9.12.2015

A mãe que eu quero ser

A mãe que eu quero ser é compreensiva, paciente, mas firme. Não tem medo de dar colo e de mimar muito. Faz comidas deliciosas mas não obriga a comer. Insiste todos os dias, pondo tomate no prato, até que o filho perceba que afinal até gosta.  

A mãe que eu quero ser é dedicada aos filhos, mas não deixa de cuidar dela. Às vezes chateia-se e grita, erra e pede desculpa. É humana. É generosa, é meiga e dá gargalhadas estridentes por tudo e por nada. 
A mãe que eu quero ser é alguém que se dá aos outros, e com os outros aprende muito. 
A mãe que eu quero ser adora ler, gosta de passear. Gosta de regras mas gosta de as quebrar de vez em quando. 
Se eu for metade da Grande Mãe e Mulher que a minha mãe é, já me vou dar por satisfeita. 
Parabéns, Mãe!   
  


P.S Livra-te de dar gelados à Isabelinha!
(Cabana do Pescador 1989)

Vieram as fotos das férias!

Estou louca com elas!

Isto de ter usado analógico (a minha máquina tinha falecido) tem esta coisa boa (além de adorar a estética das fotos), parece que estou a reviver as férias todas outra vez! Também já morrem de saudades das férias por aí?

Depois faço-vos uma selecção e mostro melhor, mas para terem uma ideia:











9.11.2015

Ia acontecer...




Ia acontecer, mais tarde ou mais cedo. Faz parte. Mas o instinto animal começa a rugir. "Quem foi?" Como se a resposta importasse. Como se fosse tirar satisfações com a mãe do miúdo ou com o miúdo "fazes isso outra vez à minha filha e... e..." e nada, como é óbvio. 

Qualquer dia - se é que não o fez já na creche - será ela, chateada e frustrada por lhe estarem a tentar tirar o boneco das mãos. Foi o que aconteceu e o outro bebé mostrou-lhe a sua garra. Os dentes, neste caso. Faz parte, repito vezes sem conta para me convencer disso. Mas custa. Custa não poder protegê-los. Custa não os ter debaixo da nossa asa.

Será que um dia vamos conseguir encarar todas estas coisas sem dramas e achar natural? Ou vamos ter sempre este fogo que passa no peito e faz acelerar o coração durante uns segundos?

Ficou com os avós.

Hoje contei-vos que, pela primeira vez, ia almoçar fora com o Frederico, sem a Irene. Tenho ido almoçar várias vezes sem ela, mas fica com o pai. Desta vez ficou com os avós. Ela costuma chamar muito por mim quando acorda mas, pelos vistos, é só com o pai. Com a avó chamou por mim e sorriu. Sorriu quando viu que estavam cá os avós. De saber isto já se "lixaram" e na próxima semana, no meu aniversário, já cá cantam outra vez. 

Estivemos umas boas 4 horas numa esplanada, no Espelho D'Água, em Lisboa. A única coisa que me fez imensa confusão foi a de não fumar. Estar numa esplanada, a comer bem e não fumar.. ainda não sei bem como fazê-lo. 

Fartou-se de dormir, mas também acho que foi do Fenistil que levou de manhã por causa da reacção alérgica. Dormiu mais meia hora que o costume! Fartou-se de lanchar pêras e bolachas de milho... 

Correu tudo maravilhosamente bem. Estou atónita e louca pelas próximas separações.

Corre tudo bem quando temos o privilégio de só fazermos as coisas quando sentimos que ambas estamos prontas. 

Estamos todos felizes! O pai e eu que fomos passear, os avós que tomaram conta da netinha e a Irene que esteve com os avós. 


Sei que não é post mais interessante do mundo, mas queria mesmo partilhar convosco. ;)

Novidades!!

