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1.04.2016

Para onde vão a porcaria das meias???

Só eu sei o quanto isto me deixa doida. Ando eu a percorrer as capelinhas todas para comprar meias anti-derrapantes para a miúda, que sejam quentinhas, que não sei quê e ficam logo viúvas à primeira lavagem na máquina. Ando doida há meses para saber o que faço à minha vida por causa disto! Para onde vão as meias? Anda a miúda agora a usar uma meia de cada género diferente só porque estou em negação que a minha máquina de lavar tenha um buraco... mas que raio? Bem, vou investigar, já vos digo qualquer coisa...

Voltei! Obrigada, Internet!



Pelos vistos ficam perdidas dentro da máquina! Se assim for... parabéns à minha máquina de lavar de 2ª que lava muito bem para quem já me mamou uns valentes 15 pares de meias. 

Só me faz ter pena da quantidade de patroas más que discutem com as empregadas a achar que andam a roubar meias às "mijinhas". 

Bom... Truque? Acho que vou comprar um daquele sacos de rede (há na Tiger) para enfiar para lá as meias e as cuecas dentro e espero que a máquina não se arme em parva e não me engula uma coisa daquele tamanho. 

Também andam a ser roubadas pela vossa própria máquina? Aquela que são vocês quem alimentam desde que ela existe? 

Cabra.

12.31.2015

Isto intriga-me. Alguém me explique isto!

Há uma coisa que me intriga há vários anos (intriga-me e dói-me também, na parte detrás da cabeça).  

Como é que ainda ninguém se lembrou de inventar uma merdinha que se ponha no lavatório do cabeleireiro, quando vamos lavar o cabelo e encostamos a cabeça, e que impeça de ficarmos com dores no pescoço/cabeça durante os três dias seguintes?

Sou só eu?!

Podem inventar costas de cadeiras com "massajador" automático, cadeiras com pés para ficarmos todas esticadinhas e relaxadas, massagens na cabeça deliciosas, MAS DEPOIS O LAVATÓRIO ENTRA PELA NOSSA CABEÇA ADENTRO? Juro que não percebo como é que aquilo ainda é feito de louça e não é forrado com algo impermeável mas fofinho e feito de esponja macia por dentro. Tenho um pedaço de louça a marterizar-me e ninguém faz nada? Não há petições para isto? Não há manifestações em frente à Associação Portuguesa de Barbearias, Cabeleireiros e Institutos de Beleza?

Alguém que pegue nesta ideia e desenvolva o produto, pelo amor de Deus! Registem a patente e vão ao Shark Tank.

De nada.


12.27.2015

Coisas que os bebés costumam odiar!

Completem a lista!

E, sim, já sabemos que há excepções: o Manel que adora que lhe lavem o cabelo e a Maria que desenvolveu um gosto esquisito pelos supositórios... ;)



