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1.29.2016

As mães não têm tempo para estar doentes!

Antes de ser mãe uma dor de cabeça é uma dor de cabeça. Depois de ser mãe é uma comichão.

Quando se é mãe, perde-se direitos. Sim, sim. É isso mesmo. Não há cá grande repouso quando estamos com febre, nem há tempo para nos queixarmos de dores de garganta. No fundo, passamos a ignorar as maleitas e, às vezes, até parece que elas não prolongam a estadia no nosso corpo porque não lhes damos grandes abébias. 

Então se tivermos o infortúnio de ficar doentes ao mesmo tempo que os filhos, não há cá olheiras ou corpo dolorido que nos deite para uma cama. É continuar a arrastarmo-nos e até a fazer boa cara, porque eles também estão a sofrer e precisam de nós mais do que nunca.

Se estivermos grávidas então, temos de juntar a tudo isso o facto de não podermos tomar grande coisa. São as mézinhas, os chás e pouco mais. Mas temos força. Não sei explicar como. Arranjamo-la nas entranhas. Temos um bebé na barriga, outro cá fora e temos de nos pôr boas. E pomos. Sem grande espaço para lamúrias. Esta arte do fingimento acaba por resultar, como se o papel que interpretamos passasse a ser mesmo real. 

As Mães não têm tempo para estar doentes! Verdade?


Isabel recuperada desde domingo, eu... assim-assim também! Quase.

1.25.2016

O nome da bebé está escolhido!

Para as mais atentas, não vai ser uma surpresa. Andámos uns dias indecisos entre dois Ls (não necessariamente por começarem por L, mas por gostarmos de ambos), mas acabámos por decidir: Luísa

Cada vez faz mais sentido. Já o disse tantas vezes que é como se sempre assim se tivesse chamado. Foi um nome um bocado "controverso" na família. "Ah mas não preferes antes x ou y?" "Não, preferimos este. E já está escolhido." Queríamos um nome clássico, que casasse com Isabel, simples e que ficasse fofinho também com diminutivo, Luisinha.

Às 12 semanas, senti-a pela primeira vez. Achei que deviam ser coisas da minha cabeça, mas a obstetra disse que podia ser. Então aí tive a certeza. Mas no dia 19 de janeiro (20 semanas menos 1 dia) senti-a mesmo. Já como um bebé. A dar-me pancadinhas de amor. A responder aos meus apertanços (sou a única que dá apertões na barriga para se meter com o bebé?).

Esta semana tive um momento mágico. A Isabel a dormir a sesta, por cima da minha barriga e a Luísa a dar-me pontapés. Um encontro a três. Foi lindo, lindo. Inesquecível. E tenho a certeza de que foi só um de muitos segundos que vão ficar para sempre registados na minha cabeça. 

Isabel e Luísa, amores da minha vida. Continuidade. Isabe L uísa. Não foi propositado (sou mestre da piroseira, mas não chego a tanto). <3






Fotografias LoveLab

Quando comecei a perder a sanidade (ou a ganhá-la)

Apesar de ser a outra Joana que está grávida (a Joana Paixão Brás), estou eu a falar sobre isto, não se confundam. 

Com a gravidez da Joana, tenho tido inputs para me lembrar mais da minha gravidez (sinto que, desde que a Irene nasceu, que ainda não tinha tido tempo para isso). Uma das coisas que me lembro, além de ter sido, desde o início, extremamente idealista (queria que o Frederico me visse a tomar o Folifer porque era algo que devíamos fazer em família - sim, eu sei haha) é dos sonhos. Lembro-me dos sonhos esquisitos. 

Todos temos o nosso processo de integração de uma decisão importante na nossa vida. Sinto que decidi querer ser mãe com o coração mas que o meu cérebro precisou dos 9 meses para se preparar (e o meu corpo também, sim, apesar de não se ter preparado grande espingarda que dilatar não foi coisa para ele, filho da mãe).

Andei super feliz a tentar engravidar. Fazíamos amor todos os dias (wrong! - dicas para engravidar como gente grande aqui) e eu andava já com um brilho especial por saber que estava a cozinhá-las (não era sebo, não). Sempre que sabia que não estava grávida - porque passava todos os dias a convencer-me que já estava enjoada, inchada e que até já sentia pontapés - ficava triste, triste como se algo me dissesse que não merecia. 