Hoje, pela primeira vez em muito tempo, vamos almoçar fora sem Irene. Eu já saí algumas vezes, principalmente para compromissos do blog ou do livro ou algumas reuniões de outras coisas, mas nunca saímos os dois para almoçar. Mentira. Saímos uma vez à tarde para ir  estreia duma peça que o Frederico escreveu ("A Velha" com César Mourão - foram ver? gostaram?). 

Bom, tanto tempo depois, decidimos ir agora. A Irene criou uma relação ainda mais próxima com os avós durante as férias, já se conhecem melhor e, por isso, agora estamos todos mais confortáveis. 

Claro que a Irene hoje de manhã está com uma reacção alérgica a qualquer coisa no pescoço e nos braços, já tivemos de ir à farmácia. Estou com confiança que abrande. Suspeito que seja de ter estado a limpar o aspirador e de, infelizmente, nem sempre termos conseguido mantê-la longe... Ácaros? Dão reacção alérgica cutânea?

'Tadinha que sai à mãe cheia de alergias e não sei quê. Os avós chegam assim que a puser a dormir para a sesta do almoço. Depois conto-vos tudo. Estou tranquila. Só fico um bocadinho nervosa porque sempre que ela acorda da sesta e não sou eu quem a vai buscar, fica à vontade 20 min a chamar por mim em repeat.

Desejem-me sorte!

Prometi e não cumpri!

Mais uma vez, não cumpri. Sinto-me uma fraude.

Já desabafei convosco várias vezes. Não sou a melhor amiga do exercício físico. Fui, quando era criança e adolescente. Fiz, desde que me lembro de existir, natação, basquetebol, ginástica de trampolim, danças de salão, cardiokickboxing, rugby, ténis. Adorava mexer-me e era uma das primeiras raparigas a ser escolhidas nas equipas de futebol e voley na escola. Não que tivesse grande jeito, mas era grande e fussona (esta palavra existe?).

Quando vim para Lisboa viver (sou de Santarém) e estudar abandonei a prática desportiva. Ainda andei a enganar-me num ginásio, mas dei cabo de um tendão ou algo do género numa aula do demónio de cycling. A desculpa perfeita.

Depois de ser mãe, comecei a querer cuidar mais de mim, a ter uma vida mais saudável. A alimentação foi das primeiras coisas a alterar (ainda não é perfeita, mas já está muito melhor). Perdi bastante peso com uma dieta seguida por nutricionista, que se mantém. Não a dieta, mas o peso e alguns bons hábitos.

Mas prometi que ia fazer exercício. Fiz este post: Não quero ter a barriga da Carolina Patrocínio e disse que dali a 3 meses mostrava resultados de um treino continuado. Pois, pois. Nem três meses, nem cinco. Fui ao ginásio mais duas vezes depois daquela. Numa delas corri 5km e tal na passadeira e pensei que no dia seguinte lá iria correr ainda mais. Foram vocês, fui eu. Nunca mais lá pus os pés. Entretanto fiz uma biópia, fui operada e tive desculpas para mais um mês e tal (reais, vá). Mas depois puseram-se as férias e o cansaço depois das férias e desculpas e mais desculpas. Sempre que vejo fotografias da Carolina a treinar, fico motivada dois minutos e meio. Depois passa-me e ponho logo outras prioridades à frente dessa. Sempre que vejo fotografias de dois amigos que estão loucos e treinam quase todos os dias (e eram como eu, não mexiam uma palha), pergunto-me "do que estás à espera Joana Patrícia?". "Não tens tempo para o ginásio, fazes um treino de 30 minutos em casa!" Mas depois passa-me.

Não quero ser assim. Não quero estar à espera que um médico me diga que poderia ter evitado uma doença qualquer se tivesse feito exercício físico. Eu sei disso, não preciso que mo digam. Quero sentir-me enérgica, queria precisar da sensação do banho depois de transpirar e a sensação de dever cumprido. 

Do que é que eu estou à espera afinal? Por que não me consigo auto-motivar, se sei que exercício físico é das melhores coisas que posso dar ao meu corpo, às minhas células? Se quero viver muitos anos saudável? Se quero dar o exemplo à minha filha? Não sei, não tenho respostas. Tenho vergonha até. Lembrei-me das promessas que fiz a mim própria e senti-me uma fraude.

