12.20.2014

O que faço com a miúda?

A Irene está quase a fazer 9 meses (passou tão rápido, credo!) e sinto que ela já está muito mais presente, mais "pessoa", mais interactiva! Claro que é normal visto que já ultrapassou umas dezenas de saltos de desenvolvimento (ver aqui). 

O que é que posso fazer com ela? 

Posso fazer um assado? 

Até queria ir ao Jardim Zoológico, mas será que lhe vai fazer alguma diferença ver animais ao vivo ou olhar para os mesmos peluches que vê todos os dias umas duzentas vezes? E se ela adormece no carro? Volto para casa? Será que ao entrarmos no Zoo ela vai achar mais piada às grades das jaulas do que aos bichos que estão por trás? É bem menina para ficar deliciada com as meias de cores em vez de olhar para os Gorilas e para os Ursos. 

Gostava de ir ao Oceanário, mas mesmo que ela goste, será que se lembra disso 10 minutos depois? Não vai a falar sobre isso no carro, super entusiasmada, até chegarmos a casa, de certeza. O maior manifesto de entusiasmo até casa será provavelmente um saralhoto na fralda (o que já dá para fazer uma grande festa, como vocês sabem). 

Até perceber o que posso fazer com o raio da gaiata, vamos andar de baloiço. É barato, sempre dá para a comida descer e para ela dar uns arrotinhos (para não dizer peidinhos, que seria falta de classe e não me posso esquecer que a Joana Paixão Brás assina com dois apelidos, finória ;))



O pai da minha filha está sempre a dizer "para quê? Para quê ir passear com ela se ela nem sabe o que se passa?", mas já sabe, não sabe? Pode não ter lembranças de nada, mas tudo isto contribui para um bem-estar geral dela, não é?

Senão era igual tê-la a repartir um tupperware com uma alheira ou ir passear... e não acredito!

Faz bem, sempre. Nem que seja porque a mãe fica feliz e passa isso à bebé. 

Agora, ajudem-me a convencer o marido a laurear!



a Mãe dá (#02) - Retrotagram

E eis o que a Mãe deu:

Um mini-poster personalizado com as fotografias do vosso instagram (seleccionadas por vocês, descansem que não vai aparecer aquela em que ficaram com um bocadinho de celulite a aparecer, deitadas na praia no Verão de 2013). 



A vencedora deste passatempo foi a Andreia Pereira!

Parabéns, Andreia!

Entraremos em contacto contigo por e-mail assim que possível e tivermos os dados da parte da Retrotagram!


12.19.2014

Inventam tudo (#01)

Já ouviram certamente uma velhinha a dizer esta frase, mas há quem tenha 28 anos e também a use: eu.
Então não é que alguém se lembrou de inventar uma almofada que abraça o recém-nascido e o deixa aconchegadinho?

Se dormirmos com a almofada durante a gravidez (fiz isso com um peluche da minha filha e o meu marido achava que eu estava a regredir lol), fica com o nosso cheirinho, o que fará com que o bebé se sinta ainda mais seguro. Tem sítio para prender a chucha e um saco de sementes que vai ao microondas, que os mantem quentinhos e pode ajudar nas cólicas.


E quem inventou a To Be Touch? Uma marca portuguesa, a To Be Baby.
"Mas como é que não me lembrei disto?", pensam vocês. Pumbas, já tinham ideia para ir ao SharkTank. Só tenho pena de não ter sabido disto quando estava grávida.

Que outras invenções conhecem?

Top 5 de coisinhas para os nossos coisinhos passarem a ter/fazer

Não era óptimo que os paizinhos das nossas criaturas reunissem um determinado conjunto de características que nós cá sabemos? Era tão bom. Não vou falar de abdominais e isso, até porque nunca soube o que são, sou mais redondinha que uma bola de matraquilhos. 

Ah! E é assim, suas sacanas, se me vêm dizer que os vossos maridos são perfeitos e que não sentem nada disto, leva cada uma com uma belinha e não me refiro à apresentadora da TVI, refiro-me mesmo a um calduço, mas na testa. 

Top 5 de coisinhas que os nossos coisinhos podiam passar a ter/fazer: 

5 - "Ela parece ter cocó, amor" - Pronto. Até aqui eles chegam. São capazes de avisar que o filho tem o rabo com estuque de ex-bolo alimentar enquanto o está a segurar como se fosse um estendal com uma camisa pendurada. Em vez de, depois ficarem a olhar para nós, que tal se tentarem chegar à parte útil da questão? Fica aqui a sugestão: "Ela parece ter cocó, amor. Sabes o que vou fazer? Não, não vou voltar a pousá-la no parque para o cocó ficar tão espapassado que quase que volta para o duodeno. Vou sim, mudar a fralda espontaneamente".

4 - "Olha, acordou!" - A sério? Vocês acham mesmo que ouvem que os miúdos acordam primeiro que nós? Só se estivermos no estado actual do Walt Disney e, mesmo assim, duvido. (In)felizmente ser mãe é ficar com uma ligação tipo apito de cães e cães, só que com os miúdos. Uma pequena sugestão que, lá está, passa pelo mesmo: e que tal levantares esse esfíncter do sofá e seres tu a ir buscar a catraia?

