10.19.2015

Olhem eu armada em coiso.

Ontem fomos lanchar a Lisboa com uns amigos. Não costumamos fazê-lo e soube-me tão bem. Ignoramos o mau tempo e saímos a ganhar. Fomos à pastelaria Choupana na Av. da República e, apesar de termos estado uns minutinhos à espera de mesa e estar muito cheio, foi óptimo. Uma óptima sandes de queijo da serra e presunto ibérico foi logo para o bucho, a Irene comeu uma torrada e o pai um bagel. Fica o agradecimento público pelo convite aos nossos amigos. Fizeram com que o nosso domingo fosse ainda melhor.

E, além disso, deu sempre para umas fotografias giras! Assim quase parece que sou uma daquelas bloggers sérias e super perfeccionistas, mas com uma máquina bastante inferior e sem fotógrafo profissional :) 






Mesmo sem fotógrafo profissional, cá está uma foto bem gira que o Frederico tirou.




Gabardine - Zara

Lacinho - Claire's

Ténis do Esquilo - Zara

Casaco Mãe (ou lá o que é aquilo) - Springfield

Botas - Springfield

10.18.2015

Como ficarem ainda piores da cabeça no pós parto.

Simples. 



1 - Aceitar as visitas de toda a gente e ser incapaz de dizer que não às pessoas. 

É agora. É agora que temos de começar. Está tudo louco? Vêm cheios de micróbios besuntar a criança que ainda tem restos do útero da mamã em cima? Pior! A mãe passou por uma experiência que exigiu muito dela tanto fisicamente como psicologicamente e, sim, o que se precisa é mesmo de uma conversinha para saber a "última" lá do trabalho.

2 - Preocupar-se demasiado com tudo e querer ser perfeccionista. 

Não. Toda a gente tem prioridades por um motivo: é impossível ser perfeito. Temos mesmo de escolher o que é mais importante para nós e onde vamos pôr o nosso "dinheiro". Importa mais descansarmos ou termos uma cozinha limpa que se vai sujar outra vez dali a menos de um dia?

3- Ter horas para as mamadas do bebé.

Não há pior. Não se amamenta com horas. O bebé precisa da mãe e a mãe dá mama. Mama é colo. É mimo. Lembro-me de olhar para o relógio, contar três horas e reger-me por aí. Era terrível, não podia fazer a minha vida. Claro que, no início, segundo os pediatras, temos de os acordar de três em três horas até ganharem o "peso normal" e acordá-los até pode ajudar a prevenir a morte-súbita nos primeiros dois meses ou lá o que é. O ideal é não ter horas para a mama. É estar disponível para eles sem fazer considerações lógicas  como "não pode ter já fome!". Pode não ser fome. Pode ser sede. Pode ser mimo. Se há uma maneira de os ajudar, para quê tentar negar?

4 - Ficarmos demasiado agarradas ao "antes" de ter o bebé.

Estarmos sempre a queixarmo-nos (principalmente a nós mesmas) de que a noite foi terrível. De que já não dormimos 3 horas seguidas há mais de 2 meses (sem contar com o final da gravidez). Convém aceitarmos que as coisas funcionam como funcionam porque eles precisam de nós, em vez de estarmos constantemente insatisfeitas com a nova realidade. É assim. E já toda a gente nos tinha avisado.



5 - Querermos ter a casa limpa.

Claro. Muita bem. Queremos ser as super-mulheres, não é? A mãe que tem o recém-nascido, que limpa, que não dorme, que o marido chega a casa e ainda lhe damos uma traulitada. Não. Priorizar, sff. É sinal de inteligência e, mesmo com a casa suja, todos ficam a ganhar com uma mãe melhor da cabeça. 

6 - Não querermos pedir ajuda.

Qual é o mal de admitir que não conseguimos fazer tudo? Por que é que tantas pensamos assim? Que já estamos a falhar no nosso dever de "mulheres" e de mães se pedirmos ajuda? 

7 - Não aceitarmos ajuda.

O mesmo da de cima só que com pessoas próximas. Se não deixamos que a nossa mãe, sogra, irmã... nos ajude... o que pretendemos com isto? Lamentarmo-nos de nos sentirmos sozinhas por escolha? Esquisito, não é?

8 - Não dormirmos quando eles dormem.

