12.13.2015

Também tiveram este sentimento de culpa?

Esta gravidez está a ser muito diferente da primeira. Enjoos, praticamente nem vê-los (só uma leve indisposição quando estou demasiado tempo sem comer - sim, sim, às vezes esqueço-me e deixo passar bem mais do que as 3 horas...).

Na primeira gravidez, tive enjoos entre o segundo e o quarto mês, todos os dias. Daqueles de ir a correr corredores no trabalho tipo Speedy Gonzalez para ir vomitar à casa de banho ou ao caixote do lixo mais próximo. Nem os Nausefes me safavam. 
Desta vez, tirando o sono e o cansaço, não tenho dado pela gravidez. Os dias passam depressa e quem já tem um filho sabe que não sobra assim tanto tempo para mais nada. 

Na primeira gravidez, fiz um diário (que às vezes era mais semanário) bastante completo. Desta vez, não me arrisco a começá-lo se já sei que não vou chegar nem a meio. 

Já ando mesmo a ver que aquela história do segundo filho não ter direito a fotografias e a registos é mesmo verdade! Já me questionei se não se iria sentir menorizado... e já senti um sentimentozito de culpa por não estar a dar a mesma atenção a esta gravidez. 


É assim com todas? Ou viveram as gravidezes de forma igualmente intensa e dedicada? Ou isto é só a fase inicial e quando começar a ver a barrigona e a senti-lo(a) vai ser tudo diferente? 


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Escrevi este texto há um mês, para não me esquecer. Muita coisa mudou entretanto (não foi assim tanta). Vomitei depois de meter gasóleo, não aguentei aquele cheiro. Já tive alguns enjoos. Já perdi quatro kgs, porque ando sem grande apetite e o stress e trabalho não têm ajudado. Já sinto mesmo que estou grávida (não só nas mamas, enooooormes hehhe). Já sinto o bebé. Já o sinto como meu filho. Já o vi nas ecografias, tão querido, a mexer-se imenso e ouvir o coração é das coisas mais enternecedoras de sempre. Já o amo, muito.

Está aberta a época! Hehehe



Que mãe de segunda viagem não tem uma foto da praxe destas? :) Estou doidinha para alinhar neste clichet!!! Hehe

12.11.2015

Coisas que devia ter feito mais cedo.

Já escrevi um post sobre "coisas que não vou repetir com um segundo filho", mas este é ligeiramente diferente. Deixem-me só ir ler o outro para ter mesmo a certeza... Ok! É mesmo diferente.

Coisas que deveria ter feito mais cedo e que vou fazer mais cedo para a próxima:





  • mudá-la para a cama normal
Feita parva, demorei imenso tempo a tirá-la do berço. Todas os bebés têm o timing deles (ou pais), mas no nosso caso, a Irene andava a dar cabeçadas feita estúpida há meses (mesmo com o contorno do berço) e pontapés e ainda hoje não entendo por que é que demorei tanto. 
  • baixar o volume do intercomunicador
Por causa do stress de não a ouvir, tinha sempre o intercomunicador no máximo, por isso até ouvia a baba a escorrer, se ela dormisse de boca aberta. Se eles precisarem de nós fazem-se ouvir ao ponto de não termos de ter o intercomunicador no máximo, de certeza. Andava eu a stressar-me com barulhinhos de nada e a acordar milhares de vezes... 
  • borrifar para os babygrows e usar pijamas
Tão mais prático e fica tão mais gira! Não entendo a magia dos babygrows, a sério! Especialmente aqueles que têm as molas atrás (wtf?) como já escrevi aqui
  • deixar de lhe dar comida entre as refeições
Ficava sempre muito preocupada por ela não comer bem ao almoço e ao jantar, mas continuava a dar-lhe pão o dia inteiro e bolachinhas, não fosse a miúda ter fome... 
  • cortar-lhe eu mesma o cabelo
Andou a miúda parecida com o MacGyver demasiado tempo por não querer arriscar...
  • introduzir o segundo prato
Esteve a miúda a rejeitar sopa por estar desinteressada da textura... E, afinal, queria era variedade.
  •  mudar para toalhas maiores
Limpar um bebé maior com aquelas toalhas de recém-nascido com capuz... É uma tortura! E para os dois!
  • jogar às escondidas
Houve algo em mim que me impediu de vê-la como uma companheira para brincadeiras demasiado complexas. Afinal já podíamos andar a brincar às escondidas há taaaanto tempo...
  • comprar sapatos
Sim, é parvo ver um bebé de sapatos se não anda, mas andar com ele na rua com 4 pares de meias para não ter frio nos pés também... 


E vocês? 

QUANDO? QUANDO?

Sabem o que me deixaria mesmo muito muito feliz? Sabem? 

Era que a Irene ou aguentasse dormir tapada ou passasse a tapar-se sozinha. 

Não há nada que não me aterrorize todos os dias como a temperatura do quarto, se o ar fica seco, se o pijama é o suficiente, se devo vestir-lhe umas leggins por baixo, se há demasiada humidade...

