11.23.2015

O Natal já começou!

No fim-de-semana tivemos um cheirinho a Natal, mas sem a tia meia surda a gritar que a menina está magrita, sem o tio-avô já com o narizito vermelho da pinga do Ribatejo, sem as tão esperadas meias, que só pelo toque do embrulho se adivinham, e sem o amontoado de broas, azevias e coscorões de que nunca ninguém consegue dar conta e os familiares acabam por levar em tupperwares. :)



Como blogue embaixador do Barrigas de Amor, não poderíamos ter faltado ao encontro de bloggers, no Hotel Vila Galé Cascais.

O que fizemos numa manhã:

- Pinturas faciais com a Petiz em Linha - a primeira vez da Isabel e ficou super contente com o resultado, no dia seguinte ainda me dizia que tinha tido a cara pintada, lá na língua dela

- Workshop Papas-Real de papas de aveia, overnights e outras receitinhas deliciosas e saudáveis com a Catarina Beato, do Dias de Uma Princesa - a Isabel ficou a fã número um, a pedir papa, e eu fiquei rendida a tantas opções sem qualquer adição de açúcar

- Workshop de decoração natalícia para os pais e filhos com a Mom and Me

- Jogos na Nintendo (que nos surpreendeu com presentinhos, yeah)

... Uma manhã muito bem passada, em família e com outras famílias!












Foi muito bom reencontrar o Daniel e a Carolina do Definitivamente São Dois (da mãe Sara), o Francisco e o Afonso do Bicharocos Carpinteiros (da mãe Patrícia) e, ainda, conhecer a Vera, do As Viagens dos Vs e rever a Rita, do Barriga Mendinha.



A foto das mães bloggers, com a Joana Poiares, do Barrigas de Amor. Quem é a cavalona, quem é? Pois.


A foto da grupeta:




Se eu já era uma total apaixonada pelo Natal, saí de lá cheia de vontade de montar a árvore cá em casa e começar as decorações, completamente inspirada pelo bom gosto da Momentos com Design.



E vocês, já foram contagiadas pelo espírito natalício? Não me digam que já têm tudo decorado e planeado?

Quem tem razão: o pai ou eu?

Sabem aquelas implicâncias que às vezes temos em casal? Não, isto é vermelho. Não, é bordeaux. Não é bordeaux, é pele de crocodilo. Não. É um saleiro.

Isto de ter um blogue com gente fofa como vocês a lê-lo, ajuda-me aqui a desempatar nalgumas coisas... afinal, de que cor é o cabelo e os olhos da minha filha?

O pai diz que ela é morena de olhos verdes (???). O morena a sério que não entendo... credo!

Eu digo que é loira de olhos azuis :)

O que dizem vocês? 

Não encontro nenhuma fotografia perfeita para os olhos... O pai vai dizer que é de propósito, já sei como isto funciona... 











Ahah! Afinal encontrei! Tungas!



Vá, se acharem que o pai tem razão, não precisam de comentar. Não se dêem ao trabalho que não vale a pena ;)

11.22.2015

Prendas para os maridões, vá, desbronquem-se!

Uma leitora escreveu-nos a pedir conselhos de presentes para o marido! OH SENHORES, SEI LÁ! Foi mais ou menos isto que lhe respondi. Não faço ideia. Não consigo fugir muito ao clássico. No Natal, sou muito prática. Dou-lhe coisas que sei que precisa (normalmente roupa). E, não se espantem com a falta de magia natalícia, já chegámos a comprar juntos as nossas prendas de natal. Normalmente coisas de que precisamos para a casa. PUFF... sem romantismo, mas com muito amor. Vá, já lhe fiz uma surpresa ou outra, mas não posso contar mais nada (HAHAHAHA, suas doidonas!).

Mas fico à espera que saiam desta caixa de mensagens, ideias mesmo, mesmo, mesmo fantásticas. Conto convosco!

Mudei a minha vida toda.

Nunca fui verdadeiramente infeliz, mas agora sei que andava a viver a vida pela metade. Habituei-me ao "menos bom" como às vezes nos habituamos a coisas menos boas só para deixarmos de as ver. "É assim mesmo"- pensava. "Isto não é assim tão mau" - dizia. 

A verdade é que sempre me conheci assim - muito ansiosa - e, por isso, não me achava muito nada, a não ser muito eu e ligeiramente diferente (por coincidência) de praticamente toda a gente que eu conhecia, mas isso também deveria ser "normal" porque não somos todos iguais, certo? Errado. 