3 - "Acho que ela tem fome!" - Se não for hora de sacar da tetinha para fora (tetinha da mãe, claro, se fosse a do pai, a miúda era capaz de ficar baralhada, apesar de achar que a Irene, com a gana que tem para comer, tanto lhe faria) e se a bebé tem fome... Olha e não é que o frigorífico está à mesma distância dos dois? E não é que o microondas não se arma em esquisito se fores lá tu a por a sopa a aquecer? Experimenta lá, só para ver o que acontece! Ah! Não posso, aqueceu na mesma!

2 - "Não queres sair com as tuas amigas que eu fico a tomar conta dela? Estou cheio de vontade!" Hmmm... Só de escrever isto, senti o mesmo que quando estava a ver o filme "A Vida de Pi". Isto é só impossível de acontecer e só alguém com muito ácido na testa é que imaginaria isto. Era giro que não tivéssemos de ser nós a pedir, não era? A verdade é que, se calhar, também não lhes dizemos isto, não é? Eles partem do princípio que... podem sempre

1 - "Está bem, eu falo sobre isso com a minha mãe, não precisas de ser tu!". As sogras de vez em quando fazem das suas e é delicado para nós falarmos com elas (a minha não, a minha é uma fofa... não vá ela arranjar internet ;)). Se os filhinhos delas ganhassem uns mm de saco escrotal e fossem falar com elas? Sem dizerem que foram a nosso mando, não era giro? "Acho mesmo que devias parar de dar Toblerone à Irene se ela só tem 3 meses, mãe". Será assim tão complicado?

Mais uma vez: se têm maridinhos perfeitos, não apregoem por aqui porque, há cabras em todo o lado! Estou a brincar... 

Estou? 

Estou! 

Quem fala? 

Isabel vai a todas

Sabem aquelas mães que têm fome de mostrar o mundo às filhas? Essa pessoa sou eu.

No primeiro mês dela, não a estimulei muito. Sons suaves, longe das confusões, muito mimo, beijinho e colinho. A partir daí, transformei a minha filha numa daquelas hipies que andam de autocaravana sem destino. Ou num "eterno vagabundo", lá diria o Tony Carreira.
Ainda ela não tinha 2 meses e já andava a conhecer os restaurantes de Lisboa, Évora e Santarém.
Ainda ela não tinha 5 meses e já tinha ido à praia, carregadinha de creme, roupa e chapéu, claro, só de madrugada e ao fim da tarde. 
Ainda ela não tinha 9 meses e foi pela primeira vez ao teatro. Ok, isto foi só parvo, até porque não era um teatro para bebés e ela só aguentou lá 15 minutos.

Qualquer dia, estou a levá-la a ver um filme do David Lynch e contar-lhe, antes de adormecer, a história da Madame Bovary. Presente para este Natal: tubos de ensaio, que não há tempo a perder. 

No domingo fomos a um concerto para bebés. Adorou! Só de olhar para a cara dela, feliz, curiosa e a bater palminhas, soube que estava a fazer a coisa certa.


O concerto foi no Palácio de Monserrate, em Sintra, e só no caminho até lá a Isabel inspirou mais ar puro do que em toda a vida. Estava um lindo dia de sol e soube-me bem estar a fazer um programa com a minha filha.


Depois, a magia das músicas do concerto "Manhã de Natal", com flauta transversal, guitarra e duas vozes com uma harmonia fantástica!
Bolinhas de sabão, objectos com sonoridades diferentes e interação com os bebés da sala fizeram de mim uma mãe realizada. E naquele tempo todo, não se ouviu um único bebé chorar.

Por mim, é continuar a ir a todas. Gosto de estar na ronha com a Isabel, mas vou guardar isso para quando ela estiver doentinha e para os dias gelados e chuvosos de inverno. De resto, agasalhadas, lá vamos nós descobrir o Mundo!


12.18.2014

A Marta é que sabe!

a Mãe é que sabe e, portanto, a Marta é que sabe! :)

Como, em princípio, saberão, este projecto começou por serem três amigas, mães que propunham escrever de forma bem humorada, leve e, acima de tudo, genuína as suas opiniões, dilemas, conselhos, etc. 

A verdade é que visto que temos sido tão bem acarinhadas por todas as mães que nos lêem (ui, quase lesbiano tanto amor feminino) que temos vindo a dedicar cada vez mais e mais do nosso tempo e, também, do nosso coração. Como devem imaginar, os nossos parceirinhos (é chato dizer maridos porque o mariquinhas do David da Joana ainda não se chegou à frente, grrr) agradecem porque têm o comando da televisão para eles durante mais algumas horas e é menos tempo que falamos com eles sobre coisas que não lhes interessam (o que, curiosamente, é o que depois vimos escrever para aqui). 

Já tinham lido sobre a Marta Vale Cardoso? 