  • Supositórios
Não era giro? Alguém chegar à farmácia e dizer: "tem aí supositórios? De qualquer coisa, tanto dá, é que a miúda fica tão contente...".
  • Medir a febre no braço ou no rabo
Tudo aquilo que implique eles ficarem imóveis (sem perceberem porquê) é chato. E creio que no rabo não será lá muito agradável. Não sei e não pretendo saber em breve que tenho uma vida algo ocupada. 
  • Mudar a fralda
Há fases. Há fazes em que nem reparam no que está a acontecer e há outras em que temos de de montar todo um circo Cardinali para lhes limpar o cocó da peidola. É o caso da Irene, agora e a história da comida antiga
  • Lavar o cabelo
Eu percebo. Bebé que é bebé tem medo de morrer. Eu também tenho um bocado. E a água escorre-lhes pela cara e não há nada que possam fazer, nem reconhecem aquela sensação. Além de que apesar de alguns champôs dizerem "sem  lágrimas", a miúda chora na mesma. E como ainda não são vaidosos, depois não vão olhar para o espelho e pensar "custou, mas valeu a pena, olhem só para este volume". 
  • Pôr soro no nariz
Outra. Alguém gosta? Há gente esquisita. Já ouvi dizer que houve quem dissesse a uma auxiliar "nasci para fazer clisteres", mas pôr soro no nariz... ainda para mais deitado... é o mesmo que gostar que lhe façam amonas na piscina. Se ainda conseguissem ser eles próprios a fazer, mas não: 0 tempo de mentalização. Tungas. 
  • Aspirar o ranho
Horrível. Aquilo no nosso nariz não faz grande mossa, mas posso dizer que já fui operada ao nariz e a sensação de nos tirarem algo do nariz assim é como se nos estivessem a chupar o cérebro para fora. É normal que não gostem, digo eu. De resto, isto de andarmos a aspirar macacos do nariz com a boca... hmm... 
  • Cortar as unhas
É preciso fazer imensos teatrinhos e passamos pela fase em que a lima parece mais prática, mas não. Depois é a tesoura e depois é o corta-unhas. O ideal era mesmo arranjar-lhes um arranhador como há para os gatos e que eles se entretivessem sem nos chatearem a cabeça. 
  • Lavar os dentes
Ui! Comer a pasta é bom, mas e lavar os dentes? Querem ser eles a fazer (quando querem) e fica tudo só num lado e sem escovar, sequer. No meu caso tenho de contar histórias como se fosse um animador de campos de férias para adolescentes com problemas de entendimento, tenho de dar tudo. Lá vou conseguindo.
  • Vacinas
Não é agradável. Nem sei para quem é pior: se para nós ou para eles. Custa-me muito crer que em pleno século XXI, ainda não haja uma solução mais fácil que esta estupidez. Um pensinho no braço para ser absorvido? Sei lá. 
  • Tomar banho
Interrompe o que eles estão a fazer, claro. Há maneiras de minimizar tudo isto com algumas ideias sugeridas pela Disciplina/Parentalidade Positiva. Como, por exemplo: avisar que daqui a pouco vai tomar banho, haver rotina, etc. Porém, a mim, às vezes, também não me apetece tomar banho. A diferença é que só vou quando me apetece ou, então, sei quais são as consequências de não ir. 
  • Calçarem pantufas ou sapatos
O ideal seria não usarem nada disso durante os primeiros tempos, mas não moramos numa loja de tapetes. Não querem porque gostam de sentir os pézinhos no chão e, acima de tudo, porque nós queremos. É o "tem de ser, senão fica com ranho". 
  • Secar o cabelo com o secador
Mete medo ao susto o barulho? Mete. Eles, quando são mesmo bebés, adoram ruídos brancos para adormecer porque o som fica bastante semelhante ao que eles ouviam quando estavam na nossa barriga. Quando crescem... é preciso uns meses... (ainda não consegui) a convecê-los de que sai um quentinho bom e que é divertido...Grr. Não me apetece nada andar a secar-lhe o cabelo com ela histérica..

E mais coisas? 

Há bebés que não gostam de comer, certo? Não gostam de ir dormir, não gostam de ir para a escolha, não gostam de fazer os trabalhos de casa (aí já não tão bebés, presumo, senão seriam sobredotados...).

Que complicações há por aí? 

12.24.2015

Resposta à mitra da Joana Gama

Querida Joana Gama (not),

além de ter revelado ao mundo o meu sangue azul (neste post) acha bem não mostrar o resto da conversa? Em que aqui a tia diz que são histórias da avó e que tinha de lhe pedir que me contasse melhor (à avó real, não à sua, da Reboleira) este Natal e que às tantas aqui a beta era descendente dos pagens do rei? Não achou por bem ter revelado que eu estava a ser brincalhona e irónica? Que canseira. Você exaspera-me.

Agora vou ali cear com o Dom Duarte Pio e a Isabel de Bragança, ou acha que a minha filha se chama Isabel porquê? 

