10.06.2016

NUNCA treinem com um PT porque...

... há imensos inconvenientes. Tenho-me vindo agora a aperceber porque me meti nisto há 15 dias e nunca antes tinha falado com nenhum mais do que os 2 minutos necessários para recusar as aulas de abdominais ou para ir encher uma aula de cha-chá-chá à última da hora... 

#1 Ter de variar mais frequentemente a roupa do ginásio 

Podem não ser como eu, mas eu sinto que toda a gente decora a minha roupa - talvez porque eu decoro a dos outros. E, por isso, o meu castigo é sentir que não posso repetir roupa muito perto uma da outra. Se passo a ir ao ginásio (ou estou a tentar) ir três vezes por semana, tenho de começar ou a usar calcinhas de domingo só para variar ou, então, de ir fazer uma razia à Decathlon à secção das coisinhas mais baratuchas.




#2 Ter a paranóia dos macacos no nariz 

Como vamos andar em posições mais criativas, tenho sempre receio de ter um gorilinha à espreita que esteja pronto para diminuir a minha credibilidade. Eles ficam muito perto de nós. Demasiado.


#3 Ter de mostrar a real face

Não sou capaz de ir para o ginásio maquilhada. Porque é que disse que não sou capaz? Porque já ponderei. Ponderei quando há pouco tempo tive um eczema no olho direito e parecia que tinha tentado estrelar um ovo em cima dele. Ponderei quando me apareceu um herpes (e tive em negação em relação a isso durante uma semana). Ponderei quando ontem me apeteceu um mini quisto perto do queixo que eu, estupidamente, insisti em espremer (não é quisto, mas é uma borbulha grande). Eles vão ver tudo. Tudo.

#4 Ter que ter o buço actualizado

Ah pois, meninas! Se no dia a dia até podemos gozar da questão de andarmos sempre muito rápido de um lado para o outro e de ninguém nos ver bem de perto, neste caso o bucinho tem mesmo de ir. Até porque senão é das primeiras coisas a reluzir quando começamos a ficar mais suadinhas. 

#5 Ter que ter as axilas impecáveis

Epá, imaginem só. Estarem a fazer alongamentos com uma mini púbis debaixo dos braços. Acho que não é isso que pretendemos para a nossa vida. Claro que adorava ser hippie e não me preocupar com estas coisas, mas em mim a lavagem cerebral já foi demasiado fundo. Não consigo ver nem 4 mini pêlos aqui debaixo. 

#6 Trabalhar uma resting face agradável

Quando temos de fazer trabalho mais pesado, vamos fazer semi caras de AVC. Claro que vamos. Creio que é difícil ter cara de selfie quando se faz agachamentos ou seja lá o que fiz hoje que sei que envolveu algo pesado e ter que me levantar e baixar. 

#7 Ter atenção aos ruídos sensuais

Agora depende da intenção de cada uma. Eu não pretendo clima sensual e como sou mesmo muito sensualona, tento sempre que os meus ruídos sejam similares aos de alguém que tenha sido pisado por uma grua. Porém, garotas que querem seduzir seus PTs, aqui acho que podem sempre tentar fazer uns relinchares de gato cansado e indefeso, pode ser que tal ofusque o vosso cheiro a cavalinho por já irem a meio do treino.

#8 O suor mamal e genital

Tinha uma colega minha no teatro que, quando se empolgava e entregava muito, por estar de leggins, ficava com uma mancha enorme nas virilhas que acabava por, ao longo da aula, se ir espalhando por tudo o que era sítio. Fiquei traumatizada com isso e, então, ando sempre atenta se não parece que já devesse usar um Tena Lady ou outro. Debaixo das maminhas não há nada a fazer, a não ser sobrepor tops ou assim. 

#9 Os puns

Como? Não há momento a sós. Abençoado fio dental que silencia os mais teimosos. 

#10 Não poder ouvir música

A não ser aquilo "que nos dão" no ginásio. Os meus bícepes ou lá o que é já vomitam David Guetta e acho que se os apanhassem na rua que lhe poriam um dedo no duodeno. Ou dois. Se calhar todos, vá. 


Querem a verdade? A verdade é que isto só se aplica se não tiverem encontrado um PT que vos faça sentir à vontade. Eu encontrei #omelhorptdomundo. Quer dizer, estamos à vontade, mas tento não beber leite nos dias de treino porque no #9 não me aventuro assim.

Querem conhecer #omelhorptdomundo? Sigam-no aqui ou aproveitem o # ali em cima para verem o instagram, o que vos der mais jeito. Estou toda ofendida que já pôs um vídeo de outra cliente (somos clientes???) que não eu, mas terei de lidar com o facto de não haver exclusividade... Na próxima segunda vai ver como vão as minhas axilas!!!! 