Quando soube que sim, já estava, chorei de felicidade. Já estava. No dia seguinte, não. Entrei logo em pânico: o que fui fazer à minha vida? Não há volta a dar! Será que pensei bem nisto? Será que mereço ser mãe? Será que consigo fazer com que o meu bebé seja tão feliz quanto merece? E agora? 

Aos poucos a paranóia e a ansiedade foi dando lugar a uma calma de quem está naturalmente preparada para desempenhar esse papel. Mas! Mas, não sem antes, ter uns milhares de sonhos esquisitos. 

Sonhei com tudo aquilo que possa ser minimamente associado ao nascimento de uma criança: flores a desabrochar, amamentação, tudo. Bebés. Imensos bebés em todos os meus sonhos. Era o meu cérebro a aperceber-se do que aí vinha. Esses sonhos continuaram depois, todas as noites. Ela já nascida e o meu cérebro a trabalhar: tu tens uma bebé, agora és mãe. 

Acabou o processo. Já cá está tudo dentro. Sou mãe. Enquanto que dantes parecia que ela passava demasiado tempo acordada (parecia que não tinha tempo para mim), agora sinto que dorme muito. A nossa vida já está adaptada, já não custa, já não estou a fazer luto nenhum pela vida anterior e a actual. Já está. 



Tanto sonho, tanto sonho que tive. Agora voltei a ter alguns porque inscrevi a Irene no colégio e é uma nova fase de mentalização. 

Sou eu? Vocês também sonham muito? 

1.20.2016

Babei com estas roupas!

Descobri esta marca no Instagram: RubyOwl - Baby and Toddler Wear. Que coisas mais lindas! Pena ser da Austrália, mas até enviei email a perguntar se vendem para Portugal. Calculo que os portes não sejam baratinhos (nunca fiz encomendas fora...).




Não são o máximo? :) Ai! (suspiros)

Era encontrar tecidos destes e mandar a costureira mais prendada que eu conheço fazer umas peças destas!

1.16.2016

Vamos falar de partos?

Vamos. Falo eu, vá. Alguém ainda desse lado? Acredito que sim, pelo menos as pessoas que, como eu, se entusiasmam com o tema. Ou as que gostam mesmo é de filmes de terror. 

Estava eu grávida da Isabel e tinha especial prazer, no terceiro trimestre, em ir ver partos no Youtube. Sonhava com o meu parto. Estive sempre super calma. Achei que ia descer em mim a qualquer momento o pânico, mas nunca esse momento chegou. Levei a epidural com vontade de rir (porque estava a dar um jogo de futebol na televisão e pensei "porra! Nem no MEU parto o homem dá descanso a esta m*rda!"). Entrei na sala de partos a dizer piadas. Pari a rir. Gargalhei, gargalhei. Depois no dia a seguir desmaiei e desmaiei, mas essa é outra história. O parto foi maravilhoso. Ainda na última consulta com a minha obstetra do coração (já vos disse que tenho um fraquinho por ela, aqui), ela recebeu uma chamada do hospital, de uma grávida que estava a entrar em trabalho de parto e ela a dizer para aguentarem um bocadinho, que ela ia... e tudo aquilo me deu uma adrenalina do caraças. Disse-lhe logo "adorei o meu parto, já tenho saudades!". Sim, talvez esteja senil. Haha 

Agora, dispenso bem as histórias em que tiveram de empurrar o bebé outra vez para dentro ou estava com 40 circulares no pescoço e estiveram 305 horas em trabalho de parto. Há sempre alguém, quando já estamos quase, quase no final da gravidez que faz questão de nos desejar uma hora pequenina, para logo depois acrescentar um "é que eu..." ou um "é que a minha cunhada"... Já sabemos que não vem lá coisa boa. Há até quem comece com um "eu nem vou contar." Mas contam. Contam sempre. Estão desertinhas para ser o Correio da Manhã das Parturientes.

Agora lembrei-me do parto da Joana Gama, pobrezinha (texto não aconselhável a grávidas, aviso já!). Está aqui: O meu partão. Se ficaram mal dispostas, leiam agora o meu: O dia em que desovei a Isabel.