Irene? Por favor. Tenha dó.

Feliz Natal, da varanda a ver a estação do comboio, enquanto eu estarei na minha quinta, sei lá!, em Santarém. Hahahahahaha


Nota: este post tem ironia, exageros e inverdades :)

FELIZ NATAL!!!


12.23.2015

Se a Joana Paixão Brás é beta? Ahahah.

Desculpem, mas não me consegui conter. Isto aconteceu numa conversa de domingo à noite - quando nos vamos deitar "cedo", mas depois ficamos horas no telemóvel (aposto que sabem como é). Estávamos a falar sobre aquela clássica questão "vais a algum lado nas férias?". 

A resposta de ambas? Não. 

Porém, a Joana achou importante dizer que a betalhice lhe corre no sangue. Atenção que este blogue é real, não de real mas de real. Uh.


Ui. Eu que tinha no BI "Natural da Damaia" já me calei. Enrosquei-me no meu edredão rasco e pijama com borbotos e adormeci quentinha a pensar que conhecia alguém importante.

NOT! 

11.18.2015

Tenho um bebé SUPER famoso!

Calma, ainda não me subiu à cabeça todo o vosso amor pelo nosso "estaminé". :) Só subiu ao coração...

Como sabem, ou DEVIAM SABER (eheh), a Irene está doente. Está com gripe, acho eu. Febre, ranho e tosse. Não é costume ela estar doente. Não tenho grande andamento nisso. "Preferia" que isto tivesse acontecido quando não estava a trabalhar, assim é todo um sentimento de pseudo-impotência. Digo pseudo porque ela está com o pai e o pai cuida bem da vitelinha. Muito bem até.

Agora, o papá ontem também ficou doente. E só sobro eu! Nós apanhamos tudo o que eles apanham? A minha mãe diz que não, porque temos de estar bem para cuidar deles. ;) Espero que sim. Não me apetece ficar doente e ranhosa. Se já assim adormeço às 21h no sofá e me babo toda em 5 minutos... Quero estar apta!

Ontem estava a pentear a Irene depois do banho e reparei que parecia o Harry Styles dos One Direction (se ele tivesse gripe e fosse mais velho ahah): 



Brincadeiras à parte: já viram os olhinhos da bebé? Tudo bem que era ao final do dia, mas coitadinha!

Está quase a passar! Uffa

11.15.2015

Vocês não vão acreditar

Esta foi a única. A única foto que o David me tirou ontem no casamento.


Andei a vasculhar na máquina, para trás e para a frente e achei que tinha havido um erro qualquer. Pedi-lhe para nos tirar umas fotografias, já sabem como somos quando estamos arranjadinhas e nos sentimos giras.
Os meus gémeos. Ele fotografou os meus gémeos...





10.14.2015

Maternidade: Ficção VS. Realidade

O mundo da maternidade é, segundo alguns continuam a fazer parecer, um mundo cor-de-rosa. Para pessoas românticas como eu, era fácil acreditar na história dos pequenos-almoços dignos de telenovela brasileira, crianças todas alinhadas em escadinha, sorridentes e bem-comportadas, vestidas de igual e com sapatinhos de verniz, um quarto de brinquedos de chão branco, onde os filhos brincam com pijamas clássicos. O casal, depois de um dia cheio, até tem tempo para não fazer nada e a história termina sempre com um “e foram felizes para sempre”. Agora que sou protagonista da minha própria história, apercebo-me de que são as dificuldades, o improviso e até as expectativas goradas que tornam a maternidade divertida, viva, humana, real. Apesar de gostar de coisas bonitas e de floreados, gosto também muito da simplicidade e da espontaneidade.