Sigam-me no instagram @JoanaGama
                                       e o @aMaeequesabe e o Canal também ;)



Foi assim o nosso primeiro dia a sós.

Como vos contei ontem aqui, hoje pudemos gozar do nosso primeiro dia a sós - fazendo bem as contas foram só 6 horas, mas souberam tão bem quanto uma viagem daquelas caras a um sítio longe. Um dia, seis horas, foram mais do que suficientes (podiam ter sido mais, claro), para sentirmos que, longe dos "paii! e mãeeee", ainda existe um Frederico e uma Joana. 

Minto. Não senti parte daquilo que disse. Isto é o que a minha cabeça me disse para escrever. Grr. Odeio quando isso acontece. Não gosto de misturar cabeça e... vá... nada. Sempre me custou a compreender a divisão de papéis que "a sociedade" nos impõe. Muitas frases se ouvem (ditas por mim até) como "para além de ser mãe, também sou mulher", "além de mãe, também sou esposa", etc. A verdade é que não me dissocio de papel nenhum. Esta Joana é mãe, esposa e sei lá mais o quê, sempre ao mesmo tempo. Não deixo de ser mãe quando vou a um spa, nem passo a ser mulher só porque não estou com a minha filha. 

Ao invés de vermos a ocupação do nosso tempo livre como supostamente uma roda dos alimentos (já ouvi dizer que essa também estará desactualizada), em que o importante é ter tudo de forma "equilibrada", acho que devemos fazer o que bem nos apetecer. Acho que nós devemos ser as nossas principais bússolas nas tomadas de decisões e, se assim for, andamos mais perto do que nos faz felizes. Borrifemo-nos para timings, para aparências, para necessidades criadas por terceiros...

Não sou nem melhor mãe, nem pior mãe por fazer estas escolhas. Simplesmente as faço de acordo com o que eu sinto.  Se me apetecesse mais ir passear com o meu marido do que ficar em casa porque sou eu quem a adormece para a sesta, era isso que faria. Porque seria isso que me faria mais feliz. 

Estive dois anos e meio sem ter um dia a sós com o meu marido porque quis. Foi essa a minha escolha. Foi uma escolha falada, conversada, entendida, etc. Se fizesse outra escolha que não a do meu coração, não me saberia bem, iria contra mim. Não foi algo que decidi só por ter a Irene, foi vendo o que tinha sempre do lado dos prós e dos contras e ganharam sempre os contras (em ir) e os prós de ficar.

Não me imagino a ir de viagem x dias sem querer efectivamente ir para estar o fim-de-semana inteiro com o coração nas mãos por ter ido, só porque "já estava na altura de viajar sem crianças". Isso sou eu, porque não tive vontade de ir. Se tivesse tido essa vontade, iria, porque seria isso que me faria mais feliz. 

Chamem-me optimista - é raro chamarem-me assim (aliás, ainda hoje a Joana Paixão Brás me disse "és mesmo do contra" - mas eu acredito que há tempo para tudo. E que o tempo só é algo que interesse se fizermos aquilo que nos deixa mais felizes. Para mim é comer 6 barras de chocolate kinder quando vou meter gasolina, para outra pessoa poderá ser avistar rúcula na secção dos frescos. 

Nota-se que estou um pouco empolgada a escrever? Acabei de adormecer a Irene e foi uma noite difícil em que ela já tinha "passado do ponto" e, por isso, estava elétrica. 

Porém, nada me tira o maravilhoso dia que passei a sós com o Frederico. Depois de muita pesquisa e alguns telefonemas para verificar disponibilidades e pricings, acabámos por ir matar a curiosidade do Hotel Belverde no Seixal. 

É um hotel com um design e arquitectura giríssimos, maravilhosos para instagram. Nota-se que a decoradora de interiores ficou um bocadinho entusiasmada demais e facilmente passou de bom gosto para tentativa desesperada - pelo menos no lobby, mas nada que me tenha feito perder vontade de lá estar. Ficamos foi totalmente apaixonados pela massagem de relaxamento de casal. Verdade seja dita que nenhum dos dois é extremamente experiente nesta área, mas era exactamente aquilo que procurávamos: uma massagem a dois relaxante, num hotel confortável e bonito. 







As duas senhoras que nos atenderam, além de muito simpáticas, foram óptimas nos objectivos propostos (parece uma avaliação dos professores na escola básica) e a que me massajou até teve em conta o facto de eu ter ido ao ginásio antes e deu uma atenção especial aos músculos mais doridos. 

