1.07.2016

Pronto, admito!

Já estou louquinha por saber o sexo (género, vá) do bebé. Não estava, mas agora fiquei. Quero dar-lhe um nome! :) Luisinha, se for menina. Duarte, se for menino. Ou Pedro. Ou... Ainda não está decidido, mas caso seja, decidimos na hora. Estes nomes ou outro de que nos lembremos e que faça sentido. 



#18semanas #jahabarriga




Estou em pulgas. Dia 11 tenho consulta, estarei com 19 semanas, pode ser que já haja mais alguma confirmação. E vocês? Com quantas semanas souberam?

Quando souber, faço uma mega (mini) produção fotográfica para revelar. Algumas ideias de sessões engraçadas para relevar o género do bebé: aqui.

A Irene não dorme uma noite seguida.

Não sou mãe há muitos anos, é verdade. Ainda me falta aprender muito. Aprender bem e aprender mal. Desaprender bem, ouvir menos bem, ouvir melhor, espernear, gritar, não gostar de ter gritado, dormir bem, dormir menos bem. Sei e reconheço que tenho um longo caminho pela frente. 

Agora, até aqui, descobri o truque. O truque para que tudo pareça menos monstruoso, menos cansativo, menos enervante. O truque para nos fazer sentir menos à mercê de algo incontrolável.

É aceitar. 

É confiar na natureza das coisas. 

Do que oiço, é um erro muito mais comum nas "mães de primeira viagem". Sentimo-nos inseguras e tudo nos parece de extrema importância e põe em causa o nosso valor, a nossa capacidade... tudo.

Como é que, depois de gerarmos vida, ainda conseguimos desvalorizar-nos tanto? 

Aceitar.



Quase 2 anos depois ainda não dormi uma única noite inteira, não mais de 3 horas seguidas (a maior parte das vezes), mas já não me queixo. Já não acordo zangada, triste, perdida. Acordo só cansada. 

Demorou muito até aceitar que é o natural. Faz parte. A verdade é mesmo essa. 

Mudar o foco. 

Aceitemos com naturalidade o que é, isso mesmo, natural. Deixemos de estar zangadas ou enraivecidas com circunstâncias incontroláveis. 

A Irene não dorme uma noite seguida. Pronto. Vamos a isso. 

A Irene às vezes demora uma hora e meia a adormecer. Ok. Amanhã é outro dia. 

A Irene hoje não quer dormir a sesta. Está bem. Deita-se mais cedo.

É isto. 

Ter calma. Ouvi-los. Tentar não desesperar simplesmente por não ser produtivo e por não fazer bem mesmo a ninguém. 

Ajudou-me.

Espero que vos ajude também.

Siga! 

É verdade e acabou.

Bom dia a todas (ainda não é meio-dia)!

Sabem aqueles dias em que parece que tudo vos corre mal e que têm o mundo todo em cima de vocês a espingardar? Que se sentem profundamente infelizes? Hoje é um desses dias. Nada de novo, mas tudo ao mesmo tempo. Temos dias assim, vocês sabem! Isto já passa, somos peritas a entrar em negação também... é só mais uns minutos.

Isto para dizer que não estou particularmente inspirada para hoje vos fazer um post todo compostinho. Porém, vi esta imagem no fim-de-semana (algures no Facebook, claro) e sinto que me ajudou a perceber alguns sentimentos que já tive quando vejo mulheres bonitas. 

Hoje, por acaso, apesar de estar um cocó daqueles verdes por dentro, estou impecável por fora. ah ah 

Não acham que isto é verdade mas que, às vezes, a nossa cabeça não funciona assim?



1.05.2016

Mas têm sempre de me chamar mãe?

Adoro que me chamem de mãe... adoro! Tudo começou com as enfermeiras do hospital (acho que até foi nas aulas de pré parto) e adorei. 

É esse um dos meus novos papéis, sou mãe e adoro.

Agora... sempre que ligar para uma escola para saber das mensalidades têm que me chamar mãe e mamã 48 vezes?



Eu bem sei que é porque não querem decorar o nome de toda a gente e porque assim parece tudo "muito familiar e amoroso", mas já me enerva. Vou começar a chamá-las de "funcionárias", tipo isto: 

- Bom dia XXXX.

