7.14.2016

Também gosto de sessões fotográficas! - Lagoa II

É a parte II porque houve uma parte I aqui

Fomos a Óbidos de férias em família - nós os três mais os meus sogros. Tínhamos de passar pela mítica Lagoa de Óbidos que inspirou a Joana Sepúlveda Bandeira do Lovelab a ir de propósito ter connosco para sacar umas fotografias. 

Estou super vaidosa. Estamos as duas lindas. Adoro estas fotografias. Estou preocupada porque vou fazer outra sessão fotográfica em breve e já esgotei o nosso único conjunto semelhante... 

Problemas de primeiro mundo.

Gostam? Ainda vem aí uma parte III. Isto é tão longo como o Senhor dos Anéis ;) ,


























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Três coisas giras.

O vestido Cravina Vintage da Jasmingirls
Os sapatos Victoria da Pegada Doce
A mala unicórnio da Agu agu




















P.S. Temos vivido dia após dia e estamos a sobreviver. ;) A Isabel tem estado um amor (quer dizer, na 2a esteve 20 minutos a chorar num pranto louco...), anda mais calma e tem dormido muito bem.
A Luísa está num pico de crescimento em que não me larga as mamas, chora muito com refluxo ou o que é, e eu ando muitooooo cansada, sem tempo para mais nada. Mas faz parte. ;)

Preciso de desabafar... e rápido.

Não estava à espera disto. Nunca se está. 

Estava em estúdio, o Frederico conta-me que a Irene acordou da sesta, ficou molinha na sala e que adormeceu no sofá. Enviou-me vídeos para que ambos pudéssemos conversar sobre a perfeição de menina que tínhamos criado. Vê-la e ouvi-la respirar (raras as vezes em que a vemos a dormir), ver os pezinhos dela a mexer, os dedinhos. Foi fabuloso. Estávamos contentes por ela estar a descansar. 

Recebo uma chamada. Era o Frederico. Estava muito aflito. Não descrevo o quanto porque teria de ser ele a falar sobre isso. Não consegui perceber o que dizia. Achei que estavam os dois a brincar comigo porque ouvia-o e a ela lá ao fundo também. Finalmente consegui perceber "anda... correr... para casa... Irene... espumar da boca...". Corri mais que os jornalistas de rádio quando têm de entrar em directo e a impressora não cooperou. Corri tanto que, quem me viu passar, percebeu que não era para comentar, nem falar comigo. 

Pousei os meus phones e o guião na minha secretária e saí a correr tipo Forrest Gump. Perguntaram-me os meus colegas: "O que se passa, Joana?". Só tive tempo de responder "não sei" e o "i" já foi fora da porta, a correr para ir para casa. É certo que moro perto do trabalho. A 3 minutos a pé, mas pareceu-me uma eternidade. Mais tarde vim a perceber que tinha levado o carro ontem e que provavelmente teria chegado mais rápido se me tivesse lembrado disso. Ou, pelo menos, não me teria metido por um corredor/atalho em que decidi ignorar que estivesse fechado com uns avisos e que decidi percorrer na mesma. As minhas sandálias e os meus pés ficaram atolados em lama, mas não havia outra hipótese. Estava-me a borrifar se ficava cheia de lama até aos joelhos, percorrer tudo para trás e escolher outro caminho só para não me sujar não era uma opção. 

Ainda a caminho do corredor liguei para o 112. O meu corpo ainda não se tinha apercebido do que se estava a passar. Estava no modo de sobrevivência. Liguei. Demoraram uma eternidade a atender (uns 6 ou 7 toques - como é que é possível????) e depois reencaminharam para a parte de saúde. Era uma senhora, com uma voz doce. Desabei. "A minha filha está a espumar-se da boca e está roxa". Não lhe dei o número do Frederico porque sabia que ele não iria conseguir falar ao telefone. 

Demoraram a chegar. A porcaria da minha rua não aparece no GPS de ninguém. Que perigo. Já escolhemos uma aqui perto para dar agora. Quando cheguei, cheia de lama, o Frederico entregou-me a Irene, já a chorar muito alto e peguei nela ao colo. Instintivamente comecei a cantar umas músicas foleiras que ela gosta para se acalmar. Reparei que ela não mexia os braços. Dei-lhe o coelhinho dela, que ela queria e ela não o conseguia agarrar. 