Apesar da ansiedade me ter dado algumas qualidades... Ahm... deixem-me reformular... ter acentuado algumas das minhas preocupações e, por isso, me terem feito reagir de forma mais exagerada (ex.: estudar com um mês de antecedência para os exames da faculdade ou chegar uma hora antes a todo o lado por não aguentar ficar em casa a ver o tempo passar, nem conseguir aproveitar sabendo que tenho coisas para fazer dali a uma hora), apesar de tudo isso, não reparei que andava a fazer-me mal. Afinal, ser muito ansiosa, fazia-me pior à vida e à saúde que os meus dois maços de tabaco por dia que já cheguei a fumar. 

Escrevi-vos sobre a minha ansiedade (aqui) há uns tempos e afinal somos muitas. Mesmo muitas. Outras que ainda não sabem que são por acharem que é "normal", mas outras que já sabem que a vida é mais simples do que aquilo que sentimos por dentro. Vale mesmo a pena lerem o aqui (que já pus umas linhas acima) antes de continuarem a ler o post para saberem o quanto tudo mudou para mim e pode também vir a mudar para vocês.

Cheguei a prejudicar-me em projectos profissionais por não conseguir pensar racionalmente, pelo meu corpo ficar tão tenso que não me sentia confortável nem sequer a mexer o pescoço ou a minha garganta fechar e não ser capaz de falar normalmente. 

Estou a falar das minhas piores crises. Diariamente não era tudo assim tão grave, senão claro que já tinha tentado mudar há mais tempo. 

Em tempos fiz psicoterapia com uma componente psicanalítica que fez sentido na altura para resolver algumas outras questões (ahah sou toda carcomida desta cabeça, sim), mas não me mudou a minha suposta "natureza ansiosa" e ainda bem que não me calhou um especialista todo devoto aos comprimidos e nada à terapia. Demorou demasiado tempo e demasiado dinheiro. 

Fui "ignorando" e "aprendendo a lidar com isso", mas sem saber o quanto isso me estava a custar. Agora, quando começou a afectar a Irene e o Frederico tive de repensar as coisas. E, sabem quando há determinadas coisas na vida que surgem no momento certo? 

Assim surgiu a Eugénia.



Uma amiga minha, a Renata, faz parte de um grupo de mães (tal como eu e a Joana fazemos) de bebés que nasceram em Novembro do ano passado e foi aí que conheceu a Eugénia, mãe do Miguel de um ano. Recomendou-me a Eugénia.

A Eugénia é psicóloga e especializou-se em hipnose clínica na faculdade de medicina.

A sério, Joana Gama? Tu a falar de hipnose? 

Epá, eu sei. Experimentei. Numa de querer muito mudar a minha vida e como era amiga de uma amiga, não havia problema se chegasse lá e me partisse a rir. 

Ri-me? Sim. Não sou nada dada a coisas "alternativas" porque me fazem sentir fora do meu "normal" e, portanto do meu controlo, mas fui. 

Fui e conheci a Eugénia. Falamos primeiro as duas (componente de psicóloga e também para me explicar como iam funcionar as coisas e o que me iria fazer durante a hipnose) e fartei-me de falar. A Eugénia fez com que eu falasse tudo como não falava nem comigo. Senti uma química imediata como se a conhecesse há mais tempo do que a mim própria. Sei que está a parecer lesbiano, mas quase que foi. Ela deu-me vontade de lhe contar tudo, até coisas que não contava a mim mesma. A empatia e carisma da Eugénia e também o meu desespero e o suposto timing fizeram com que me abrisse completamente a uma estranha que, ao mesmo tempo, me era tão familiar. 

Contei-lhe. Contei-lhe os meus maiores problemas, onde tudo começou, o que fiz, o que não fiz, o que foi feito, o que tentei esquecer. Enfim, todas temos histórias dramáticas, basta "querermos". 

E fomos para a hipnose. Fui hipnotizada. 

Tirei os sapatos (a pedido da Eugénia e coitadinha que fui de ténis) e deitei-me na marquesa. Estava extremamente desconfortável por não ser uma coisa que já tivesse experimentado, era novo e diferente. "No que me meti?". 