Não prometo mais nada. Só isso não chega, não vale a pena. Continuo sem saber do que estou à espera.

9.10.2015

Este nem precisa de texto.

São só das melhores fotos que já tirei em toda a minha vida. Nem as editei.



















A mãe sugere - Quarto dos Miúdos (#03)

Quando tiver o próximo filho - a não ser que até lá encontre um grande achado para arrendar que me compense a mudança, ou me saia o Euromilhões - a Isabel vai partilhar o quarto com o mano ou com a mana. 

Sou uma apaixonada por decoração (apesar de não perceber patavina), por isso cá estão as minhas sugestões para quartos partilhados, que andei a namorar no Pinterest. Nem sei de qual gosto mais.















9.09.2015

Que revolução!

Está mais do que provado que existem saltos de desenvolvimento e que um acabou de acontecer. A Irene, dum momento para o outro, fritou da cabeça e agora acha que é a super-mulher. E, de facto, é. E passou a ser ainda mais. De repente passou a dominar o parque infantil onde costumamos ir e já sobe e desce os degraus pequeninos, já quer trepar para carrosséis, estava doida para escorregar em pé no escorrega e ainda nem tinha escorregado sozinha convenientemente. Já se agarrou a umas barras e tirou os pés do chão (lembrei-me da música do Netinho, claro), sem medo algum. Voltou a por pedras na boca, mas pronto, há de passar de novo. Correu. Gritou. Saltou (ou achou que sim), tentou trepar, alçou a perna, gritava que queria fazer as coisas sozinha. Ficava ofendida com ajudas. Deitava-se de barriga nas pedrinhas e fingia que estava a nadar - teve de ser a querida mãe Selma com quem já me encontrei umas vezes para me explicar o que ela estava a fazer. Dizia lixo quando via lixo no chão. Brincou com a Rita e tentava imitá-la, disse que ela tinha a Kitty na t-shirt. Tenho mesmo uma criança saudável, aventureira, maluca e traquina. Não podia estar mais feliz. Não só por ela estar num bom caminho, mas também por eu ir perder uns bons quilos com os nervos! Imaginam o que senti quando a vi pendurada nas grades? 

Ela estava tão orgulhosa de conseguir fazer tudo! E eu dela. 

Ah! Nunca se sujou tanto na vida. Quando lhe mudei a fralda, tinha trazido metade do jardim com ela! 













Estou quase a ir trabalhar...

A história foi a seguinte: uma licença de maternidade de 5 meses + um mês de férias. Um mês de trabalho e pedi uma licença sem vencimento de um ano. Em Novembro lá estarei de volta à Rádio Renascença, à Mega Hits. 

Vão ser 19 meses em que passei 24h por dia com ela. Contam-se pelas mãos dos dedos duma pessoa normal, os dias em que me separei dela, o que muitas vocês acharão anormal, mas o melhor é mesmo fazermos aquilo que queremos e não agirmos de acordo com aquilo que é esperado pelos outros. Eu queria mesmo estar com ela e ainda quero. Sempre. Se às vezes me passo da cabeça? Sim, mas depois passa.

É um privilégio vê-la crescer todos os dias. Poder observá-la, educá-la, mimá-la, percebe-la. Para mim, foi essencial todo este tempo que passámos juntas. Cresci imenso. Precisava disto. Ela cresceu comigo, perdoando-me os erros e ensinando-me a fazer de maneira a que sejamos ambas mais felizes. Aprendi a valorizar as coisas mais simples, a abrandar. A parar para ver. A ouvi-la. A respeitá-la. A respeitar-me.

Não foi nada fácil, não, mas fa-lo-ia de novo, sem pensar duas vezes.