Marta Vale Cardoso. Tem o dom do multi-tasking e da omnipotência. Consegue dar banho ao Lucas enquanto faz a sua aula de Zumba. Dá um jeito à casa enquanto está na piscina a nadar com ele. O Lucas, para a Marta, é mais portátil que um iPhone. Daria ainda mais jeito se ainda estivesse na barriga para não dar tanto trabalho a transportar! Apesar de tudo isso, não sabe como conseguiu tirar arquitectura no Técnico sem ter olheiras, e agora parece que levou dois murros na tromba.



Pronto. A verdade é que a Marta, apesar de ser uma super-mulher, só tem duas mãos e duas pernas e uma cabeça (apesar de estar super cheia), pelo que o multi-tasking tem limites. ;)

Queremos agradecer-lhe todas as horas de conversa no whatsapp sobre o blogue, a partilha de tantas ansiedades, receios, decisões, posts, ideias, sugestões, críticas, tudo. 

Obrigada, Marta, por teres feito parte da matriz deste blogue, também tu contribuíste para que as coisas estejam tão bem encaminhadas!

A Marta Vale Cardoso não vai desaparecer (porque não é nem mágica, nem a Maddie), sempre que quiserem falar com ela, ela está aqui, enquanto, lá está, despacha uma máquina de roupa, faz a sopa para o Lucas, fala com a mãe ao telefone e toma banho para ir trabalhar. 


Leiam aqui todos os posts da Marta e logo de rajada, se quiserem! 

<3

E se o Lucas quer ser cá da malta...

...tem de comer esta papa até ao fim, até ao fim!

Felizmente esta é uma lenga lenga que nunca tive de usar com o Lucas. Se ele chora à refeição é porque a colher não está a chegar depressa o suficiente à sua boca. Ou isso ou tem sono, pronto. Mas o rapaz ajeita-se a comer à colher. Adora sopa, adora fruta, adora iogurte, papa, o que for!

Sei a sorte que tenho por não ter de andar a fazer aviõezinhos para o meu filho comer. Mas também sei que às vezes é capaz de ser desesperante para alguns pais a dificuldade que têm em que as suas crias se alimentem. Ele é fazer trinta por uma linha para que eles se distraiam para, sem que se apercebam, tunga!, lhes enfiarem uma colher à boca. Desde as brincadeiras com a colher, ao uso de tablets, smartphones e televisão, passando pelas macacadas mais estapafúrdias e pelas cantigas mais irritantes, vale tudo nesta luta para impedir que o nosso filho fique subnutrido.

Como é que esses pais aguentam? Pois, não sei. Mas admiro-os muito! Força pais e mães das crianças que não querem comer! Um dia elas vão tornar-se adultas e já não têm de se preocupar com isso. Embora não consigam, não é?


Ass: A Mãe que, neste departamento, não sabe

12.17.2014

Vontade de fazer cocó

Eu juro que quando estudava para ser repórter, ia às aulas de Semiótica, empinava Saussure ou Hannah Arendt e via filmes para a cebecinha nos cinemas Medeia, estava longe de imaginar que um dia iria escrever sobre cocó.
Mas isto da maternidade dá-nos a volta, ficamos tontinhas de todo. Tontinhas e sem grande pudor de falar sobre as coisas: passamos a mexer no cocó dos outros, a limpar macaquinhos com as mãos e a aspirar o ranho usando um tubo e puxando com a boca (e às vezes puxamos demais e acho que não é preciso dizer mais nada...). Ficamos preparadas para a guerra!

Se estão a ficar enojados com a conversa, vão espreitar o Blog da Carlota, que é asseadinho e nunca lá irão encontrar nada deste fino recorte.

O que eu quero dizer é o seguinte: uma das nossas grandes dúvidas na altura do trabalho de parto é: "como é que eu sei que está na hora do bebé sair?" ou "quando é que eu sei que tenho de fazer força?" Ora bem, quando tiverem vontade de fazer cocó. A sério, é verdade! Nesse momento, salvo se vos pedirem, não podem fazer força nenhuma: há que tentar controlar esse impulso de fazer força e para isso nada como fazer umas respirações rápidas.

Ironia da vida: depois do parto, se pudessemos não faríamos cocó durante um mês, pelo menos. Acho que não preciso de vos fazer nenhum desenho, pois não?

Ironia da vida número dois: quando eles já não ficam bem sozinhos e querem estar connosco a toda a hora, dávamos um dedinho do pé para poder fazer cocó em paz.

Pronto, já exorcizei o meu lado brejeiro. Tenho de ir, está quase a começar o meu programa preferido na RTP2.

Sexo depois do parto?

Seus pervertidos, se acham que vão encontrar aqui imagens eróticas, vão mas é ao Redtube. 

Revista Maria, afinal quanto tempo devemos esperar para ter relações sexuais depois do parto?
Ao almoço, uma amiga acertou na mouche: "vais poder fazer muito antes de te apetecer". Ahahahah! Tão verdade!

