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3.28.2016

Ela não gosta da bisavó.

Não gosta pouco!

É uma cumplicidade pegada. Um amor lindo de se ver. Acho que a minha avó Rosel ficou mais jovem desde que a Isabel nasceu e esta ligação entre duas pessoas, com tantos anos a separá-las, é das coisas mais bonitas que pode haver. Nem as dores nos ossos a demovem de subir as escadas para ir ao quarto da bisneta buscar os tachos e as panelas para brincarem horas a fio, sem lugar para a sesta!

Esta Páscoa foi boa, mas boa. E principalmente por isto: família. <3









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E a mim também;) @JoanaPaixaoBras


3.23.2016

Ontem estive pouco tempo com ela...

Tive de trabalhar mais do que o costume ontem. No trabalho estava a ver as horas a passar e o meu tempo com ela a diminuir. Na minha cabeça ouvia a voz dela e via o sorriso dela de temps em temps e morria de saudades. Acelerei o que podia ao máximo como se não pudesse perder aquele comboio que só há de mês a mês (parece uma metáfora estúpida para período mas não). 
Vim rápido. Cheguei a casa doida para a abraçar. Ela também, mas distraiu-se com uma bola no chão. Pediu maminha e trocámos de turno: o pai foi trabalhar. Tinha de fazer imensa coisa como o jantar dela, o meu, arrumar a sala, dar uma limpeza no chão... 

Decidi incorporá-la em tudo. Começamos pelo clássico da maçã assada no forno que ela adora tirar os autocolantes das maçãs, lavar as maças, pôr os paus de canela lá dentro, pôr o mel por cima e provar. 

Depois cortamos batatas na mandolina para ficarem tipo fatias e ela colocou-as uma a uma no tabuleiro para irem ao forno com azeite e um pouco de sal (foi demasiado, comi-as eu).

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Ajudou a mãe a cortar os cogumelos (coitadinha, como cortar alguma coisa com uma faca de manteiga) e ainda comeu uma fatia de chouriço (é segredo). 

Pôs os ovos na panela com muito cuidado para não se partirem para que, depois de cozidos, os pusesse na maquineta para sairem às rodelas. 

A meio de tudo isto, enquanto punha os cogumelos cortados numa taça, olhou para mim disse: "mamã, cozinhari" e abraçou-me o braço durante alguns segundos. 

Até me vêem as lágrimas aos olhos a contar isto. E isto é só genuíno. Ela estava genuinamente grata por lhe estar a dedicar tempo. Um tempo em que juntei o útil ao agradável.

É tão fácil fazê-los felizes.


... por enquanto. 


3.17.2016

Já começaram a fazer isto?

Acho que vou tornar isto um costume. A Irene ainda se lembra de ir à praia no Verão passado (!!! a memória deles é incrível, não é?) e agora com o bom tempo que tem estado (pelo menos por aqui), a vontade de a levar à praia é imensa.

Domingo passado não resisti. Fomos, encasacadas, mas fomos. Este domingo não devemos faltar. É bom. Para as duas. Três. Quatro, como foi o caso: a avó Sílvia, o avô João, eu e ela.


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3.15.2016

A Irene já cozinha.

A Irene quer, cada vez mais, ajudar na cozinha e fazer tudo sozinha. Adoro! Se não estivermos com pressa não é enervante e até fico toda vaidosa. Até a incentivo a que assim seja. No outro dia até lhe vesti o avental que uma tia minha lhe ofereceu o ano passado.


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Não me apetecia voltar a sair de casa neste dia e decidi fazer todas as actividades em casa. Contempladas: maçã assada no forno com canela e mel e pizza.


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Foi um dia óptimo e ainda me lembro dele uma semana depois... Ela também, certamente... Se não vos apetecer sair de casa... Que tal? ;)

3.07.2016

O melhor plano com a Irene e a custo 0.

Foi ontem. 

Aproveitei que estava um bocadinho de sol para irmos ao parque do Alvito ou da Serafina, não sei que confundo os dois. É aquele que tem as tendas dos índios. Começou por estar muito frio, mas depois, não sei como, só ficou sol e acabámos por passar uma das melhores tardes dos últimos anos (até porque ela só tem dois) juntas. 

Estávamos enchouriçadas? Sim. E então? 

Levei o frasco das bolinhas de sabão e... não poderia ter sido mais giro.

Tudo terminou com beijinhos no carro uma à outra em que dissemos que o dia tinha sido "fixe". Foi. 