Já começo a despedir-me de pequenos rituais e liberdades. Em breve já não poderei ir passear com ela de manhã, quando for por o lixo, para ir ver o comboio e as pedrinhas que fazem barulho com os pés. Em breve, irei eu sozinha, por o lixo e entrarei nos comboios que antes, juntas, víamos passar...

Segunda fase do nosso crescimento, Irene. Vamos a isso?




9.08.2015

Abracei uma de vocês e chorei com ela.

A propósito do post desta tarde da Joana Gama (aqui), lembrei-me de partilhar convosco o que me aconteceu na semana passada, quando fui com a Isabel procurar um vestido para ela levar a um casamento. Wrong decision. Apesar de querer integrá-la em tudo o que eu faço, há coisas que para ela não são minimamente atractivas e mais valia ter ido ao parque para ela correr e brincar à vontade. Está na fase em que a única coisa com piada nas lojas é deitar tudo abaixo, sapatos, vestidos, camisolas. Tira e põe, desarruma e arruma, o normal. Quer fugir disparada das lojas porque, se estou a correr atrás dela, deve ser uma grande brincadeira. Ri, ri e ri. Despachei-me num instante, sem vestido, pois está claro.

Mas ainda bem que fui. Pude conhecer a Tonicha. "Isabel!", disse com entusiasmo assim que entrou na loja. A Tonicha é uma mãe como nós. Mas é uma Mãe que teve de arranjar forças sobre-humanas. É uma Mãe a quem tiraram o chão durante uns tempos. O filhote, Gustavo, tem uma doença crónica. Assim que me disse que já tinha comentado no blogue, soube logo quem era.

Emocionámo-nos. Dei-lhe um abraço. O meu coração foi dela. E do Gustavo, que tem menos um mês que a Isabel. Falámos por breves minutos. Desabafou comigo e eu ouvi-a, entre as correrias atrás da Isabel. Nem sabia porque estava a chorar, disse-me, meia envergonhada. Eu sabia por que é que eu estava. Dei-lhe dois beijinhos. Viemos embora.

Nestes dias já pensei muito nela. E em como este blogue me dá tanto em troca. Não são mães que estão do outro lado do computador que nos seguem. São a Tonicha. A Célia. A Filipa. Têm nomes. Têm filhos. Têm histórias reais, que não se importam de partilhar connosco. Confiam em nós, gostam de nós.

Só pude abraçar uma de vocês. Espero poder abraçar muitas mais.

Não acredito!!! Que bom! Obrigada, obrigada!

Assim que voltei do hospital, no dia 9 de Julho, escrevi isto (acho que vale a pena ler).

No outro dia, a dar uma volta pelo blogue, encontrei isto:




Agora fui eu quem recebeu o miminho. Que nos sirva de inspiração sempre que virmos uma mãe a precisar de ajuda, de uma palavra, dum abraço. As mães também precisam das mães. :)

Sara, procurei-te no Facebook e não te encontrei! Ficamos platónicas? 


A Mãe dá - Colecção Não Quero

Não sei se desse lado há mais bookaholics como eu (e a Isabel vai pelo mesmo caminho), mas mesmo que não sejam viciadas, vão ADORAR esta prendinha que a mãe dá.

Uma colecção inteirinha "Não quero..." comer a sopa, ir à escola, tomar banho, cortar as unhas, vestir essa roupa, ir dormir, lavar os dentes, ter um mano, da editora Zero a Oito.

A Isabel ficou maluquinha com esta colecção e neste momento tenho de lhe ler três ou quatro antes de ir dormir. Adora o do banho, mas o que eu queria que ela gostasse mesmo mesmo era o dos dentes. E o da sopa. E o do ir dormir. E o de cortar as unhas. Bem! Só agora me apercebi que os dilemas dos livros lhe encaixam como uma luva. Menos o do "não quero ir à escola", o da roupa e o do mano, mas ainda.