E sabem o que senti? Enquanto fui hipnotizada? Senti como se estivesse imenso frio em casa e me tivesse acabado de enrolar toda no edredão e sem ter horários para acordar no dia seguinte. Senti que estava a ter um tempo só meu, super quentinho e sem nada que me preocupasse. É como aquele abraço quando se faz as pazes com alguém ou quando temos saudades de alguém ou... aquele abraço que damos aos nossos maridos quando estamos super carinhosos e gratos por viver. 

Ouvi tudo o que ela me dizia e conseguia falar se quisesse, conseguia mexer-me se quisesse. Ao que parece, há vários níveis de hipnose e com vários propósitos. Neste caso, temos mesmo de estar conscientes, mas relaxadas para que tudo funcione. 

Sim, tive direito àqueles barulhos de água e de ondas e piano e cordas. Tudo aquilo que, caso continuasse a fazer stand-up, seria motivo de gozo, mas mexeram comigo. Só o facto de ter começado a ouvir esses sons tão relaxantes misturados com a voz tão doce da Eugénia fizeram-me chorar. Chorar por ter sentido que já não tinha "um abraço daqueles" (que tenho do Frederico, claro, mas não o sentia assim) há tanto tempo. Sem diálogo, senti-me preenchida. Senti que andava a gritar comigo há anos e anos a dizer que não me sentia bem e feliz e que eu própria me fazia de surda, que não me queria ouvir. 

Foi o encontrar de uma sintonia que me compôs. Que me curou. Que me fez fazer as pazes comigo e eu nem fazia a mínima ideia de que estava chateada. A verdade é que andamos tão ocupados a cumprir o dia-a-dia que deixamos de nos dar atenção ou, então, decidimos seguir em frente por acharmos que não sabemos fazê-lo de outra forma. 

Não sou nada de coisas alternativas, nem de meditações e de ioga e acupunturas e coisas do género, acreditem. Entrei só uma vez na Natura e foi porque vi umas pantufas giras ;). Mas esta sessão e logo na primeira sessão fez-me mudar a minha vida toda. E quando digo toda é mesmo toda.

Saí da consulta a voar. Nas nuvens e esse sentimento prolonga-se. A consulta foi em Setembro, mesmo no início e ainda está a resultar. O efeito é em "bola de neve", mas para bom. Assume-se (naturalmente) uma postura diferente e, como nos sentimos gratificadas a tê-la, continuamos a ser dessa maneira que nos faz mais felizes. Sabem que mais? Os problemas vão ficando resolvidos, outros deixam de ser problemas... A hipnose começa na consulta e vai sendo feita pelo cérebro (por nós) ao longo do tempo. Daí as consultas serem espaçadas umas das outras, para a hipnose ter mesmo efeito. Todas as consultas são muuuito potentes e mudam a nossa vida de maneira drástica (para o melhor). Para quem sofra de ansiedade como eu, a primeira consulta é mesmo um choque enorme (para o melhor, volto a frisar hehe). É um trabalho muito muito mais rápido que outro tipo de terapias porque sinto que as duas pessoas não perdem tempo em mal-entendidos ou em coisas refundidas por descobrir. Aqui descobrem-se, aqui ficamos verdadeiramente permeáveis à partilha, à descoberta e à cura.

Já tive algumas consultas com a Eugénia e todas elas mudam um bocadão a minha vida. Começam nas consultas e arrastam-se pelas semanas fora. 

Estou a partilhar isto convosco porque me escarrapacho toda aqui com tudo o que sinto e penso e, acima de tudo, porque adorava poder mudar a vida de mais pessoas como a Eugénia mudou e muda a minha. Falo-vos da Eugénia porque continuo a falar com ela (aquela química era mesmo, mesmo verdadeira) e porque sabem que nisto das coisas alternativas há muita gente (tal como em tudo o resto) que não é de confiança. A Eugénia é. E, numa consulta apenas, mudámos (sim, porque nós temos parte activa neste processo) a minha vida para sempre. Vamos continuando a mudar ainda mais consulta a consulta, comigo cada vez mais feliz e com mais vontade ainda de me aperfeiçoar. 

Já recomendei a uma amiga que estava a tentar engravidar, a outra que andava muito stressada, a outra que teve um ataque de pânico e este efeito não é só em mim. Uma consulta e tudo muda. Querem experimentar?  

Continuo a ter consultas mas é, já agora, para arrumar outras questões, quero usar e abusar da Eugénia ao máximo (eheheheheh). 