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Foi um daqueles dias em que morri de saudades dela assim que a deitei. Nunca gostei tanto dos fins-de-semana. Espero que o vosso também tenha sido assim. Vocês merecem.

2.26.2016

As avós são as maiores!!

A avó paterna continua a surpreender-me todos os dias. Quando precisamos, eles vão lá para a casa tomar conta da Irene (o que ajuda muito que assim ela dorme a sesta tranquilamente, etc) e as últimas duas grandes ideias, deixaram-me toda derretida:


Não havia pão em casa, levou o creme vegetal para o parque e quando o Avô voltou com o pão, fizeram um piquenique de "pão manteiga". 

Como estava a chover imenso, alguns dias de pois e a Irene adorou o piquenique, porque não fazer em casa e deixá-la tentar por ela a manteiga no pão? 


São ideias amorosas e tão simples de por em prática, não só? Temos muita sorte nos avós da Irene. E como já os ensinei a tirar fotografias e a gravar vídeos no Whatsapp estou a ser constantemente actualizada com estas maravilhas enquanto trabalho. 

2.17.2016

A Irene foi ao cinema pela primeira vez!

E recomendo! Quando a Renata (uma amiga) me convidou para irmos, pensei: "bebés e cinema?". A verdade é que é mesmo para bebés, fomos à sessão para a idade deles (claro) e estava tudo feito à medida, obviamente: 

Desenhos animados com histórias curtas, duas sessões de 15 minutos com intervalo pelo meio e com uma área de puffs para os pais se sentarem no chão e também para os bebés andarem por lá a gatinhar e a trepar (claro que não iam pensar que os miúdos fossem ficar quietos durante tanto tempo e numa cadeira, não é?). 

Foram desenhos animados muito queridos e culturalmente muito diversificados, acho que vimos desenhos russos, ingleses, até coreanos... E sabem que mais? Foi de graça. 

Informem-se sobre o festival Play porque vale a pena e vai até dia 21 (estou a ver ali no cartaz em baixo, na fotografia). 












2.16.2016

Tenho pais divorciados.


Vamos chorar todos um bocadinho? 
Não é preciso. 

Se há trauma, está mais afundado que a minha vesícula biliar.

Além de serem divorciados, não posso dizer que sejam grandes amigos e que se tenham falado grande coisa depois do divórcio (quando tinha 6 anos), isto faz com que tenha 3 famílias para ir agendando para que toda a gente veja a Irene e para que a Irene veja toda a gente. 

Este fim-de-semana fizemos o pleno: conseguiu ver os três pares de avós! Maravilha! Sábado viu a minha mãe e o João e, no domingo, foi o meu pai e a Bibi, juntamente com o meu irmão Tiago e isto com os avós paternos em simultâneo lá em casa! Incrível!!

A Irene estava louca. Louca de ter tanto público. Tantas pessoas de quem gosta e que a amam imenso e estava eléctrica. Um fim-de-semana totalmente dedicado à família, que somos tantos e que deixou a Irene tão feliz (e a mim também). 

O meu irmão Tiago e a Irene. 

Não consegui escolher uma das duas fotografias, levam com as duas que andam de lado.

Da esquerda para a direita: o meu pai, irmão Tiago, Bibi, eu, Frederico e Irene.

Também não consegui escolher uma destas duas. É o que há ;)

Também têm de fazer grandes malabarismos por aí para conseguir ir "às capelinhas todas"? Ou têm uma família como as dos anúncios da televisão em que todos se falam e estão sempre juntos?

2.15.2016

E esse dia do romance, dia de fazer amor?

Ah! Então era isto! Quando tiro fotografias a mim e ao Frederico, várias pessoas me vão dizendo que estamos a ficar iguais. Sei que temos algumas features semelhantes como os lábios mais para o grossinho, as sobrancelhas pouco à Billy Idol, o nariz gigantone e a cor dos olhos iguais, mas ao que parece é mais do que isso. 

Já agora, isto foi ontem. Deixámos a Irene com os Avós e fomos almoçar ao Rabo d'Pêxe no Saldanha. Super lento. Suuuper lento, demorámos umas boas 2 horas para almoçar, mas acho que foi de ser dia dos namorados e de lá estar toda a gente batida. Esta fotografia foi antes do Frederico se besuntar todo com o molho de alguma coisa esquisita que ele comeu (se quiserem acompanhar a viagem gastronómica repleta de colestrol dele pela vida, vejam aqui). Somos parecidos ou não? Eu sou a da direita, já agora.  

