  (Minnie Mars)  e tão bem que lhe ficava, olhem: 


E isto foi só para darmos uma voltinha aqui ao pé de casa. Vejam lá tão bonita que fica, tão leve... tão menina... 

Podia dizer que é só por uma questão de estética, mas não. A verdade é que no Verão a Irene sofre horrores com o calor. Transpira imenso (como as pessoas, vá), mas como tem pele atópica, acaba por ficar ainda mais desconfortável que o expectável, com coceira e tudo.

Vai daí, o que acontece à cabeça da minha maravilhosa filha? Acontece como ela dizia no ano passado "acho que tenho xixi na cabeça" a referir-se ao suor. E lá se coçava ela "o dia inteiro".

Ora, para quem já sofreu bastante com piolhos enquanto criança e já enquanto mãe (a sério... desde que recebo o e-mail até estar tudo agilizado não descanso), estar a ver a miúda a coçar-se o dia inteiro não ajuda. Além de que, sendo sincera, o cabelo dela não deixa ver com clareza os piolhos ou as lêndeas. Confundem-se no louro.

Eu? Ansiosa? Paranóica? Nada. Eu? Nãaaaao.

Podem chamar-me tontinha (chamem lá, quero ouvir!), mas prefiro ter já tudo cá em casa para que, num momento de crise ou de dúvida possa agir de imediato. E, já à semelhança do ano passado, voltei a optar por Paranix. Não só por ser nº1 no tratamento de piolhos em Portugal e na Europa* mas também porque, confesso, ainda não me tinham acabado as embalagens da gama toda do ano passado e gosto de ter tudo da mesma marca. É o meu lado Marie Kondo, não me julguem (muito).

A linha inclui todas as fases que nos stressam no que tocam aos piolhos: detecção, prevenção e tratamento contra piolhos e lêndeas.

O meu produto preferido - reparem o quanto tenho andado ocupada para fazer uma eleição de produtos preferidos no que toca a uma linha de tratamentos contra piolhos e lêndeas - é o Paranix Repel.


O nome além de fazer jus ao objectivo (pena que não funcione também com pessoas chatas, senão tomaria banho nele), poupa-nos dores de cabeça. E comichões também ;).

Sempre que recebo um e-mail da escola a avisar que há piolhos, siga enfrascar-lhe o cabelinho nisto porque afasta os bicharocos, protegendo o couro cabeludo com uma película protectora contra agentes externos. Os bichos depois não conseguem aderir. É como limpar o chão da cozinha... espalham-se ao comprido.

Pode-se usar diariamente - tem uma composição à base de ingredientes naturais - e ainda deixa o cabelo com aspecto saudável e nutrido (toda eu tenho muito a segunda característica, principalmente).

Agora, já não estou com visão de lince nas festas de aniversário, a ver quem é que se coça, nem ando a empurrá-la de fininho para ao pé de outros miúdos - não fiz isto, mas... passou-me pela cabeça. 

Como os piolhos: passam pela cabeça. Ah, ah. Um bocadinho de humor aqui para terminar :) Passam, se não se usar o Paranix Repel. Pumba, piscar o olhinho de novo a esta marca tão simpática que nós adoramos ao ponto de querer convidá-la para passar o Natal connosco. Muito evidente a graxa? Será que, com graxa, os piolhos escorregam também? Prefiro Paranix, vá. Tungas, mais uma vez ;)

Bom, quero cortar-lhe o cabelo curtinho para que tenha menos calor e que fique ainda mais bonita, mas a miúda tem esta mania de ser uma pessoa e ter opiniões... Como fazem vocês?



 Paranix Repel é um produto cosmético.

* Portugal: Dados HMR, Mercado Anti-parasitário Capilar, MAT Abril 2018, Farmácia + Mass Market, Valor e Volume; Europa: IMS Health, Data of Head Lice Europe, MAT Q4 2017, Pharmacy, Value and Volume.






Exagerámos, claramente!

Chegámos ao final do fim-de-semana cansados. Todos, acho. Elas, por mais que tenham sempre pilhas, estavam já demasiado excitadas. Pouca sesta e demasiado estímulo, talvez.

Raramente gosto de ficar o fim-de-semana todo em casa. Primeiro porque não temos sequer uma varanda e custa-me que passem 48 horas enfiadas em casa sem ar, sem correr, e porque, normalmente, isso me cansa ainda mais. O som dentro de quatro paredes de crianças privadas de sol e ar fresco na cara torna-se ensurdecedor.

Mas também nem 8 nem 80. Este fim-de-semana foi claramente 80. A Isabel acampou no jardim da escola de 6a para sábado, o que lhe roubou umas horitas de sono. Adorou, é uma experiência incrível, e quando lhe disse que ia, à tarde, à festa de anos de uma coleguinha, ficou ainda mais radiante. Disse-me, às gargalhadas "Estou tão contente! Duas festas num dia!". Foram mais de 3 horas de festa, com trampolim, jogos e mágico, uma loucura. A Luísa foi com o pai ao parque, brincar e comer um gelado. 

Como tivemos um sábado intenso, devia ter escolhido algo mais calmo domingo, acho. Elas adoram ramboia e eu também, mas a vida não tem de ser um parque de diversões :)

Fomos almoçar fora com vista para o rio. Depois foram andar de patins em linha e trotinete. E pronto, deveríamos ter ido para casa, a festa já estava feita e as canas apanhadas. 

Mas não, os pais acharam que o dia ia ser ainda mais giro se fossemos ao cinema. E foi. Mas cansativo. Primeiro porque uma adormeceu no carro e a outra não. Depois, porque estacionámos mal e passámos por escorregas (nãaaaaao!) no centro comercial. Depois, porque quando o filme acabou, ainda passámos pelos escorregas do demo novamente. Os carrinhos de moedas e carrosseis e submarinos de moedinhas que nascem como cogumelos a cada esquina. Suspiro. E assim se passaram horas preciosas de descanso em casa. Também faz falta, não sentem?

Eu gosto de um meio termo (ou de "fugir" para a praia ou para o campo), mas parece que neste fim-de-semana estávamos na Disneyland. Demasiados programas. O mundo não ia acabar...

São das que gostam de ocupar tudo muito bem ou das que preferem o sossego do lar?