1.21.2016

A casa sem horas.

Ontem contei-vos que a minha vida, aos poucos, se está a compor. Depois de controlar a minha ansiedade, parece que vi a luz e passei a ter noção do quanto me andava a fugir por estar focada em coisas sem interesse. Os dias têm mais horas, tenho o coração mais disponível, sou menos sôfrega e mais eu... enfim, só vantagens. 

Isso faz com que, sem ansiedade, agora ande um pouco à (re)descoberta de mim. O que é que é, afinal, importante? Que horários? Que prioridades? Que pressas? Toda a minha infância e adolescência foi muito rigorosa a nível de rotinas e ainda não tinha questionado realmente a pertinência dos costumes que me foram incutidos. Será que têm de ser sempre? Será que às vezes pode não se jantar ou não ser à hora certa? 

São coisas que, para as pessoas "normais", parecem imbecis e que nem entendem o propósito de me questionar sobre elas. Têm a resposta na ponta da língua, mas eu não. 

Conheci, como já vos contei, a Eugénia. Começou por ser minha hipnoterapeuta (minha salvadora da ansiedade e numa consulta apenas - em mim, mas noutras pessoas pode demorar mais - mudou-me por completo, limpando toda a ansiedade) e agora é minha amiga, família. 

Fui lá à casa e pude sentir mais uma vez como se vive num ritmo diferente. E isso sente-se. Sente-se dentro de nós (pessoas ansiosas) aquele relógio que está sempre presente a perder importância. A ocupar menos espaço dentro do nosso coração e, assim, deixando-nos disponíveis para brincarmos mais, rirmos mais e tudo mais naturalmente. 

Comeram morangos antes do jantar. Jantaram quando não eram para jantar (os nossos miúdos). Cheguei tarde quando não era suposto e saí tarde e deitei-a mais tarde... Comi panquecas (aveia e banana) quando não devia ter comido...

Adorei estar, mais uma vez, na casa sem horas e apercebi-me que a minha também pode ser essa a casa, sempre que eu quiser. Não ser como sempre não significa ser pior e é nas mudanças e nas experiências que nos damos conta de coisas melhores para por em prática... 


Mais uma vez, obrigada Eugénia. 

6 comentários:

  1. Ainda não consigo estar nesse nível.
    Para já, uma coisa de que gostava muito de me livrar era da sensação de ter que fazer (em avanço) uma série de coisas: cozinhar, lavar roupa, arrumar a casa...
    Isso deixa-me sem capacidade nenhuma de relaxar, mesmo quando estou sozinha em casa e poderia simplesmente ficar no sofá a desfrutar de um bom livro.
    Explico esta loucura aqui: http://www.vinilepurpurina.com/2015/09/19/sair-a-noite-depois-de-sermos-pais-diferencas-entre-o-homem-e-a-mulher/

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    1. lá vem ela impingir os seus post's e o seu blog. não há nada que as joanas vivam que ela não viva também! get a life! benza te Deus que é chata como a...

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    2. Raquel Garcia2:50 da tarde

      É as joanas e os outros blogs todos. Isto anda altamente 'purpurinizado'. Parece que tem um alarme por cada post. Irra

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    3. Que praaaaga

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  2. Oh Joana, é tanto assim, fico feliz por aos poucos estares a conseguir libertar te e a viver os momentos, é tão bom!
    Que se lixem as regras!!!
    Bjs

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  3. explica lá mais um bocadinho dessa coisa da Hipnoterapia :)

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