Quando? Quando é que ela vai pensar: "isto do edredão é uma coisa boa e tenho um bocadinho de frio, deixa cá ver!".

Farta de ficar preocupada! 

Eu sei que existem uns sacos-cama gigantes para os miúdos dormirem mas a miúda não admite mesmo estar minimamente presa de movimentos Grrrr! Isto além de que sou eu quem paga o aquecimento e... acho que não vou gostar da factura... 

Temos de esclarecer aqui uma coisa.

Ainda bem que activámos o botão de mensagens da página do Facebook que assim chegam-nos coisas que vocês não se dariam ao trabalho de enviar por mail (nós sabemos como é essa preguiça cibernética). 





A sério? É verdade que nos confundem? Não temos nada que ver!! Tirando o nome, a idade, a profissão e as duas filhas da mesma idade e com nomes que começam pela mesma letra.

Talvez seja melhor esclarecer!

Esta sou eu (Joana Gama):


Não sou isto tudo!!! Isto foi há uns 5 anos
e é a melhor fotografia que tenho da minha pessoa, ok? 


E a minha filha é a Irene:



Esta é a Joana Paixão Brás (decorem... nome comprido, nome de betinha...):




E esta é a filha da Joana Paixão Brás, a Isabel (é a que costuma estar sempre vestida para um baptizado, comparando com a minha): 




Também nos confundem?

Digam lá a verdade! Confundem-nos ou já nos topam de ginjeira só pelo tipo de letra? ;)

Como descobri que estava grávida?

Fui à farmácia e comprei um teste de gravidez. Duas amigas pressionaram, se o período estava em falta, podia estar grávida e era melhor saber o quanto antes. Duvidei muito. "Não me sinto grávida", "não devo estar", "era demasiado rápido", "isto é um gasto parvo de dinheiro", "estou atrasada e estou toda desregulada". 

Pow-pow! Grávida, 3+. Fiquei de boca aberta. Feliz, mas incrédula. O David estava na sala. O percurso da casa de banho até à sala pareceram-me quilómetros. Quis fazer bluf, mas ele disse-me logo que já tinha percebido. Não, não tivemos a reacção "esperada". Não saltámos os dois, abraçados. Não nos rimos às gargalhadas. Ficámos só de boca aberta, com uns "e agora?" e uns "já está?" e uns "caraças, fico logo!" (já com a Isabel foi tiro e queda e também só descobri às 6 semanas e uns dias, numa consulta de rotina e sem desconfiar minimamente). Ficámos preocupados, não vou negar. Não tivemos uma reacção romântica e digna de filme. Era e é um(a) filho(a) muito desejado(a), mas nem tivemos tempo de nos habituar à ideia de que estávamos a tentar. Começámos a tentar e pronto. Sem contas, sem estratégias. Ainda bem, claro, nem quero pensar na ansiedade e na frustração de quem está anos e anos a tentar ter um momento especial destes. Mas foi num misto de nervosismo e apreensão ("é mesmo real", "vem mesmo aí", "ai meu Deus") que vivemos as primeiras horas e até os primeiros dias. Demorei algum tempo a assimilar que estava grávida. 

Agora já tivemos tempo suficiente para estarmos só felizes com a ideia. Eu feliz e cansada, vá (hehe). E olho para trás e até acho piada àquele momento em que descobrimos que íamos ser pais pela segunda vez e relembro a expressão do David, com um sorriso nervoso e sobrancelhas levantadas, com imensa ternura. 

A melhor compra de sempre.

Já não estava a dar. A rapariga lá se desenrascava com uma mesa mínima de apoio que temos na sala, com um apoio para pés do cadeirão a fazer de banco ou - chegou a fazer isto - com uma caixa de sapatos ou com a caixa dos legos para ter onde se sentar.
Adora, adora! Pintar, desenhar e faltava-lhe o conforto e o espaço para dar aso a essa alma de artista (qualquer dia qualquer sofá ou parede servirá, eu sei, pela amostra que já tenho numa porta, na minha carteira e num caderno). Medo.




Ninguém se aleijou no curso destas fotografias, calma. Não espetou parafusos na mão nem a martelámos. Adorou ajudar neste puzzle e nós gostamos de a ter por perto (Até parece que está com a farda e tudo. Hehe) Sim, ando a explorá-la ao máximo, claro, vai buscar-me os sapatos, o casaco, a carteira à mala, ajuda a arrumar o quarto, põe as fraldas no lixo e a roupa na máquina. É aproveitar enquanto isto é real!




Depois de um extreme makeover, obra da sua mãe, cá está ela a dar uso à mesa e à cadeirinha. Sim, fui eu quem lhe cortou a franja, ganhei coragem. Depois de ver as fotos confirmei que preciso de aparar ali mais umas pontas, para a miúda não ficar cegueta. Também precisa de cortar uns três centímetros no resto do cabelo, mas isso não tive coragem, porque ela já estava muito mexida e tem um cabelo ralo e fino, qualquer pé em falso nota-se demasiado.