Saímos de lá e fomos para o jacuzzi. Perfeito. 

Optámos por ir almoçar à Quinta do Tagus. Para mim que não gosto de peixe (nem de sushi, claro), não foi a melhor opção a nível de carta. No entanto, safei-me com um bife de lombo que não me fez sentir ostracizada pelo tema gastronómico. O Frederico gostou e se ele gosta de comida e de sushi, portanto... 





Coisas de que gostei muito: 

- Tirar selfies com ele: ele não é muito fã de fotografias, nem que sejam publicadas e até foi da iniciativa do meu rapaz. 

- O carro dele ter mudanças automáticas e, por isso, termos estado o tempo inteiro nas viagens de mão dada. 

- Termos ficado um pouco deitados numa cama que havia no jardim da Quinta do Tagus quase a adormecer depois do grande almoço.

- O dia ter acabado com o melhor final possível: ir buscar a Irene à escola. 

Planeamos repetir o dia do casal mais vezes. Mais ou menos como o "dia do filho único". Foi maravilhoso para namorar e também para nos esquecermos das rotinas. Uma féria. ;)


Sigam-me no instagram @JoanaGama
                                       e o @aMaeequesabe e o Canal também ;)

Quero tudo!

Por favor... agarrem-me. Agora que descobri aquela coisa das transferências online (sim, só agora) que eu salivo só com a possibilidade de fazer compras pela internet, sem levantar o rabiosque (era daquelas trogloditas que tinha de ir ao multibanco, o que me demovia mais vezes de me meter em gastos). Ando a fazer o guarda-roupa da Isabel para o outono-inverno e a despachar já uma série de coisas. 

Precisa(va) de umas 4 camisas, 5 camisolas golinha (se souberem onde se vendem as mais baratas, avisem), 3 pares de calças, uns ténis, umas botas e uns sapatos mais compostinhos (já tem carneiras azuis e creme, mas queria uns feijões ou umas merceditas). Um sobretudo cinza, creme ou rosa bebé, ainda não decidi (já tem um quentinho vermelho, talvez opte pela parka rosa bebé com pelinho por dentro). Dois ou três casacos/ camisolas básicos. Duas calças de malha. Um vestido. Um gorro e uma touca. Collants e meias pelo joelho. Que lista interminável... para a Luísa aproveito muita coisa da Isabel, ainda bem!

Comprei esta semana estas camisas mais compostinhas para a Isabel, que vão ficar giras com calças de ganga.



Depois andei a ver o site da Zara e gostei de muita coisinha mais prática, houvesse tostão.







Como se organizam para lhes fazer o guarda-roupa? Vão comprando conforme vão podendo (€)? No primeiro ano ainda comprei bastantes coisas nos saldos para o ano seguinte, mas os tamanhos saíram-me um bocado ao lado e arrependi-me...


Sigam-me no instagram @JoanaPaixaoBras
e o @aMaeequesabe também ;)

10.05.2016

Primeiro dia a sós.

Fizemos (ou fiz) várias escolhas desde que a Irene nasceu - das quais não me arrependo - que nos levaram até aqui. Até ao facto de em dois anos e meio não termos estado mais do que umas três horas sozinhos. 

Cada casal terá o seu ritmo, as suas prioridades e, acima de tudo, as suas necessidades. Eu sou aquele "clássico" caso de quem se focou na filha. A amamentação era (e é) muito importante para mim, ter ficado um ano e tal em casa fez com que não introduzisse o biberão, ela só adormece comigo, por isso tranquilamente chegámos até aqui. 

E, pelo meio, houve muitas conquistas: a primeira vez que ficou com os avós, a vezes em que fomos almoçar só os dois, a minha ida para o trabalho, o pai ficar sozinho com ela, etc. 

Por alguma razão - que não interessa contar aqui - achei que a escola estaria aberta hoje e começamos a planear coisas. Depois vim a saber que, afinal, não estava. Porém, pus um dia de férias para o Frederico e eu irmos passear amanhã. Ela adormece optimamente na escola com a educadora e com os outros meninos e isso dá-nos para aproveitar a manhã e a tarde até a irmos buscar. E para ela? É mais um dia normal. 

A legenda mais desnecessária do mundo, mas é do aniversário da Irene :)

Para nós, vai ser como um dia qualquer há 3 anos e tal. 

Provavelmente passaremos 70% do tempo a falar da Irene, mas e então? Estar a dois, não é negar a existência dos três. E a existência dos três também tem de dar lugar a estar a dois. 

Porém, sem pressas. Tudo a seu tempo. Cada uma de nós tera o seu ritmo, as suas prioridades, as suas necessidades. Cada coisa que sentimos tem um motivo. 