Os médicos falam de voltar ao activo entre quatro a seis semanas depois, tempo que os pontos demoram, regra geral, a cicatrizar, mas depende muito de cada caso. Se o parto tiver sido simples e sem episiotomia, pode ser antes. Mas a questão nem sempre é física. Sejamos realistas: emocionalmente a mulher pode não estar preparada, o parto foi uma coisa recente, houve uma mudança brutal na sua vida e os primeiros tempos são muito cansativos.

Como se tudo isso não bastasse, as mulheres tendem a ficar menos lubrificadas depois do parto, principalmente se amamentarem. Daí ser muitas vezes útil usar um lubrificante à base de água.
Depois, para muitos casais, o facto de terem o bebé a dormir mesmo ali ao lado torna a coisa meia estranha. Nesse caso, há que ser criativo: há outras divisões na casa.

Agora vamos ao que realmente interessa (porque, muitas vezes, tudo o resto são desculpas): a falta de líbido. É normal que não se sinta, nos primeiros tempos, vontadinha nenhuma. Também nesse caso se pode ser criativo: a penetração não é a única forma de prazer sexual e há várias maneiras de se mostrar cumplicidade. Uma boa dose de humor também resulta. Às vezes um elogio, um beijinho e fazer conchinha também não é nada mau. 

Tempos melhores virão, acreditem! Não tarda nada já estão a ter noites loucas e demoradas de sexo, com direito a prolongamento e a penalties. Ou então só têm 5 minutinhos, porque o bebé se lembra de invadir o campo, mesmo no momento de um lance perigoso. Há que estar preparado para um choro na hora H, mas esse enigma até pode apimentar a coisa.

Boa sorte!

Ah! E vocês, suas ninfomaníacas malucas, não vale a pena virem para aqui contar que convosco foi logo na maca a caminho do quarto da maternidade e que foi o melhor sexo da vossa vida. Escrevam antes uma cartinha à autora do 50 Sombras de Grey, que ela já deve andar a precisar de temas novos.

Palmas, palmas para vocês, mães que ficam em casa!


Foi na segunda-feira. A Joana Gama enviou-nos, como é hábito, uma foto com a Irene. Uma ao lado da outra, sorridentes. E os meus olhos encheram-se de lágrimas. Fiquei com inveja. Ou pena, pena de não estar naquele momento com a minha filha. As segundas-feiras sempre me custaram muito desde que comecei a trabalhar, quando a Isabel tinha três meses. É como tirar o chupa-chupa a uma criança: depois de dois dias de namoro intensivo, de muitas gargalhadas e de sorver tudo, beijar-lhe a cara as vezes que me apetecer, vê-la crescer e a acordar das sestas com um sorriso na cara, ter de ficar sem ela custa muito.

Isso e o facto de se estarem a aproximar os três dias que vou estar longe dela, tornam-me uma pessoa de lágrima (ainda mais) fácil. Quando voltar da viagem, vou-me colar a ela como uma lapa e vou bater o record de maior beijo do mundo, sem desgrudar os lábios daquela bochechinha macia.

Mas voltando às segundas-feiras, que é como quem diz, ao trabalho, e respondendo a este post da Joana Gama (que mais uma vez me pôs a chorar). Sei o que é ter de disfarçar crises de saudades da minha filha, sei o que é não dormir durante a noite e ter de me levantar cedo e ter de ser criativa, sei o que é ir buscá-la à creche já tarde e vê-la a chorar muito, exausta. Já me passou pela cabeça largar tudo para ficar com ela em casa. No entanto, quando fui analisar os prós e os contras, percebi que não seria possível.

1)  Não temos condições para isso
2)  Motiva-me trabalhar e continuar a ter a minha independência
3)  Acho que não seria capaz de estar com a Isabel 24/24 horas por dia, por escolha

Chocadas com este ponto 3? Não vou apagá-lo, assumo estas palavrinhas todas.
A minha filha é a coisa mais importante da minha vida, mas tomar conta de uma criança a tempo inteiro é trabalho de guerreira. 

Teria receio de não “estar lá” as 24 horas com prazer. Teria receio de ter de cerrar os dentes para não desatar num pranto quando ela fizesse birra para dormir. Teria receio de a embalar com força demais, com o batimento cardíaco acelerado e as mãos a transpirar e até de ganhar raiva dela. Teria receio de não dar conta de tudo: limpezas, comida, brincar, lavar roupa, dar-lhe atenção. Teria receio de deixar de cuidar de mim e de andar de pijama o dia todo.

Palmas, palmas para vocês, mães que ficam em casa com os filhos e que conseguem manter a sanidade mental. Ou para as que nem sempre conseguem.

Palmas para vocês que estão lá para eles sempre que eles precisam e lhes dedicam a vossa vida.

Palmas para vocês que arrumam, que inventam jogos, que lhes contam histórias, que passeiam com eles e vão às compras com eles, que aturam todas as birras e que respiram fundo enquanto eles dormem a sesta. Respiram fundo a aproveitar o silêncio, mas nem por isso descansam: aproveitam para preparar o jantar ou passar a ferro.

Vocês são especiais. Palmas para vocês.

a Mãe dá (#01) - Vencedores Livros Marcador

Mas isto é assim?

Parece que temos imensos seres do género oposto aqui no estaminé e não nos dizem nada? 