Interiormente sabia que provavelmente isto era o que me acontecia quando eu era pequenina. Talvez daí não estar inconsciente. Seria pior se tivesse visto a Irene como o Frederico viu, como se tivesse partido, sem poder fazer nada. 

Chegou a ambulância. Mediu-se a febre. Fez-se um pedido grande para ir para o São Francisco (é onde temos a nossa pediatra, etc.) e lá fui com ela. Sempre a tentar tornar o momento engraçado, mesmo sem ter a certeza que ela estaria a assimilar alguma coisa. Ela respondia que sim e não por entre o choro às minhas perguntas, devia estar a assimilar: 

- Necas, estamos a andar de ambulância!!! Aquela que faz tinoninoni e para onde vai a ambulância? Para o hospital. Que giro, Necas!!

Ela acenava que sim com a cabeça, nos solavancos na ambulância, amparada pelas minhas mamas, enquanto mamava. Só assim parava de chorar. Continuava sem mexer o braço. Eu tentei convencer-me que seria espectável. O corpo naturalmente deve ter-lhe dado um ansiolítico qualquer. 

Chegámos. Rapidamente entrámos para as emergências. Pulseira de muito urgente. Ben-U-Ron para o bucho (era o genérico que eu vi) e a Dra. atendeu-nos. Era mesmo o que a mãe teve quando era pequena: convulsões febris. Herdou de mim. Porém, tínhamos de fazer análises para despistar outras hipóteses como ausências de nutrientes ou excessos, segundo percebi. 

As análises. O terror das análises. Fizemos uma vez análises e foi picada dezenas de vezes. Tive de proibir que lhe tocassem mais. Contei isso aqui. A Dra. disse que aqui seria diferente, que picam mais vezes miúdos e todos os dias. Não tinha outra hipótese. Era como a lama. Tinha de ser. 

O Frederico perguntou se estaria dispensado. Claro que sim. Nem repararia se ele iria lá estar ou não. Eu tinha que estar. A Dra. disse que podia não ir nenhum de nós, mas nem pensar. Prefiro ficar eu impressionada com a dor dela do que ela sentir que a mãe a deixou sozinha para que lhe fizessem uma cosia que dói. 

Desta vez tentaram tirar sangue noutro sítio. Não conseguiram. É realmente difícil tirar sangue à Irene e ainda para mais estando com febre. Tínhamos de repetir dali a pouco. Os gritos, os choros. Eu a explicar-lhe o que se estava a passar e para quê, dizer que quando estivesse boa que íamos fazer as coisas preferidas dela. Só me apetecia pedir-lhe desculpa. Desculpa por não haver uma maneira menos imbecil de saber o que se passava com ela e dela ter de passar por aquilo: um garrote, prenderem-lhe o braço e picarem algumas vezes para tirar sangue. 

Voltámos para a sala de espera. Necas sempre na maminha, sempre a pedir maminha. Esperámos meia hora e lá fomos outra vez, agora com menos febre. Fomos as duas. 

A Irene já nervosa a entrar na sala. "Pulseira (garrote), não, menino! Menino!!! Menino!! Menino???". Começou a entrar a agulha e a Irene grita várias vezes "Pede desculpa, menino!! Pede desculpa!". Choro agora e chorei na altura. Obriguei-o a pedir desculpa. Claro que era para o bem dela, mas a Irene tinha de perceber que sim, quando se magoa alguém, se pede desculpa e que o menino era amigo. 

Custou-me dizer-lhe que podia descansar e fechar os olhos, que estava tudo bem e ela fazê-lo. Deitei-me com ela na maca da sala de espera a dar-lhe maminha deitada. Acabou por adormecer. Os resultados saíram rápido: tudo bem com as análises dela. Níveis mais baixos de oxigénio e de dióxido de carbono, mas associaram a estar a chorar muito. Era mesmo verdade, a Irene tem convulsões febris. E o que a minha mãe sofreu com isto. Quando ela fala sobre isto ainda hoje parece que fala de uma das piores coisas pelas quais já passou. Que é aflitivo e muito. Eu já suspeitava que ela tinha isto. Ninguém me deu ouvidos na altura, mas eu já sabia. Escrevi sobre isso aqui

O mais provável é que ela faça isto sempre que haja uma subida rápida da temperatura. Se for como eu, é o primeiro sintoma de doença com febres altas. Levamos uma bisnaga com um relaxante para lhe dar nas próximas convulsões. Está tudo bem. A Dra. que nos atendeu rapidamente percebeu que era a nossa primeira filha. Fizemos milhares de perguntas e todas respondidas com paciência. Que maravilha. 