Temos imensa vontade de ter tempo para nós, mas não chegamos a aproveitar por estarmos tão casadas. Sempre que eles acordam e escolhemos não dormir, chegamos à mesma conclusão: "devia ter ido dormir logo, que estúpida". Tentemos aprender com os "erros". Descansarmos é importantíssimo para todos. Para nós, bebé, pai... para as maminhas porque é quando descansamos que a hormona da produção de leite trabalha mais... 




9 - Não tomarmos banho frequentemente.

Sentirmo-nos sujas e a cheirar a leite azedo faz-nos pior à cabeça do que se possa imaginar. Tomar banho com um recém-nascido em  é tarefa muito complicada, mas pede-se ajuda ou é-se criativo. 

10 - Tentarmos arranjar explicações para tudo sem tentarmos informarmo-nos.

Acho que ele não dormiu bem porque lhe dói a barriga e metade do ouvido... Convém estarmos atentas, que estamos, claro, mas há coisas que simplesmente são do mais básico que há: ao bebé precisa da mãe. Precisa de mimo. Precisa de colo. Precisa de beijinhos. Nos primeiros três meses é mais importante que tudo o resto. Há quem diga que mais de metade das "cólicas" que os pais e profissionais de saúde dizem que os bebés sentem, não passa da maneira deles de expressarem que se sentem inseguros. Precisam de nós.

11 - Darmos ouvidos a toda a gente que não tem informações credíveis.

A sogra punha o filho a dormir a fazer o pino e punha-lhe um nabo na testa para respirar melhor? Por favor. A mãe é que sabe e, se não sabe, faz por saber, num sítio credível. 

12 - Questionarmo-nos "por que é que o nosso bebé é diferente"? 

O da Sara dorme a noite toda? É o da Sara. O nosso bebé não é filho da Sara e do coiso. O nosso bebé é diferente, sim. Porque tem tudo de diferente dos outros bebés. Ainda bem, senão era um Nenuco e eles têm um buraco para fazer xixi muito esquisito. 


13 - Querer "recuperar" a vida antiga rapidamente.

Não é que tenha acabado, mas sofreu uma mudança. Aceitemos isso. Abracemos a novidade sempre com olhos postos numa altura em que já consigamos ter estabelecido uma sintonia com o bebé, com a família, connosco. Cada dia que passa é menos um para estar tudo equilibrado. 

14 - Afastar o parceiro.

Muitas mulheres não se sentem compreendidas ou ajudadas pelo parceiro. Há muitos que não as compreendem ou que não as ajudam. Temos de aprender a ajudar-nos. Se queremos ajuda, podemos pedir-lhes. Se sentimos que precisamos de chorar, choremos com eles. Não podemos estar à espera que eles adivinhem do que precisamos, especialmente agora. Quem fica a perder são... todos!

Querem ajudar a completar?

"Porque levaram a Isabel? Ela é tão pequenina!"


Perguntaram-nos porque tínhamos trazido a Isabel connosco, se ela era tão pequenina. Já respondo. Vamos primeiro às imagens. Isabel a curtir imenso Londres. Haha Isabel a dormir, Isabel a dormir, Isabel a dormir (Calma, não a sedámos. Foi na mesma hora e meia).

A culpa deve ter sido do carrinho.

Não tivemos dúvidas de que carrinho traríamos para Londres. Um que se fechasse em 3 milésimos de segundo, que fosse leve e que fosse confortável. Optámos pelo Noa da Bébé Confort

Ontem contei-vos que a Isabel dormiu durante imenso tempo no carrinho. E que viu o Museu de História Natural todo de olhos fechados. Acordou super bem-disposta. Não fiquei com pena que ela não visse os animais, havemos de cá voltar, quando ela for mais velha e já perceber tudo. Tivemos uma hora e meia de sossego e o David, que nunca tinha visitado o museu, pôde ver parte dele com calma. 
Quanto a termos trazido a Isabel connosco, para nós faz todo o sentido. Na nossa "filosofia" não há idade para eles começarem a viajar connosco. Mesmo que nesta idade não fiquem com as memórias, estão pertinho de nós - e mais! - estão pertinho de nós quando estamos felizes, por estarmos a viajar e em família. Só pode ser bom. 