Andamos aqui de pijama, sem nos maquilharmos, às vezes com um banhinho ou dois por tomar e estão cá rapazes?

É bom saber que há homens que sabem que a Mãe é que sabe! :)

Vamos lá aos negócios: 

Neste magnífico "a Mãe dá livros com a Marcador" que envolvia dois livros maravilhosos...


... houve mais de 60 participações

Estamos atónitas (um dia tinha de usar esta palavra em alguma coisa - sem ser em água atónita - e foi hoje)!

Os vencedores foram seleccionados aleatoriamente utilizando o site random.org, não sendo válida mais do que uma participação por e-mail, blá blá, tudo o que já tinhamos disto neste post.

Sim, OS vencedores (WTF?). 

E eles são: 

Manuel António Pereira e André Daniel Silva!

Parabéns (ainda hoje vos enviamos um mail) e, já agora, expliquem-se: o que é que andam aqui a fazer? :)




Grrr

Por que é que é os médicos só são pontuais quando não nos dá jeito? Lá vou ter que acordar a miúda para ir à pediatra...

Não gosto deste profissionalismo.

O pediatra elogiou-me o rabo.

A consulta foi assim... 

À chegada: 

"Ai, Joana (sim, a mim não me enganam que chamam de mamã a todas para não terem que decorar o nosso nome, sacanas)! Está incrível! Sempre que me aparece aqui está mais e mais bonita! Nunca vi ninguém a recuperar do pós parto assim. Dá para ver, até de frente, que o seu rabo está mais duro que um frasco de Noz Moscada."

"E o papá? Está com um ar muito descansadito! Alguém não anda a fazer um cú em casa, não é? Pois é. Continue assim e depois queixe-se de que a sua mulher era muito simpática no início mas que, com o tempo, ficou azeda. Isto é como os cágados, se não lhes der atenção, se não lhes mudar a aguinha, aquilo começa a feder. Eu disse, FEder, sim. Quanto à palavra semelhante, tem de se portar bem para acontecer, está bem? Ai, ai... "

Durante o exame:

"- Deixem-me lá ver esta bebé! Uau! Vou só dizer isto a vocês, mas a vossa filha é a bebé mais bonita que eu já vi na minha vida (e, como sabem, farto-me de ver bebés todos os dias, há uns que parecem um pedaço de gordura de picanha já mastigada e cuspida na beira do prato). É mesmo bonita. Sai à mãe, claramente! Se saísse ao pai ficaria parecida com um Fertagus vista de trás, não é? Bom. Deixem cá ver, vou auscultar. Sim senhora. Confirma-se. A vossa filha, além de ser a mais bonita do mundo, é também sobredotada. Não digam é isto aos outros pais porque vão ficar cheios de inveja do que têm aqui.

- E o furúnculo que ela tem no rabiosque, Dra.?

- Ai, não se preocupe com isso. A sua filha é que é tão, mas tão inteligente que já tem um pedaço de cérebro a nascer-lhe no traseiro. É normal em bebés que são do caraças, está aqui escrito e tudo, veja lá no livro que tenho aqui!"

Na altura das notas:

" Pronto, Joana e Frederico. A única preocupação que têm de ter em relação à vossa filha é o facto de ser tão mas tão inteligente que vos vai encher de dinheiro quando tiver 10 anos por propor uma ideia qualquer no Sharktank e toda a gente investir. Ai, olhe a Irene! Que malandra, ela já sabe fazer isto há muito tempo? Obrigada por teres criado um Sudoku para eu fazer, Irene. Tão querida."

Na despedida: 

" Bem, era o que se confirmava, vocês são os melhores pais do mundo e têm aqui a criança que dá baile a todas as outras. Continuem assim e vejam se continuam a popular o mundo com mini-pessoas deste calibre para ver se não temos de papar com mais gente que diga "estás a falar para mim?" em vez de "estás a falar comigo". São coisas cá minhas. Ah! E desculpem de vos ter atendido logo a horas, sei que não estão habituados a médicos assim, mas é um "defeito" meu."

Na segunda despedida, lá fora, enquanto pagamos: 

"Ah, Joana! E vá dizendo coisas! Mesmo que a Irene não tenha nada de mal, vá-me dizendo como é que ela está, se tem dormido bem, se tem comido tudo, essas coisas. Já sabe que estou disponível 24h por dia. Eu nem tenho vida pessoal, por mim, seria só dedicar-me à Irene, ok? Eu durmo quando ela for adulta."

Era muito pedir que isto fosse verdade? :)

12.16.2014

Palmas, palmas para vocês, mães que trabalham!

A sério. Aplausos e dos grandes. Não vos invejo, longe disso, mas reconheço a vossa luta

Decidi, a muito custo, facilitar a minha vida. Tive a sorte de (tanto pela entidade empregadora, como pelo apoio conjugal) de poder dar-me ao luxo de tirar uma licença sem vencimento de um ano. Tal não se deve só à minha loucura pela minha filha, mas também porque queria aproveitar este timing para repensar a minha vida profissional. 