Deixo-vos uma lista em que, num ringue de boxe, a realidade dá um K.O à ficção


Como queremos que eles fiquem nas fotografias:


Como eles realmente ficam:

Como fantasiámos um domingo à tarde:



Como é o nosso domingo à tarde:


Como planeámos o quarto deles:



Como ele é:




Como sonhámos que eles fossem comer:



Como eles comem:



Como desejamos que acabe o nosso dia:


Como acaba realmente:




E, se assim não fosse, não teria grande piada. 



*Imagens We Heart It

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10.13.2015

Método infalível para adormecê-los!

Propaganda enganosa. Nunca acreditem em nada que use a palavra "infalível", não descobri o Santo Graal. Mas tenho a certeza que esta ainda não tentaram! E, já sabemos, nisto de fazer com que eles durmam vale (quase) tudo. Menos deixá-los chorar desenfreadamente sozinhos, vá. Muito menos deixá-los vomitar de tanto chorar. Ou, como sugere uma certa escritora num maravilhoso e extremoso livrinho de dicas, não se limpa o vomitado, que eles têm de dormir assim. Tão bonitinho, tão digno, tão humano... Também não vale dar-lhes uma traulitada. Nem regar o frango com gin, ao jantar. Nem pô-los a dormir ao relento. Vá, já chega. Juro que isto NUNCA me passou pela cabeça. JURO! (Ou já? Agora ficam na dúvida, que se lixam).

A Isabel já dorme a noite toda (isto nem é bom dizer, que já sinto as orelhas quentes). Vá, vou refazer, e é verdade, dorme, desde que não tenha fome nem dores de dentes, até às 08h30, mas adormecê-la é o (nosso) calcanhar de Aquiles. Quer conversa e mais conversa, quer histórias atrás de histórias, refila que quer mãe e pai e mimo, mas depois também não quer adormecer no colo e esperneia. Acho que nem ela sabe bem o que quer. Mas, cá em casa, tentamos não deixar passar das 21h30, é o limite dos limites, senão acorda de manhã rabujenta. Às vezes adormece em 10 minutos, outras vezes em 45. Teve fases que nem 5 minutos demorava, mas são isso mesmo, fases.

Normalmente adormece com palmadinhas no rabiosque, deitada na cama dela. Adormeceu uma vez com festinhas nas costas. Outra vez com festinhas na cabeça. Agora desata-se a rir e acha que lhe estou a fazer cócegas. Já chegou a adormecer com músicas religiosas de Taizé, interpretadas por essa grande soprano que é a mãe dela. Já adormeceu várias vezes ao som do "Encosta a tua cabecinha no meu ombro e chora.... e conta logo as tuas mágoas todas para miiiiiiiiim" (sim, Onda Choc). Das últimas vezes, inventei um rap "Era uma vez um gato maltez, falava chinês e tinha umas botas nos pés"...

Cá vai o que descobri. Quando mais nada resultou, mesmo tendo misturado tudo no mesmo cocktail, vou dizer-vos qual foi a receita milagrosa! Podem tentar que é inofensivo:

MASSAGEM NAS MÃOS! Como é que só experimentei isto ao fim de 19 meses?!

Sabem quando vão arranjar as unhas e a esteticista vos faz uma massagem nas mãos que faz com que o queixo caia automaticamente, começam a babar-se todas e a sentir um quentinho dentro de vocês? (E depois até pedem aos maridos para tentar fazer igual, mas eles, coitadinhos, parece que estão só a passar o espanador, sem convicção nenhuma?)

Pronto. Estava a achar que seria mais uma tentativa furada e já estava a ficar toda dormente, dobrada em cima da cama de grades dela, mas resolvi experimentar. Primeiro não quis, depois disse-lhe "é bom, filha". Ela deixou. Comecei a ouvir a baba a escorrer. Comecei a ouvir a respiração a acalmar. E adormeceu.

Segundo dia. Passei as fases todas das canções, que já lhe tinha contado duas histórias a meia luz. Fiz só um shhhhhh e massagem nas mãos. Adormeceu.