Viemos para casa. Irene a dizer piadas. Assustada com tudo, mas já a dizer piadas. A família estava a curar-se com o humor.

Ao adormecê-la ouvi um "mãe, anda dormir comigo, mãe" e só não fui porque tinha outra pessoa que ainda não tinha sido abraçada o dia inteiro e que estava bem mais assustada. Faltava dar beijinhos ao Frederico. A pizza familiar que tínhamos pedido não resolveu tudo. 

Ele acabou agora de lhe dar um beijinho na testa e ela disse "obrigada, pai". Parece que é a gozar.

Obrigada por me deixarem desabafar.


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7.13.2016

Preparo a marmita do meu marido.

"Marido? Querias!!" Foi talvez o comentário mais parvo que alguma vez recebi aqui no blogue. Mandei uma gargalhada capaz de acordar a Luísa. É marido, sim senhora, não é por não me ter esposado (adoro este termo) que não o é. Ou eu andarei enganadíssima com a seriedade da nossa relação e será antes uma curte (esta expressão ainda se usa, jovens que nos seguem? O que fazem aqui, by the way?), uma curte de 7 anos? "Querias!" Hahaha Era bom, era, mas é muita areia para o teu camiãozinho, contenta-te que ele te faça filhas e já vais com sorte! 

Já vos fiz rir um bocadinho? Boa, vamos ao que interessa. Preparo a marmita do meu marido. Ao usar esta frase sinto-me a esposa de um mineiro do século XX, antes das sufragistas, mas a verdade é que me sabe bem deixar o almocito do David todo acondicionado e prontinho a comer e até o faço com todo o carinho. Só falta mandar-lhe bilhetinhos amorosos.

Como sabem, mudámos de vida, eu deixei de trabalhar na SIC, tivemos de aprender a poupar uns trocos valentes e percebemos que uma das principais alterações teria de ser essa mesma: deixar de gastar tanto dinheiro em almoços. Eu não sou uma excelente cozinheira, o David idem idem, mas lá nos vamos safando e escusa de andar a comer porcarias e a pagar um balúrdio por elas. Acho até um disparate o que já gastámos os dois, ao longo de vários anos, almoçando (quase) todos os dias fora. 

Agora o menino leva uma salada "com tudo", um arroz de pato, um bife com massa, uma sandes e lá se vai amanhando, sem passar fome. Para compensar o ar pouco fantástico das nossas comidas, pelo menos a marmita de dois andares (e ainda com espaço para os talheres com design) é linda. É da SmartLunch, assim como a mala, discreta e onde cabe tudo. Têm ar de que vão durar até 2035, pelo menos.






Gostei muito da marca e encomendei também para a Isabel este termo da Minnie, assim como uma caixa com vários compartimentos para levar lanchinhos saudáveis quando vamos ao parque. Vai tudo na mala térmica da Joaninha, que ela adora porque é uma "Junana, como a mãe".



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7.12.2016

Tenho barriga e não tenho pressa.

Elogiaram-me o facto de ter publicado uma fotografia em que estava em biquíni, mostrando a minha barriga. Não fiquei surpreendida com o comentário porque, também eu, pensei nisso antes de a publicar: "estou cheia de barriga, mas que se lixe, o que é que isso interessa?" 

Não quero fazer um elogio ao desmazelo, à preguiça, nem muito menos criticar quem regressa aos treinos rapidamente, no pós-parto. Até porque este "rapidamente" é subjetivo. Quero, sim, fazer um elogio a sermos fiéis a nós próprias. Quero que façamos aquilo que nos apetecer, sem ligarmos ao que os outros dizem, sem sermos reféns dos outros. Se nos apetece ir ao ginásio, se isso nos faz sentir bem, força. Se preferimos esperar, sem nos importarmos com uma barriga que é uma vela a derreter (metáfora da Joana Gama), força. 

