Claro que o título se refere a quando os bebés estão a dormir e não nós. Nós sabemos perfeitamente como mudar fraldas a dormir, basta que lhes tentemos mudar uma fralda às 2h da manhã ou às 5h ou...
Aqui entre nós, só vou à parte "deixa ver se é a fralda", depois de já ter experimentando tudo o resto. É muito arriscado, durante a noite, estar a mexer-lhes muito, estar a por-lhes a fralda e eles com as pernas ao léu. É um pânico terrível.
Senão vejamos aqui os nossos principais inimigos:
- Luz. Parece que não há uma luz indicada para que consigamos ver bem o que estamos a ver e que não os desperte. Vou pegar na venda que temos ali no quarto e pô-la na Irene. O quê? Eu disse que temos uma venda no quarto? Ah. É porque o estore está estragado e eu não consigo dormir com luz (serviu?).
- Frio. Quanto mais frio, mais enchouriçado está o bebé, mais roupa temos que despir e mais briol apanha quando tem as pernas cá fora. Se, ao menos, houvesse uma maneira de por uma espécie de tubo na fralda, aspirar e não ter que os despir... Hã? Óptimas ideias aqui para vocês. Se me aparecem no Shark Tank com isto, dou-vos uma murraça.
Ora aqui vão (e de graça) algumas dicas que eu cá aprendi por sentir que estou sempre num campo minado, quando lhe mudo a fralda à noite (evitei ao máximo mudar-lhe fraldas durante a noite, sob aquela máxima do "mas na caixa diz que aguenta até 12 horas", a questão é que há mesmo uma altura em que se torna inevitável, por muito que tentemos negar e, acreditem, tentei):
- Mudar a fralda na cama. Ter tudo à mão, claro. Não nos podemos dar ao luxo de, ainda por cima, termos que mudar os lençóis por ficarem sujos. Temos de ser rápidas como os chefs quando cortam vegetais daquela maneira sexy. Os especialistas dizem que o caldo está entornado (para voltarem a adormecer) se os pegarmos ao colo, por isso, visto que dá para mudar a fralda na cama...
- Não usar babygrows armados em finos. Quanto mais práticos forem os babygrows, melhor. Se forem daqueles com molinhas no rabo, é complicado porque temos de os virar do avesso para por as pernas de fora. Pijamas. Os pijamas são nossos amigos. É só baixar as calças e já está. Estou há meia hora para pegar na última frase ("É só baixar as calças e já está) e acrescentar-lhe a seguir: "mais ou menos como comer a - inserir nome de porca famosa aqui -", mas não tenho coragem. Até tenho, mas um dia, sei lá, posso vir a trabalhar com elas, sei lá. Pronto. Fica Elsa Raposo.
- Tirar o bolo e pronto. Temos de pensar que eles já têm muita sorte em que estejamos a arriscar a nossa vida (noite) em lhes estarmos a mudar a fralda. Por isso, não hão de falecer se retirarmos só o "bolo" e trocarmos a fralda (por "bolo", entendam "cocó", acho que mais vale explicar do que acharem que guardo um mil folhas nas fraldas da Irene). Sinto sempre que ela desperta com o facto das toalhitas estarem frias. Eu sei que existem aquecedores de toalhitas, mas por favor, já comprei um aquecedor de biberões à parva, já chega.
- Guardar a fralda suja no dia seguinte. Se tiverem um cesto do lixo com tampa no quarto, não arrisquem. Enrolem a fralda e arrumem-na de manhã. Ninguém falece por ficar ali encostada a um canto (desde que fechada). Quanto menos barulho, melhor.
- Tentar não ter as mãos muito frias. Eu berraria se, a meio da noite, me passassem uma posta de pescada congelada nas pernas. Deve ser isso que eles sentem.
- Fazer tudo com o mínimo de luz possível, se chegar a luz do despertador do quarto do bebé ou da luz de presença, melhor. Eu sigo-me pela luz do intercomunicador (que só usamos durante o dia), nem preciso de mais nenhuma.
- Por-lhes o dou-dou (aqueles bonecos para dormir, tipo umas fraldas com cabeças de bonecos) nos olhos. Se não conseguirem fazer tudo quase às escuras, experimentem por-lhes o coelhinho ou o boneco com o qual eles dormem, em cima dos olhos. Pode ser que adormeçam outra vez ou, pelo menos, ganham tempo em que eles não estão a levar com a luz nas trombas e tentam ser supersónicas a mudar-lhes a fralda.
Fica aqui tudo o que aprendi na arte de mudar fraldas à noite nos últimos nove meses. Temos de ser umas para as outras! Depois digam que se funcionou ou se "rebentou a bolha".
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