- Olá, bom dia, estou a pensar em inscrever a minha filha em Setembro e vai ter dois anos e meio, preciso das informações normais para poder tomar decisões, etc.

- Olhe, mamã, a minha colega que costuma tratar disto, não está cá, mãe. Mas, mãe, posso dar-lhe algumas informações que jugo serem correctas para a mamã ficar a saber. Pode ser, mãe?

- Ok, funcionária. Diga lá o que souber na mesma, funcionária. Aqui a mãe (não a sua, apesar de insistir em tratar-me assim), quer muito saber, funcionária.

Será que está comprovado que ao chamarem-nos de "mãe" que amansamos? Reparo que quando é a pediatra da Irene a dizer que fico a sentir-me quentinha por dentro e acalmo-me um bocadinho, mas ao telefone e tantas vezes!!!!!

E vocês, mamãs? Gostam deste mamã em excesso ou sou eu que tenho tido azar, mamãs? Ok, mamãs? 

Mães que odeiam ser mães

Uma amiga disse-me para escrever no google "odeio ser mãe" e ver o que de lá saía. Alertou-me para o facto de haver blogs de Mães que odeiam ser mães. Calculei que as houvesse, mas nunca me passou pela cabeça que poderiam ser tantas. De facto, apesar da minha experiência ser altamente compensadora, faz sentido haver casos em que não o é. Pessoas que não sentem o tal amor incondicional e que se arrependeram do passo que deram. É difícil, estando no pólo oposto, compreender o que está na outra margem. Mas tento não julgar. Só imagino o inferno que deve ser confrontarmo-nos, todos os dias, com um papel para o qual não somos desenhadas. E que papel! O mais importante de todos, aquele que define e molda a vida de outra pessoa, por quem somos responsáveis. Não consigo imaginar (até dói) o que poderá ser olhar para um bebé, para uma criança, que nos tem como ídolos, como referência máxima, que precisa tanto de nós, que nasceu de uma decisão nossa, sem ter culpa de nada... olhar para ela e não sentir o que é suposto? Achar que pode ser "só" uma depressão pós-parto, mas esse sentimento prolongar-se pela vida fora? Que tormento! Como vivem estas mulheres? Como sobrevivem? Passou-me, por momentos, a palavra "egoísmo" pela cabeça - ou pelo coração - mas mais uma vez esforcei-me por não julgar. Muitas delas não conseguem sequer contrariar esse sentimento, desajustado daquilo que é expectável aos olhos da nossa sociedade. Não deve haver coisa pior que alguém não conseguir sentir-se Mãe. Ser mãe e não ser, no coração. Que dor. 

Talvez por isso seja cada vez mais imperativo desconstruir a maternidade romântica em que a sociedade nos quer fazer acreditar. Deixarmo-nos de falinhas mansas quando o assunto é sério. Mostrar a realidade. Nem sempre é bom ser Mãe. Nem sempre é fácil. E às vezes é difícil a vida toda. E mais, nem toda a gente quer ser mãe. Temos de parar urgentemente com esta coisa da pressão do "vais ficar para tia" ou do "então é para quando?" ou do "não sabe o que é o amor a sério". Pararmos com este endeusamento da maternidade e com o bullying contante a quem decide não ter esse papel. Parece que uma vida só é legitimada quando se é Mãe. Como se as outras vidas, de quem escolhe não o ser, fossem menores. Como se essas pessoas fossem egoístas. Como se elas não conhecessem o verdadeiro significado do amor. Por que julgamos tanto quem sente as coisas e a vida de maneira diferente da nossa? Para nós é tudo lindo e maravilhoso e mesmo quando não é, compensa tudo. Mas quem nos diz que para a vizinha da frente compensaria? Talvez se parássemos com esta pressão social, as "mães que odeiam ser mães" pudessem ser menos. Talvez houvesse menos pessoas a sofrer, em silêncio. E menos crianças que não são amadas como merecem ser. 


 
 *Fotografia We Heart It

Percebem agora por que sou a mulher mais feliz do mundo?



Podem seguir-me aqui: instagram.com/joanapaixaobras/

A minha miúda é a mais gira.