Passa aqui uma boa meia hora seguida, mas raramente dispensa o pai ou a mãe por perto a desenharem cavalos e princesas e sapos (e que jeitinho que ambos temos!!!), para que ela pinte por cima.







Achei graça a este pormenor. Apesar da mesa e da cadeira serem mini, os pés ainda não chegam ao chão. Fofinha da mãe, pá!

As merceditas de camurça com fecho pulseira - já sei que as mães de miúdas, mais "pipis", iam perguntar e fica já tudo tim tim por tim tim - são Pisamonas.


O puzzle, ou antes a mesa e a cadeira, são Ikea e foram das melhores compras de sempre, nem sei por que razão demorámos tanto a comprá-las.

Quero uma cama destas para o bebé!

Pelos menos nos primeiros meses, o(a) bebé ficará a dormir no nosso quarto.  Depois, passará para o quarto da Isabel, que será transformado para os dois. 

Agora distanciada, acho que a Isabel passou cedo demais para o quarto dela, com três meses e picos, mas na altura fizemos a experiência e passámos a dormir todos melhor. Todos, salvo-seja, que eu tinha de me levantar várias vezes para lhe ir dar de mamar ao quarto dela (se bem que às vezes até me presenteava com 7 horas seguidinhas de sono, uma maravilha). A alcofa em que ela dormia no nosso quarto (que pertenceu ao Raminhos - sim, sim esse mesmo da barba) - tinha mais de 30 anos e era muito bonita (a alcofa!), mas estava a ficar pequena e ela acabava por acordar bastantes vezes.

Desta vez, vamos vendo, analisando, não me quero precipitar. Mas acho que vamos comprar um daqueles berços que são um prolongamento da nossa cama. Parece-me mais fácil para a amamentação, parece-me que basta esticar a mãozinha para o(a) acalmar e dar festinhas, fica mais próximo(a) do cheirinho e do calor da mãe. 

Alguém com uma dessas camas? Experiências? Marcas/ preços (já agora hehe)?




12.10.2015

Comida antiga.

Sabem quando, no meio da azáfama do quotidiano (adoro esta expressão) conseguem ter uma ideia brilhante?

Inventei a história da comida antiga. E, de repente, por ter passado a ser um "disco pedido", isso fez com que todas as tarefas pudessem ser "chantageadas" com a história da comida antiga.

A comida antiga, não é nada mais nem nada menos que o funcionamento do sistema digestivo para uma criança de 21 meses. E isto começou porque ela dizia que lhe doía a barriga e eu tentei explicar-lhe que era o cocó (segundo post no mesmo dia a falar de cocó? Whats wrong with me?) a "correr" para sair.

- Vamos mudar a fralda, Irene.

- Não.

- Quer a história da comida antiga?

- Sim.
*começo a mudar a fralda.

- Então a história é: a Irene come.
*abro a boca e como algo imaginário.

Depois mastiga.
*mastigo.

Depois engole.
*engulo.

Depois vai para a barriga onde a comida fica tipo piscina.
*faço de peixe balão com a boca e finjo flutuar.

A comida fica cocó. O cocó começa a correr para sair.
*finjo que estou a correr.

Sai do rabo.
*faço boca de quem vai dar um beijinho e ponho, assim, a língua de fora.

E o cocó é comida... antiga!!
*ela bate palmas toda feliz.


E agora até é ela quem acaba as frases e faz os movimentos. Pronto. Durante as últimas semanas nada tem sido um frete, graças à história da comida antiga.

Que truques já arranjaram vocês suas manhosas?

12.09.2015

A pergunta da praxe: Menino ou menina?

Já me perguntaram isto algumas vezes e a minha resposta parece politicamente correcta, mas garanto que é do coração. Quero menina e quero menino. Só um dos dois, calma! 

Tanto me imagino com mais uma Isabel (adoro, adoro ser mãe de uma menina!) como me imagino mãe de um rapaz (mesmo com o risco de levar com xixi na cara). Acho piada à ideia de um casal? Sim, acho (é a minha experiência e adoro ter um irmão mais novo). Mas também acho maravilhosa a ideia de ter duas filhas, cúmplices, que dormem de mãos dadas e dizem disparates em segredo, dando risadinhas nervosas, na adolescência.
Adoro ser mãe, ponto.

E não me venham com teorias de que isto são estratégias para não ficar triste, nem com o "é normal querer ter um casal" ou é uma "necessidade biológica", como li num comentário algures. Tenho uma amiga que sempre quis ter duas raparigas e eu não tenho preferência. Lá se foram as teorias todas por água abaixo. Hehe
O mais engraçado nisto tudo é que, na primeira gravidez, apesar de ter o feeling de que era um rapaz, sonhava ter uma rapariga - acho que por ter sido a única menina numa família de rapazes, primos e irmão - e o David sonhava com um rapaz e agora é o próprio David a dizer que gostava de ter mais uma menina, por estar a adorar a experiência de ser pai da Isabel. Tenho a certeza de que se for um menino, ele também vai delirar!

Por isso: venha o rapaz! Ou venha a rapariga! (com saúde, saúdinha da boa, é o cliché com mais razão do mundo!).