Sinto que está tudo nos eixos, só falta limar a questão do emprego, percebem?

Ser mãe a tempo inteiro não é tarefa fácil. É verdade que é um privilégio poder assistir a todos os movimentos dos nossos filhos, claro, mas somos nós também quem lida com todas as birras de sono e afins sem podermos "dar um tempo" (depois escrevo um post também sobre isto). Não estou minimamente arrependida de ter tomado esta decisão porque, lá está, sinto que é uma win-win situation. Agora, quanto a vocês?

Imagem do site We Heart It. 


Mães que não dormem nada durante a noite e ainda têm de cumprir horários no dia seguinte, lidando com algumas pessoas com as quais podem não sentir grande afinidade e ter responsabilidades importantes apesar de estarem perfeitamente esgotadas fisicamente e emocionalmente?

Mães sem escolha, que o que mais querem é estar sempre a apertar os bebés e a dar-lhes beijinhos mas têm mesmo que ir e àquela hora para o trabalho e, muitas das vezes, chegando "tarde e más horas" a casa?

Mães que só vêem os filhos umas 3 horas por dia (com sorte ou "com azar", se eles fizerem birra para dormir) e que sonham todos os dias com os fins-de-semana para os aproveitar ao máximo?

Mães que, à segunda-feira, se sentem doentes por terem de voltar à rotina, deixando para trás o que é mais valioso para elas?

Um aplauso e dos grandes para vocês. 

Lembro-me de vocês todos os dias e "estou convosco". 

Nota: Aprendi que sempre que encontrar ou lidar com uma mulher que me pareça mais enervada, mais stressada, mais transtornada... se calhar pode ser por se ter levantado 16 vezes durante a noite para por a chucha e ter passado o dia inteiro a ouvir o patrão de que não se concentra no emprego. 

#hashtagstaograndesqueninguempercebenada

Lembram-se daquele post da Joana Paixão Brás, em que havia uma certa competição entre mães?

Pois bem, tenho-me vindo a aperceber que essa competição também existe… Nos hashtags das mães!

Um hashtag não era suposto ser como uma palavra-chave, uma identificação que queremos dar a um post ou fotografia? Para isso, bastava na descrição colocarmos um cardinal antes do que queríamos identificar. Por exemplo, se agora quisesse identificar este post colocaria #hashtag. Assim, se alguém fosse à procura de fotografias, isto no caso do Instagram, onde alguém tivesse identificado o dito #hashtag, só precisava de o colocar na busca, e apareciam todas as fotografias identificadas com esse hashtag. (nota para mim: ver se não faço descrições tão grandes à volta de uma palavra, nomeadamente hashtag)

Pois agora parece ter pegado moda entre as mães fazer hashtags que só vão ser usados uma vez, pois nunca mais ninguém vai usar aquilo na vida. No fundo, lembraram-se de, em vez de escrever uma descrição com espaços e acentos, escrever um hashtag. E ganha a que tiver o hashtag maior e mais ilegível. Senão vejamos alguns exemplos:

Bebé a dormir com o gato:
#adoramdormirenroladinhoshalacoisamaisfofaemtodoouniverso

Bebé a brincar com as folhas no jardim:
#ooutonojachegoueandamosabrincarcomasfolhasamarelas

Bebé a mandar a árvore de Natal abaixo:
#onataljachegoucaacasaeotobiasandaamandararavoredenatalabaixo

Lucas a refilar por lhe termos dito “não”:
#omeninolucasestafrescoestaagorajanaoselhepodedizernaoqueficatodoofendido

Isabel sempre linda e maravilhosa nos cenários que a Joana Paixão Brás prepara:
#aisabeljafazbolachassozinhaquerdizercomumbocadinhodeajudamasquemdecoraeela

Irene a pegar na colher para comer a fruta:
#airenejanaoeumafocacompletanaosojacomequasesozinhacomosepercebemesmoqueefilhadopai

É irritante, não é? (#eirritantenaoe)

PS: Ganhou a Joana Gama

A arte de ter 50% das coisas emprestadas

As minhas amigas já sabem: sou a mãe irritante que tem uns bons 50% do material de puericultura emprestados.

- "Onde é que compraste?"
- "Não sei, emprestaram-me."

É isto, coisa sim, coisa não. Tenho a sorte de ter amigas que já tiveram filhos e tenho a sorte de ter amigas que tiveram raparigas. Tenho a sorte de não ser esquisita e de me estar a marimbar para ter coisas novas em folha. Acho até que é um desperdício de dinheiro e que não é sustentável ecologicamente estar sempre a comprar, comprar, comprar.

Tenho a sorte de saber estimar bem as coisas que me emprestam, pelo menos desde o dia em que estava a ajudar a minha mãe a acabar um trabalho de casa do meu irmão (sim, menino Frederico!) e deixei cair cola em cima de umas calças de ganga emprestadas pela minha amiguinha Priscila. Foi remédio santo. "Emprestam-te, tens de tratar como se fosse mais importante do que as tuas próprias coisas." Assim tem sido.

