Todos os dias, quando acordas, tenho saudades tuas.
- muito porque já dormes a noite toda e, por isso, já não acordo com vontade de chorar e a perguntar-me porque é que tive filhos.
Quando demoras mais do que uma hora a adormecer e a acalmar, já não me irrito.
- tirando os dias em que estou quase e digo "a mãe está frustrada e farta, Irene, ajuda-me por favor".
Quando estás sempre a fazer-me perguntas enquanto cozinho e a dizer "olha para mim", é com pena que não consigo estar 100% atenta.
- excepto quando tenho algo a queimar ou estou verdadeiramente lixada porque acabei de estragar um lote de quatro hamburgueres por ter tido a brilhante ideia de lhes juntar banana.
Quando me chamas por nada enquanto vês desenhos animados e eu, mesmo sabendo que não é nada, vou.
- Já não "bufo" antes de ir, sei que é algo parvo mas que queres partilhar comigo, mesmo estando a meio de algo.
Quando me bates, sei que é porque sabes que podes e não porque estás mal-educada.
- O amor incondicional dá espaço para que tu sintas que podes, apesar de saberes que não deves. Não me zango contigo, não fico eu com birra. Tento explicar-te, a seu tempo, as tuas emoções e maneiras mais eficazes de lidar com isso.
Todos os dias antes de adormeceres (às vezes de adormecermos) dizemos "coisas bonitas uma à outra" e é só um pretexto para poder olhar para ti contigo mais quieta.
- Dantes só queria despachar tudo e que adormecesses, não queria conversas. Agora sinto que nem todo o tempo é suficiente. "Tu és a minha estrela cor-de-rosa mais bonita com brilhantes, Irene".
Quanto fazes birras por tudo e por nada e, em vez de entrar no mesmo registo, te abraço ou me ausento uns segundos para respirar fundo antes de "reagir a quente".
- Não são os terrible two, nem three. Consigo ver-te mesmo quando estás vermelha de raiva e de desamparo.
Há um ano. |
Gosto de ti, Irene. Fazes-me querer ser melhor todos os dias. Por mim, por ti e por nós.