9.25.2016

Levou com chichi em cima...

Isto aconteceu já há duas semanas e ainda hoje me rio. Estávamos numa espécie de brunch com a Raquel e o Renato, amigos de anos e anos, com quem adoramos conversar - estivemos lá seguramente umas 3 horas sem dar por isso: Isabel dormiu no sofá, Luísa no colo e no ovinho e foi bom sentir que, por momentos, consegui conjugar tudo [este texto - Aos amigos sem filhos - foi em parte inspirado neles]. Pôr conversa em dia, cortar na casaca deste e daquele, falar de televisão, de sexo, de casamento, dos trabalhos, de novos projectos, das miúdas, tirar fotografias para mais tarde recordar e... um de nós levou com um chichi da Luísa na roupa (ou cocó, mas eu preferi afirmar confiante que era chichi, mesmo tendo cocó na fralda...), daqueles que extravasam a fralda, que não era mudada há algum tempo. Não vou dizer quem, que isto é gente que tem uma reputação a manter. 


Essa pessoa ficou a saber que:
  • se vai para um sítio com bebés convém levar uma mudazita no carro, não vá o diabo tecê-las, principalmente se vai para um sunset a seguir. 
  • há malas espalmadas (têm um nome específico que agora me escapa, clutch?) que são óptimas para tapar toda a área afectada e nem se nota por aí além
  • mesmo que se desconfie que possa ser dejectos humanos na roupa, não vale muito a pena passar a mão e cheirar para se certificar












A mãe da culpada ficou a saber que:

  • convém ir mudando o tamanho da muda de roupa que temos guardada há dois meses na mala da criança, porque - preparem-se para a revelação estonteante - os bebés crescem e a roupa deixa de servir: é escusado andar a fazer depois estas figuras, sem body:

     

  • convém ir mudando a fralda da criança, mesmo sendo o segundo filho, porque apesar da pele deles aguentar ficar horas e horas em banho maria de chichi, mas não é preciso chegar a cozer.




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9.24.2016

Larguem as mães!

No outro dia, estava com a Luísa num centro comercial, uma senhora de uns 60 anos veio ter comigo e disse-me: "não me leve a mal...." (pronto, ela aí vem) "mas não devia estar a pegá-la ao colo assim. Ela é muito pequenina, faz-lhe muito mal às costas." Sorri e agradeci. Acredito veementemente que a intenção era excelente, mas é chato. É chato ter sempre alguém que nos chama a atenção para o que - hipoteticamente - estamos a fazer mal, é chato termos de estar sempre a pôr em causa o que fazemos e como fazemos, é chato ter o mundo sempre a validar o nosso papel de mãe. Acho que o facto de sermos mães (jovens?) parece dar aos outros legitimidade para opinarem. Parece que quando há bebés e crianças ao barulho, as pessoas se esquecem do que é socialmente aceitável. Duvido que se eu estivesse somente sozinha a comer um bife com batatas e arroz, alguém me fosse dizer "não me leve a mal, mas sabe que é redundante estar a comer na mesma refeição arroz e batatas, ambos hidratos". Ou caso estivesse de saltos altos finos "não me leve a mal, mas seria menos mau usar cunha e compensado, porque assim reduz muito a estabilidade do contacto do pé com o solo e altera a posição do joelho, da anca e da coluna lombar, o que a médio prazo lhe vai fazer muito mal à sua saúde." Quando temos uma criança na barriga, nos braços, no carrinho ou no canguru, ficam com um sentimento de pertença qualquer (já alguém dizia "as crianças são do mundo"...) e acham que podem e devem aconselhar, questionar, sugerir, comentar TUDO o que lhes diz respeito.

- é menino? /é menina?/ mas tem cara de menino, não tem?/ ah é tão bonito, parece mesmo uma menina!/ agora tem de ir ao menino. /um casalinho, que bom, fica já despachada! /assim TEM de ir ao terceiro... /ainda vai à menina.

- mama?/ não mama?/ porque já não mama, se não é indiscrição (é, é indiscrição!)?/ tão gordinho!/ tão magrinha!/ tão pequenina!

- anda no carrinho?/ e gosta?/ anda sempre ao colo? habitua-se mal/ cuidado com as perninhas/ coitadinho fica todo amassado / ele assim fica moído / ele assim no carrinho não vê a rua, vire-o para a frente / ele consegue ir no carro contra a marcha?