Sinto que amanhã é o dia perfeito para irmos namorar os dois, enquanto a Irene está na escola. 

Depois conto-vos... "tudo"? ;) Há coisas que não deverão querer saber, digo eu. 

AH! Se houver sugestões para um dia a dois (sem noite), apitem! ;)


Sigam-me no instagram @JoanaGama
                                         e o @aMaeequesabe e o Canal também ;)

10.04.2016

Onde se compra disto?




À saída da aula de música com a professora Carla (é assim mesmo que falamos disso cá em casa, agora até para separar a aula de música do colégio e esta que é ao fim-de-semana), tivemos que aproveitar para tirar umas fotos com um dos narizes de palhaço que foram usados durante a aula. Além de ficar extremamente amorosa, também pudemos "trabalhar" um bocadinho as emoções e como é que ela já interpreta cada uma delas. 

Alguém sabe onde posso comprar bolinhas destas? Fui à Tiger no outro dia e comprei um pack de três aranhas com brilhantes (as escolhas da minha brilhante filha), mas narizes de palhaço, nem vê-los!


Sigam-me no instagram 
@JoanaGama
e o @aMaeequesabe e o Canal também ;) 

Hoje foi a fazer "figuras" para a escola

Está enorme! Uma "pinta calçuda", como lhe chamo. A verdade é que a Isabel me andava a parecer mais magra e agora já percebi porquê: deu um pulo nos últimos meses. As calças estão curtíssimas, tenho de fazer reposição de stock. Os calções deram de um ano para o outro mas as calças definitivamente não. Pelo menos duas de ganga e umas jardineiras vêm parar cá a casa, que dão um jeitaço e ficam sempre bem.


Jardineiras - Oshkosh
Carneiras - Trutué

Os vossos também deram um pulo nesta estação? É mesmo verdade que eles crescem muito no verão ou é tanga?



Adenda: afinal as calças vão durar mais dois anos porque fui ver o site da Zara e usa-se o tamanho de calças de quem anda aos gambozinos. 👍 Estamos safas.



Sigam-me no instagram @JoanaPaixaoBras
e o @aMaeequesabe também ;)



10.03.2016

Tudo não passou de um susto!

Estou tão feliz! Ainda bem que consegui não stressar muito com a questão do pé da Luisinha, porque teria sido totalmente em vão. Está tudo bem, é flexível, não oferece resistência aos movimentos, o tendão está okay. Tendencialmente vai para dentro mas assim que o manejamos ele assume a posição. Já tinha vindo a reparar, quando a punha "em pé", que ela até já conseguia por a planta do pé em contacto com o chão e, até antes da consulta de ortopedia, eu já andava mais descansada. Foi, de qualquer forma, uma excelente confirmação. Coração de mãe sereno (até à próxima) - check. 



Obrigada a todas pelas mensagens de apoio, conselhos, desabafos, histórias de sucesso desse lado. Há gente de garra por aí <3 e obrigada à futura grande médica que me enviou emails fantásticos e me ensinou uns exercícios muito bons [cada vez me surpreendo mais com as boas vibrações que há por aqui]


Sigam-me no instagram@JoanaPaixaoBras
e o @aMaeequesabe também ;)

10.02.2016

Não tenho coragem para vos dizer que comprei umas carneiras, mas...

Ainda não estou preparada para assumir que comprei uns sapatos de carneira. Nem posso fazê-lo neste blog porque as mães que estão comigo e são do "desporto" vão sentir-se traídas e as outras vão achar-me uma falsa. É um assunto de demasiada importância para falar disso para já. Vou esperar até amadurecer esta questão para vos apresentar da melhor forma possível. 

Assim sendo e na mesma encomenda mandei vir umas botas destas para compensar. Também podem ser abetalhadas, mas em amarelo ficam mais fashion que outra coisa. Não é? Não é? É, não é? Eu cá gosto. 









Sigam-me no instagram @JoanaGama
e o @aMaeequesabe e o Canal também ;)

Estreia hoje a nossa sitcom! Querem assistir?

Dado o sucesso do blog, decidimos começar uma sitcom cá em casa. O pessoal riu-se, é o que importa.

  
                


Ontem, o pai desviou o olhar da sua nova amante (FIFA 17) e teve a ideia de fazer uma "surpresa" à Necas. Ao que parece, a caminho do colégio, há um placard com hambúrgueres e que indica o preço e eles têm brincado imenso com isso enquanto estão presos no trânsito. 
Sem eu saber, o Frederico disse-me para manter a mente aberta. "Ao quê?" - perguntei eu. 