Ah! E pelas últimas da ecografia e da minha médica: se tivessem uma arma apontada para dar um palpite diriam que era MENINA! :)

De longe dos posts mais estúpidos...

Estou toda envergonhada a escrever sobre isto. Não gosto nada de escatologias e coisas, mas num blog sobre bebés... têm de estar à espera desse momento de vez em quando.

Ora... fiz uma descoberta que achei fabulosa (só eu). Afinal o cheiro a cocó dos bebés não é especial. 

O primeiro, com aquele cheiro a leite materno, é, pronto. Mas este não. Afinal é só cocó de quem come muita sopa.

E como sei isto? Porque ando a comer as mesmas coisas que ela.

Se acabei de vos falar do meu ex-bolo alimentar? Sim. Por que é que achei giro partilhar isto convosco? 

Não faço ideia. 

Babysitting à distância.

Neste feriado, já que aproveitámos para ficar em casa (coisa que não fizemos no fim-de-semana) acabámos por por as visitas familiares em dia.
Aconselho vivamente este livro do Kiko para fazer de pseudo selfie stick para os miúdos.

Primeiro falámos com a avó Sílvia (o João e o tio Pedro) que não parava de chatear que queria ver a Irene pela câmara. Depois a avó Celina e o avô Bilas e, por fim, o avô Filipe, a Bibi e o tio Tiago.

Toda a gente ficou muito contente, tirando o meu pai (avô Filipe que, às 10h30, estava a dormir).


Também têm este babysitting à distância?





12.08.2015

Esqueci-me da porcaria dos t.p.c de Natal!

Porcaria é uma forma de expressão (sim, que eu tenho as educadoras da Isabel a lerem o blogue, respeitinho!). Opa!
Era para entregar na segunda-feira uma bola de Natal de cartão enfeitada e nunca mais me lembrei. Nem eu nem o pai.

Chibata, já! 

Eu até não sou das que se queixa com estes trabalhos de casa (tudo o que seja fazer actividades manuais com a Isabel dá-me prazer, apesar da falta de jeito das duas - o pai é o pior dos três), mas desta vez vão ter de me perdoar. Não me lembrei. Tinha guardado para fazer no fim-de-semana, mas andámos a mil e acabei por me esquecer. 

Vai chegar tarde e a más horas, desengonçado, mas feito com carinho e com a filha super orgulhosa por ter pintado a "boua" e colado auto-colantes. Para mim, o mais importante.

E vocês? São das que gosta de fazer estes T.P.C ou dispensavam bem? Levam isto muito a sério (como se fossem ganhar um prémio pelo trabalho mais bonito) ou deixam os vossos filhos "brilhar", à maneira deles? :) 




[Tanta coisa e agora não leva os t.p.c sequer porque está doentinha, com febre. Buaaaaaaa].

Arrependo-me tanto. Não façam o que fiz.

Estive um bom tempo a adormecer a Irene e pensei em algo para vos falar. Lembrei-me de algo que aconteceu hoje. Frederico a brincar com a Irene, no sofá, tão amorosos que o meu coração pára e parece que tiro fotografias do momento como se nunca mais tivesse direito a nada parecido e oiço "ela tem cocó". 

Ela tem cocó. Senti uma espécie de fúria a subir-me pela cara acima. Orelhas a escaldar, bochechas também (mas talvez isso seja da rosácea haha), até senti o cabelo mais esticado na cabeça como se estivesse arrepiada. Disse: "ela tem cocó e então?". 

Feita estúpida fui mudar. 

Apesar de ser uma pessoa que se considera minimamente inteligente, sou muito conservadora nalgumas coisas. A minha mãe não é nada assim, mas há um "eu" qualquer em mim que acha que a mãe é que deve arrumar a casa, tratar da roupa e tratar de tudo o que tem que ver com o bebé. A Joana Paixão Brás é o contrário (é como eu gostava de ser) e nem admite que se utilize o verbo "ajudar" em casos como "o pai tem que ajudar". Não se ajuda, é-se pai. Foi isto que ela escreveu num post algures. Ah, está aqui, afinal.

Apesar de me gabar de ser franca, nada tímida, frontal, etc. Pareço uma freirinha submissa nestas questões. Não gosto de lhe pedir para fazer coisas (sinto que ele é que as devia fazer voluntariamente), não gosto de lhe pedir para fazer coisas que sei que ele não gosta de fazer, nem gosto de o ver a fazer coisas que não goste de fazer. Também tenho a sorte de ter casado com um homem que expressa repetidamente o seu desagrado, o que não ajuda. 

Ora, a Irene nasceu. A Irene nasceu e tentei muito, mesmo muito incluir o pai em tudo o que podia. Inicialmente (porque tivemos uns stressalhões com a amamentação) era ele quem lhe dava o biberão (eu sofria em silêncio por estar tudo a correr mal nesse aspecto), mas isso foi só durante a primeira semana. Tudo o resto: almoço, jantar, mama, adormecer, acordar, fraldas, banho, vestir, passear... fui só eu que fiz e sozinha. Ele agora faz-lhe a comida, sempre. 