Já tiveram alguma experiência do género? Têm perguntas? Medo de serem hipnotizadas? A Eugénia há-de vir cuscar o post, se lhe quiserem fazer perguntas também estejam à vontade!

Quanto mais quiserem mudar e se sentirem preparadas, mais rápida é a mudança. Comigo foi... de rompante e fulminante.

É este o aspecto da minha cozinha.

Num domingo de manhã.


Não precisam vir dizer que as vossas estão piores que eu NÃO ACREDITO!!! 

Ontem foi dia de evento em Cascais (agora assim pareceu-me supébem) + trabalho SIC + quebra de tensão e descanso no sofá + fazer jantar filha + banho + livro  + adormecê-la (demorou uma hora) + escrever posts e jantar no sofá, enquanto trabalhava.

NÃO ME PEÇAM MILAGRES!!!

Até fiquei agoniada quando cheguei à cozinha de manhã. Mas sabem o que fiz? FUGI! Fui desopilar para Lisboa com a família! 

O quê? Achavam que ia perder a minha manhã feita Gata Borralheira? Nããã, nem pensar, não sou escrava da casa. À tarde trabalho, por isso, não ia perder a minha manhã nisto e de volta da roupa e das arrumações. Faz-se. Depois, mais logo. Prioridade: FAMÍLIA. De resto, é varrer para debaixo do tapete ou ignorar por umas horas.

Bem-vindos ao meu mundo.

:)




 A miúda não fica o máximo de totó? :)

11.21.2015

Não era suposto termos ficado cá...

Não era. Tínhamos planeado passar o fim-de-semana fora com os avós, irmos a uma quinta fabulosa a uma hora de distância para ver animais e tudo correu torto:

Irene ficou doente.

Pai ficou doente.

Chovia lá ontem e ainda tentei convencer os avós a irmos na mesma, mas o Frederico chamou-nos à razão... Grrr.

Temos que nos habituar a isto, não é? Estou a aprender a ser mais flexível com as mudanças de planos agora que sou mãe. Dantes conseguia controlar (quase) tudo, agora até o facto de chover na Arruda dos Vinhos me perturba a vida familiar.

Fiquei com pena, mas claro que foi o melhor ficarmos em casa. A mala nova da Irene com o Bambi vai ter que esperar. 




E sítios giros e perto para passar o fim-de-semana que tenham coisas para miúdos de dois anos? 

Onde andamos hoje?

Estamos num evento Barrigas de Amor!
Em breve mostro-vos tudinho! 

Para já: a pintura facial :)



11.20.2015

a Mãe dá- Livros da ex-Anita (vencedor)

Gostam que eu escreva "vencedor" no título, apesar das probabilidades de calhar numa criatura masculina serem muito reduzidas? É optimismo.


Parabéns.... Joana Sobral!!! 

Joana, envia-nos um e-mail com a tua morada, senão os livros não sabem para onde ir ;)


Cortei-lhe o cabelo! Foi muito?

A foto dos "One Direction" abriu-me os olhos para o cabelo da Irene não estar nos conformes.


A Joana Paixão Brás achou por bem também comentar estas fotos da praia a dizer que o cabelo "meu deus".


No outro dia, lavei-lhe o cabelo e pensei: "não passa de hoje!". Tesoura das unhas e foi logo ali. Problema: esqueci-me que o cabelo sobe quando seca. Mas, assim, até parece giro, não parece? ;)


Também são vocês as cabeleireiras?




Tenho a sorte da Irene ter o cabelo frisado e, por isso, não se nota que eu tremia como se me tivessem obrigado a sair da última sessão no Colombo com um saco a dizer Furla.

Afinal... mudei de ideias: quero emagrecer!

Vocês sabem que mudamos de sentimentos por nós próprias todos os dias. Ou, pelo menos, eu mudo. A verdade é que não me sinto mal comigo própria diariamente e, tal como escrevi recentemente aqui. Já não odeio a minha barriga, mas... na quarta-feira tive uma epifania. 

Não sou daquelas que anda sempre de dieta em dieta, de fracasso em fracasso, gosto demasiado de não me dar ao trabalho para isso. Sempre disse a mim mesma (quem é fumador, há de se relacionar com isto) "hei de conseguir, quando quiser". 