Até agora está a correr tudo bem: fez a viagem toda de avião sem uma única birra e toda bem disposta, dorme bem, come ainda melhor, mete-se com as pessoas (adorou um saree da senhora que ia à nossa frente e foi o caminho todo a apontar para os brilhantes, a senhora achou um piadão e foi a meter-se com ela), experimentou, no mesmo dia, o táxi, o autocarro, o avião e o metro... Um sem número de coisas que, mesmo não percebendo a fundo, a enriquecem, a preparam para as próximas viagens. 
Agora, não a levámos a sair à noite, não fomos a 20 museus. Adaptámos a viagem a ela. Como já conhecemos grande parte de Londres e já que não chove(!!!), optámos por andar bastante na rua. No primeiro dia, depois da viagem de avião, ficámos em casa da nossa amiga, porque achámos que já tinham sido emoções suficientes e que estava cansada. É ir gerindo tudo melhor e sabendo que faz as sestas quando precisar (no carrinho e no Ergo Baby) é tudo mais fácil!

Amanhã regressaremos a Lisboa e, até agora, não nos arrependemos nem um bocadinho de viajar com a Isabel. Para o ano, se pudermos, haverá mais!

Mudei o visual!

E voltei mais ou menos ao corte que tinha quando era pequena, mas sem franja e sem as pontas se meterem para dentro tipo penteados dos casamentos dos anos 90 mas ao contrário.

Tive mesmo de cortar o cabelo. Eu já parecia um cabelo com uma pessoa por dentro. Era só estúpido. Corte a direito, lá se foram as californianas de há uns largos meses. 


Eu não disse?

Melhorzito, têm que admitir ;)


Assim talvez vá trabalhar sem parecer uma vassoura velha e gasta. :)

A rapariga que está ao meu lado é a Susana, uma amiga minha, como é óbvio. Senão não teria tirado estas fotografias comigo, nem teria ido comigo ao cabeleireiro.

Estava a pensar em mudar a cor... pô-lo mais claro? Sei lá, queria mudar mais qualquer coisa em breve... Sugestões? Peritas por aí? Ofertas? haha

10.17.2015

Em Londres com a Isabel - Parte 1

O nosso dia por aqui começou às 6h30. A Isabel dormiu pela primeira vez na nossa cama e pudemos experimentar o que é aquilo de ter um elefante a dormir connosco. Sim, porque apesar dos seus 10 kg e 80 centímetros, podia jurar que estava a dormir com um lutador de sumo, de tão espaçosa. Primeiro sítio: Museu de História Natural, para que a Isabel visse os dinossauros. Pelo caminho um caffe latte e um muffin. Quando chegámos ao museu, já dormia no carrinho. Uma hora depois continuava a dormir que nem um anjinho.

Depois, fomos ao Harrods, que era ali perto e o David não conhecia. Ficámo-nos pelo primeiro piso, que os estômagos já estavam a dar sinal e achámos que comer no Harrods não seria lá grande ideia (€€€€€). Fomos almoçar a um sítio sugerido pela nossa amiga, que apesar de ser fast food, é um fast food saudável, chamado Leon. A Isabel comeu uma salada de quinoa, com pepino, ervilhas, frango, tomate e romã. Adorou!




Já no Harrods




Isto devia ser proibido (não comi, mas... ai!)

Começa cedo...
A mostrar o polvo ao senhor. "Bye, bye" repetiu.

A seguir fomos ao Hamleys, uma das mais lojas de brinquedos mais antigas de Londres (5 pisos de brinquedos)! Já tínhamos pensado em oferecer-lhe um cão em peluche. O difícil foi ela conseguir escolher, já tinha 3 diferentes no colo.

Foi este o escolhido, um labrador.




Maravilhosa esta cabine feita de Legos







Em Piccadilly
Para terminar o dia, fomos até ao St. James Park, em frente ao Palácio. Os pombos fizeram tanto sucesso junto da Isabel como os esquilos ou os patos! Animais são animais <3



(sim, eu sei, parece poia mas não é! lol)



Estes parques de Londres são uma coisa a perder de vista...

Esquilo à vista!

Fugiu.

"Pat pat", que é como a Isabel diz "quá quá"

Cansada mas feliz. A filha. A mãe também.

Aquele cliché.


A seguir a esta foto, foi no Ergo Baby ao colo no pai e adormeceu. Dormiu mais uma hora e tal. Chegámos a casa às 19h e ela ainda está para as curvas. Jantou como nunca a vimos jantar. Nada como novos ares para abrir o apetite :)

Amanhã há mais. Podem ir seguindo tudo no Instagram.

Londres com a Isabel - Parte 2.


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10.16.2015

A Irene já reza.

Ela já sabia a mãe que lhe ia calhar. 