Ao que parece e, segundo este artigo (ponto 3), os casais começam a ficar parecidos entre si. Começamos a ganhar posturas, expressões, tiques e até a forma de sorrir um do outro ao ponto de ficarmos tão parecidos (já tinha ouvido falar disto, mas era com os cães hehe). Será isso? 


Consegui que ele fizesse esta figura no meio do restaurante, ganhei o meu Dia dos Namorados assim. Com esta declaração pública de amor.

O vocês? O que andaram a fazer? O que vos fizeram eles? Fizeram bebés? Uma amiga minha diz que quem é mãe em Novembro é porque andou a fazer ordinarices no dia dos namorados...

2.14.2016

Odeio a minha mãe!

Porque tem umas pernas melhores que as minhas, raio da velhota... 



Tem ou não tem? E teve-me aos 27 e eu faço 30 este ano. Só para não dizer a idade, até porque não dá para dizer que tem x em cada perna, porque cada perna está óptima. Evito andar com ela ao meu lado por uma questão de não pensarem que fui eu que a dei à luz há umas décadas. 






Foi na vila de Paço D'Arcos, que ainda não conhecia de perto a não ser o restaurante o Stique, mas encontrei uma lojinha espectacular assim a la "Bairro Alto" que adorei, mas que já não me lembro do nome. Mercado local for the win, cada vez mais apaixonada pelo que é incomum. Era um post sobre os mini presuntinhos da avó da Irene, não era? Pronto.

2.03.2016

A minha sogra tem um problema...

Suas sacaninhas! Vieram todas ver o que é que eu tinha a dizer mal da minha sogra, não é? É sim senhora, que eu sei. Loucas para partilhar esses dissabores da vida, esses familiares com os quais também nos casamos mas que não podemos ter nada a dizer! Pois é, pois é... 

Olhem, eu sei que vou dar uma sogra terrível. Só não ponho "terrível" em maiúsculas e separada por sílabas porque não sei o que fazer com os dois rr. Afinal, se calhar, aquelas tretas do 7º ano até fasem alguma falta - sim, o "s" em fasem foi de propózito (agora também!). 

A verdade é que é muito difícil gerir as diferenças de gerações, de mentalidades, de tradições familiares (e os Natais e não sei quê?), os ciúmes, as exigências, os bitaites... As sogras conseguem dar quase mais trabalho e mais nervos que um recém nascido que não defeque durante 6 meses seguidos. 

Temos sempre de andar de pezinhos de lã entre o dizer as verdades e não sermos antipáticas e não parecer que somos implicativas... 

A minha sogra tem um problema: é demasiado querida. 

Ela é, de longe, a pessoa que eu conheço com mais boa onda, energia, vontade de fazer os outros felizes, áurea bonita, brincalhona, positiva, preocupada... É mesmo um anjinho, uma doçura.

Confesso que demorei muito a habituar-me à relação que ela tem com o filho porque nunca vivi nada disso. A mãe do Frederico fazia compras, ajudava a limpar a casa toda, lavava a roupa e passava, quando ia lá a casa almoçar também levava almoço ou cozinhava ela... Provavelmente é este o cenário normal de mães e filhos (homens), mas confesso que não estava habituada a que alguém interferisse tão de perto com a minha vida. Ainda hoje me faz confusão a minha sogra arrumar coisas quando a casa é minha, que ela queira arrumar a cozinha quando eu estou em casa, etc. Não gosto, mas o raio da "miúda" insiste e quando dou por ela já me está a por sal na máquina de lavar loiça (e trouxe-o de casa!!). E o engraçado é que parece que anda de nenúfar em nenúfar porque não a oiço é mais rápida que um AVC.

Às vezes preferia que a minha sogra fosse um monstro, que fosse uma pessoa horrível, que quisesse discutir, que nem se levantasse para arrumar os pratos do almoço, que não me enchesse de miminhos porque...

... porque me parte o coração dizer-lhe coisas que não gosto que ela faça ou que eu acho que não estejam bem. 

Nota-se perfeitamente que ama a Irene vezes mil, que a vive e respira vezes mil, que sonha com ela, que vive muito para ela (mais ainda do que para o filho) e que nos adora a todos e o que mais quer é ver-nos todos felizes. Como posso eu - perante este cenário perfeito e maravilhoso - dizer que não gosto da maneira como ela lhe põe a fralda porque isto ou aquilo ou que odeio que ela arrume a cozinha? (vá, quando eu não estou, até adoro chegar e ter a cozinha limpa, isso confesso). 