Passei a querer. Na quarta-feira pesei-me e reparei na minha diferença de peso para o meu "normal". O meu normal eram "62 kg" (e acho que, mesmo assim, estou acima do meu peso "ideal") e estou a pesar mais 13kg. Sabia que estava mais pesada, mas não tanto. E depois, ao olhar para o meu armário vi o degradé de tamanhos. O ano passado (precisamente há um ano) vestia um M e agora visto Ls e não caibo nos meus casacos de Inverno (o que é uma pena porque os ADORO!). 

Não me sinto gorda, não o faço para parecer melhor, faço-o porque, sinceramente (não sei se estou a dizer toda a verdade porque não tenho 100% de controlo na minha cabeça, por isso sou o mais "sincera possível) quero voltar a vestir a minha roupa toda e porque não quero só usar camiseiros largos. 

Confesso que o número me fez confusão. 75kg para mim... acho que pesei só mais 5 quando estava grávida. 

Gosto de mim na mesma, mas acho que vou tentar limar umas arestas. Nem é para caber num bikini e ficar uma modelo, porque nunca fui e, portanto, não tenho saudades! Ah! E também porque há que ter expectativas realistas. 

Sinto também que estou numa fase nova. Sou mãe, voltei ao trabalho, tenho a vida mais ocupada e já não fico tão no sofá o dia todo... Sinto que este é o timing para voltar a dar existência ao meu corpo, existência essa que, quando era mais nova, me perturbava tanto que acabei por a negar.

Não interessa se estou gorda ou não, não sinto que importe. Quero voltar a caber na minha roupa, só isso. 

Alguém quer dar dicas? Sugestões? Indicar pessoas? Poções mágicas?

Confesso que com a falta de sono que tenho que, fazer exercício só daqui a uns meses quando tudo estiver mais organizadinho na minha vida. Adoro fazer exercício, mas não me apetece estar no ginásio e perder as horas que tenho para estar com a Irene e ainda para mais agora que voltei ao trabalho.

Estão contentes por mim? ;) Querem ver aqui a badochinha com o seu guarda-roupa todo de volta?

A ver se dou uma folga às camisas folgadas.




Nota: Sim, já almocei McDonalds para me despedir desta vida. Clássico.

11.19.2015

Tenho saudades tuas, mãe

Tenho saudades tuas, mãe

Saudades daqueles tempos em que me passavas a mão pelo cabelo até eu adormecer. Ou de quando me fazias cócegas com beijos nos pés. De quando me lias histórias, à noite. Às vezes pedia-te só mais uma, para continuar a ouvir o som da tua voz, calma e alegre. Do teu cheiro inconfundível. Deixaste de pôr perfume quando eu nasci, quando muito usavas o meu, por isso ainda hoje sei de cor a que cheira aquela camisola creme de lã que usavas quando me pegavas ao colo. 

Tenho saudades, mãe

De quando tudo era uma festa. Vestíamos um casaco quente e íamos à rua pisar as folhas amarelas. Cantávamos uma música inventada no momento nas nossas viagens de carro. Tudo era permitido. Misturar numa frase "pão" com "balão", para rimar. Rias-te, rias-te bem alto. E eu fazia a minha melhor careta só para te ver feliz. 

Tenho saudades, mãe

De quando me deixavas pintar-te a ponta do nariz com a tinta vermelha e nem sequer ralhavas comigo. De quando me ajudavas a fazer bonecos com plasticina que improvisaste no momento. De quando os fins-de-semana não acabavam nunca, entre livros, cambalhotas no colchão e bolas de sabão.

Tenho saudades, mãe

Até de quando ralhavas comigo. Porque até aí eu vi uns olhos meigos, que me queriam bem. Nunca senti raiva vinda de ti. Só amor. Sinto saudades até dos momentos em que fiquei doente, para poder estar no conforto do teu colo horas a fio.

Tenho tantas saudades, mãe

De olhar os passarinhos com a maior das alegrias e de ver em ti a mesma satisfação por me mostrares o mundo. De quando me deixavas saltar nas poças de água e até saltaste comigo. De quando me deixavas ajudar-te a fazer o jantar. 

Oh mãe, tenho saudades

Da nossa cumplicidade, do nosso apego, das horas que tardavam enquanto não nos reencontrássemos. Quando me ias buscar à escola, mostrava-te que estava feliz, mas nada, nada me deixava mais feliz do que ver-te. Sabia que as próximas horas iam ser nossas. 