Achou por bem pedir ajuda externa.


a Mãe dá - Aromas para os roupeiros de toda a família com Maryland art&design

Não sei quanto a vocês, mas sou louca por cheiros. Bons. São o que mais me fica na memória, o que mais me deixa feliz, etc. Não há melhor do que chegar a casa e a casa cheirar bem, a casa. Ou entrar numa cama feita de lavado e ter o cheiro ainda fresquinho dos lençóis. O cheiro a pão fresco... 

O mesmo nas nossas roupas. Adoro. Parece que o dia começa logo bem, mesmo que saibamos que vamos para o trânsito, ou que vamos dançar o roça-roça nos transportes públicos... 

A Maryland art&design quer partilhar convosco os cheirinhos bons, sua especialidade (convido-vos a visitarem a loja online, o blog e a loja em si - Ericeira - porque é muito mais do que bons aromas). 




Participem que queremos que andem cheirosos: pai, bebé e mamã. Tudo vegetal! Ah! Isto além de proteger da humidade e das traças!

Façam like na página da Maryland art&design

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E, depois, aqui, em comentário, escrevam qual é o vosso cheiro preferido (vale tudo: gasolina, verniz pão, sopa, terra molhada, tinta...) e deixem também o vosso endereço de Facebook.

(como só às 21h28 é que me lembrei de acrescentar isto, todos os comentários anteriores, serão válidos na mesma).

Na próxima sexta-feira, por random.org, anunciamos a família vencedora. Fiquem atentas! :) 

Mas, afinal, o que se sente com uma contracção?

Sempre foi uma coisa que me meteu imensa confusão. Toda a gente falava das contracções falsas (as Braxton-coiso) e das contracções verdadeiras e dos intervalos entre as contracções para ser sinal de parto e para irmos para o hospital, mas havia várias coisas...

1 - Não conseguia perceber, afinal, o que é que iria sentir com uma contracção. Ninguém o explicava de forma que eu percebesse nos livros. Agora já consigo explicar da minha maneira. Sabem aqueles choques que apanhamos no braço todo quando batemos com o cotovelo? Pronto. Imaginem isso na barriga toda e que dure um minuto. Depois percebi o que era isso das contracções.

2 - Não me imaginei com paciência para estar a anotar uma coisa dolorosa num papel ou de estar a olhar para o relógio. E, então, saquei logo uma aplicação para isso. Esta aqui em baixo - nome mais óbvio não poderia ter. Esta foi do dia em que dei entrada no hospital, dia 20 de Março de 2014. 



3 - O que chamam de contracções falsas são, pronto, mini desconfortos ocasionais, são chatos, é verdade, mas são falsas e completamente diferentes. Pelo menos, no meu caso. 

Já repararam como está tudo muito bem feito? Por volta desta altura já estamos tão fartas de estar grávidas que as dores, apesar de muitas, são bem-vindas! :) Está tudo muito bem feito, não haja dúvidas. 

Como descreveriam vocês as vossas? Ainda se lembram?

Vamos viajar!!!

São umas mini-mini-mini férias, mas estou que nem posso!

Não sei se sou só eu, mas gosto tanto, tanto de fazer malas (mentira), que deixo sempre para a última. É o mal menor de tudo isto, eu sei.

Na mala da miúda vão:


Jardineiras Patachoka (colecção antiga)
Sapatos Vassalo




Vestido My Cousin
Sapatos Vassalo


As camisolas e as calças são Zippy, os bodies de golinha Isabella Babywear. As jardineiras de ganga são Zara e o Kispo é Primark, emprestados pela Joana Gama.


Seguimos o conselho de uma leitora e vamos levar uma brincadeira com ímans para o voo (da Ale Hop). Adora ímans, adora animais, por isso cheira-me que vai ser festa garantida.



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10.15.2015

Das melhores coisas que já me aconteceram.

Sim, podia ser um post à la Joana Paixão Brás, mas não é muito a minha onda. Preciso de mais do que um dia de sol para me apetecer dar beijinhos e abraços e espalhar amor até à mesa de apoio mais próxima. É, é, Joana, é. :)

As mães a tempo inteiro vão perceber-me melhor. As mães a tempo inteiro e de "primeira viagem" ainda melhor. Porém, todas as mães me vão perceber. 

Os bebés, até, sensivelmente, aos 18 meses (não todos), precisam de dormir duas/três sestas por dia (a duração varia consoante a idade do bebé). 