Pelos vistos a pão artificial e a ketchup. Temos dado maioritariamente produtos biológicos e saudáveis com raras excepções ou, pelo menos, com excepções que continuem a sê-lo e que valham a pena. Achei uma ideia muito gira e a Irene adorou, claro! 











Sigam-me no instagram @JoanaGama
e o @aMaeequesabe e o Canal também ;)

10.01.2016

Hoje a Luísa faz quatro meses e hoje fiquei deprimida

Hoje a Luísa faz quatro meses. 

Hoje conheci um casal - ela sueca, ele português - pais do Isaac e do Oliver. O Isaac tem 3 anos e o Oliver 8 meses. Estão cá em Portugal 3 meses, de licença de maternidade. Sim, na Suécia, país onde ele trabalha há 5 anos, as mães têm direito a 380 dias de licença - 13 meses - que podem, se percebi bem, ser usados/espalhados durante anos. A mãe pode tirar, imaginem, 3 dias por semana durante anos. O pai - e isto foi a coisa que mais me espantou - tem direito a 6 meses de licença. Sim, leram bem, mais do que uma mãe em Portugal. Podem fazer este esquema: mãe tira 3 dias por semana e pai os outros 4, sem falar nas horas de trabalho: "começamos às 7h mas depois saímos e ainda temos um dia pela frente, não é como aqui que temos de esperar pelo chefe para sairmos por último". Na Suécia, não há creche antes do primeiro ano dos filhos, não há o conceito de berçário. E eles cá estão, 3 meses em Olhão, com a família dele, a aproveitar a vida, a família, a construir memórias. Fiquei meia deprimida. Viemos passar o fim-de-semana ao Algarve (este ano ainda não tínhamos cá posto os pés), toda contente por estarmos dois dias em família, a achar-nos uns sortudos (que somos, é verdade...), mas há países que vêem mais além, que percebem que os primeiros anos são essenciais para o desenvolvimento de uma pessoa e que mostram que é possível pôr a economia a mexer assim mesmo. A Luísa hoje faz quatro meses e eu fiquei deprimida porque por cá ou temos de pôr uma licença sem vencimento (quando dá...), despedirmo-nos (isto se houver rendimento suficiente na família, o que é raro...), abdicarmos de uma carreira para que os nossos filhos tenham o direito de crescer com uma mãe (ou pai) mais presente. É triste. Pronto, já desabafei.

Fotografias desta semana do meu instagram


Sigam-me no instagram @JoanaPaixaoBras
e o @aMaeequesabe também ;)

A primeira reunião de pais.

A Irene entrou este ano para a escola e claro que quis ser a encarregada de educação. Digamos que o pai também já estava para aí virado. Tive um modelo muito bom do que é ser encarregada de educação em casa. A minha mãe além de ir a todas as reuniões (que me lembre), fazia sempre questão de ser participativa (aposto que ainda hoje alguns de lembrarão dela). É algo de que sempre me orgulhei na minha mãe. Se tinha algo a dizer sobre a escola, sobre os professores ou sobre a filha (não pensem que eu me escapava), dizia. 

Ainda hoje, se há algum problema, ela não tem receio de se chegar à frente - claro que acho que também gosta muito. Afinal de contas é "malta de direito" e o que mais gostam eles que não se enervarem com problemas que possam resolver com argumentação, não é? 

Ontem fui eu a encarregada de educação. O Frederico também foi e diz que faz questão de ir a todas as reuniões de pais (fiquei toda comovida, claro, mas quero ver se dura até ela fazer 18 anos). Começamos por ter uma reunião de boas vindas por parte da direcção do colégio em que se explicou "por alto" os pontos mais importantes do regulamento para o funcionamento quotidiano e da relação escola/pais. 

Depois tivemos uma reunião com a educadora de infância da Irene que desde o primeiro dia me conquistou. Claro que ela não sou eu e não faz tudo como EU faço, mas a adaptação não é só para os filhos. 

No final da reunião, depois de vermos imensas fotografias dos nossos filhos, a sugeriram-nos que plantássemos uma Tulipa por bebé e que, em conjunto com a educadora e auxiliar, fossemos tratando dela ao longo do ano para ela florescer e crescer vivaça. Foi um momento típico para o meme "I see what you did there". 


Foi uma metáfora para o trabalho que vamos fazer juntos, claro. Isto depois de uma citação de Augusto Cury e da leitura de um poema adaptado de alguém que apelava à compreensão e empatia pelos nossos filhos. Que, quando se sujam, é porque gostaram da sensação da "lama" nas mãos, etc. 