Tenho saudades tuas, mãe, e daqueles primeiros anos da minha vida. E dos que se seguiram.
Tu não sabes, mas eu lembro-me de tudo. Ficou-me gravado no peito, na pele e em tudo aquilo que eu sou hoje. Mesmo quando te vi errar, mostraste-me o que era real e humano. Um dia vi-te chorar e, assim que me viste, limpaste as lágrimas. Ali, a reergueres-te, por mim.

E tu sempre achaste que não estavas a dar tudo, sempre te culpabilizaste, sempre quiseste ser mais. Mãe, garanto-te que não podias ser mais. Foste tudo. Ainda o és, por detrás dessas rugas e dessas mãos de veias em socalco, por onde corre o sangue de toda uma vida. Tenho tantas saudades, mãe. 

Da tua filha, Isabel
2055

Dormiu a noite toda, caraças!!!

Confettis! Champagne! Rufem os tambores! Bota som na caixa DJ!!!

Nota-se que estou feliz e retemperada? (Já sinto as orelhas quentes, mães que andam em estado zombie há meses!)

Hoje a Isabel voltou a dormir a noite toda. Acordou às 8h00. 

Agora... uma questão. Esqueci-me e deixei o aquecedor ligado a noite toda. Sei que faz mal, seca o ar e o diabo a quatro, mas também fiquei a pensar: "será que das últimas vezes a miúda tinha frio?"

Visto-lhe interior e pijama polar, com collants por baixo, porque sei que ela se destapa em três tempos. Mas hoje, ao contrário dos outros dias em que desligo o aquecedor assim que ela adormece, só para aquecer levemente o quarto, ou deixo no mínimo até às 23h/24h, ficou ligado all night long. Resultado: noite de sono tranquilo. Só piou às 6h - já me estava a preparar para lá ir - mas virou-se para o lado e voltou a dormir. 

E agora? O que faço esta noite? Deixo ligado para testar? (Com uma taça com água perto, não é? Para não secar muito o ar? Como fazem?)


11.18.2015

Quando se faz o desfralde do trocador?

Bem sei que a palavra desfralde não é para ser aplicada a trocadores, mas... é um pouco isso que sinto. Nós temos aquele trocador mais básico do Ikea, com um daqueles colchões insufláveis e as capas azuis e vermelhas dos corações. Sinto mesmo que é o suficiente. Mais fácil que isto só usar uma secretária que já tivéssemos em casa ou uma cómoda. Aconselho.

Agora... a Irene está a ficar demasiado grande para o trocador. Já bate com os pés na moldura de madeira e, quando se mexe, aquilo abana tudo. Como fazem vocês, mães, para trocar as fraldas sem ser no trocador? Em cima das camas? Blergh. Blergh, só porque tenho gatos e eles gostam de deixar rasto capilar em todo o lado (e também porque me custaria mudar um edredão todo por causa de um mini acidente). 

É agora que se compram as fraldas cueca e isso pode-se mudar em pé? Já mudei algumas em cima da cama dela, mas como temos a cama no chão, tipo Montessori (num estrado, para ser mais exacta), não me parece muito prático...

Posso dizer-lhe "limpa-te!" e ver o que acontece? 

A minha bebé está a crescer... 




Tenho um bebé SUPER famoso!

Calma, ainda não me subiu à cabeça todo o vosso amor pelo nosso "estaminé". :) Só subiu ao coração...

Como sabem, ou DEVIAM SABER (eheh), a Irene está doente. Está com gripe, acho eu. Febre, ranho e tosse. Não é costume ela estar doente. Não tenho grande andamento nisso. "Preferia" que isto tivesse acontecido quando não estava a trabalhar, assim é todo um sentimento de pseudo-impotência. Digo pseudo porque ela está com o pai e o pai cuida bem da vitelinha. Muito bem até.

Agora, o papá ontem também ficou doente. E só sobro eu! Nós apanhamos tudo o que eles apanham? A minha mãe diz que não, porque temos de estar bem para cuidar deles. ;) Espero que sim. Não me apetece ficar doente e ranhosa. Se já assim adormeço às 21h no sofá e me babo toda em 5 minutos... Quero estar apta!

Ontem estava a pentear a Irene depois do banho e reparei que parecia o Harry Styles dos One Direction (se ele tivesse gripe e fosse mais velho ahah): 



Brincadeiras à parte: já viram os olhinhos da bebé? Tudo bem que era ao final do dia, mas coitadinha!