Tenho barriga e não tenho pressa.

Quando tive a Isabel, preocupei-me. Gostei de ter perdido o peso todo ganho durante a gravidez num instante, a barriga foi ao lugar e, depois de ter engordado um bocado nos três meses de licença em casa, meti-me a fazer dieta, seguida por uma profissional e voltei ao exercício. Quer dizer, mais ou menos. Sempre fui mais para o preguiçoso e nunca fui muito metódica, mesmo tendo noção da importância de fazer exercício. 

Desta vez, tenho barriga e não tenho pressa, não sei se por tudo o que passei depois do parto, se por ter duas filhas. Pesei-me, ao sexto dia, a pedido da enfermeira e não por iniciativa minha. Não estava interessada. Com "ajuda" do stress e da operação inesperada, do soro, da comida do hospital ou do meu metabolismo, já tinha perdido o peso que ganhei na gravidez. 
A barriga está lá, mole e fofa. E eu estou em paz com ela e ainda sem vontade de travar uma batalha contra ela. Sem necessidade alguma de ouvir um "estás óptima, nem parece que foste mãe". Fui mãe, sou mãe e não me importo que pareça que sou mãe. Por que queremos que a gravidez não deixe marca alguma no segundo em que pomos o pé fora do hospital? Por que razão queremos esquecer nove meses de gestação, que nos trazem o melhor do mundo, o mais depressa possível? Teremos medo de deixar de nos sentirmos atractivas, amadas, desejadas? Por que cedemos tanto à pressão dos outros? Por que exigimos tanto de nós?



Vamos ter calma. Não morre nenhum pinguim na Antártida por estarmos a usar bíquini com barriga de quatro meses de gravidez, mas com o filho já cá fora. Não é por vestirmos uma burka que ela desaparece. Não há que ter vergonha, nem mesmo se nunca tivéssemos estado grávidas. Mas também não vale a pena enganarmo-nos e dizermos que temos orgulho na nossa barriga. Acho que isso é estar a usar psicologia invertida para nos distrairmos de algo de que não gostamos, é mandar areia para os próprios olhos. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra.

Temos é de tentar ser felizes com o que somos (ou será "estamos?"). Se a circunstância de termos barriga ou de termos mais peso nos faz sentir infelizes (ou menos saudáveis ou ambas), há muito a fazer, mas com calma. Temos tempo.

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Pintei o cabelo de cor-de-rosa!

Ui! Será que há uma crise antes da crise da meia idade? A crise quase-meia-idade? Aquela que faz com que as pessoas se esfreguem numa parede como se estivessem à noite no Urban, mas estão afinal na Quinta do Bom Pastor, o radiopark do grupo Renascença Multimédia? É o sítio mais adequeado para me esfregar onde for. 

Será que há aquela meia crise que me faz cortar muito pouco cabelo que tenho, arriscar tudo em parecer o lado mais machão de um casal lésbico (sempre foi o meu forte ser o lado mais machão da coisa) e, como tal já não fosse suficiente, além de estar em negação em relação à forma como o meu buço cresce (é só dos lados, que estupidez é esta???), ainda pintar o cabelo de cor-de-rosa? 



Continuo por aqui a usar interiormente o #caguei. Caguei. Apeteceu-me. E, se me apeteceu, faço. O cabelo cresce, o cor-de-rosa sai. Fico diferente. Quando decidi e hoje não me importa muito se mudei para melhor ou para pior. Foi uma experiência. Uma escolha, como tantas outras. 

Gosto de estar diferente.

Sim, ninguém perguntou nada, eu sei, mas eu disse na mesma. #caguei. ;)

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Agora somos forçados a pensar nalgumas coisas mais a sério...

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*Já vos disse que percebo tanto de seguros como de apicultura (ainda agora tive de ir ver o que é). Porém, ando mesmo a pensar nisto. Acho que, quando se tem filhos (tal como escrevi aqui), somos forçados a pensar nalgumas coisas mais a sério e em cenários menos optimistas. Queremos deixar tudo organizadinho e fazer com que as coisas más, se acontecerem, sejam menos más. 