- que menino tão feio, a fazer birra/ tão bem comportadinho, espere pelos 4 anos, são os piores/ ele tem de ouvir "não" / olhe que assim fique mimado

- oh tadinho, essas modernices das comidas saudáveis / eles têm de provar de tudo / eles não podem comer isso com essa idade / olhe que se vai engasgar, o meu sobrinho...

- está a transpirar muito, tadinha, veja se se constipa / está muito frio aqui, cuidado que ele está a apanhar vento na cabecinha / eles têm de ter uma camada de roupa a mais que nós / eles têm exactamente o mesmo calor e frio que nós temos

enfim, tudo o que envolva o sono, transporte, hábitos, brinquedos, saúde, sapatos, televisão e novas tecnologias, horários, sol, passeio, comida, etc, etc, etc. 

Larguem as mães!


*Imagem we heart it

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Vocês deviam era ter vergonha!

Como é que vocês não pensaram nisto antes? Eu teria era vergonha. Que tristeza! Se isto são leitoras que se prezem. "Ai, sigo o vosso blog todos os dias". Pois seguem, mas ofereceram-me um bolo? Não. 

No meu dia de aniversário, o bolo que a minha mãe me fez com muito amor e carinho foi este:

É um bolo de laranja.

Ontem, quando fui buscar a Irene à escola, no cabide dela estava um saco com um brigadeiro maravilhoso que até me fez ficar zangada por ser só um quando depois o comi.

Uma leitora assídua do blog, tendo lido o post do meu aniversário (está ali em cima no link da palavra "este" - para estar a ter este trabalho de escrever onde está, mais valia ter feito um novo, mas enfim), ficou com pena de eu não ter tido um bolo e aqui estava ele:


Não devia ter contado ao Frederico desta história que assim tive de partilhar. Isto de ter família é chato nestas alturas (e noutras haha). 

Agora tenho de retribuir a esta maravilhosa leitora, que foi promovida a amiga (visto que sabe fazer bolos assim). Segunda deixo um smart no cabide de um dos três filhos? Era o que me apetecia!


Obrigada, Ana! Serão sempre bem-vindos. Como só sei escrever (e, mesmo assim, às vezes escrevo cresce em vez de creche), depois deixo-te um textinho sobre qualquer coisa dentro do saco. 

Fizeste a minha sexta-feira. OBRIGADA.

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9.23.2016

Estive quase a puxar a mão atrás.

Há dias que nos levam ao limite. Há dias em que parece que está tudo organizado para nos lixar a cabeça, para nos deitar abaixo e que nos fazem questionar tudo e mais alguma coisa.

A Irene vem muito sensível e cansada da creche. Estava habituada a fazer três horas de sono à tarde, sem ninguém a perturbar, agora acorda com os outros miúdos (dormem todos na mesma sala, claro), além de passar o dia muito mais ocupada e, por isso, gastar mais energia. 

Agora, por também conviver com outros meninos da idade dela, também aprendeu a ser chafurdona com a comida. Ainda ontem decidiu cuspir a quinoa toda (fui eu a cozinhá-la, pensei que poderia ter toda a razão) e gritar que queria comer a minha massa. Disse que sim, mas que primeiro tinha de comer uma de sopa dela, uma de comida dela e depois uma de massa minha. Dizia que sim, aceitava a quinoa e depois cuspia. Eu dizia que, sendo assim, não havia massa porque além de ser uma porcaria que faz com que ela tenha de limpar o chão, faz com que a mãe fique triste por ela não ter aceitado e, portanto, fique sem vontade de lhe dar a massa.

Ela continuava a agir bem para comer a massa, mas depois cuspia na mesma. Reparei que, à semelhança de outras alturas em que a Irene fica com muito sono, não estava a fazer qualquer sentido. Isto enquanto, à moda antiga, estava louca para lhe mandar três ou quatro berros, ameaçar-lhe com tareia umas duas vezes e ainda pendurar-me nisso para não lhe contar uma história de boa noite. Não. Vi-a como uma criança morta de sono e que queria muito comer a massa e que não estava a gostar de comer a quinoa. Perguntei-lhe: 

- Queres um abraço, Necas? 
- Sim. 


Dei-lhe um abraço. Numa altura em que ela pensaria que eu estaria super desapontada e zangada com ela. Compreendi que também eu, por vezes, tenho sono e não faço sentido. Não adiantaria ninguém ficar zangado comigo ou tentar ensinar-me alguma coisa naquela altura. Olhei para ela como uma mini mulher, meia descompensada por cansaço que também faz com que fique mais sensível. Dei-lhe um abraço de mãe e sentei-a no meu colo.