Mais fotos aqui: O segundo em que conheci a Isabel.

1.15.2016

As minhas mamas.

Reação de uma amiga viu o post de ontem (Menino ou menina?): "estás com umas grandas mamas! A barriga nem se nota muito, mas as mamas..."

Sim, tenho mamas para dar e vender. São só duas, calma. Mas que duas! Bendita gravidez. 

Nunca fui uma pessoa muito avantajada. Eram pequeninas, rendondas e firmes. Depois cresceram, doeram, parecia que tinham vidros a partir, ficaram enormes, amamentaram, ficaram flácidas, amamentaram, ficaram pequenas e flácidas, pingaram. Os meus saquinhos de chá. 

Agora? Minhas amigas, estão como nunca. Grandes, firmes, redondas e, ao contrário da primeira gravidez, não doem minimamente. Dão-me cá uma auto-estima que upa, upa, sim, senhor. 

Podia escrever aqui que o tamanho não interessa, que cumprem a função delas, que a natureza está muito bem feita, que __________ (completar com coisas inspiradoras) mas deixem-me ser parvinha e falar de coisas pouco importantes. Tenho pena que sejam sol de pouca dura! Odeio andar nesta montanha russa das mamas. BUAAAAAAAA! Não quero os saquinhos de volta! E ainda devem ficar piores e chegar ao umbigo! Buaaaaaa! 

Vou ali olhar-me ao espelho. UAU!!! Já passou o mau feitio.

[Por razões óbvias este post não tem foto a ilustrar. Mostramos tudo, tudo, mas calminha!]


Ah! Giro, lembrei-me agora que o meu primeiro texto no blogue foi este: Ode às Mamas.

1.14.2016

Menino ou menina?

It's a...








GIRL! 

Eu sabia! Desta vez acertei! Quando estava grávida da Isabel, achava que era um menino e imaginava um menino nos meus braços. Errei e fiquei contente porque, no meu íntimo, queria uma menina. Desta vez era-me completamente indiferente (só o pai disse que preferia menina). Por mais que me tenham dito que isso era o meu inconsciente a preparar-me para as duas hipóteses para as minhas expectativas não ficarem defraudadas, a verdade é que tanto me imaginava com uma menina como com um menino, tanto queria uma menina como um menino. Acho que o que eu queria mesmo era mais um filho! E um irmão (ou irmã) para a Isabel. Queria uma família ainda maior e mais maluca. No outro dia até fiquei com a sensação de eu estar a sentir algo contra-natura, porque, com muito espanto, alguém me disse "então agora queres menino!" e eu, a medo, "não, por acaso não...". Gosto tanto de ter uma menina que gostava de ter mais uma menina, dar uma irmã à Isabel vai ser uma maravilha (eu tive um irmão e quis ter mais uma mana depois). E gostava que fosse menino, porque também deve ser super giro ter um puto estouvado em casa. E carinhoso. Já disse isto por aqui, talvez a minha indiferença resida no facto de eu achar, intimamente, que daqui a mil anos ainda vou ao terceiro. Mas, vamos por partes, primeiro a loucura de ter dois filhos e talvez até mude de opinião!


Que felicidade, filhota! Prepara-te para usar muitas roupinhas da mana, fofos, laços e vestidos, para levares muitos beijos (e umas palmadinhas às escondidas da mana... rrrr), para teres muito colo e mimo, que não estraga. Espero proteger-te o mais que possa e dar-te asas para voares. Espero que sejas muito, mas muito feliz. Infelizmente, vais crescer num mundo ainda muito desequilibrado e machista, mas, a pouco e pouco, lutaremos para que os pratos da balança se equilibrem. E tenho tanto para te dizer. Temos tempo.

Não és a primeira mas estarás sempre em primeiro lugar, de mãos dadas com a Isabelinha. 


Fotografias Love Lab 

(19 semanas)

1.12.2016

Como é que isto é possível?!


Isto sou eu a ser lerda provavelmente, mas alguém me explique como é que estas duas imagens são em dias seguidos (p'raí há duas semanas): a da esquerda de dia, a da direita à noite, na noite anterior. São tudo gases?! Não, não comi como uma lontra.

Não estou a encolher a barriga.


