2.22.2016

Vamos viver para o campo!


É esta a paisagem que vemos, quando abrimos a porta. Em cada fresta da janela, verde, natureza. O Pipo e o Sunny correm lá fora. A Isabel adora acordar ali. E é ali que vamos estar nos próximos meses. Não sabemos quantos, nem isso agora interessa. É ir vivendo, ao sabor dos dias. Assim, de pijama com sandálias e casacos, a aproveitar todos os momentos. "Rua" é a palavra que a Isabel mais pronuncia naquela casa. E vai ser isso mesmo, filha. Rua! Rua, erva, flores, passarinhos. Galochas, poças, terra, joaninhas. Tudo nosso, para exploramos, com tempo, devagarinho. Tão devagarinho que vou jurar que vejo o teu cabelo crescer, milímetro a milímetro.
 
Eu volto a casa. À família, aos mimos da minha mãe, a poucos quilómetros da avó Rosel, dos meus tios e primos. Volto a uma calma que me apaziguava quando conseguia respirar aquele ar, nas poucas horas do fim-de-semana. É o fim do choro no carro durante uma hora quando apanhávamos trânsito, depois da creche. É o fim de tantas horas separadas. Vou busca-la mais cedo e ainda vamos ter um dia pela frente para fazer pinturas, para apanhar as pedrinhas do chão. É liberdade. É família e ajuda. Sinto que estou a regressar a casa. Sinto que estou a regressar a mim. 
 
Está quase.

14 comentários:

  1. Que decisão e oportunidade fantástica!!! Desejo as maiores felicidades e confesso-me super invejosa! ;)

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  2. Uma decisão (aparentemente) difícil de tomar! Sei exactamente o que isso é! Hoje olhando para trás e com a M a caminho (primeira filha) vejo que é o melhor que poderia ter feito! Deixar a cidade grande, abrir a janela ter o verde dentro de casa.. a calma de ir às compras.. e principalmente estar perto de quem mais amamos, não tem preço! Sei que a M vai ser muito feliz aqui.. com avós, tios, primos, amigos de sempre, espaço, árvores, relva, ervas, bichos, cão, gata, e muito amor!
    Tânia

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  3. É para aí perto (Almeirim)que desejo um dia voltar.Parece que ainda não houve a oportunidade certa,que nem tudo se cuaduna para que este meu desejo se concretize mas a esperança é sempre a ultima a morrer (como se costuma dizer). Espero um dia estar a viver dessa paz interior e exterior. Muitos beijinhos e muitas felicidades Joana

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  4. Mas que bom! Muitas felicidades!!!
    Beijinhos,
    Rafaela

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  5. Voltas para a tua casa onde passaste a infância? Que giro :-)
    Felicidades para essa nova etapa.
    Beijinhos

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  6. Eu vivo no Alentejo... uma zona de poucas (grandes) oportunidades! Poucas ofertas de trabalho, poucas lojas de roupa/sapatos/malas para perder a cabeça, mas muitas oportunidades de respirar ar puro todos os dias! Viver em liberdade. Sair do trabalho as 17.30h ir buscar a cria a escolinha e ás 18h estar em casa. Ter tempo para brincar e correr na rua... Não a melhor. Não a dinheiro nenhum que pague isso! Boa escolha. Parabéns e Good luck ;)

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    1. E tempo para aprender a conjugar o verbo "haver"? :P

      Eu vivo e trabalho no centro de Lisboa, saio do trabalho às 17h30, 10min a pé depois estou na creche da minha filha para a ir buscar, novo caminho e a pé e às 18h estamos em casa ou num qualquer jardim/parque da cidade a brincar :) as pessoas na cidade é que, muitas vezes, complicam o que é viver na cidade (moram numa ponta, trabalham na outra, põem os filhos na escola na outra... e perdem horas no trânsito e em deslocações). Eu tenho uma vida de bairro e de cidade pequena, dentro de uma cidade grande e não trocava isso por nada :)

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    2. "As pessoas na cidade é que, muitas vezes, complicam o que é viver na cidade (moram numa ponta, trabalham na outra, põem os filhos na escola na outra... e perdem horas no trânsito e em deslocações)". Ainda bem que conseguiu viver, trabalhar e deixar a filha perto. Há quem não consiga nem possa e tenha mesmo de complicar... por uma questão monetária, como deve imaginar...

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    3. As pessoas que eu vejo queixarem-se das suas vidas e de como não têm tempo para nada e perdem muito tempo em deslocações, ganham todas mais do que eu. Algumas o dobro ou o triplo! São as minhas colegas de trabalho, que até trabalham naquele sítio há muito mais tempo do que eu (15, 20 ou 25 anos) e organizaram as suas vidas de modo a estar tudo longe umas coisas das outras, em nome de viverem no sítio xpto, dos filhos andarem no colégio xpto, não podem andar a pé ou de transportes porque têm de ter o carro xpto, etc... toda uma série de escolhas que só lhes rouba qualidade de vida. Mas depois culpam a cidade e Lisboa, como se não fosse possível ter uma vida simples também aqui.

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  7. Mudei de casa a uns 4 meses, troquei a frenética cidade pela tranquilidade de uma aldeia próxima, com um jardim enorme para os bichos e acima de tudo espaço para o mais pequeno correr, brincar e explorar o "mundo real"

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    1. escreve-se "há" uns quatro meses..se calhar aproveitava o tempo extra para estudar gramática :p

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  8. Que maravilha...estar perto da mãe e da família, compensa tudo!!!
    Boa sorte!

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