Uma das minhas dúvidas sempre foi (entre muitas outras que não têm que ver com seguros, nomeadamente porque é que ainda tenho dentes de leite e tenho quase 30 anos) a diferença entre um seguro de vida risco e um seguro de acidentes pessoais. Sabem quando a resposta é tão óbvia que vos apetece dar uma auto-belinha? Pronto. É um "Duh". "No seguro de vida, a cobertura principal de morte e as complementares de invalidez funcionam por doença ou acidente. No seguro de acidentes pessoais, essas coberturas apenas funcionam por acidente" - tirei isto do site da NETVIDA das Faqs que, ainda bem que falam a língua das pessoas e têm tudo explicadinho. 

Outra dúvida que tenho é o que há no fundo dos buracos negros. Por acaso não tenho é dúvidas nenhumas em relação às diferenças entre um seguro de vida e um seguro de saúde: o de vida oferece cobertura de morte ou invalidez e doenças graves (caso estejam incluídas) e o de saúde é... o que já sabemos: reembolso de despesas e/ou prestação de cuidados de saúde. 

Sabem o que acho? As coisas só parecem difíceis antes de tentarmos mesmo compreendê-las. É tipo matemática na escola ;) Neste caso, acertar tem um payoff muito maior que é o de ter vantagens para toda a família. Vejam mais sobre o seguro NETVIDA, da MAPFRE que engloba também doenças graves ou invalidez, ou seja tem coberturas que também podem ser gozadas em vida. E com a vantagem de o podermos fazer totalmente online. 

*post escrito com a agência de comunicação. 

7.11.2016

Uma bebé num casamento? E então?

Odeio fazer títulos. Este iria ser "A minha ribatejana" porque, quando comecei a escrever, foquei-me na Isabel. Depois, o texto levou-me ao facto de estar no casamento também com a Luísa. Já lá vamos.

A contar o gado











Nasceu em Lisboa, mas acho que é uma miúda do campo. Adora animais, adora andar de cuecas e pés descalços a regar flores, mesmo que pise pedrinhas e ervas com picos, adora pisar poças de água, mexer na terra e limpar na roupa, arrancar fruta da árvore e deixar que as gotas coloridas escorram pelo queixo, percorram o pescoço e desagúem numa t-shirt. Quando anda na rua, anda bem. Dêem-lhe um alguidar com água, umas tacinhas, flores, ponham-lhe cães ou gatos à frente e a festa faz-se, sem grandes birras.

Ontem, porém, foi dia de andar toda arranjadinha, com um daqueles vestidos clássicos da Laranjinha. E não faz sacrifício nenhum, está na fase do rosa, das princesas e adora ter uma saia rodada para dar voltas até ficar tonta. Pirosona como sou, vesti a Luísa a fazer matchy matchy, claro.

Fomos ao casamento de um grande amigo e a família foi todinha, mesmo que a Isabel só tenha chegado com o David, depois da sesta. Sim, somos daquelas famílias que vão com uma bebé de um mês e picos para um casamento (não ficámos até ao fim, vá, não chamem já a CPCJ). Fomo-nos revezando, a Luísa fez uma sesta de 3 horas numa salinha do espaço. A Isabel fez birra às 21h e tal - ainda a tentei adormecer lá, mas sem sucesso - e percebemos que estava na hora de "abandonar". Não tomou banho, não lavou os dentes, não jantou como deve ser, adormeceu no carro. A Luísa ouviu música uns decibéis acima do habitual (às vezes os gritos da Isabel até são mais fortes). E então? Um dia não são dias. Não sou, de todo, uma control freak, como a querida Vera (d'As Viagens dos Vs) diz ser. A Isabel esteve com a tia Marisa dos Estados Unidos, que só vê muito raramente e estivemos juntos, em família, a treinar esta nova dinâmica familiar e gestão de uma família de quatro. E, sinceramente, até tenho um orgulhozinho parvo em andar com a filharada toda atrás, gosto que nos acompanhem nos nossos programas, sem grandes dramas. Tenho perfeita noção de que as rotinas são fundamentais para eles estarem bem e crescerem saudáveis e tranquilos, mas não é - e falo da minha experiência - por uma fuga pontual à rotina que vão ficar com oito braços.