1.10.2016

As grávidas ficam (mais) burras

Não sei se é desculpa para podermos andar mais aluadas, não sei se tem a ver com as mudanças hormonais, mas o que é certo é que sinto que alguém me vem cá roubar uns pontinhos do Q.I. sempre que engravido (dito assim parece que foram muitas vezes). Já me tinham dito que as grávidas ficam mais burritas. Isto tem alguma coisa de científico? :)

Eu posso jurar a pés juntos que tenho os meus neurónios a chafurdarem na lama. Os dois. Ou numa praia na Bahia a tomar um chopinho e a comer um camarão grelhado. 

Memória? Nem vamos falar nisso, que é triste. Esqueço-me até de apontar as coisas na agenda para não me esquecer. Parece uma pescadinha de rabo na boca, esta. Mas é que, às vezes, são coisas quase doentias. Desço um lance enorme de escadas para ir fazer x. Chego lá abaixo, faço y, com a maior das naturalidades. Quando subo, lembro-me que era x que eu ia fazer. É assim para tudo. Vou a sítios de propósito para tratar de coisas e venho de lá sem nada resolvido, porque me esqueço. Vou ao supermercado comprar massa e venho de lá com arroz. Quero dizer Sebastião, digo Salvador. Quero lembrar-me se fiz um pagamento há duas horas e só há aragem neste cérebro. E sinto mesmo que não dou uma para a caixa! Escrever estas frases custa horrores! (menos, hahaha)

Nunca fui a pessoa mais organizada e memoriada (isto existe?) deste mundo, mas bolas! Está por demais! Volta tudo ao normal ou quê? Também se sentem ou sentiram (mais) lerdas? 


6 w / 14 w / 18 w

1.08.2016

As 5 piores coisas para se vomitar

(Hahaha) Nem preciso dizer quem sugeriu este título, pois não? É título a la Joana Gama, pois está claro! Calma, não vou fazer nenhuma lista de coisas que já vomitei, mas asseguro-vos que me custou imenso a última experiência (vou tentar não ser demasiado gráfica. Ainda aí estão?).

Segunda-feira estava eu a comer a minha torradinha e a beber o meu sumo de goiaba, quando lá tenho eu de pôr fogo no rabo para ir... coiso. Espero que não sejam muito impressionáveis ou que não estejam a comer uma torrada a esta hora. 

Mas, por acaso, não me posso queixar muito. Desta gravidez vomitei duas vezes e já vou nos quatro meses. Na gravidez da Isabel era o prato do dia, até aos quatro meses. Lá tinha eu de fazer maratonas no trabalho até ao WC, andava sempre nauseada - um horror - e perdi 4 kgs. Agora, perdi 5, mas do metabolismo acelerado e do trabalho e do stress, mas, não se preocupem, já recuperei 2 desde o Natal e já ando a comer como deve ser. Não por duas, que eu sou pessoa que se preocupa um bocadinho com o peso e não gosta de se descontrolar muito (recalcamentos da adolescência? Talvez).

Vamos lá agora à lista. Não a lista que a Joana Gama sugeriu, a da torrada, onde ficaria em primeiro lugar vomitar um Opel Corsa.

Quero saber: quais as coisas que mais vos enjoaram na gravidez?

Eu lanço já algumas que deram cabo de mim:

1) cheiro do tabaco
2) cheiro da gasolina (não havia de ser um shot...)
3) perfumes muito intensos
4) comprimidos Ginecomplex (das duas únicas vezes que vomitei nesta gravidez, foi depois de ter tomado isto só com água, antes de comer)
5) andar de carro (nem preciso estar grávida)


E mais?






1.07.2016

Pronto, admito!

Já estou louquinha por saber o sexo (género, vá) do bebé. Não estava, mas agora fiquei. Quero dar-lhe um nome! :) Luisinha, se for menina. Duarte, se for menino. Ou Pedro. Ou... Ainda não está decidido, mas caso seja, decidimos na hora. Estes nomes ou outro de que nos lembremos e que faça sentido. 



#18semanas #jahabarriga




Estou em pulgas. Dia 11 tenho consulta, estarei com 19 semanas, pode ser que já haja mais alguma confirmação. E vocês? Com quantas semanas souberam?