Eu dava em doida para adormecer a Irene. Demorava muito. Não conseguia estar em sintonia com ela, já ia nervosa, ela também. Ainda não comunicávamos tão bem. Eu era muito ansiosa (sim, ERA, depois conto-vos as novidades maravilhosas num post mais à la Joana Paixão Brás) e isso só complicava ainda mais as coisas. Quando acabava uma sesta, já devia estar a adormecê-la para a seguinte e sempre com receio de colar ao sono da noite e a miúda deitar-se às 2 da manhã ou poder acordar às 4h. Sei lá. Muito stress como podem ver. 

Acabou. 

Depois da primeira tentativa falhada de passar para apenas uma sesta (uma sesta, a meio do dia, mais longa que as outras duas), tentei novamente e cá estamos. Agora a Irene já só faz uma sesta e, geralmente, de 2h30/3h/3h30 (consoante o tempo do sono nocturno desse dia) - sinal de que está preparada para isso - fazer a sesta longa constantemente. 

Só tenho de a adormecer uma vez. E, geralmente, está tão cansada (e respeito tanto os horários dela) que as coisas acontecem tão mais facilmente. À noite também. Ajuda a mãe estar mais equilibrada da cabeça? Claro que sim. Eles sentem estas coisas e nós tomamos decisões mais normais, menos apressadas, mais espertas e "intuitivas". Menos violentas também. Confesso que houve uma vez em que lhe tentei, de maneira menos carinhosa, por-lhe a chucha na boca. Não a magooei, mas claramente ela não queria a chucha. Houve outras em que lhe chamei nomes por dentro e isso, além de estúpido e injusto, não é produtivo nem bom para a relação e para a vida dela. 

Está tudo pacífico. O sono é uma coisa boa para ela cá em casa. E para mim também. 

Mesmo acordando demasiado durante a noite. Está tudo bem. É normal. 


10.14.2015

Ela estava cheia de nódoas negras.

E foi essa a gota de água. Adeus berço. Mesmo com a porcaria do contorno almofadado, a meio da noite ela, com o seu sono atribulado, lá mandava uma patada e era um barulho enorme que a assustava e, algumas vezes, até a acordava. Acabou-se. Há bebés que dormem nos berços (neste caso era uma cama de grades que a Irene nunca dormiu num berço, sequer) até aos 2/3 anos, mas sentimos que não dava mais. 

Compramos estrado e colchão, mais roupinha de cama e pronto. Adeus. Desaparece seu sacaninha (até ao próximo feto). 



Ficou louca com a cama nova. Com a autonomia. Com poder ter um espacinho fofinho para brincar com os seus brinquedos. Por o pai e a mãe se poderem deitar com ela no seu quarto. Ficámos todos calmamente histéricos com isto.

Na primeira noite dormiu com um "chão de ginásio" de um dos lados e, do outro lado, o tal contorno de berço.

Acordou milhares de vezes (não teve que ver com a cama, acho que estava com dores de dentes) e, nalgumas das vezes, fui dar com ela noutros sítios do quarto, maioritariamente já sentada.

Na segunda noite (e, aliás, na sesta seguinte), já enchi aquilo de almofadas e edredons. Tive de pô-las do lado de fora do colchão porque, se fosse do lado de dentro, perdia aquilo que nos tinha levado a comprar a cama nova - o espaço. Ora, isso fez com que a miúda apanhasse balanço e fosse parar a sítios ainda mais parvos.

Já não podia ver a cama nova à frente. Tinha de recorrer à solução mais limitadora, mas mais eficaz a curto prazo: as barreirinhas de lado. Lá fui ao Toys R us e me esmifrei a comprar as barreiras (há de dois tipos, umas que se mete por baixo do colchão e são como se fosse uma moldura e o outro que tem umas fitas e prende tipo... mochila, não sei bem explicar - comprei uma de cada por causa das coisas).

Ah! Não, não dava para encostar a cama a parede nenhuma! O quarto tem umas dimensões muito pouco favoráveis à habitação e, para além disso, tenho uma estante enorme do Ikea que não cabe em mais lado algum.

Compramos as coisinhas, o Frederico lá esteve todo másculo a montá-las (as barrerinhas, que é o que o deixo montar extra casamento) e a Irene não caiu, claro. Para cair, teria de roer as barreirinhas ou, então, de se transformar em líquido e passar por baixo.

Já não se magoa. É um facto. Acorda o mesmo número de vezes? Sim. Confesso que tinha alguma esperança nisto, mas não. Fico feliz por ela e ela também está mais feliz com o seu quarto.

Quando mudaram os vossos ou pensam mudar? Só decisões difíceis, caramba.