"Ah, o teu marido é uma besta!". Não, não... a culpa aqui é muito muito minha. Convidei-o sempre a fazer as coisas e perante o seu desagrado, em vez de lhe ter feito uma cara de "é a vida", disse "eu faço". Ficava amargurada por ele não querer fazer as coisas e estupidamente não queria que alguém que "não queria fazer as coisas" as fizesse, tendo em conta que "as coisas" aqui são a nossa filha. O que é que isto fez? Fez com que acontecessem várias coisas (já reparei que estou a usar muito "as coisas", já) menos boas: 

- Cansaço psicológico e físico aumentado vezes milhões da minha parte. Eu acho que estive mesmo a patinar para o "outro lado". Já é tudo tão difícil e eu piorei e muito tudo para mim própria.

- Ressentimentos injustificados (visto que depois negava a ajuda dele "ele dizia: não quero, mas faço, se quiseres). Tudo isto por causa daquela minha vozinha de freira que,  por dentro, dizia "é o teu papel, não é o papel dele".  Cansada e triste, ó que bem!

- "Retirei" o privilégio de ambos terem construído uma relação mais próxima desde o dia 1. Até agora se o pai deu 3 banhos foi muito. Claro que nada ficou perdido até porque agora estão sozinhos em casa enquanto vou trabalhar. Se antes não queria, também não permiti que nada mudasse para que passasse a querer.

O meu objectivo com este post e porque sei que há mais mães com esta vozinha dentro de si é ajudar a que não sejam imbecis como eu. É envolvê-los desde o primeiro dia, a bem ou a mal. Faz bem a todos. Há espaço para os dois. Por isso é que não os fazemos sozinhas. 

E não os odeiem por eles não fazerem ou não quererem fazer as coisas, pensemos em maneiras de os por a trabalhar, nem que seja com um chuto na peida.

Hoje deu-lhe o jantar porque me apeteceu secar o cabelo. Aos poucos vou conseguir ganhar seja lá o que for para meter ordem cá em casa. ;)

O meu Pai escreveu-me esta carta


"Lembro-me de ti…
Lembro os nossos momentos em frente ao espelho quando te enrolava metodicamente o cabelo, o teu olhar vaidoso quando te dizia que nunca tinha visto ninguém tão bonito;
Lembro quanto te vesti o macacão colorido comprado na zara, pedi para rodares e tu rodopiaste;
Lembro as nossas boleias, surfadas atabalhoadamente nas ondas da Cabana do Pescador;
Lembro quando te aconchegava à noite;
Lembro as horas infindáveis e os passeios no quarto quanto te socorria as cólicas nocturnas, deitava-te sobre o meu braço, tão pequena que eras;
Lembro-me do teu choro;
Lembro-me das tuas gargalhadas, do teu olhar feliz;
Lembro-me quando dançavas, trémula ao início, com aquele olhar do tipo… sou linda?;
Lembro-me quando cantavas, quando todos os meus sentidos se guardavam para ti;
Lembro-me de chorar e de rir com as tuas conquistas;
Lembro os teus beijos, os teus abraços e quando dizias gosto muito de ti;
Lembro quando deitavas a cabeça no meu colo, e o quanto isso me apaziguava;
Lembro-me de pensar que iria sempre lembrar todos os nossos momentos juntos;
Lembra-me para nunca esquecer o que é tão bom lembrar!"


O meu pai escreveu-me isto. Até solucei.



Lembrar-te-ei, pai, para que possamos reviver todos esses momentos uma vez mais.


12.07.2015

Fumam? Fumaram durante a gravidez?

Há uns tempos recebemos uma mensagem de uma leitora que queria muito que falássemos sobre o impacto do tabaco na gravidez. Ando, desde aí, a tentar fugir ao assunto, mas acho que não sei bem explicar porquê. Talvez por saber que se for muito franca que vou incomodar algumas mães. 

Eu deixei de fumar assim que sabia que estava grávida (contei a minha relação com o tabaco aqui). Tive sorte porque senti tanta, mas tanta culpa que foi facílimo para mim deixar de fumar. Tentei fumar um para comemorar e odiei, odiei-me. 

Tinha lido que fumar prejudicava a circulação de oxigénio para o bebé e quase que não podia ter lido pior (ainda no outro dia vi isto - imagens de fetos cujas mães fumam).




Já antes de saber que estava grávida e fumava já me sentia horrivelmente por haver essa possibilidade, mas não conseguia deixar. E se não tiver? Não fumo este cigarrinho?

Quando tudo se materializou, teve de ser. Ganhei força. Ganhei força pensando "depois fumo", assim que parir ponho 3 maços na boca para verem o que é bonito.

Não fumar no carro a caminho de casa, não fumar durante discussões, depois do almoço, a meio da emissão... Custou muito mas não custou tanto. Afinal, estava a ser muito forte. 

Sempre pus um peso enorme em mim nisto das primeiras decisões que tomo em relação ao, na altura, meu bebé. A primeira decisão que tomo vai ser tirar-lhe parte do oxigénio? Por o tabaco em frente dele? Fazer-lhe mal?