Fossem os problemas de todas as sogras este, não era? 

Tenho uma sogra perfeita e... o problema é esse! ;)

Nota: totalmente verídico, não é por eu saber que ela está a ler que estou a dizer estas coisas todas. Beijinhos, sogrinha!!

*este post não foi escrito em parceria com ninguém. ahah

2.01.2016

Tenho que acalmar o pito.

Já há muito tempo que andávamos a namorar esta cozinha e, sinceramente, a Irene também ainda não estava pronta. Aos poucos tenho acompanhado o interesse dela pela comida, pelos objectos da cozinha, pelo acto em si de cozinhar e, agora sim, sentimos que já fazia algum sentido. Já sabe para que serve o forno, o fogão, o lavatório.... já aprendeu os comportamentos a imitir. Tanto que vão vê-la a lavar as mãos nas fotografias - muito higiénica a miúda!

A prima Patrícia veio cá a casa (nota-se que somos primas, não se nota?) e obviamente que tive de tirar algumas fotografias com elas a brincar. A Patrícia brinca com ela sem condescendência por ela ser criança. Não faz vozinhas, não dá saltinhos, nem gritinhos... É bom para a Irene sentir que também é tratada como as outras pessoas são, que também é crescida. Estive a observá-las pela lente e senti que estavam ambas ao mesmo nível na relação. A Irene fazia sugestões de acções e a Patrícia também. Havia silêncios para dar lugar a criatividade da parte da Irene, para que não fosse tudo imposto pelo adulto, principalmente o ritmo. Assim, a Irene brilha. Lava as mãos, oferece piza, cous-cous, observa como funciona o forno, lava a alface...  Há lugar para tudo! Momentos para a euforia e para o trabalho em equipa. Momentos para correr e ficar a cheirar a cão molhado e para quase adormecer a ler um livro... 

Foi uma lição pequenina para mim. Isto de deixar o ritmo surgir em equipa em vez de me armar em monitora de campo de férias constantemente (nada contra, adoro-vos a todos). Não precisamos de estar sempre histéricas, aos saltinhos, a cantar, a esmagá-los para haver felicidade, bons momentos e aprendizagem. 

São pessoas em pequeno e gostei de sentir este trabalho em equipa destas duas. Lição aprendida: acalmar o pito. ;) Obrigada, prima! Adoramos que venhas cá. És família. 









+


Prima: Direita

Gato: Gatil de Carnide

Cozinha: Imaginarium

Tachos e panelas e vegetais: Ikea

Loiça de chá: Quiosque das Bonecas

1.31.2016

Perdi o medo!

Tudo começou porque aqui a menina queria ir ao Ikea para comprar aquele rolo de papel gigante para os miúdos andarem a fazer desenhos à vontade (que acho que é para por num cavalete). Fui e claro que me deliciei na parte dos brinquedos para ela. Achei que precisávamos de ter experiências novas depois das aguarelas, lápis de cera, lápis de cor e canetas de feltro. Foi a vez das tintas. Claro que primeiro comprei um bibe (demasiado grande, mas também não vai para uma passagem de modelos) e depois desgracei-me ali na outra secção (fui reconhecida por algumas leitoras no Ikea - tão queridas - se eu não tivesse com um ar muito simpático, é só porque a minha infecção urinária começou nesse dia - too much information, i know). Comprei as tintas (que dizem ser só a partir dos 5 anos, mas acho que se estivermos com eles, não há problema), o tal rolo de papel e as canetas carimbo. A nível artístico foi isto, mas depois também (como temos uma cozinha nova para ela) comprei os vegetais e os tachinhos e os doces para ver se ela começa a entrar mais no mundo do imaginário. 

Hoje (domingo), foi dia de ficar em casa porque ela pareceu não estar bem da garganta durante a noite. Toda a actividade durou muito pouco tempo (foi imediatamente antes do almoço) mas foi o suficiente para que construíssemos memórias e ela fizesse coisas novas - o mais importante de tudo. 

Perdi o medo de fazer chavascal artístico cá em casa (com as devidas precauções) e valeu a pena. Vale mesmo! Ainda a pus a limpar o chão e tudo! 





















1.26.2016

Família? A minha.