Quando souber, faço uma mega (mini) produção fotográfica para revelar. Algumas ideias de sessões engraçadas para relevar o género do bebé: aqui.

1.04.2016

Bebé, meu bebé

Bebé, meu bebé,

Quando canto, não canto para ti, mas para a tua irmã. 
Quando danço, os meus movimentos não são para te embalar, mas para fazer a Isabel rir. 
Quando massajo a barriga com cremes, apressada, não é a ti que observo, é para a tua irmã que o meu olhar se dirige. 
Quando sentes solavancos e pés e confusão, cá fora, é a tua mana quem faz de mim um colchão elástico. 
Quando falo de ti, com o teu pai, não me vens nunca sozinho ao pensamento.
Não te sonho as vezes que devia, não te dedico horas, nem fico a imaginar-te, sem pensar em mais nada. Não tenho fotografado a minha barriga. Mas quero que saibas, bebé, que já te amo de coração cheio, com lágrimas de emoção e que, por dentro, sou uma miúda aos saltos. Já fazes de mim a pessoa mais feliz do mundo. Nunca pensei que pudesse ser ainda mais feliz. Os beijinhos que sentes são os da tua irmã mais velha que, todos os dias, se lembra que vens aí. Já sentes o carinho dela? Prepara-te, vem aí muito mais. Vais ser muito amado. Mesmo que não sejas o primeiro, vais sê-lo. Vai haver espaço para os dois, de forma igual, prometo-te.

Bebé, meu bebé,
Sonhei com o teu cheiro. Já te ouvi chorar, baixinho. Já vi as tuas preguinhas e já beijei o teu narizinho. Já te dei banho, sem pressas. Já me deixei ficar, num namoro sem fim, contigo ao colo, a mamar, até passar pelas brasas. Sonho pouco contigo, bebé. Mas, prometo-te, vamos viver muito, ser muito, estar muito. Sou a tua mãe. E serei a melhor mãe do mundo. A tua.

1.02.2016

O que veste um recém-nascido em Junho?

Comecei a pensar mais seriamente nas questões da chegada do bebé, puericultura, berço, manduca ou sling (devolver o emprestado), roupas. Neste departamento estou confusa. A Isabel era de março, por isso usou babygrows polares, bodies cardados, casaquinhos de lã e por aí fora. Mas e se o recém-nascido for de junho? O que veste?


No Natal recebi um tapa-fraldas bege, uma camisola de manga comprida e um casaquinho de malha da minha sogrinha (emocionei-me para caraças).




E agora aproveitei os saldos da Zara para as primeiras roupinhas! Fiz compras "básicas" - um casaquinho, um pullover, uma camisola e umas calças de malha brancas. Adoro branco e, não sabendo o que é ainda (adoro esta expressão: - "já sabes o que é?" - "uhmmm.... uma couve não deve ser"), vou abusar do branco, pérola e bege. E do cinzento, claro!






Mas, além destas comprinhas, queria ir preparando os interiores, os pijamas e babygrows, que é o que mais lhe vou vestir. Também não sei que quantidades serão precisas, mas bem me lembro de ter muita roupa da Isabel com cocó para desencardir e recordo-me só que fiz bem em não ter comprado muitos 0-1, que a miúda era grande.

É giro como a nossa cabeça faz um reset a quase tudo e parece que vivemos todas estas dúvidas de novo. :)

12.28.2015

As Marias - Três é a conta que Deus fez

Até há umas semanas, ter duas filhas deixava-me preenchida - mais do que isso, realizada. Dava por mim muitas vezes a olhar para elas enquanto brincavam e a pensar que ver aquelas duas crescer, e envelhecer junto delas, era a maior felicidade que esta vida me poderia dar.  Mas um dia, há bem pouco tempo, um teste de gravidez deu positivo e eu fiquei sem tapete. “Então mas agora vou ter mais um filho?”. “ Como é que isto aconteceu?”, mandava para o ar enquanto o pai ria, sem tirar os olhos de mim – provavelmente com os nervos. “Mas eu tomei tudo direitinho, nunca me esqueci”. Pois foi, tudo direitinho. O problema é que também tomei direitinho um antibiótico que, provavelmente, fez curto-circuito com a pílula… A verdade é que vem aí o terceiro filho. E escusam de fazer esse ar de surpreendidas, porque de certezinha que já leram nas revistas. Aliás, estas descobriram antes da maioria das minhas tias-avós. Até porque no início só contei a três pessoas. Estava a tentar mentalizar-me – e, honestamente, a tentar convencer-me de que era uma boa notícia. O pai repetia-me que sim, mas para mim não foi imediato. Foram semanas atribuladas, com pensamentos e estados de alma contraditórios.