Fumava 1 maço e meio há muitos anos e deixei de fumar. Primeiro porque estava grávida, depois porque estava a amamentar e agora porque continuo. Tenho saudades? Tenho. Depois virá um segundo filho. Se fumar entretanto ao menos já sei que depois conseguirei tomar a decisão mais certa. 

Circula por aí que deixar de fumar pode prejudicar igualmente os bebés pela ansiedade que a mãe vive por estar a deixar de fumar...

Estava pronta para me refugiar nesse argumento. 

Se estiverem a planear uma gravidez e se forem fumadoras, podem, antes de avançar com tudo, talvez deixar de fumar antes? Assim nem a ansiedade nem o tabaco vos vai prejudicar. 

Encarei a gravidez como o início de uma dieta. Se fizer porcaria no início da dieta, o resto não correrá melhor.

Desculpem mães que fumaram durante a gravidez. Desculpem mães que fumam enquanto amamentam ou que não amamentam, mas custa-me perceber. Conseguem ajudar-me? 

E, a sério, eu adorava fumar.


E actividades para eles?

Não quero ocupar tanto a miúda que mal a veja, não é esse o objectivo, mas visto que passa a manhã inteira em casa e à tarde, então agora no Inverno, nem sempre dá para sair, gostava que ela tivesse assim umas coisas "giras" para fazerem parte da rotina.

Ela tem aulas de música todos os sábados. Fui experimentar há uns tempos uma aula com a Joana Paixão Brás e a Isabelinha e acabei por inscrevê-la. Anda a semana toda ansiosa pela aula e pela professora Carla. Há uma música que é sobre um cavalo em que eles têm de usar uma maraca na horizontal e fingir que estão a montar nele e, durante toda a semana, é assim que apanho a Irene quando chego a casa: de maraca na mão a dizer "pára, cavalo!". 

Porquê música? Porque desde muito pequenina que ela se interessa muito por música (todos os bebés são assim, eu sei), porque o avô tocava bateria e o pai andou numa escola de música (e adora música) e porque eu não queria pô-la já na natação. Ranhos e diferenças de temperatura e cloro na pele atópica... Quando ela for maiorzita, vamos. Ela fica lá na piscininha dela e a mãe vai matar umas saudades de nadar também! 

Tem vindo a aprender imensas coisas nas aulas de música, coisas que vão muito além da música. Como bebé "de casa" além de aprender algumas regras de socialização (ocultas para nós) com outras crianças da idade dela, também aprende a esperar, a respeitar as coisas dos outros (os instrumentos da prof, que estão à vista mas que só pode mexer quando for a música certa), a dizer palavras novas, a estar "no ritmo", lidar com o fim das actividades sem que possa controlar ou pedir mais, ter que se despedir, etc.

Tirada à porta da escola neste sábado.


Estou mesmo muito contente com isto das aulas de música, além de que é mais uma coisa que fazemos juntas (nesta idade, os pais ainda têm de ir) mas queria pensar noutras coisas para fazer com ela durante a semana...  Ou para o Frederico a levar para ir fazer de manhã... Sugestões?

Para quem quiser saber, é aqui que ela tem aulas de música (carote, mas vale a pena).

A diferença ideal de idades entre irmãos

Não existe! Já mo disseram várias vezes e eu acredito. Há quem tenha tido experiências fantásticas com um ano de diferença, com dois, com quatro e outros com oito ou com onze. No nosso caso, a Isabel vai ser mais velha dois anos e dois meses. 

Apesar de ter calhado na margem inferior que tínhamos pensado (assim que pensámos em começar a "tentar", foi logo na mouche, tenho de vos contar melhor isto noutro post), gostávamos que tivesse entre dois a três anos de diferença da(o) irmã(ão). Alguns amigos já disseram que somos loucos e que ainda nem dormimos decentemente, mas achamos que agora é a altura. Preferimos passar a fase mais desafiadora e difícil agora (porque acreditamos que, com a prática e o tempo, as dificuldades vão sendo menores ou a nossa prática faz com que as dificuldades pareçam menores).

Já nos apercebemos que a Isabel ainda não tem bem noção do que aí vem, ainda é muito pequenina, mas tenho a certeza de que vai adorar quando o bebé nascer. Ou mesmo que só tenha noção de tudo um pouco mais tarde. Eu tenho dois anos e meio de diferença do meu e crescemos muito próximos e eu sempre fui uma mana muito babada, adorava fazê-lo rir e era muito carinhosa para com ele. A minha primeira memória é a ter ido visitar a minha mãe ao hospital (não me lembro do meu irmão, sorry! hehe). O(a) mano(a) também vai gostar de ter uma irmã mais velha querida, meiga e rebelde q.b, para a vida.

Se tenho alguns receios? Tenho, claro. Mas até sou optimista e acho que vamos dar conta do recado. Acho que vamos adorar o desafio e estar à altura para dar toda a atenção à Isabel, para tentar compensá-la, e que vamos ter um coração suficientemente grande para albergar dois amores enormes. Não vou deixar de ir ao parque passear com ela por ter um bebé. Irei com ambos, numa ginástica para a qual vou ter flexibilidade. Vamos conseguir!