Tenho umas fotos queridas para vos mostrar um dia destes (aproveitámos e metemos cunha na fotógrafa - nossa amiga - para nos tirar umas fotografias dos quatro, que ainda não tínhamos).  Para já, as minhas:












Alcofa da Greentom






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Duas coisas de ontem

Depois da vitória de ontem, bem podia escrever aqui algo muito profundo sobre maternidade que vocês não estariam nem aí, verdade? :)

Deixo-vos com duas coisas de ontem nada relacionadas: o vídeo que me levou às lágrimas de uma criança portuguesa que mostra a verdadeira beleza do futebol. Vejam, vejam! Pequenino mas já enorme!


E, nada a ver, a minha maquilhagem para ir a um casamento, muito "controversa" cá em casa. David e mãe não gostaram do batom. Odeiam também ou até passa? ;)



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7.10.2016

a Mãe é Cabaz de tudo - Julho

Olá!

Estamos de volta com mais um "a Mãe é cabaz de tudo!". Algo super à l'a Mãe é que sabe e vocês sabem que nós não brincamos em serviço. Como houve milhares de inscrições (vá, não foram milhares, mas a fingir que sim) de marcas, vamos tentar tornar os cabazes mais regulares, o que são BOAS NOTÍCIAS, certo? Eu cá gosto. Adoro prendas. ADORO PRENDAS! A-DO-RO PREN-DAS (a ver se o Frederico que está aqui ao meu lado no sofá ouve hehe).

Vamos à montra dos prémios?

Livros As Aventuras do Óscar da Booksmile

O Óscar é um hamster muito atarefado. Mas há sempre um amigo pronto a ajudá-lo. E é tão bom chegar ao final do dia com a sensação de dever cumprido! Esta coleção é ideal para pais e educadores poderem explorar com os mais pequenos as profissões e descobrir o quanto é importante estabelecer rotinas.




Banners Personalizáveis da Babytime 

Crie as suas próprias frases para decorar o quarto, o berço ou a área de brincar com os banners personalizáveis da BabyTime. Cada kit traz 138 letras de cartão, números e símbolos para dar asas à imaginação. 

Também há em preto

Sessão Fotográfica por Susana Cabaço Fotografia

Uma sessão fotográfica família que promete recolher imagens de momentos únicos, de verdadeira ternura, entre pais e filhos. Condições descritas mais abaixo.

Condições especificadas mais abaixo neste post. 


Livro personalizado pela Book Me

Já alguma vez imaginou ser a personagem principal de uma história? E se esta história se transformar em livro?




Havaianas da Pegada Doce

A sua loja de calçado infantil e juvenil onde encontrará calçado com toda a qualidade e que garante o máximo conforto que as crianças merecem! E muito mais...

Um par de Havaianas limitado ao stock existente.



T-shirts mãe e filho(a) da Pura

A Pura é uma marca portuguesa de peças únicas e personalizadas: a tua peça, ao teu gosto e unicamente feita para ti! 


Caixa de Oferta Jack n Jill da Origami Kids

Não previne a dor de um dente a nascer, mas esta caixa da Jack N Jill tem tudo o que os mais pequenos necessitam para iniciar a higiene oral, de uma forma divertida, deliciosa e ecológica.

Peça de roupa da Coconut

A Coconut é a loja mais flowerpower de Oeiras! Vestidos, macacões, túnicas e muitas outras peças originais e vibrantes para quem gosta de vestir de uma forma descontraída e boémia  ❤ Roupa modern bohemian para mentes wild and free.


Uma peça à escolha das três apresentadas, limitada ao stock disponível.

Uma Bububox
A Bububox é uma caixa de descobertas para bebés e crianças até aos 3 anos através da qual os pais recebem, todos os meses, uma seleção dos melhores produtos e marcas para a idade e desenvolvimento dos seus filhos.