Agora, as minhas 16 semanas de gravidez falam-me em forma de cliché e dizem-me que este é “o melhor presente” que podíamos ter recebido. Que “três é a conta que Deus fez”. Às vezes, encaixar num cliché é bom, é confortável. E a verdade é que o meu coração de mãe de duas sofreu um novo estímulo e dilatou mais um bocadinho. E à medida que a barriga cresce – e se ela cresce! - o meu coração cresce com ela, numa harmonia que me diz que “está tudo bem”, “vai correr tudo bem”.

Continuo a ter pesadelos com o final da gravidez, o parto e o pós-parto. E não sinto saudades dos primeiros meses, das fraldas e das noites mal dormidas. Mas já não é nisto que penso em primeiro lugar quando, a meio do dia, sem razão aparente, me lembro de que estou grávida e sorrio – às vezes só para dentro, outras para fora, feita tonta.

Agora, é rezar para que as minhas amigas me devolvam tudo o que lhes emprestei – e/ou dei – porque já tinha “fechado a loja”. Por enquanto, certo certo é que a criança não vai ter frio nos pés…



Catarina Raminhos, mãe da Maria Rita, da Maria Inês e grávida de 16 semanas

12.19.2015

Conversa com a minha barriga

Olho para ti com desconfiança.

Desconfiança porque continuo a achar impossível seres a casa de uma pessoa. Não que não caiba aí alguém com 8 centímetros, mas continuo a achar que és um daqueles milagres inexplicáveis. És pequenina, não és mais do que um cozido à portuguesa num almoço de domingo. O que sinto também a percorrer-te é facilmente confundido com gases. A primeira vez que soube que seria mais do que isso, soube-o porque o coração mo disse.

Há coisas que só se sentem com o coração. Ainda não te vejo com olhos de ver. Mas sei que és mais do que uma barriga enfartada de broas e batata doce e por isso forço-me a ver-te. E ainda não estás lá para os outros. Ainda não sou mãe para a senhora de cabelo grisalho que está ao meu lado no supermercado. Nem para a colega do segundo piso, no elevador. Ainda não és tema de conversa. Ainda não me vêem com aqueles olhos curiosos nem me sorriem, cúmplices, enquanto passeio na rua. Ainda não és a lamparina de amigos e desconhecidos. Ninguém me pergunta para quando és, nem quer saber se és menino ou menina.

És só a minha barriguinha. Estás só no meu coração. Em menos de nada vais esticar, esticar, como o meu amor por ti. Em menos de nada, estarás nos corações de todos, até da velhota no supermercado. Porque há poucas coisas mais enternecedoras e mágicas que uma barriga de grávida.

12.16.2015

Coisas estranhas que acabei por ADORAR na gravidez

- Ter aspecto de quem engoliu uma arca frigorífica: 

Além de me ficar bem porque me dava um ar fofinho e de diminuir o tamanho de todos os membros do corpo por comparação, gostei mesmo de me ver assim, com uma barriga enorme. 

- Tomar magnésio em saquetas: 

A sério que me sabia bem e acordava cheia de pica para o tomar, já o ferro...

- Tocar-me imenso: 

Ahah! A sério? Não. Estava a falar de fazer festinhas na minha própria barriga. Nem era o facto de ter lá um bebé, sabia-me bem porque a pele estava tão esticada que parecia que arranjava mais espaço. 

- Dormir com a salsicha: 

A sério??? O que se passa com vocês hoje? Houve uma determinada altura que tive imensas dores de costas e tal e comecei a dormir com aquelas almofadas de amamentação gigantes entre as pernas para ver se aliviava o tamanho da barriga e confesso que me agarrava a ela como se o Frederico se tivesse deitado à mesma hora que eu. 