A mais gira e a mais feliz. Pelo menos gosto de pensar que sim. Que mãe não quer acreditar nisso? Acho que a beleza da Isabel está naqueles olhos enormes e vivos, na boquinha de lábios finos que se abre em inúmeros sorrisos, na energia de cada dança, de cada corrida, de cada gritinho histérico. Na surpresa do olhar, do "ó" e do "ah!" a cada descoberta, que lhe rasga o olhar, parecendo uma chinesinha. E a voz dela? Meu Deus! É um encanto, desde o primeiro choro. Meiga, macia, baixinha. Sou apaixonada pela minha filha e acho-a o ser mais perfeito do mundo. De pijama ou de vestidinhos de princesa, cabelo fininho e oleoso ou lavado e perfumado. E até quando faz boquinha de pato, quando está chateada. Quando diz "não" e me tenta dar uma palmada, para logo depois me vir dar um abraço e um beijo, como que a pedir-me desculpa. Às vezes sinto-a tão crescida que me assusto. Outras vezes confirmo que é apenas a minha bebé e que precisa de mim mais do que ninguém no mundo. 

Isabelinha, Isabelinha, fazes-me ter o peito sempre quentinho. E ver cada fotografia tua, que eterniza pequenas expressões, faz-me relembrar e reter cada momento para sempre. Comprovo nelas, mais uma vez, a tua felicidade. És a mais gira, miúda.


As fotografias do final de ano, em família <3



A cantar. Vai ser uma rock star! :)







[Um obrigada à mega costureira que foi das melhores descobertas de sempre 
(basta idealizar, que ela concretiza maravilhosamente) 
e outro à Teresinha, que nos tem deliciado com os laços da Petite Lacinhos]


1.04.2016

Perdi 10 kgs num mês. Tau!

Pumba! Lembram-se de ter dito que me estava a borrifar para o tamanho da minha barriga? (aqui). Lembram-se de, alguns dias depois ter mudado de ideias e ter ganho vontade de começar a cuidar de mim? (aqui)

Mesmo que não se lembrem de nada, é o básico da gaja: borrifei-me para o meu aspecto durante uns tempos e, depois experimentei uns casacos nos quais eu não cabia e decidi mudar tudo. Tenho amiguinhos que são "donos" de uma clínica (a Clínica do Tempo) e juntei o útil ao agradável. Podem acompanhar a minha viagem nisto do emagrecimento aqui (leiam de baixo para cima). 

Ora, depois de ter feito a tal "lipoaspiração" não invasiva, mergulhei numa dieta muito restrita que durará 3 meses (isto, é, mais dois) que consiste em fazer um dia de líquidos por semana (sopa, iogurtes magros, sumos 100% com direito a um microlax pelo esfíncter acima) e, nos outros dias, iogurte magro ao pequeno almoço com 5 pedaços de fruta, depois fruta a meio da manhã, depois vegetais com carne branca, depois iogurte/fruta e depois iogurte fruta, depois jantar (sopa). 

Não posso beber líquidos à refeição, só uma hora antes e depois das refeições. Posso beber chás, mas de erva, sem ser infusões. Como me queixei que depois do jantar me custa muito sentar-me no sofá e não trincar nada, agora já posso comer 4 tostas integrais com uma fatia de fiambre de perú. 

De vez em quando cometo alguns crimes: assalto as "marinheiras" da Irene, como um quadradinho de pão do pequeno almoço dela (estamos a falar de 1cm2), como a última colher (pequenina) da comida que ela deixa... 

Porém, quando decidi fazer cuidar de mim pesava 75 kg, uma semana depois entrei na clínica com 73,5 e, agora, um mês depois, são estes os resultados (para quem não perceba são os cms de cada área do meu corpo):




Isto foi na consulta de revisão. Tenho feito sessões de Biotime todas as semanas duas vezes. 45 minutos que equivalem a centenas de abdominais mas nas áreas específicas em que mais preciso no corpo. 

Na consulta de revisão encontrei-me com um dos meus amigos de infância, o Tomás. Está ali na foto abaixo. Não tinha este aspecto quando tinha 12 anos. 

E estou a fazer isto tudo mas muito bem acompanhada, claro. Não me refiro ao Tomás. ;) Refiro-me que na consulta de revisão me analisaram o sangue, os minerais que tenho e não tenho, os radicais livres (seja lá isso o que for), para saber se está tudo a correr bem e se me estou a tratar bem, se preciso de alguma coisa. 