Está quase a passar! Uffa

Isto não pode ser verdade!

A sério que isto está num livro do segundo ano?


A sério? A sério?

Estou incrédula. É assim que educamos para a tolerância e para a igualdade? Não haverá outras maneiras de ensinar os opostos? 

O filho da minha amiga estava até com dificuldade em resolver o exercício. Do alto dos seus 7 anos, o Tiago estava reticente em dizer que a rapariga era gorda. No outro exemplo, o rapaz era tão magro que tomava banho nos carris do eléctrico quando lavavam a rua. Really?

Se aos adultos, cursados, pedagogos, especializados em fazer manuais escolares e livros de exercícios para as crianças, não lhes cai a moeda... não nos surpreendamos que, depois no recreio, a rapariga gorda e o rapaz magro sejam gozados!... Não nos espantemos que estes estereótipos sejam perpetuados, que o bullying seja aceso... Mais consciência e responsabilidade, precisa-se!


Adenda ao post: Algumas pessoas vieram falar-me entretanto da história "O rapaz magro e a rapariga gorda", de Luísa Ducla Soares (do livro Tudo ao Contrário). Se o exercício estiver, de facto, contextualizado, com a história completa e com algum fundo de moral (não vejo nada de positivo neste exercício), ainda sou pessoa para dar a mão à palmatória. 

11.17.2015

Afinal Havia Outra - A minha filha nasceu com 670 gramas


"Dia 27 de Julho, depois de longos 4 anos com tentativas falhadas o teste era positivo! Não fiquei contente como esperaria, estava já muito doente e tinha de me cuidar para que a gravidez corresse sem mais precauços. Sabia dentro de mim que ia ter uma mini eu, ia ser uma menina, chamar-se-ia Bianca. 
Dia 2 de Dezembro, 23 semanas e 4 dias, fui dormir, acaricei a minha filhota e disse-lhe que a amava mais do que à própria vida. Às 2 da manhã o rebentamento de membranas, vindo do nada e levando-me ao desespero. A minha bebé, nasceu depois de 5 dias de internamento e muitos cuidados intensivos. 
Não pude tocar na minha menina quando nasceu, não a acariciei, não lhe dei a mama, não a beijei. Levaram-na para um outro hospital, abandonada, sem o carinho da mamã. Sonhei que tinha a minha barriga durante dias seguidos, estava a ser racional mas não queria acreditar que não a tinha ali, segura. Pesava 670 gr, estava muito instável, não a podiamos tirar da Incubadora, o primeiro toque foi lá dentro, a 37 graus, com alarmes, cabos, medos, incertezas e muitas lágrimas. Não queria acreditar... o meu coração estava ali, todos os dias. Não houve mais amanhã ou depois de amanhã, havia o hoje e o agora. Vivemos entre apneias, paragens cardio respiratórias, tranfusões de sangue, exames diários, olhos atentos de quem cuidava mas por vezes não deixava cuidar. Não havia colinho para adormecer, nem fraldas sujas, nem camisolas a cheirar a vómito de bebé. Havia sim um banco, uma cadeira, muito café, poucas horas de sono e muita aflição. Os nossos 110 dias foram-se vivendo ali, esperando ansiosamente a nossa ida para casa, vendo outros pais com mais ou com menos sorte que nós. A minha Xoninhas venceu todas as dificuldades, uma a uma, não deu tréguas à luta e batalhou como uma guerreira. Mostrou-me o fio condutor da vida e a certeza de que nada é certo mas que o amor, esse sim, é infinito."


Joana Costa Oliveira 


Obrigada, Joana, por partilhares connosco a tua história, neste dia mundial da prematuridade. 
❤️ Um abraço enorme a todos os pais que passaram por dias como estes. E aos filhotes. Heróis, é pouco!

Para as mães que ainda não sabem o que é dormir.

Antes de mais quero dizer que o seguinte post* só diz respeito às minhas companheiras nas noites de miséria, aquelas noites em que ainda somos acordadas 42 mil vezes por noite, pelas nossas valentes crias que, nestas alturas, até nos esquecemos que fomos nós que as quisemos ter - vá, não é bem assim, mas quase heheh. 

É preciso relativizar, não é? Fácil falar, bem sei...