Tentem e digam-me como correu, vá lá. :)

Vou lançar uma linha de roupa.

Pensei em algo diferente para as miúdas. Sim, mais para raparigas, mas nada impede. Deve ficar igualmente bem aos rapazes. Porém, procurei algo mais feminino. Algo que mostrasse bem a transição que ocorre todos os dias no corpo das nossas bebes: a passagem de menina a mulher.

Eu cá gosto.

(descer muito a página que não queria estragar logo a surpresa)






























Querem encomendar?



10.09.2015

Carta aos meus vizinhos

Caros vizinhos,

Escrevo-vos não por, de vez em quando, ser quase impossível adormecer a Isabel com a chinfrineira que para aí vai, mas porque temo pela vossa madeira flutuante. Foi coisa para custar uns 8 euros por metro quadrado e, parecendo que não, coisas como jogar bowling, fazer o lançamento do peso ou convidar o rancho folclórico de Vilarandelo para aí atuar, vai danificar, não as minhas têmporas nem as minhas costas, da cambada de nervos, mas sim o pavimento. Não foram derrubadas 8 árvores centenárias na Amazónia para isso.

Escrevo-vos não por considerar que o relógio de pêndulo, que toca TODAS as horas (e algumas meias horas), seja a maior aberração que se lembraram de inventar no século XVII, mas porque temo pela vossa liberdade. Deixem-se levar pelo enigma, não queiram ter o pretenso controlo do tempo e... tirem, se vos aprouver, o som dessa porcaria!

Escrevo-vos não por considerar que há horas para tudo e até para correr, mas para vos sugerir a corrida ao ar livre. Abre os pulmões, distraem-se mais e nem dão pelo tempo passar. Quando correm na passadeira, depois das 21 horas, coloco-me sempre debaixo da ombreira da porta, porque posso jurar que estou perante um sismo de 7,4 na escala de Richter. Depois, imagino um elefante a correr em cima das minha testa. E por fim, vou devorar uma caixa de oreo, porque não há paciência para pessoas saudáveis.

Escrevo-vos não por considerar que se calhar a Isabel vai conhecer cedo demais todo um abecedário de asneiras e vai perceber que lá porque duas pessoas vivem juntas, não significa que gostem uma da outra, mas por considerar que deveriam ocupar mais o vosso tempo a fazer amor. Reduzem o stress, libertam dopamina e outras coisas acabadas em "ina", melhoram a pressão arterial, perdem calorias e dormem melhor. Nós também. Ah! Mas também não é preciso ser à bruta!

Escrevo-vos não por considerar que por alguma razão, depois de inventarem a bola de futebol, algum  iluminado inventou também os campos de futebol, mas porque me parece que pode ser mais estimulante para as vossas crianças experimentarem, fora de casa, os desportos em equipa (e não me estou a referir aos dias em que há festas de anos aí em casa, mais concorridas que o Colombo ao domingo). Quanto ao arremesso dos candeeiros à parede e de panelas à televisão, dou-vos os meus parabéns pela criatividade. Aconselho-vos a registarem já essa ideia, não vá o comité olímpico apropriar-se dela.

Escrevo-vos não por considerar que arrastar móveis de manhã à noite seja quase obsessivo, mas por achar que talvez tenham errado nas vossas escolhas profissionais. Não tenho formação em psicologia vocacional, mas se andam a redecorar a vossa casa todos os dias, talvez pudessem tirar um curso de design de interiores e decoração. Isso ou estudem Feng Shui de uma vez por todas e decidam onde fica a porcaria da mesa de jantar! E não, não cabe na casa de banho.

Escrevo-vos não por considerar que agiram de má fé quando chamaram a polícia por eu e três amigas estarmos a jantar cá em casa há dois anos, mas por considerar que, quando se tem crianças em casa, quando se tem uma casa habitada e vivida, os telhados são de vidro. 