Conclusões: 

Tenho falta de vitamina C, K e B12. 

Tenho níveis de mercúrio altos. 

Tenho um sangue do caraças e nota-se que estou a cumprir o plano.

Mais importante que isso: posso comer as tais tostas à noite, yes!



Vou continuar a fazer a minha dietinha o melhor que consigo, ser mais activa (ando de transportes todos os dias), fazer as sessões de Biotime (como durmo pessimamente por causa da Irene, ainda não consigo ter cabeça para desporto a sério) e... daqui a um mês voltamos a falar.

Estou muito mais magra. Aquilo que, ultimamente, quando olhava ao espelho e não gostava tanto em mim, mas que associava à "velhice" ou ao "pós parto" era, afinal, gordura. Estava com um ar muito mais velho e gasto.

Já consigo vestir os meus casacos de antes, já me espremo para dentro de um 38, já não me canso tão facilmente, ando feliz por me propor a objectivos que consigo alcançar. Se ter a sorte de ir à Clinica do Tempo mexe muito com isto? Claro que sim, claro que mexe, mas a determinação é toda minha. E os dias vão passando e vai custando menos comer bem.

Tenho sorte sim em ter um marido que gosta muito de cozinhar e, por isso, não tenho enjoado de tanto vegetal! ;)

Ando feliz e sinto-me melhor! Vamos a isto, tenho, no mínimo, mais uns 6kg para perder. ;)

Quem daí fez a resolução de tomar mais conta de si? Vamos a isto? 

Para onde vão a porcaria das meias???

Só eu sei o quanto isto me deixa doida. Ando eu a percorrer as capelinhas todas para comprar meias anti-derrapantes para a miúda, que sejam quentinhas, que não sei quê e ficam logo viúvas à primeira lavagem na máquina. Ando doida há meses para saber o que faço à minha vida por causa disto! Para onde vão as meias? Anda a miúda agora a usar uma meia de cada género diferente só porque estou em negação que a minha máquina de lavar tenha um buraco... mas que raio? Bem, vou investigar, já vos digo qualquer coisa...

Voltei! Obrigada, Internet!



Pelos vistos ficam perdidas dentro da máquina! Se assim for... parabéns à minha máquina de lavar de 2ª que lava muito bem para quem já me mamou uns valentes 15 pares de meias. 

Só me faz ter pena da quantidade de patroas más que discutem com as empregadas a achar que andam a roubar meias às "mijinhas". 

Bom... Truque? Acho que vou comprar um daquele sacos de rede (há na Tiger) para enfiar para lá as meias e as cuecas dentro e espero que a máquina não se arme em parva e não me engula uma coisa daquele tamanho. 

Também andam a ser roubadas pela vossa própria máquina? Aquela que são vocês quem alimentam desde que ela existe? 

Cabra.

Bebé, meu bebé

Bebé, meu bebé,

Quando canto, não canto para ti, mas para a tua irmã. 
Quando danço, os meus movimentos não são para te embalar, mas para fazer a Isabel rir. 
Quando massajo a barriga com cremes, apressada, não é a ti que observo, é para a tua irmã que o meu olhar se dirige. 
Quando sentes solavancos e pés e confusão, cá fora, é a tua mana quem faz de mim um colchão elástico. 
Quando falo de ti, com o teu pai, não me vens nunca sozinho ao pensamento.
Não te sonho as vezes que devia, não te dedico horas, nem fico a imaginar-te, sem pensar em mais nada. Não tenho fotografado a minha barriga. Mas quero que saibas, bebé, que já te amo de coração cheio, com lágrimas de emoção e que, por dentro, sou uma miúda aos saltos. Já fazes de mim a pessoa mais feliz do mundo. Nunca pensei que pudesse ser ainda mais feliz. Os beijinhos que sentes são os da tua irmã mais velha que, todos os dias, se lembra que vens aí. Já sentes o carinho dela? Prepara-te, vem aí muito mais. Vais ser muito amado. Mesmo que não sejas o primeiro, vais sê-lo. Vai haver espaço para os dois, de forma igual, prometo-te.