Um vestido Principesque 
Desculpem mães de meninos, mas podem sempre a oferecer a quem tenha uma menina ;) 


Não esquecemos nem quisemos deixar de fora a componente do reino da fantasia, da imaginação, criatividade e alegria que deve estar inerente a qualquer criança. Para isso, criámos com uma ilustradora infantil portuguesa algumas personagens que "vestem" estas peças de roupa.





Ambas as peças disponíveis dos 18 meses aos 6 anos,
uma peça (das duas apresentadas) à escolha.


Quatro bilhetes para o Jardim Zoológico de Lisboa






Um tapete Noc-Noc 


A Noc Noc promete transformar a entrada de nossa casa naquela com mais pinta das redondezas, deixando qualquer vizinho roidinho de inveja. Personalizado com as iniciais da família, é aquele tapete bonitinho a quem ninguém resiste! 




Mecânica:

1 - Terão de fazer like nas páginas de Facebook das respectivas marcas envolvidas e d'a Mãe é que sabe:





2 - Terão de partilhar publicamente o post do Facebook referente ao passatempo no vosso perfil.

3 - Terão de comentar o post do Facebook do passatempo, identificando três amigos.



4 - Só se pode participar uma vez por perfil.

5 - O vencedor será apontado aleatoriamente através de random.org e anunciado, depois de uma semana, em comentário ao post do passatempo sendo identificado. Serão válidas as participações até às 23h59 do dia 16 de Julho.

6 - O vencedor terá de enviar e-mail com os dados pessoais (morada e número de telefone) para amaeequesabeblog@gmail.com

7 - São estas as condições da sessão fotográfica da Susana Cabaço:

- 1 sessão fotográfica família de 1 hora, mais coisa menos coisa;
- até 4 elementos, vá se forem 3 filhos não vão ficar de fora por isso ;)
- 25 fotografias editadas;
- local à escolha em Lisboa ou Porto, nada a mais de 30km do centro;
- data agendada consoante disponibilidade das duas partes;
- prazo de 6 meses, deve realizar-se até Dezembro de 2016.


8 - Só serão válidas as participações que tenham feito like nas páginas dos parceiros. O mais provável será o facebook retirar muitos dos likes ao longo do decorrer do passatempo por suspeitar de fraude (vão ser muitos e muito rapidamente), aconselhamos a que os revejam mais para o final do prazo para repor. 


Boa sorte!!! ;)


Marcas que queiram participar num próximo "a Mãe é cabaz de tudo!", enviar por favor, um e-mail para amaeequesabeblog@gmail.com com o assunto "inscrição a Mãe é cabaz de tudo", apresentando a sua marca/negócio.

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7.08.2016

Vou ter saudades deste rabo de fraldas


Como em todos os saltos de desenvolvimento, tenho sentido aquele misto de emoções "que crescida!" e "onde está o meu bebé?!". Adorei vê-la a começar a andar, a começar a comer sozinha, a começar a falar (as conversas que vou tendo com ela são absolutamente deliciosas) e fiz uma festa quando fez o primeiro cocó no penico. Mas, lá está, parece que cada etapa, como o corte do cordão umbilical, a leva inevitavelmente para mais longe de mim, do meu colo, da minha protecção. Claro que não vivo ansiosa com nada disto, são pensamentos saudáveis de mãe, mas tenho muitas vezes a sensação de que vou ter saudades. Vou ter saudades do rabo de fraldas da Isabel (zero saudades, porém, de lhe mudar fraldas, de gastar dinheiro e de poluir ainda mais o ambiente), acho que o último grande resquício de que é uma bebé. A minha bebé está a tornar-se numa menina que faz cocó na sanita, que gosta de ler histórias na casa de banho, que se quer limpar sozinha (bleccc hehe). Ainda não começámos o desfralde puro e duro (mais por preguiça nossa, porque ela já não faz cocó na fralda desde janeiro e já vai pedindo para fazer xixi várias vezes), mas está para breve, quando formos de férias. 

Algum conselho que as mães mais experientes tenham para nos dar?



Body de gola - Petit Biscuit
Calções - Tsuru
fraldas - usa de tudo, desde continente, a pingo doce, a dodot.


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Depressão pós-parto?