Por mim falo. E é por saber que vocês, de vez em quando, também ficarão a roer-se de raiva durante a madrugada com a exorcista cá de casa, que se lembra de chorar - berrar - durante meia hora seguida sem a conseguirmos acalmar, e por saber que daqui a uns anos será ela a praticar arremesso de candeeiros à parede ou a jogar bowling na sala, que estou apenas a escrever esta carta, sem nunca ter coragem de a pôr na caixa do correio.


A vossa vizinha,
Joana Paixão Brás
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10.08.2015

Sou muita linda!!

Sempre fui muita linda. Menos de touca. De touca sempre pareci um molusco ou, então, um jovem da Beira Interior com algum contacto mais esquisito com um gado de ovelhas (tenho lá família, posso dizer isto). 

Sempre fui muita linda, mesmo quando parti o nariz na piscina da Damaia. Quis mergulhar, na primeira aula, para mostrar aos professores que era a maior e que mergulhava muito bem e acabei por ter de ir para o hospital.

Sempre fui muita linda, mesmo quando tinha um bigode tão grande que, na escola, tinha de me desviar da luz porque sabia que se notava. No trabalho, quando tenho o bigode grande, chamam-me Cantiflas.

Sempre fui muita linda, mesmo quando espetava meio frasco de Betadine no cabelo para ficar com umas franjinhas de fora do rabo de cavalo, mais loiras. Giro também quando saía da piscina com o cabelo a pingar uma cor esquisita e ninguém me dizia nada. Lamento, pessoas que andavam comigo na Escola Náutica de Paço de Arcos.

Sempre fui muita linda, mesmo quando andava de aparelho e pedi para pôr as cores vermelha e verde intercaladas e só depois me lembrei que era capaz de parecer um bocadinho ou tanto patriótica demais. 

Sempre fui muita linda, mesmo quando na faculdade, num dos primeiros dias, quis experimentar cera no cabelo e pus tanta que parecia que tinha apanhado uma molha o dia inteiro.

Sempre fui muita linda, mesmo quando me diziam "o que é que o jovem quer" no café do Bowling do Colombo ou quando o meu pai e eu comprámos uns bilhetes para andar no teleférico da Expo. Talvez fosse por usar um boné preto da Nike e ténis bota da Nike também. Se calhar pelo bigode também ou pela t-shirt do Songoku.

Sempre fui muita linda, eu e a minha unha pequena do pé direito que, durante uns 10 anos era verde e parecia feita de calcário. Tinha vergonha de andar de pés à mostra e nada parecia resultar com a porcaria da unha.

Sempre fui muita linda, mesmo quando, por causa dos complexos com o bigode, fiz o bigode com gilete e andei um mês em pânico a achar que ia ficar a parecer uma púbis de uma senhora idosa.

Sempre fui muita linda, mesmo quando a minha pele foi violentamente comida por trás por uma doença chamada rosácea e agora parece que apanhei um escaldão todos os dias, mas só no focinho.

Quando vi estas fotografias pensei: sou muita linda. Sem ses. Têm edição? Têm. Têm base e baton da sephora (muita giro)? Têm. Não deixo de ser eu. Eu e o bigode refundido, o nariz com assinatura da piscina da Damaia, os dentinhos do aparelho, o cabelinho com um toque de descolorante para não parecer que as minhas sobrancelhas são de outra pessoa, o meu bracinho de pré-obesa e a minha papadinha que, aqui, maravilhosamente, devia estar ocupada com outra coisa.

Não é meu costume (ao contrário aqui da outra sócia da gerência) fazer sessões fotográficas profissionais, mas esta valeu. Valeu porque hoje acho que sou mesmo muita linda, apesar de cheirar a sopa de legumes do joelho que caiu enquanto  estava a dá-la à Irene.

E se vierem com coisas a dizer "ah granda moral e não sei quê", acho que estou no meu direito porque já foram feitos mais de uma dezena de posts em que estou com pior aspecto que um pãozinho com bolor (aqui, por exemplo).