Gosta muito das ilustrações (eu também) e vou inventando e simplificando bastante a história para que ela perceba. Parte-se a rir com o meu "Não quero!!!" super teatral (adoro contar-lhe histórias, sou a maior pateta do mundo). E depois no final digo mil vezes "quero, mamã!!!" para que perceba bem a moral da história e não ache mais piada ao NÃO.

Bem, isto é o que temos para vocês:











Para ganharem esta colecção o que têm de fazer?

- like na página Zero a Oito

- like nesta publicação do Facebook d' a mãe é que sabe (dia 08 de setembro)

- identificar três amigas no Facebook


Só será aceite uma participação por pessoa.


O sorteio da vencedora vai ser por Random.org e o resultado sairá no dia 15 de setembro, terça-feira. Por isso, as participações só serão aceites até dia 14 de setembro à meia noite.



Boa sorte!

9.07.2015

A Mãe dá - Vencedora Bechamel

Cá está o resultado do passatempo com a Bechamel, a marca recente e fofinha de que vos falei.
Não vale a pena fazer parágrafos extensos porque tenho a CERTEZA de que muitas (todas, vá) a esta hora já estão a fazer scroll down para ver se foram a vencedora.

Vamos oferecer um conjunto azul escuro, cinza ou rosa, à escolha da vencedora.






E A VENCEDORA É...

Cláudia Branco.

Parabéns!

Entre pff em contacto connosco, através do FB ou para o amaeequesabeblog@gmail.com.

Às que ficaram de mãos a abanar, façam lá o vosso melhor sorriso amarelo! Vêm aí mais passatempos. Um dia destes são vocês, não chorem, vá lá.



Até EU, que tenho zero sorte ao jogo, já ganhei uma vez uma fralda de pano XXL num passatempo! É possível!

Não gosto, pá!

Sabem quando, ao vermos as outras pessoas, nos apercebemos de coisas que fazemos e não gostamos? Eis coisas que me tenho apercebido e que não gosto e, portanto, vou evitar fazer. Sogra e mãe, sim, algumas são inspiradas em vocês. É normal, são vocês que convivem connosco, está bem? 



- Falar de morte desnecessariamente. 

Não gosto. Passei a ser super sensível a isso. Dizer que que o boneco morreu por estar estendido no chão não me parece saudável, não entendo porquê. Claro que a morte é algo natural e que os miúdos devem saber do que se trata, mas andar a lidar com o luto dos bonecos 10 vezes ao dia, não me parece uma coisa agradável. 

- "Fez dói-dói? Ahh! Cadeira má! Dá tau-tau na cadeira!".

Não. Não se dá tau-tau em ninguém. Muito menos na cadeira que estava lá antes e que foi a bebé que não prestou atenção. Fez dói-dói, dá miminho e é seguir em frente sem violência. Um dia será a mãe que lhe faz dói-dói sem querer e depois leva meio tabefe que até anda de lado.

- "Não come mais? Menina feia! És feia, não gosto de ti!". 

Não. Ninguém é feio por não ter apetite. Nem se deve deixar de gostar de alguém por não o conseguirmos obrigar a comer. E ser feio não devia ser um castigo e muito menos estar ligado ao afecto que temos por essa pessoa. 

- "Olha, Olha, vem ali um memé, olha" 

Se não vier nenhum memé, se não vier nenhum pássaro, não se diz que sim. É errado mentir. É errado criar expectativas. A não ser achemos mesmo que possa vir um. A confiança é algo que se constrói. Estas técnicas depois deixam de funcionar e não ensinam grande coisa. A mim, se me disserem "é hoje que cai o salário na tua conta" e depois não cair, fico furiosa. 

- "Quer comer mais mulão? Mumiu bem? Vamos apertar o passato?"

Bom. Culpadíssima. Faço este reparo à minha mãe e sogra e ainda hoje lhe perguntei se ela queria comer mais uma tóta (tosta). É tentador, sim senhora, mas não é bom. A Irene, ainda por cima, consegue aprender facilmente palavras e ensiná-las mal é um desperdício e até confuso. 