Vim de lá a sentir que a Irene está no segundo melhor sítio possível, sendo que o melhor seria em família e podendo conviver com os amigos, claro. 

Também foi giro saber que é normal serem todos muito determinados nesta idade... Pensei que a Irene saia à mãe no feitio, mas afinal pode ser que lhe passe. 

Já tiveram a vossa? 

Sigam-me no instagram @JoanaGama
e o @aMaeequesabe também ;)

Update: Mudei a Irene de escola, dois meses depois... 

9.29.2016

O meu PT anda a enviar-me mensagens.

Long story short (depois conto-vos tudo, aliás, preparem-se porque ando a ficar mais interessada nisto de tratar de mim fisicamente e, por isso, avizinha-se uma temporada de posts de ginásio e afins - prometo, porém, não haver nenhum camel toe se for filmada de frente): tenho um PT.

Sempre fui super preconceituosa em relação a PTs e, para piorar, houve uma vez que, numa avaliação física, tive uma experiência super desagradável ao ponto de ter de falar com a gerência do ginásio sobre isso (também vos conto tudo depois).

E hoje, às 8h da manhã, recebi uma mensagem do meu. 

A primeira coisa em que pensei foi: "... hoje era dia de treino?". Não era.

Então, depois do nosso primeiro treino juntos, o Melhor PT do Mundo (é como ele se chama a si próprio - acho maravilhoso), decidiu enviar-me uma mensagem de manhã a pedir para lhe fazer o relatório das dores e respectiva intensidade para saber as consequências do treino e para adaptar o próximo.

Querem ver que vou ter de mudar de opinião em relação aos PTs? Não estava à espera disto. Que profissionalismo! 

Eu, quanto muito, o que faria era, no dia do próximo treino, perguntar se estava tudo bem e na altura lá inventaria qualquer coisa. 



PS - Não, não. Não há clima entre os dois. Nenhum dos dois quer cá misturas, estamos focados; #oMelhorPTdoMundo e a Badocha Mais Determinada do Mundo.

Conheciam isto?!

Se houve coisa que me conquistou na creche que escolhi para a Isabel foi a área de recreio, as actividades ao ar livre, as possibilidades de brincadeiras para apanhar ar puro. Mais do que os planos pedagógicos, de aprender os números e as cores, mais do que a aprendizagem das regras e das boas maneiras, o que eu quero é que ela brinque, corra, dê gargalhadas com os amigos, aprenda a contar as pedrinhas do chão e as pétalas de uma flor. 

Um dia, veio a correr contar-me, triste, que tinha perdido o chapéu. A educadora logo me explicou que o chapéu tinha voado com o vento para o lago (nessa noite, ela até teve um pesadelo, coitadinha). Mas eu até fiquei contente. E porquê? Porque era bom sinal. Assim como será bom sinal sempre que me aparecer com umas calças rasgadas, uns sapatos sujos com lama, umas unhas sujas de terra. Adorei quando me pediram toalha, fato de banho e protectores, porque iriam ter todas as semanas, no verão, jogos de água e um dia de piscina (numa piscina improvisada lá fora). Hipoteticamente, adoraria que tivesse esta possibilidade pela vida fora.


Ainda me lembro quando o professor de Ciências do 5º ano nos levou a ter uma aula no exterior. Foi tão, mas tão marcante para mim, que ainda consigo ver o meu cabelo a dançar ao vento e ainda ouço o meu coração a bater (e eu a suspirar de amores por aquele professor). Paixonetas à parte, acho que iniciativas destas fazem a diferença. Por isso, fiquei muito contente com o Dia de Aulas ao Ar Livre, dia 6 de outubro, que já propus ao colégio da Isabel. Conheciam? Nem que seja apenas uma aula, já era fantástico, não era? O mais curioso é que há escolas pelo mundo inteiro a aderir (vejam no mapa, no site), por isso, nesse dia sabemos que até na Austrália ou no Chile os miúdos vão estar a ter aulas ao ar livre, como os nossos filhos. 

Partilhem a iniciativa Skip. Vai valer muito a pena, tenho a certeza!




Sigam-me no instagram @JoanaPaixaoBras
e o @aMaeequesabe também ;)

Sou um perigo, pá!

A Irene tem andado a dormir muito pior desde que ficou entupida e com tosse (é normal, claro). E, como já tenho vindo a reparar (e a minha mãe me confirmou), as mães, nestas alturas, ganham uma força e poder incríveis em que parece que o cansaço passa para último plano.

Quando eles ficam melhores é quando bate. Pelo menos é o que me está a acontecer assim. 