Pronto. Agora "chupem" com 200 fotografias minhas em bom.

Alguém disse uma piada ou será que me comecei a rir à parva? A segunda hipótese.

Segunda hipótese. Com sorte ainda vêem um bocadinho de Oreo que comi antes de sair de casa.

Pareço dona de um restaurante aqui, mas daquelas que comeu o restaurante todo. Estou com um ar de quem vos está a dizer "têm de provar o carpaccio". 

Ai que belo banho de sol que estou a apanhar junto a um menir.

Ai... não era suposto partilhar o meu protagonismo neste post com mais ninguém. Enganei-me.

Agora sou mãe - diz o meu braço.

"Ai que maroto que és." 

O quê? Como assim não acreditas nos benefícios da amamentação prolongada? 

Que belas férias que passámos ali em Olhão, não foi?

A fingir que não tenho 29 anos e que quero que o meu pai me dê uma consola. É este o ar.

Eu fazia-me toda aqui. É só o que tenho a dizer. 

Vamos ignorar a marca do baton na testa? Vamos.

Fotos: Love Lab 
(obrigada, Joana. Fazes magia!)

10.06.2015

Que facada nas costas!

Adoro que o pai da minha cria adore participar em tudo o que diz respeito à educação e à vida da filha, mas boicotar assim a minha paixão por fofos e tapa fraldas não se faz! E ainda por cima usa bem a terminologia, o chato (até parece que estudou bem um dos nossos posts - glossário de roupas betas, parte 1 e parte 2).

E agora? Tenho de ter outra filha?

A partir de que idade é que elas já não ficam bem com estas roupas (não vale dizer nunca!)? Estou em negação. Tinha sido tão mais fácil nunca ter gostado delas! Não me conformo. Que facada nas costas, que drama! Livrem-se de lhe dar razão!!!

Agora a sério, tenho ali dois de inverno que lhe devem estar bem este ano... vai ter de levar com eles, ai vai, vai!

E como é que eu vou resistir a estas coisas lindas?


2 -  Coobie
3 - Coobie

Isto não devia ter vindo parar a um blogue de maternidade..

... mas fez-me rir.


 

Hahahaha

10.05.2015

Há 9 tipos de PAIS



Adoro fazer estes exercícios parvos
e com muito pouco rigor científico de catalogar e categorizar (e adoro ler listas, assim que vi este texto no Up To Lisbon Kids, soube que tinha de dedicar uma lista aos pais) e o meu poder de observação e a minha língua destravada não me deixam ficar caladinha. Vejam lá se reconhecem alguma destas alminhas - para o bem e para o mal - aí em casa.


1. O paissurdo.
É uma patologia muito comum, que começa com a gravidez e que se vai agravando progressivamente. Manifesta-se principalmente no período nocturno. Ainda não foi descoberta a cura, mas dizem os médicos que uma almofada pelas trombas às vezes ajuda a desentupir os ouvidos.

 
2.  O paijola.
É o pai cool, para quem está sempre tudo bem, que bebe uma mini a ver o Benfas enquanto o filho está a passar a ferro, a emborcar CIF Lixívia e a desenrolar 5 quilómetros de papel higiénico. 




3. O pairadical.
É o pai que leva o filho de duas semanas para o topo do Everest, que o põe a correr a maratona de Nova Iorque com dois meses, que o inscreve no rafting com dois anos e que põe a nadar com tubarões com três. Adora a aventura, a adrenalina e... deve beber coisas que não água.

4. O paicanojo.
É aquele pai para quem "dar almoço sim senhor!", dar banho "ainda lá vai", agora não lhe peçam para mudar a fralda com cocó que ainda lhe provocam o vómito. É o enojadinho que anuncia a medo que a criança tem presente, quando muito pega-o ao colo, mas passa rapidamente a batata quente, sem resolver o assunto. Para isso teria de ter, no mínimo, um fato de astronauta em casa.