Bebé, meu bebé,
Sonhei com o teu cheiro. Já te ouvi chorar, baixinho. Já vi as tuas preguinhas e já beijei o teu narizinho. Já te dei banho, sem pressas. Já me deixei ficar, num namoro sem fim, contigo ao colo, a mamar, até passar pelas brasas. Sonho pouco contigo, bebé. Mas, prometo-te, vamos viver muito, ser muito, estar muito. Sou a tua mãe. E serei a melhor mãe do mundo. A tua.

1.03.2016

Ontem não foi um bom dia

Mas isto compensou tudo o resto.
Um vídeo publicado por Joana Paixão Brás (@joanapaixaobras) a

A Irene vai para a escola...

A Irene está em casa connosco, mas no próximo ano lectivo vai ter que se fazer à vidinha. Opto por a por na pré-escola já em Setembro para se ir adaptando logo no início do ano lectivo. Vai entrar com dois anos e meio (e o Frederico e eu já estamos com mixed feelings) e claro que já ando aí a rondar escolas para ela, mas estou um pouco perdida. 



Coisas que gostava que tivesse: 

Um ambiente familiar, uma creche que dê "colinho" e que não seja robotizada.

Um sítio em que a pedagogia apregoada seja posta em prática.

Onde tenham uma visão holística da criança.

Onde vejam uma criança com toda a suas particularidades e não como uma massa (não dessas... ;))

Onde não impinjam as letras e os números precocemente e tenham atenção ao desenvolvimento das capacidades artísticas, sociais e respeitem a liberdade individual.

Onde a comida seja só saudável.

Espaços exteriores amplos e seguros.

Animais (era giro que fosse numa quinta ou assim - parem de se rir, gosto de sonhar)

Que tivesse o máximo de continuidade possível para ela não ter que mudar muitas vezes de escola. 

Onde haja uma abertura total aos pais para entrarem a qualquer hora para serem chatos com todas as perguntas.

Onde haja iniciativas entre pais e professores e reuniões.

Onde haja uma boa proporção educador/criança.

Que fosse barata (ahaha).

Que tenha a opção de levar comida de casa.

Que tenha imensas actividades extra-curriculares. 


Não mencionei, mas claro que procuro uma escola onde não haja castigos corporais (!!), humilhações públicas, clima de repressão e medo, etc. Sim, pareço maluca, mas sei de casos ;) . 

Têm sugestões? Na linha de Cascais (vou morar para Porto-Salvo, mais ou menos). 

E a que devo mais estar atenta? 

Os vossos filhos podem ter uma história com o nome deles!

Continuo genuinamente fascinada com esta ideia. 

A Isabel adora uma "xóia". Primeiro que eu percebesse o que ela me estava a pedir, revirei o armário todo (saia??!) e os neurónios deram nós. História, claro. Ou estória, não quero saber, nem vamos discutir isso agora. 

Desde muito, muito pequenina que lhe começámos a contar histórias e já faz parte da rotina de todos os dias. Tenho orgulho nisso, claro. Acho que é das coisas em que mais acertámos cá em casa: cultivar nela o gosto pelos livros, pelas histórias, pelo lado fantasioso da vida. Não lhe ofereço, salvo uma ou outra excepção, brinquedos fora das épocas festivas - anos e Natal - a não ser lápis, lápis de cera, tintas e livros. Tem já uma colecção muito porreira e vai continuar a crescer, no que depender de mim. :)

Este livro da Lostmy.name é lindo e feito de forma personalizada a partir das letras do nome dos vossos filhos.
Espreitem e digam-me lá se não adoram! :)







1.02.2016

Carta de amor


Carta de agradecimento à mestra da minha vida – a minha neta

Isabelinha, meu amor,

porque para além do meu nome, do meu sangue, és a minha mestra. 

Quero dizer-te que me ensinas muito mais que eu algum dia poderei almejar fazer…

Digo-te, com a fragilidade que estas palavras encerram, que me ensinas todos os dias que a verdade da vida explode nas coisas simples que me dás, gratuita e genuinamente, na força dos teus abraços, na alegria espontânea desse olhar puro que me enche a alma, no som dos teus passinhos quando me corres para o colo, no teu linguajar que diz mais que os “Nóbeis” da literatura universal.