Roupas dos 0 aos 2 anos já cá cantam, desde fatos de treino, a sapatos e pantufas, gorros e meias, lençóis, berço, toalhas, mantas, almofada de amamentação, máquina de tirar leite, carrinho de passeio, ovo, isofix, parque, tapete de actividades, espelho para ver a criança no carro, enfim, um sem-número de coisas que podem perfeitamente ser partilhadas se estiverem em bom estado e se a pessoa for responsável, como eu (palminhas a mim). 
Fiquem descansados, Catarina, Ângela, Raquel, tia Beta e Rui e Fred, as vossas coisinhas estão em segurança. (Bem, agora com esta lista enorme fiquei a sentir-me uma crava de primeira!)

O único senão de ter coisas emprestadas é ter de as devolver. Eu explico: o carrinho de passeio que me foi emprestado vai ter de voltar à origem.

E é aí que vocês, mães experientes, entram. Não, não vos vou cravar nada. Que carrinho me aconselham? Queria algo bom, que não custasse os olhos da cara, que durasse uns 10 anos (não, a Isabel não vai andar de carrinho até essa idade, eu é que quero ter mais prole, se é que me entendem), que andasse bem em calçada, fácil de fechar e abrir e que caiba na bagageira.

Sugestões, please! Agradecida.


12.15.2014

Gatos (^._.^)ノ e Bebés

Dá sempre em que pensar. 

Como vai ser com os gatos quando o bebé chegar? E até antes, na gravidez, há o problema da toxoplasmose, com o facto da maior parte de nós não ser imune e, por isso, muitas mães ficam assustadas e ou arranjam alguém que fique com os gatos ou, então, despacham-os com uma enorme facilidade, visto que vão ter "um brinquedo novo". 

Quanto à gravidez, se forem só gatos de casa (se não andarem a passear no jardim, a roçarem-se em cogumelos e em rameirinhas de rua) e se tiverem os cuidados de saúde em dia (vacinas e desparasitações), é apenas preciso convencer o nosso rapaz a limpar a caixa da areia dos gatos frequentemente e durante 9 meses. Frequentemente, porque o risco de contagio de toxoplasmose aumenta consoante o grau de falta de higiene da casa de banho deles e convém que seja ele até para nós não inalarmos os vapores, não termos qualquer contacto com aquilo. São umas férias de limpar cocós de gatos, até limparem cocós de pessoas. Aproveitem!

Quanto à chegada do recém nascido, nós cá em casa até tremíamos. Pensámos em fechar a porta do quarto sempre que a Irene lá estava a dormir para não corrermos o risco deles se atirarem a ela, mas eu li algures que isso podia aumentar os ciúmes e a questão territorial. Achámos que o melhor era agirmos naturalmente. Chegou a bebé (que eles já pseudo conheciam de andarem sempre a dormir encostados à minha barriga) e ela faz parte da família, por isso podem cheirá-la à vontade. Nos primeiros dias tivemos que educar os gatos para não dormirem aos pés dela na caminha, apesar de ser amoroso. Eles receberam-na com alguma distância, mas apreciavam o calorzinho e queriam deitar-se ao pé dela como gostam de se deitar ao pé de nós. Claro que ficámos para morrer. Conhecemos os nossos gatos, mas não deixam de ser gatos e poderem passar-se de um momento para o outro. A verdade é que, com os nossos gatos, os maiores riscos são agora que ela já interage com eles e, mesmo assim...






... tem sido óptimo. A bebé já brinca com o Noddy e com a Bubbles. É bonito sentir que somos uma família de dois adultos, uma bebé e dois gatinhos. Na brincadeira, referimo-nos a eles como irmãos da Irene (mas não somos maluquinhos, sabemos que não fui eu a pari-los). Eles cheiram-na, gostam de se roçar nela (para, com as feromonas, dizerem que ela lhes pertence) e ela, como ainda não percebe os riscos, gosta de lhes puxar os pêlos, bigodes, orelhas e, acima de tudo, a cauda. Aqui entra o papel de vigia. Não convém mesmo deixar a miúda sozinha ao pé dos gatos e quanto mais irritadinhos forem os gatos, pior. A Bubbles é meiga e calma, mas quando lhe tocam abaixo da cintura (pode-se dizer cintura quando se fala de um gato?) costuma dar uma mordidela. À Irene não morde quando ela lhe faz isso, o que não quer dizer que um dia não vá morder, certo? O Noddy é mais assustadiço, dá muitas mordidelas pequeninas mas, como ainda tem medo da Irene, não a provoca nesse sentido. Só se roça nela e gosta de ficar a olhar para a Irene quando ela está a brincar.

É sabido que a convivência com animais de estimação além de diminuir o risco de contrair alergias, também facilita o desenvolvimento das crianças. Não vejo por que não se manter os animais com os bebés com uma vigilância constante, claro. Há a questão dos pêlos? Claro que há. Nem toda a gente tem dinheiro para comprar gatos destes: 


Agora a sério, quanto aos pêlos, também estamos atentos, claro. Aspiramos regularmente. Temos uma swiffer para dar um jeito nos sítios onde ela possa andar a rastejar, olhamos constantemente para a chucha antes de a pormos à boca, etc. É uma coisa natural, não temos de fazer qualquer esforço. 