- "Vá, a gente depois toma ali banho. Vamos já."

Mais uma vez, prometer coisas que não se cumpre só porque achamos que eles têm a memória curta. Podem não ficar a pensar nesta, mas ficarão ou ficaram noutra. Não é bom e não estamos a aprender a funcionar com eles. Só a mentir. 

- "Não."

Não gosto. Só não, não. 



Pronto. Foi isto que vocês sentiram. "Então, é isto? É não e pronto? E não explica?".


- "Ehhhhhhhh, festa!!!! Palminhas!!!!"

É comum. Eu provavelmente também o faria se não passasse tanto tempo com a Irene como passo, mas não entendo a necessidade de excitar os miúdos sem motivo. Estarem eles a andar, a explorar e estar a alguém a dizer BEM ALTO "olha isto, olha aquilo!". Tenho vindo a aprender um novo modo de apreciar as coisas que é: observando. Conhecendo-os. Para além disso, faz-me confusão fazer "festa" por nada. Se ela conseguir fazer algo, sim! Se vir algo que a deixa feliz, compreendo que queiramos partilhar esse momento, mas... por nada? 


- "Maminha??? Outra vez??"

A Irene anda numa fase em que mama de 3 em 3 minutos. Salto de desenvolvimento, dores de dentes, não sei. É aborrecido? É. É normal? É. Recriminar a miúda não está certo. Ela tem essa necessidade, que lhe faz SÓ bem. E este foi um erro meu. Sempre que ela pedia eu dizia "que chatice" para ela perceber que a mãe queria fazer coisas e... ela passou a dizer "que chatice" sempre que vem mamar. Já lhe passou, claro. Agora tento ensinar-lhe a frase "mas que belas e firmes mamas que tens" para que ela diga antes de se servir. 

- "Não fez nada dói-dói, não seja maricas!". 

Não tratamos a miúda por você mas, às vezes, pela 3ª pessoa do singular. É querido, pronto. Da mesma maneira que não gostamos que alguém negue os nossos sentimentos, não neguemos os deles. Se eles choram, ou ficaram magoados ou apanharam um grande susto. Validemos isso que é já metade da ajuda para tudo passar. 


Estas são as que têm andado na minha cabeça para reflexão. E vocês? Há alguma destas com a qual concordem? Outras que queiram sugerir?

Estou tão derretida.

Não sei se foram as férias, se foi de apanhar um bocadinho de sol, se é por sabermos que dentro de pouco tempo vou voltar a trabalhar e vamos deixar de estar os três juntos 24h por dia, mas agora temos saído mais. Temos feito mais coisas em família. Dantes era eu e a Irene e o pai aproveitava para ter um bocadinho de tempo para si (coitado, está sempre a levar connosco) agora, a conselho duma amiga (obrigada, Renata), tentei arranjar planos que incluíssem mais os gostos dele. Ontem, então, perfeitamente manipulado por se venderem chouriços e queijos, fomos ao mercado do CCB que há todos os primeiros domingos de cada mês. Ele comprou chouriços e queijos e especiarias. Eu comprei um caderno cuja capa é um vinyl do Marco Paulo. Não um que fosse da colecção dele, mas um com músicas dele. 


O dia começou com a Necas de pijama às 7h da manhã.


Sacaninha como a mãe, conseguiu que o senhor lhe desse um porta-chaves em forma de coelho. Sabe pouco...

Aqui está ela a exibir o prémio.

Sim, sei que existem tapa-fraldas, mas não me lembrei. E aquilo não é xixi, é uma fralda que já tinha sido brinquedo dela e que foi usada hoje.

A maior diversão da Irene foi a rampa e andar a correr para os braços do pai. Eu, super derretida, claro. 

Pela Irene, tinha feito um final de tarde de piscina ali naqueles lagos. Tivemos que a prender como se fosse um cãozinho. :)

Mortinha de sono, mas cheia de coisas boas para o pai lhe contar na "historinha do dia", para ela adormecer.