Calma, o título é alarmista. Não estou com uma depressão pós-parto e não sinto que precise de ajuda médica (não ainda), mas a verdade é que, ao contrário do pós-parto da Isabel, comecei recentemente a ter mais lágrimas à mistura na equação e a ser confrontada com mais fantasmas.



"Com o segundo, é tudo mais fácil. Vais ver que vai ser tudo com uma perna às costas." Em parte, sim. Não temos medo de os agarrar, não ficamos tão assustadas com uma borbulha que lhes nasça na testa, manejamos uma fralda a transbordar de cocó só com um dedo mindinho, já não stressamos tanto com os gramas que eles ganham semanalmente... e por aí fora.

Mas eu sinto que com o segundo não é tudo mais fácil, pela simples razão de que não existe só o segundo na nossa vida. Existe uma mãe mais experiente, com menos macaquinhos no sótão, mais confiante nas suas maminhas, uma mãe que já aprendeu que é importantíssimo fazer as sestas com eles, mas existem também dois filhos, dependentes de nós, do nosso amor, da nossa paciência.

A verdade é que eu ainda não me sinto à-vontade para ficar um dia sozinha com elas. 

Fiz a experiência ontem e acabou comigo a chorar copiosamente, ao fim de 3 horas a tentar adormecer a Luísa, durante a noite, rezando para que a Isabel não acordasse entretanto. E o reconhecimento dessa impotência - mental e física - fez com que me sentisse derrotada. Custa muito sentir que não estamos a dar conta, não como gostaríamos. "Era suposto eu conseguir, sozinha, dar conta do recado." Ir buscar a Isabel à creche cedo, deixando o jantar pronto, a mesa posta, o pijama e o banho quase preparado, brincar com uma, dar mama a outra, tentar adormecer a mais nova primeiro, depois a mais velha e "sobreviver" a uma noite - sempre imprevisível - de cólicas da mais nova e de pesadelos da mais velha. Tinha ido deitar-me vitoriosa, a agradecer a todos os santinhos o facto da Luísa ter dormido durante a hora e tal que a Isabel demorou a adormecer. Mas acordei, com a Isabel às 06h30, ao contrário do que era suposto com aquela história de que "basta um sorriso deles e ganhamos logo forças", sem força anímica. Cansada, meia revoltada com o mundo, cheia de vontade de "despejar" a Isabel na creche e cheia de vontade de dormir. De manhã, não me apeteceu ser mãe. E, depois de todo este emaranhado de sentimentos, a dificuldade em me reconhecer neles, a culpa, a frustração.


Claro que sobrevivi, claro que passou, claro que elas não ficaram traumatizadas com o meu mau humor (pedi à Isabel, quase em lágrimas, para parar de tocar o tambor, que estava cheia de dores de cabeça, e ela parou). Claro que sobreviverei a muitas outras vezes em que terei de ficar com as duas sozinha e que, daqui a uns tempos, tudo será mais fácil (ou parecerá mais fácil). Claro que nada disto é um drama sem fim, mas não gostamos de nos confrontar com as nossas incapacidades, com os nossos deslizes, e o pior de tudo é cairmos no erro da comparação com outras mães que têm três, quatro filhos - e nenhum deles está na creche - e conseguem lidar com tudo sem entrarem em modo drama queen. Queremos manter sempre o optimismo, o sorriso, a garra. Mas não somos de ferro. Eu não sou de ferro e nem a pancadinha nas costas do "vai passar e até vais ter saudades" resulta na hora H.


Acho que a alternância entre sentimentos de plenitude, satisfação, felicidade e alguma tristeza, choro e dúvidas, faz parte desta fase de mudança. Não sinto que esteja com uma depressão pós-parto, mas - por nunca ter tido nenhuma antes e não sendo psicóloga - não hesitarei em ir a uma consulta, caso algum dia tenha dúvidas e sinta necessidade. Escrever este texto já me ajudou. Acho que ler os vossos comentários também irá ajudar. Mas o que sei que vai ajudar mesmo é reconhecer que tudo isto faz parte do processo, não me culpabilizar tanto pela falta de paciência nem me sentir defraudada por nem sempre me sentir uma super mulher, relativizar mais, desabafar mais, pedir mais ajuda, ir arranjar as unhas, ir comer um gelado de dois metros, dormir mais. 


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