O bebé que aí vem vai ser muito amado (já o é - e foi incrível a emoção com que o senti mexer-se a primeira vez, tal como senti com a Isabel!) e sinto que vou ser a melhor mãe que ele poderá ter. Sinto que fui talhada para isto, o meu maior sonho era ser mãe e acho - modéstia à parte - que me ando a sair bem com a Isabel. Por isso, não há nada que não vá resultar com um segundo. Mesmo deixando cair uma ou duas bolas no malabarismo, de vez em quando, fazendo alusão ao post da Joana Gama. Sou mais adepta do errar, melhorando. Ou do melhorar, errando. Aperfeiçoando-me mais, sendo mais. Tendo um coração ainda maior, a bater por dois. Acho que todas as dificuldades sairão compensadas, nos momentos de partilha, de afecto, de união. Acho que até eu serei melhor mãe depois desta nova aventura. Assim o espero.

12.06.2015

Não somos pais, somos malabaristas.

O nosso domingo.
Manhã passada com a avó (e noite passada com avó). Almoço com a avó. Sesta com a avó (a avó rendeu-se e dormiu com ela sobre o peito, adorou!). Às 15h fui buscá-las para irmos até ao Mosteiro dos Jerónimos, onde iríamos ter Música para Bebés. A Isabel adorou, não esperava outra coisa. Chorou quando acabou, queria ficar a tocar djambé. Chorou e mandou-se para trás. Três vezes. Passa-lhe rápido.

Depois, Pastéis de Belém com o tio e a Mariana (ou "nhanha" hehe). Casa, brincadeira, jantar já feito pela avó (quem tem uma mãe tem tudo!!!), o pai chegou e a filha fez a maior festa, lemos a história a três, na cama dela (o melhor momento do mundo, com ela a dar-nos festinhas e a preparar-nos almofadas para nos deitarmos, cada um de um lado) e depois adormeceu nem em 5 minutos. 

É bom conseguirmos equilibrar - mais ou menos - tudo. O dia esticou e a filha teve o melhor dos mundos. Uma avó babada, uns pais que precisam de trabalhar mas que conseguem desdobrar-se e estar com a coisa mais importante das nossas vidas. Mais malabaristas desse lado?








Repararam na franja que lhe cortei? Nem ficou muito mal, pois não? :)

Acabou! Estou livre!

Já estão fartas de posts felizes meus? Compreendo. De certeza que me irão acompanhar em imensas fases da minha vida... Oi? Que presunção é esta de pensar que me vão continuar a ler durante anos e anos? Granda moral! Isto de ter perdido 5kgs numa semana e picos.... 5 kilos meninas! Muahahahh! Depois conto-vos isso. 

Este é mais um post feliz. Para resumir: era uma pessoa muito ansiosa e tudo veio ainda mais à superfície com a maternidade. Os primeiros meses foram muito complicados. Fiquei em casa um ano e meio com a Irene e já me estava a passar da cabeça, com carinho. Estava feliz por estar em casa, mas nem fazia ideia da quantidade de coisas que estavam em "stand-by". 


*fomos ao Le Chat em Santos e, credo, que sítio perfeito para acabar o fim-de-semana. Recomendo vivamente. As fotos são de hoje e aí.  Mais fotos no fim do post. 


Estes telefones de hoje em dia enervam-me solenemente que às vezes espalmam a cara das pessoas, que nervos. Vocês sabem que a Irene costuma estar melhor que isto, certo? ;)

Uma delas? O meu marido. A outra? Eu. 

Sim, muitas mães têm aquele chip (com o qual não me identifico) de conseguirem arranjar logo tempo para elas e de deixarem os bebés nos primeiros meses com outras pessoas para irem viajar ou ir ao cinema ou o que for. Não consegui. E não foi só pela ansiedade. A opinião que fui construindo (sempre com a minha capacidade interpretativa à mistura, claro) fez com que eu sentisse que nada valia a pena estar a afastar a minha filha de mim. Teria tanta coisa para explicar para perceberem bem a profundidade de tudo isto em mim, em nós... Talvez o texto "não senti" ajude nalguma coisa, embora seja só uma das milhares coisas que me influenciou a ser "menos livre". Está entre aspas porque não estava presa. Escolhi mesmo (mesmo com ansiedade de parte) viver assim. 

O facto da miúda ser amamentada e de não ter introduzido o biberão (além de um mês em que fui trabalhar - e depois pedi licença sem vencimento - aos 5 meses), criou logo alguns impasses. A mama não é só alimentação. Ela precisaria da mama para outra coisa e só lhe dariam um biberão dali a duas? Não era assim que queria funcionar. A Irene, ao longo de 21 meses (à excepção do mês em que fui trabalhar) teve sempre a mama disponível e isso, além das milhares de coisas boas que são indiscutíveis, tem outras que, aos poucos, me fui esquecendo que não eram tão positivas. 