- Não ter de encolher a barriga para as fotografias: 

QUE BOOOM!! Livre dessa preocupação! Estou barriguda e pronto!

- Passar a por cremes depois do banho: 

Nunca tinha tido tanto cuidado comigo e, durante a gravidez, cheia de medo das estrias, comecei a usar creme na barriga e nas maminhas. Aqueles minutinhos depois do banho sabiam a um spa pessoal. Tive de mudar de creme porque o primeiro (amêndoas doces - sim, esse) dava-me vómitos e usei o da Mustela, cor de rosa na altura (agora é vermelho, acho eu!). 

- Fazer aquafitness às 8h da manhã: 

Sempre gostei de desporto ("ai é? Então, por que é que não fazes?") e, durante a gravidez inscrevi-me em aulas parecidas com hidroginástica, só com velhotas, mas foi muito divertido, mesmo às 8h da manhã. Fez-me bem. 





Grávidas, aproveitem tudo! Tudo! Tudo! 

12.15.2015

O que muda do primeiro para o segundo filho?

Já sei que deixamos de esterilizar tudo e mais alguma coisa (por acaso nunca fui muito maníaca) e que passamos a varrer para debaixo do tapete, mas há muito mais para além disso.

Tinha como referência uma amiga que, depois do segundo filho, me disse que tudo tinha mudado. Que não ia ter mais nenhum, a loja estava fechada. Que era muito duro. Nunca tinha pensado que pudesse ser assim. 

Depois, falei com outra pessoa que me disse que estava a ser maravilhoso. Que não estava a dourar a pílula. Na segunda semana rumou, com os dois filhos, ao Algarve para acompanhar o marido que foi em trabalho, com uma leveza e um à-vontade que não sentiu na primeira filha. Que não faz nada sem a mais velha e não esconde nada da filha. Que está muito menos complicada em tudo. Que está muito feliz. 

Desta vez vou ficar caladinha, até porque ainda não sei o que muda. Quero que sejam vocês - se tiverem vontade de o fazer, óbvio - a contarem-me as vossas experiências. O que mudou nas vossas vidas? Na vossa organização? Na vossa cabeça? No vosso coração? Quero saber tudinho! :)




#15semanas 

12.13.2015

Também tiveram este sentimento de culpa?

Esta gravidez está a ser muito diferente da primeira. Enjoos, praticamente nem vê-los (só uma leve indisposição quando estou demasiado tempo sem comer - sim, sim, às vezes esqueço-me e deixo passar bem mais do que as 3 horas...).

Na primeira gravidez, tive enjoos entre o segundo e o quarto mês, todos os dias. Daqueles de ir a correr corredores no trabalho tipo Speedy Gonzalez para ir vomitar à casa de banho ou ao caixote do lixo mais próximo. Nem os Nausefes me safavam. 
Desta vez, tirando o sono e o cansaço, não tenho dado pela gravidez. Os dias passam depressa e quem já tem um filho sabe que não sobra assim tanto tempo para mais nada. 

Na primeira gravidez, fiz um diário (que às vezes era mais semanário) bastante completo. Desta vez, não me arrisco a começá-lo se já sei que não vou chegar nem a meio. 

Já ando mesmo a ver que aquela história do segundo filho não ter direito a fotografias e a registos é mesmo verdade! Já me questionei se não se iria sentir menorizado... e já senti um sentimentozito de culpa por não estar a dar a mesma atenção a esta gravidez. 


É assim com todas? Ou viveram as gravidezes de forma igualmente intensa e dedicada? Ou isto é só a fase inicial e quando começar a ver a barrigona e a senti-lo(a) vai ser tudo diferente? 


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Escrevi este texto há um mês, para não me esquecer. Muita coisa mudou entretanto (não foi assim tanta). Vomitei depois de meter gasóleo, não aguentei aquele cheiro. Já tive alguns enjoos. Já perdi quatro kgs, porque ando sem grande apetite e o stress e trabalho não têm ajudado. Já sinto mesmo que estou grávida (não só nas mamas, enooooormes hehhe). Já sinto o bebé. Já o sinto como meu filho. Já o vi nas ecografias, tão querido, a mexer-se imenso e ouvir o coração é das coisas mais enternecedoras de sempre. Já o amo, muito.