Esta semana, que tenha notado (o problema é esse), fiz duas coisas que nunca tinha feito antes na vida: 

- Deixei as portas do meu carro totalmente abertas e fui para casa - teve depois de uma vizinha fofa tocar à campainha para me avisar.

- Deixei a chave de casa na porta...

E isto foi o que eu reparei....

Também andam todas carcomidas por aí? 

Outra gira que já me aconteceu aqui... 

Cá está ele!

Já me decidi: é esta a cama que eu quero e vou avançar com pedidos de orçamentos. :) A Isabel tem cama no chão desde que fez um ano e meio e foi das melhores decisões que tomámos: não por começar a dormir melhor, mas porque nos permitia adormecê-la sem ficarmos todos doridos e até ficar a dormir ao lado dela se fosse o caso. Dá-lhe autonomia, não se parte toda caso caia, tem sido do melhor! E esta caminha é um encanto e acho que o quarto delas está a precisar de uma peça assim. 

Não acham o máximo?


Via Pinterest
Sigam-me no instagram @JoanaPaixaoBras
e o @aMaeequesabe também ;)

9.28.2016

Ficou fechada no carro.

Já aconteceu há cinco meses mas só agora ganhei coragem para falar sobre isto. Andava a esquivar-me a reviver toda aquela situação de impotência e de culpa. Acabou tudo bem e aprendi com os erros. Fica o alerta.

A Isabel demora sempre imenso tempo, quando a vou buscar à escola, até ficar sentadinha no carro e podermos vir para casa. Corre a escola toda, depois quer ir ao escorrega ou andar de triciclo, quer ir apanhar pedrinhas, correr, voltar a apanhar pedrinhas, correr, saltar e, só depois, subir para o carro sozinha, sentar-se sozinha... demora uma eternidade e normalmente ainda faz uma birrinha qualquer pelo meio. Depois de muita paciência e de respirar 20 vezes fundo, pus a mala dela ao lado da cadeira, apertei-a com os cintos, fechei a porta e ouvi o som do alarme do carro e as portas a trancar. Vou com as mãos aos bolsos e nada de chave. A chave do carro tinha ficado dentro do carro. Tentei abrir cada uma das portas e nada. Caiu-me tudo. Apeteceu-me desabar. Mas pensei: "a tua filha não te pode ver enervada. Pensa, resolve." Telemóvel dentro do carro. Chaves dentro do carro - porque as pousei ao lado da mala da Isabel para a prender - mas ela não as consegue alcançar. Estava a chegar um senhor numa carrinha com uma criança e pedi-lhe, trémula, para ficar a dar um olhinho no carro enquanto iria à escola para fazer uma chamada. Pensei: não está calor, a minha mãe deve estar em Santarém, vai num instante a casa buscar a chave suplente. Mas qual é o número dela? Tinha de ligar ao David. O meu cérebro a funcionar a mil, mas uma vontade de chorar enorme. Olhei para pedras grandes: se tiver de ser, parto já um vidro. O senhor emprestou-me o telemóvel, liguei ao David: "liga já a minha mãe e pede-lhe para me trazer a chave do carro à escola, já! A Isabelinha está presa no carro. Onde está a chave? Algures em casa." Mas eu não conseguia ficar parada. E se ele não consegue falar já com ela? Entretanto chegou a mãe da Beatriz, que prontamente se ofereceu para ajudar. Eu só engolia em seco, sentia-me a estrangular a pensar na falta de ar da Isabel, nem consigo descrever bem a sensação. "Só se for a casa, demoro 15 minutos no máximo, pode ser que tenha uma janelinha aberta, entro, trago a chave. Ou se a minha mãe entretanto estiver a caminho, ela abre a porta. Não sei! Às tantas os bombeiros demoram mais..." Pedi à Madalena, educadora, que ficasse com a Isabel na rua. E que partisse o vidro se a Isabel desse mostras de falta de ar, se começasse a chorar, o que fosse, sem hesitar! A educadora ficou com livros de histórias do lado de fora a entreter a Isabel. A mãe da Beatriz meteu conversa comigo na viagem, acho que para ver se eu desanuviava e se me acalmava e emprestou-me o telemóvel. Foi incansável. Chegámos a casa, a minha mãe já lá estava, deu-me a chave e voltámos à escola o mais rápido possível. Quando abri o carro, vi a Isabelinha já bastante transpirada na zona da testa e com as faces rosadas. Nunca chorou. Fomos à escola para que bebesse água. Só me apetecia esmifrá-la com beijos, pedir-lhe desculpa, chorar, chorar e chorar. Contive-me, mas foi das piores experiências da minha vida. Fomos para casa a falar do que tinha acontecido, das histórias que a educadora lhe tinha contado. Acho que ela achou aquilo tudo muito estranho, mas nunca percebeu bem que tinha estado em apuros: a inocência deles comove-me sempre.