Seria tão mais fácil aos homens, sabes estas pessoas que se dizem adultos, aprenderem contigo que a vida se está a descobrir, assim minuto a minuto, que nada é mais maravilhoso que esse encontro que fazes todos os minutos com ela, nessa entrega ao encantamento da descoberta, no espanto com que as pequenas coisas se agigantam com a tua alegria.  

Meu amor, trazes contigo a energia vital que poderia impedir os medos do mundo, trazes contigo essa suspensão dos receios que inibem o mundo girar em torno do que verdadeiramente interessa, amor, confiança, persistência. Como teríamos todos que reaprender contigo, o que perdemos algures neste crescimento, nesta vida séria de crescidos. Perdemos tanto! Agora que te vejo a cair para conseguires correr, a não desistires de tentar saltar mesmo que seja só um pequeno solavanco para cima, com esse corpinho ainda tão pequenino, ris-te porque ainda não o conquistaste mas sabes que o vais alcançar e persistes, sem dramas.  

Como disse Mia Couto, "a vida é tão simples que ninguém a entende"… só tu Isabelinha!

Obrigada, amor da minha vida!

Avó Béu




O que veste um recém-nascido em Junho?

Comecei a pensar mais seriamente nas questões da chegada do bebé, puericultura, berço, manduca ou sling (devolver o emprestado), roupas. Neste departamento estou confusa. A Isabel era de março, por isso usou babygrows polares, bodies cardados, casaquinhos de lã e por aí fora. Mas e se o recém-nascido for de junho? O que veste?


No Natal recebi um tapa-fraldas bege, uma camisola de manga comprida e um casaquinho de malha da minha sogrinha (emocionei-me para caraças).




E agora aproveitei os saldos da Zara para as primeiras roupinhas! Fiz compras "básicas" - um casaquinho, um pullover, uma camisola e umas calças de malha brancas. Adoro branco e, não sabendo o que é ainda (adoro esta expressão: - "já sabes o que é?" - "uhmmm.... uma couve não deve ser"), vou abusar do branco, pérola e bege. E do cinzento, claro!






Mas, além destas comprinhas, queria ir preparando os interiores, os pijamas e babygrows, que é o que mais lhe vou vestir. Também não sei que quantidades serão precisas, mas bem me lembro de ter muita roupa da Isabel com cocó para desencardir e recordo-me só que fiz bem em não ter comprado muitos 0-1, que a miúda era grande.

É giro como a nossa cabeça faz um reset a quase tudo e parece que vivemos todas estas dúvidas de novo. :)

12.31.2015

Bebé suja, bebé limpa!

Acho que é a melhor maneira de os ensinar a não sujar as coisas que não fazem sentido. É um dos pilares da disciplina positiva (do que percebo, claro): aceitar as consequências naturais dos actos. Suja? Limpa. 


Até porque ela até já andava a dizer que quando se suja, quem limpa é a Paula (nossa empregada) e... não gostamos nada de saber... 


O que acham de os por a limpar? ;)



Um vídeo publicado por Joana Gama (@joanagama) a

Ano novo!!

Li algures e faz sentido: "o ano só é novo se tu mudares também". 

É daquelas frases manhosas que apanhamos no facebook, que não partilhamos por serem bimbalhotas mas que até ficamos a pensar nelas durante uns segundos. 

Felizmente, para mim, este ano já foi um ano de redescoberta, de religação espiritual (não parem de ler só por ter usado a palavra espiritual e "religação" existe que fui ver) e isso não aconteceu porque comecei a colorir flores esquisitas naqueles livros que se vendem no Pingo Doce - acho que estou a muito pouco tempo de cair nisso também, mas tenho medo de adormecer. 

Os filhos são um eyeliner da alma (estou inspirada, não estou?). Parece que, com o nascimento de uma criança, os nossos piores defeitos vêm ao de cima e as nossas melhores qualidades também. Sinto que me tornei mais confiante, mais paciente, mais franca, mais brincalhona, mais bonita, mais empática, solidária, tolerante. Reparei também na espiral de ansiedade em que vivia, na pseudo depressão que me assombrou durante anos, no vazio que havia em mim por preencher, naquilo que negava a mim própria e que tanto precisava, simplesmente por não ter tempo para pensar, sentir, ouvir, ouvir-me. 

Este ano tive tempo para me ouvir. Tive mesmo de me começar a ouvir porque tinha de me organizar a todos os níveis. A Irene merece o melhor de mim, todos merecem o melhor de mim, eu mereço o melhor de mim. 