Imaginem que... além da criança acordar imensas vezes durante a noite (normalíssimo, mas isso não quer dizer que isso nos faça andar aos pulos de felicidade dum lado para o outro), têm também uma criatura na cama, que vai além dos 70 kg e que julga ser um reco-reco. Não sabemos de onde vem aquela capacidade de ressonância, mas caramba que tudo ecoa. Temos vontade de dar um murro no nariz do nosso amor? Ai, se temos. Eles ficam giros a dormir, mas quando não têm o nariz entupido. 

Depois disto, a criança acorda, com os roncos do pai e porque também está constipada. Também ela está doentinha e provavelmente foi o raio do pai que acha que é imune ao frio e a chuva e nunca veste o casaco que lhe pegou. Já ninguém ouve a mãe quando lhes diz para andarem vestidos (não que andem nus). A criança acorda e quer leitinho, mas com a mama ou a tetina na boca parece que lhe estamos a fazer uma "amona" na piscina. Não consegue respirar decentemente. O pai ressona. A criança não consegue mamar. 

A mãe já está a ficar doente também e, enquanto a criança adormece e lhe dá uns abaninhos no rabo, inclinada sobre a cama dela (se não fizer co-sleeping ;)) caem-lhe uns pingos do nariz e só lhe apetece fungar. Funga. A criança acorda. O pai não. Esse continua a ressonar por ter o nariz entupido. São muito espertos, não são? Nunca acordam com os miúdos, nunca. Têm todos um sono muito pesado...

Isto é um dos piores cenários durante o Inverno (e que, mesmo assim, já ouvi dizer que se espetarem aquelas gostas para o nariz -  Neo-Sinefrina - , fica tudo resolvido mais facilmente e podem ter um Inverno bem disposto), por isso, quando acordarem 10 vezes numa noite, pensem que podia ser pior. 

É assim que resolvo as coisas na minha cabeça! :)

Já experimentaram alguma vez estas gotas para o nariz? Funciona bem? Se sim, vou me munir disso tão freneticamente como me muno de bolachas.



*post escrito em parceria com a agência de comunicação.

Adoro, adoro, adoro!

Adoro. Adoro poder passar um fim-de-semana inteirinho com a minha filha. Adoro poder cheirar-lhe o cabelo as vezes que eu quiser. Adoro dormir a sesta com ela no sofá da sala. Adoro poder ir apanhar folhas amarelas em dias de outono de sol. Adoro ouvi-la gritar eufórica "mãe, pai, avó" e improvisar canções no carro que metem "pai", "mãe" e "pão" pelo meio. Adoro senti-la feliz e cheia de mundo por descobrir. Adoro ver a satisfação quando diz "céu" e aponta para o infinito.

Adoro vê-la dar saltinhos e vir a correr para me dar um abraço. Adoro quando faz um ar maroto e coloca os dentes de cima a imitar um coelhinho, com as mãos a fazerem de orelhas. Ou quando faz caretas e diz que é tontinha. Adoro ver a carinha dela, feliz, por ir andar na galinha no carrossel, que faz "cocócocó". Adoro vê-la rodopiar no vestido e dançar, descoordenada, mas patusca. 

Orgulhar-me dela, por tudo e por nada. Emocionar-me com pequenas coisas, que são as maiores. 

Ter uma filha, a minha filha, é a maior dádiva que a vida me proporcionou. Agradeço. Às vezes a Deus, outras vezes aos céus, outras vezes agradeço-lhe a ela. Só assim sou feliz.













Este carrossel lindo está em Cascais.
O vestidinho amoroso é da My Cousin.
O laçarote é Petite.


11.16.2015

Gang dos Frescos, a saga!

Serei a única que acha todo o nome desta acção uma coisa cómica? O gang dos frescos? 

Tenho uma filha de quase 20 meses a correr pela casa toda à procura da carta do alho e do nabo... Se alguma vez imaginei!!! 



"ALHO!!!! ALHO!!!". 


"A Irene quer (muito devagarinho) o alho, é?"*


"É! ALHO! NABO! NABO."


Obrigada supermercado alemão que tem uma lasanhas supreeendentes e uns leites com chocolates viciantes.

Também se meteram nisto?

Por aqui foram os avós que apareceram com isto em casa, as cartas e uma abóbora de peluche.


*não a trato por você, trato-a na terceira pessoa do singular, mas um dia irei parar, prometo.