Queria contar-vos o quão emocionante foi ver a minha avó celebrar 80 anos, rodeada dos que mais ama. Podia dizer-vos o quão importante esta mulher é na minha vida, o quão me sinto feliz por tê-la, com saúde, pertinho de nós, e o quão dela me corre nas veias, na força e na vontade de viver, mas deixo-vos apenas com algumas imagens do aniversário da bisavó das minhas filhas, a avó Rosel, que até de nome é única.







Parabéns, avó Rosel! Que conte muitos, para que as minhas filhas possam aprender tanto consigo. E rir consigo <3



1.25.2016

Sempre que não consigo fico a pensar nisso.

Odeio este tempo. Dantes era o meu preferido, adorava que chovesse para me embrulhar toda numa manta polar na sala enquanto usava o computador e fumava cigarros com a boca cheia de rebuçados Flocos de Neve. Adorava poder usar casacos grandes, não andar sempre toda complexada por ter uma mancha de suor debaixo do braço nem ter o reflexo do sol no buço loirinho. Agora é terrível. Saio do trabalho e já praticamente não há sol para ir brincar com ela lá para fora.

Sinto que ela precisa de mais natureza. Neste fim-de-semana concentrei-me nisso: apanhou mais sol e viu as abelhas depois da aula de música, ainda no sábado, à tarde, fomos à Quinta Pedagógica dos Olivais e domingo à tarde fomos aos baloiços perto de casa (e tiramos estas fotos lindas - modéstia à parte). 

A Irene não anda na creche. Tirá-la de casa é uma das minhas maiores prioridades, pô-la em contacto com a Natureza, com o sol, com o vento no rosto, as pedrinhas, tudo é algo que está sempre a ferver dentro de mim. Sempre que não consigo, fico a pensar nisso. 

Este fim-de-semana foi para tirar a barriga de misérias. Sugiro que façam o mesmo. É o "natural". E tanto dá, tanto dá! Pode ser o jardim em frente a casa, o canteiro lá em baixo, os baloiços em frente da casa dos avós, aquele muro baixinho onde eles podem aprender a equilibrar-se... 

Ando num desafio enorme de tentar dar-lhe um bocadinho de natureza porque está todos os dias em casa só com o pai e com o Noddy e a Bubbles. Não é fácil, mas só temos que nos lembrar que não é preciso irmos até ao Monsanto com balões e ir ver os animais todos do jardim zoológico. Às vezes, o cão que está a ser passeado pela vizinha já faz as delícias deles.










Fizemos 3 anos de casados.

Há três anos que decidimos apostar nesta dupla. Decidimos fazer um all-in (ou lá como se diz no poker) e é isto: Joana e Frederico juntos para sempre.

Há três anos estávamos a ir para Las Vegas, de mão dada. A odiar todos os minutos da viagem de 10 horas, com frio, fome sem podermos fumar... Estávamos juntos e numa loucura. Para quê ir casar a Las Vegas? Têm de perguntar ao Frederico, mas ele irá responder-vos que assim "há uma história para contar". Tem razão. 

Casamos menos de três horas depois de aterrar. Tudo muito rápido, muito surreal. Rapidamente demos por nós com duas alianças super rascosas nos dedos (não valia a pena gastar mais dinheiro), daquelas que deixam os dedos verdes. 

Foi maravilhoso. Só nós os dois e o minister (que não era o Elvis, não) e o tipo dono da capela para fazer de testemunha. Pudémos concentrar-nos só e exclusivamente no olhar do outro, na sua respiração, nas mãos suadas. 

Estávamos como tínhamos ido para o avião, mas com uma viagem de mais de 10 horas em cima (escala em Londres). Cabelo espapaçado, baba na cara de ter adormecido algumas vezes, mas quentinhos porque ambos sabíamos que que era isto. 

Vi AQUELE olhar no Frederico. Uma imagem clara de satisfação plena, de "trabalho feito", de missão cumprida. Como se estivesse a pensar para si "está tudo, ela é magnífica, somos os dois perfeitos, acabou a busca, vamos começar a viver". O mais provável é que estivesse a pensar no jantar, mas deixem-me sonhar. 

Começámos a viver há três anos e já criámos vida juntos desde aí. E que vida. E que trio. A miúda que anda a forçar gargalhadas para fazer os outros rir e os pais que, quando a adormecem em conjunto à noite, tentam fazer rir o outro com finais descabidos para as frases da história que inventamos em directo. 

"O nhonhó foi com o carro ao jardim para fazer... cocó". 

Que o amor seja para sempre o maior padrinho do nosso humor. Dos três.