A partir desse dia, ponho sempre as chaves ao peito, com uma fita. Já percebi que não se pode confiar nestes sistemas eléctricos, que se passam completamente dos carretos. Pelos vistos, um carro pode trancar-se assim, sem mais nem menos. E partir completamente o coração de uma mãe ao meio, ainda por cima super grávida... Nessa noite chorei tudo o que não tinha chorado durante o dia, abracei-a e fiquei a ouvi-la respirar enquanto dormia. A minha filha, o meu amor maior.



Um enorme obrigada à Joana, mãe da Beatriz, à Madalena e ao senhor que me emprestou o telemóvel. <3

Sigam-me no instagram @JoanaPaixaoBras
e o @aMaeequesabe também ;)

9.27.2016

A mãe é polícia?

- A mãe é polícia? 

- Não, Necas. 

- O que faz a mãe?

- A mãe trabalha na rádio, diz aquilo que um dia tu disseste "Agora, na Mega Hits, Necas Pombares", lembras-te?

- Sim. O pai, mãe? O que faz o pai? 

- É escritor.

- É esquitor.

- Escritor, Necas.

- Escritor. A mãe trabalha na rádio e o pai é esquitor. 

- Pois é.

- O que faz na rádio?

- A mãe faz os anúncios (como no ipad) e também fala a dizer o que o disseste no outro dia ao microfone. A mãe escreve os anúncios e diz o nome das músicas "agora Richie Campbell na Mega Hits". 

- Richie Campbell.

*começa a dar Virgul na rádio.

- Virgul, mãe! 

- Pois é, Necas. 

- O pai é esquitor, a mãe faz rádio.

- Isso. 

- Olha, uma ponte, mãe!

- É um túnel, filha.

- Não, é uma ponte grande.

- Pode ser.
Sigam-me no instagram @JoanaGama
e o @aMaeequesabe também ;)

Isto é um privilégio.

Num mundo em que cada vez temos menos tempo para estar com quem verdadeiramente nos faz feliz, tudo aquilo que nos poupe minutos é mágico. É o caso das compras online. Ninguém me tira o prazer de, pontualmente, "ir às compras". Até com a Irene nos divertimos imenso. Porém, desde que ela nasceu que cada vez mais optamos pelas compras online. É  um privilégio poder em 10 minutos resolver o que seriam 2 ou 3 horas mais acartar sacos. As compras vem ter  não à porta de casa, mas à cozinha. 

Existe uma taxa de entrega, mas contas feitas, compensa. Até porque temos de pensar na  gasolina que gastamos (e o tempo, caramba!). 

Quero convidar-vos a conhecerem a minha casa (ainda não conheciam), a ver-me a mim e à Irene a convivermos uma com a outra (só têm acompanhado fotografias e mais da miúda que eu cá gosto de aparecer mas é mais na tv) e a "ouvirem" a história das bananas que a Irene ainda não parou de falar desde que fizemos o vídeo. 


               


Já repararam que podem aproveitar aqueles 5 minutos no trabalho que, em vez de estarem a ver vídeos de gatinhos ou de malas que temos de poupar 10 anos para comprar, podem estar a despachar as compras e tê-las em casa sem esforço nenhum?

Isto é um privilégio e mágico. 

Gostaram da história das bananas?


Sigam-me no instagram @JoanaGama
e o @aMaeequesabe também ;)

Caraças do cão!

Adoro os meus cães, Pipo e Sunny, mas são uns parvalhões. Nada resiste cá em casa, desde a relva, onde escavam buracos, às cadeiras de palha, bolas e, mais recentemente, esta piscina insuflável, que tinha um escorrega! Agora o escorrega é um pedaço de plástico esburacado. Calculo que tenha sido o Sunny, o mais desvairado. Raça dos cães que destroem tudo e ainda ladram quando acabo de adormecer as miúdas, raios'parta! Para compensar são meiguinhos e dão beijinhos nas feridas da Isabel quando ela cai (ainda hoje de manhã a Isabel acordou a dizer "O Pipo é amigo da menina Béu, deu beijinho no dói-dói". Deve ter sonhado com ele).  Enfim, tudo para vos dizer que aqui em Santarém ainda é verão e que continuamos a aproveitar todos os bocadinhos. Mesmo sem escorrega... :)





Nesta foto os dedos da Isabel estão assustadores! ;)



Piscina e camisola de protecção solar - Imaginarium


Sigam-me no instagram @JoanaPaixaoBras
e o @aMaeequesabe também ;)