Compensa termos a família completa porque é mesmo isso que somos. Família, apesar de uns terem bigodes (tenho de ir fazer o meu). 







Há só um inconveniente gigante que é o facto dos gatos acordarem primeiro que o resto do pessoal e fazerem questão de acordar toda a gente. Se antes já tinham gatos a acordar-vos, agora imaginem o que é serem acordados pelo bebé, depois pelos gatos, depois pelo bebé que acorda com os gatos. 

São fases, agora os gatos não têm incomodado ninguém. Já a Irene...


Nota: Conversar sobre com o obstetra e veterinário porque poderá haver casos em que a saúde da mãe ou do bebé não deixem margem de manobra. 







O meu nosso Natal

Lembro-me do Natal em que os meus primos e o meu irmão se fecharam numa sala da minha avó para lutar wrestling, de ir lá dizer que aquilo era parvo porque era tudo ensaiado e de ser corrida praticamente ao pontapé. Fiquei confinada à mesa dos adultos. E o que eu gostava de os ouvir discutir sobre tudo e mais alguma coisa!

Lembro-me do Natal em que dancei com o meu tio Jorge, em que nos rimos muito e fomos felizes, a comer castanhas à lareira, a encher a barriga de bacalhau com magusto e arroz doce da avó Rosel e bolo de bolacha.

Lembro-me do Natal em que fomos para a Serra de Montejunto e ficámos todos numa casinha pequena. O meu pai estava de serviço e assim pudemos estar perto dele. Jogámos Pictionary e eu quis ficar na equipa da minha avó Rosel, a pessoa com mais cultura geral da família. Ganhámos, claro.

Lembro-me do Natal em que recebi uma casa da Barbie, que eu desejei o ano inteiro, toda em tons de cor-de-rosa, com quarto, sala, jardim, uma maravilha! Devia ter uns 9 anos.

Lembro-me do Natal em que recebi uma caixa de After Eight (de dois pisos!) e que dei cabo de 1/3 só nessa noite.

Lembro-me do Natal em que ficámos todos a ver a série Fonseca do Gato Fedorento em DVD, sem conseguir parar de rir.

Lembro-me dos Natais em que íamos, religiosamente, ao cinema no dia 25 à tarde.

Lembro-me de tirar a mesma fotografia todos os anos, ao lado dos meus primos Jorge e Pedro e do meu irmão Frederico, quase sempre a fazer caretas.

Tenho memórias que não se esgotam. O Natal é para mim, a par das férias grandes, a melhor altura do ano. Porque é de memórias da família e da comidinha da avó e da mãe que o meu coração se enche.
Não me lembro de abrir 30 presentes desenfreadamente, sem olhar bem para as caixas. Lembro-me de abrir alguns e devagarinho, para saborear. Lembro-me de os coleccionar depois no quarto, arrumadinhos ao lado uns dos outros, para voltar a ser surpreendida de manhã, quando acordasse. 
Espero passar este espírito à Isabel. De ver muito no pouco (e o meu pouco era muito, em comparação com outras crianças). De reter o que é realmente importante. De perceber o quão importante é ter uma família. E este ano a família tem-na a ela, da forma mais mágica possível.

E para completar esta lamechice que me fez chorar, cá estão as fotos lindas que o David (pai da criança) tirou no fim-de-semana ao meu anjinho:

Luzinhas de estrelas A Loja do Gato Preto (ano passado)
Asas de anjo Mascarilha
Casinha de luzes (é um calendário do advento) Zara Home
Carrossel Tiger
Isabel vestida pela mãezinha dela, que o pai vestiria um fato de treino (cof cof):
Collants com sapatos desenhados da H&M (não são lindos?)
Body de Gola Isabella Babywear (baratinho e tão giro)
Fofo Cosythings (dos saldos anteriores)
Bolero da Cóndor (é para 3 meses e ainda lhe serve, assim é que eu gosto!)

Sesta ou brinquedos?

Por que é que, na minha cabeça, ela tem de ser obrigada a dormir?

Estou a tentar que ela durma desde as 9:40...

No outro dia, um amigo de família perguntou se estava tudo bem e eu disse:

"Sim, mas a miúda não quer dormir!"

Ele, pai de 3 filhos, respondeu :"não quer dormir, não dorme!".

Dá que pensar...

(se ela não ficar a chorar a manhã inteira no parque...)

Os acrobatas do sono

Se eu gostava que o meu bebé ficasse a dormir como o deixei, virado com a cabeça para a cabeceira e tapadinho? Gostava (principalmente para não apanhar frio). Mas não era a mesma coisa.

Com 11 dias, na incubadora. Já prometia...

Isabel (6 semanas) e Lucas (10 semanas)
No sofá da Joana Gama (3 meses)

Na casa dos avós na Madeira (4 meses)
Na cama dele (6 meses)
Na cama dele (8 meses)
Na cama dele (8 meses e meio)
Na cama dele (9 meses e meio)