Comecei a cuidar de mim, de dentro para fora e a minha força foi a Irene. Ela foi a minha âncora, a minha motivação, o meu objectivo e agora sinto-me mais capaz de lhe dar o que ela e eu precisamos. Sinto-me inteira. Não devemos apoiar-nos nos nossos filhos para sentirmos que temos tudo, mas devemos ser tudo pelos nossos filhos. 

O meu marido, depois a Irene foram a minha pedra de toque. Tive necessidade de fazer terapia, optei pela hipnoterapia, naturalmente comecei a cuidar mais de mim e maquilho-me, penteio-me (à séria, não a batotice que fazia antes), vou ao cabeleireiro, tenho vaidade em fazer combinações de roupa, salivo a olhar para sapatos, estou a tratar do meu corpo, a comer mais saudavelmente... Reconheço a existência do próximo na sua plenitude, preocupo-me genuinamente, ambiciono ser inspiradora, motivadora para aqueles que me rodeiam. Não me meto em intrigas, não sofro com coscuvilhice (há menos chatices quando passamos a ser optimistas), não ando ansiosa sem necessidade, respeito os timings da Irene, vejo-a como um ser humano e não como um lembrete no telemóvel... 

Sinto que vivemos numa altura (sim, vem aí uma treta do género mindfullness e "aldeia global" e todos os chavões do género) em que vivemos cheios de pressa para fazermos imensas coisas cuja gratificação é pouca ou nada. Sinto que perdemos pouco tempo a construir e muito tempo a mostrar. Noto isso quando varro o instagram 40 vezes enquanto a Irene está a falar comigo e a pedir-me para fazer qualquer coisa, como se o instagram fosse importante ou não estivesse ali dali a duas horas quando ela estivesse a dormir. E isto acontece, a meu ver, porque andamos adormecidos. Andamos com a corrente. Os dias, com a rotina, parecem-nos todos iguais e acabamos por absorver essa falta de cor. 

Muito, comigo, tem que ver com a merda do telemóvel. Os tempos em que estou agarrada ao telemóvel, são os tempos em que a minha cabeça poderia estar a trabalhar em soluções, oportunidades ou a fazer algo de maior valor. Sinto que tenho de perder essa pressa. A pressa de responder logo. A pressa de saber já. 

Por que é que reagimos como se as coisas do telemóvel não estivessem lá dali a umas horas?

Desculpem por estarem a assistir aos meus pensamentos em directo, o texto não deve estar minimamente organizado para vocês que não vivem na minha cabeça.

Gostava muito que vocês, tal como eu o fiz este ano, tivessem oportunidade (ignorem o facto de já ser dia 1) de se dedicarem a vocês próprias. Abstraindo-se de tudo o que corre muito bem e/ou corre muito mal.  Parem um bocadinho. Oiçam-se. O que querem fazer e nunca fizeram? Querem ser melhores nalguma coisa? O que precisam de fazer para chegar lá? Do que têm saudades? O que querem proporcionar aos vossos filhos? 

Proponho uma vida mais consciente. Por vocês. 

Nunca fui tão feliz como agora. E muito se deve a mim. 

Prometem que este ano (comece ele hoje ou amanhã ou em Fevereiro) vão ouvir-se mais? Fazer mais por vocês e pela vossa família? 

Não se deixem adormecer por esta corrida imaginária para o nada. 



PS - Pareço escritora de bomba de gasolina, eu sei, mas é tudo do coração. Bom ano! 

Isto intriga-me. Alguém me explique isto!

Há uma coisa que me intriga há vários anos (intriga-me e dói-me também, na parte detrás da cabeça).  

Como é que ainda ninguém se lembrou de inventar uma merdinha que se ponha no lavatório do cabeleireiro, quando vamos lavar o cabelo e encostamos a cabeça, e que impeça de ficarmos com dores no pescoço/cabeça durante os três dias seguintes?

Sou só eu?!