Cheguei a uma conclusão: tudo tem o seu tempo. 

E todas as mães têm o seu. 

Por muito que me dissessem "por que é que não a deixas comigo?", não ia ser por aí que iria ter mais vontade de deixar  - bem sei que fui uma privilegiada e que a maior parte das mães não tem escolha e, às vezes, até antes dos 3 meses os miúdos são entregues a alguém. Cada mãe sente o seu momento de liberdade, de independência de individualidade ou sente essas três coisas na mesma, não se separando dos seus filhos. O que for. 

Comigo foi sentir que ambas estávamos prontas. Teve muito que ver com a amamentação. Aliás, a forma como o bebé é amamentado (frequência que pede, etc), a meu ver, é também um reflexo do desenvolvimento emocional do mesmo. A Irene, aos poucos, foi gostando de mim mais para outras coisas. A mãe já não é maminha. A mãe é a mãe das brincadeiras que, quando ela tem sede, sono, medo ou dor, dá maminha. Ela está crescida. Depois de umas férias de verão em que a maminha foi companhia constante, tudo acalmou. Durante a noite continua a chamar pelas maminhas, mas durante o dia tudo está calmo.

Este período em que ela está "maior" coincidiu com o meu regresso ao trabalho. Regressei em pânico com a dor que pudesse vir a sentir, mas tranquila relativamente à falta que já não fazia à Irene. Agora que ela quer menos maminha, já quer mais pai. Quer mais pão com fiambre de perú. Qualquer um pode fazê-lo, perfeito.

O ir trabalhar todos os dias, além de me ter feito maravilhas à cabeça (e por também ter coincidido com um período de melhoria pessoal a nível psicológico - consultas de hipnoterapia e tal de que falei aqui) tem ajudado imenso também em diminuir a "culpa" que sentia no afastamento. Ela precisa menos de mim, eu preciso mais de sair, estou a gostar de sair, ela fica bem sem mim... está tudo impecável.

Vomito um bocado na boca com expressões como "a mãe também é mulher", "temos de pensar em nós, nem tudo são os filhos". Essas frases são tão inúteis como "estás gorda", "já tiveste melhor ar", "já reparaste na borbulha que tens na testa". Nós sabemos que existimos e que há um mundo além da maternidade, mas podemos não ter todas as mesmas necessidades. Mais uma vez, há tempo para tudo. Nem por isso as mães que preferem estar com os filhos a irem ao cabeleireiro ou iren num fim-de-semana de trabalho quando eles são muito bebés estão deprimidas ou são altamente insensíveis. Temos de tentar compreender aquilo que não nos toca. E no meu caso acreditem que tem sido das missões mais complicadas de sempre. Sinto tudo e muito. E nisto da maternidade apetece-me logo cuspir fogo. 

Neste sábado fomos almoçar a um brunch que não me apetece dizer-vos  qual é (hehe) porque aquilo já estava cheio e se vos disser ainda me ocupam a minha mesa numa das próximas vezes (no Museu do Oriente, pronto) e deixamos a Irene com os avós. Já tínhamos ido almoçar fora sem a Irene pontualmente mas nunca sozinhos. Soube bem, muito bem. Encontrei 6 pessoas conhecidas, mas a fingir que foi muito romântico na mesma. 

E hoje fomos, em família, lanchar fora. A Irene está crescida. Está mais independente. Quer comer tudo o que está em cima da mesa. Fala. Canta. Já não chora no carro a pedir atenção constantemente. Corre atrás de cães. Chama os pombos. Mete-se com lllas pessoas das outras mesas. Espera que passe o próximo comboio para vê-lo da esplanada. É diferente. E eu? Eu já tenho capacidade de contemplar. Contemplá-la, contemplá-lo (o Frederico), contemplar-nos. 

O volume das preocupações maternais tem descido à medida que também desce a barreira comunicativa entre nós e a Irene. Já não somos dois e uma bebé. Somos três.

Acabou. Sinto que já podemos começar a viver como aquelas famílias que vemos nos restaurantes, cheias de filhos, que vivem num equilíbrio desequilibrado e tranquilamente intranquilos. 

Estamos em velocidade cruzeiro. Até à próxima fase. 

Venham daí os almoços sem Irene, os lanches com Irene. Almoços mais tardios com a Irene... tudo!





O meu coração parou aqui.

Há uma semana e meia não cabia neste casaco. Continuo a não caber, mas já me consigo espremer lá para dentro!

Cabelo solto, como me andaram a dizer, ok? ;)



O Frederico diz que eu com risco ao lado e com os aviator (óculos) pareço o Zé Manel, personagem da Rueff. Sacana...

Gorro da Irene - Anja Patuda

Tinha mesmo de referir o gorro porque estou apaixonada por ele. Isto foi porque uma vez fiz um post a dizer que estava triste por um da Benetton que lhe tinha comprado (com um urso) já não lhe servir e ainda o ano passado tentou fazer um parecido (ficou ainda mais giro) e além de servir... é lindo. Aproveito para voltar a agradecer o presente, Anja Patuda.