5. O paimaspouco. 
É o pai que sabe o nome dos filhos mas que nem sabe de que desporto gostam. Oferece um cheque presente no Natal e a frase que mais usa é "pergunta à mãe". Acha que a função dele está em pagar a creche e em fazer chegar pernas de frango ao frigorífico.



6. O paimanteiga.


É o pai meloso, que se derrete com os olhinhos de Bambi dos filhos, que lhes morde os dedinhos dos pés, que beija cada refego e que adora adormecer com eles por perto. É o pai mariquinhas que fala com eles bebezês e que quase chora quando eles dizem uma palavra nova.



7. O painãosabe.
Ele não tem culpa, 'tadinho, ele não consegue. Não sabe fazer o jantar, não sabe fazer a cama, não sabe que as peúgas usadas se põem no cesto de roupa suja, não sabe dar banho ao filho, vai-se a ver e tem mesmo grandes falhas cognitivas. Bullshit, é "o paisabe-atoda".

8. O paicriança.
Podemos apostar três dedinhos em como quando chegarmos a casa, depois dele ficar responsável duas horas pelos filhos, vamos encontrar um cenário de guerra. Água do banho até à cozinha, almofadas a servirem de muralhas, cabos de vassoura a servirem de armas. No fundo, é o nosso filho mais velho, mas com mais pêlos.

 
9. O paimãe.

Com maminhas mais ou menos salientes, este pai é aquele homem que parece ter mais sinapses do que os outros todos e consegue perceber que a tábua de passar não o vai engolir, que a mãe também precisa de descansar e que o filho precisa de mais do que um pai com o rabo a ganhar bolor no sofá.


10. O paiperfeito.

Não existe. Ver as restantes 9 opções.


Aqui em casa há um mix do 1, do 6, do 9 e do 8! E por aí?

10.03.2015

O meu marido estará maluco?

Ter-me pedido em casamento é bem capaz de ser o primeiro sintoma. 

Agora, ele diz que as fraldas com xixi da Irene lhe cheiram a pão!

Confesso que venho em busca de um fenómeno em que todas vocês digam: "ah! o meu já disse que cheirava a Opel Corsa", "o meu, vejam lá que engraçado, diz que cheira à ponta de um chavelho"...

Mas não, pois não?

É só o meu que andou a comer pão estranho quando era criança... 

9.29.2015

Como fazer uma sessão fotográfica bem pirosa

Nada como uma sessão fotográfica caseira para termos, aqui em casa, um belo de um fartote de riso. Apontem bem as seguintes dicas, se quiserem alcançar um nível de bimbalhice fotográfica nunca antes vista.


1) O vosso bebé tem de ficar em tronco nu. Só porque sim.



2) Espetem-lhe um gorro na cabeça e umas meias. Sim, porque faz todo o sentido estar de tronco nu mas, de resto, bem protegido contra o frio, não vá constipar-se.




3. Arranjem objectos com um toque vintage, como um telefone antigo. Se tiverem uns colares de pérolas aí por casa, também serve. 




4. Depois peçam-lhes para fazer um ar de "o telefone não toca. Estou à espera da chamada da minha vida. Ai (suspiro)."



4. Decidam trocar de gorro, só porque querem variar, e decidam-se por um que fique com um ar ali a puxar para o arrumador de carros ou, já sei, para os ladrões do Sozinho em Casa.




5. Como se os adereços não bastassem, arranjem mais. Umas flores, com mais plástico que um pneu, compõem muito bem o cenário. 




Não sei o que nos passou pela cabeça, mas ainda bem que isto aconteceu, há um ano. E sim, na altura eu tinha noção da bimbalhice que para aqui ia, mas divertimo-nos. (Um enorme beijo de saudades, Sofia!). Só espero que a Isabelinha nos perdoe.