Podem inventar costas de cadeiras com "massajador" automático, cadeiras com pés para ficarmos todas esticadinhas e relaxadas, massagens na cabeça deliciosas, MAS DEPOIS O LAVATÓRIO ENTRA PELA NOSSA CABEÇA ADENTRO? Juro que não percebo como é que aquilo ainda é feito de louça e não é forrado com algo impermeável mas fofinho e feito de esponja macia por dentro. Tenho um pedaço de louça a marterizar-me e ninguém faz nada? Não há petições para isto? Não há manifestações em frente à Associação Portuguesa de Barbearias, Cabeleireiros e Institutos de Beleza?

Alguém que pegue nesta ideia e desenvolva o produto, pelo amor de Deus! Registem a patente e vão ao Shark Tank.

De nada.


Correio da Manhã? Nunca mais!!!

Não dava mais. A nossa relação já estava por um fio há muito tempo, mas desde que fui mãe, as coisas esfriaram. A minha formação em jornalismo levava-me a seguir-te no Facebook, para ter acesso a todas as informações. A minha necessidade de notícias cor-de-rosa para o trabalho que realizo também. Mas não deu mais. E neste caso, o problema não sou eu, és TU.

Não há estômago. Não dá. "Bebé violado por enteado." "Mata com 21 facadas não sei onde" "Mãe mata filha de meses no microondas. Orgãos internos cozeram." Chega. Foi o fim da picada. Não consigo. Não vejo filmes de terror e tinha de levar com a mais cruel das verdades? Não quero, não preciso de ti. Não consigo levar contigo, de manhã, à tarde e à noite, a revelares-me, sádico, pormenores que ninguém deveria querer saber. Coisas que não melhoram a vida de ninguém. Muito menos a minha. 

Desde que fui mãe, tudo mudou. Faço uma selecção muito mais apertada do que quero ter na minha vida, do tempo que perco, das coisas que leio e, sobretudo, dos sentimentos que quero acrescentar à já grande tempestade que me assola. Não quero pensamentos negativos. Não preciso de sentir vontade de vomitar. Não quero ver vídeos perturbadores nem ler detalhes que me vão ficar na cabeça e na alma dias afins.

Quero apertar a minha filha, beijá-la, afastar de mim os podres do mundo, sem deixar que o que sinto e o modo como vivo fiquem (mais) contaminados. Energias positivas, pensamentos positivos. E não, não me quero alhear da realidade. Mas quero filtrar o que ela me dá. 

Por isso, Correio da Manhã, apaguei-te do meu feed e não faço questão de ir espreitar ao teu as "notícias" que tanto gostas de dar. Não me fazes falta. Não vale a pena mandares flores, nem chocolates e muito menos ligares, porque não vou atender. Tenho mais que fazer.

12.30.2015

Mudei de vida!

Desta vez não falo só da minha barriguinha, que vai fazer de 2016 o melhor dos anos. Nem do meu corte de cabelo (obrigada pelos elogios, já agora, vocês deixam uma pessoa com o ego upa upa!).



Deixei o meu trabalho na SIC, ao fim de 4 anos, como editora de conteúdos dos magazines e repórter. Fui aqui muito feliz, tive oportunidades únicas, conheci e trabalhei com pessoas fantásticas e inesquecíveis, mas senti que tinha de dar este passo agora. Continuarei a ser a voz da SIC Caras (que, já agora, todos vão ter o prazer de ouvir (hehe), já que vai para a MEO em janeiro).

Claro que houve quem ficasse um bocado em pânico nas nossas famílias, mas foi uma decisão ponderada, tomada a dois, e necessária. Tenho projectos profissionais adiados e os projectos pessoais são inadiáveis. Quero estar mais presente para a Isabel, quero deitá-la mais vezes, quero estar e ser mais mãe, para ela. No entanto, não posso não trabalhar (e acho que nem conseguiria), e vou esmerar-me para conseguir, em curto prazo, por de pé tudo o que tenho em mente. Arregaçar as mangas e fazer pela vida. Mas uma vida ao meu ritmo, ao nosso ritmo, principalmente quando o bebé nascer. 

Espero não me arrepender deste passo, que foi dado com tranquilidade e confiança. O futuro o dirá. Fiz o que o meu coração mandou. Não tenho medo. Só força.

Ainda a decidir se estas mudanças também vão passar por uma mudança de casa e até de cidade. Em breve vos direi!

Desejem-me sorte! :)

Já agora, BOM ANO A TODAS! Vou fazer para que o nosso seja o melhor de sempre!