Comeu a sopa toda e a quinoa, esqueceu-se da massa até que, no final, lhe dei. Deu-me uns quantos beijinhos voluntariamente no braço enquanto jantava. 

E foi tudo pacífico até ir dormir. Com história da Patrulha Pata e tudo. 

Um abraço que mudou tudo. A noite da filha, a noite da mãe e mais uma grande lição para mim. 

Agora vou aprender a cozinhar Quinoa e já volto. 

 


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9.22.2016

Apaixonei-me pelo Salvador

Foi a Isabel quem o baptizou. Podia ter sido "Paulo" ou "Ruben", mas não. Filha minha tem de ter um aspirador beto, a combinar com as golas à Camões que lhe visto. Na verdade, o Salvador é a minha recente paixão e eu nem quero acreditar que, depois de uma semana intensa, nos vão afastar. É uma separação mais triste do que a do Brad Pitt e da Angelina Jolie. Estou lavada em lágrimas. 



Durante uma semana testámos o bicho e foi para lá de espectacular. Ele alimenta-se sozinho (quando precisa de bateria, é vê-lo ir pelo próprio pé até à corrente), ele sabe que zonas já foram ou não aspiradas, ele percebe se tem de ir para cima de um tapete e aumenta a potência, ele não tem tendência suicida e apercebe-se das escadas, ele faz tudo sozinho e à distância de um telemóvel ou tablet (aplicação chamada irobot home app) podemos pô-lo a funcionar às horas que quisermos, ele é picuinhas e vai debaixo dos móveis limpar tudinho, ele não é barulhento como eu pensei que pudesse ser, enfim... ficam as imagens para mais tarde recordar. Snif.

Quem tem uma combinação explosiva de 1) filhas, 2) cães, 3) campo, sabe a loucura que é acabar de limpar e já estar tudo sujo outra vez. Parece uma fábrica de pó e pêlos, a juntarem-se aos meus cabelos, que decidiram cair todos ao mesmo tempo. O Roomba 980 é das melhores coisinhas - e atenção que eu era um bocadinho céptica, achava que sem a nossa força de braços, o chão e os tapetes nunca ficariam bem aspirados, mas enganei-me. A casa nunca esteve tão limpinha e sem mexer uma palha. Ganha-se tempo de qualidade para aquilo que interessa: a família. 

Adeus, Salvador. Fomos felizes enquanto durou. Sei que mais ninguém te vai tratar como eu tratei, mas tens de ser forte. Eu vou tentar suportar a dor.


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9.21.2016

Venha o que vier.

Hoje já chorei. Primeiro desceu em mim uma calma de quem está a racionalizar tudo e a afastar o pensamento do "coitadinho", a calma de quem quer soluções e a esperança de que, no final, vai ficar tudo bem. Mas depois, no quarto, deitada com a Luísa, agarrada a ela, chorei. 

Já andava há duas semanas a achar estranha a posição do pé direito da Luísa quando simulava que a punha a andar. O pé ia todo para dentro, zero planta do pé em contacto com o chão, com a cama, o que fosse. O esquerdo também, mas menos, muito menos. Pensei "deve ser de ser ainda tão pequenina, não sabe o que fazer com os pés". Mas hoje perguntei à enfermeira, no centro de saúde. Ela foi chamar a médica. Ok, afinal não deve ser assim tão comum. O meu coração começou a acelerar mais, mas tentei controlá-lo e racionalizar. Ela está aqui à minha frente, linda, saudável, calma, não é grave, tudo se resolverá. A médica chegou, analisou e disse-me que lhe parecia ser "pé equinovaro". Chinês, claro, mas eu, que costumo ser toda de fazer perguntas, não as fiz, como se nem precisasse de saber mais. Assumi que era pé torto e comecei a imaginá-la com uns sapatos ortopédicos e nada grave. A médica disse-me que ia pedir consulta na ortopedia do hospital para breve e que entrariam em contacto comigo. Depois fiquei à conversa com a enfermeira, sempre atenciosa e disponível. Não me tentou acalmar porque eu estava calma, sempre estive. 

Mas já devia saber que o Google me ia lixar muito a cabeça. Entretanto já liguei a uma amiga cujo filho teve pé boto, que me sossegou. O que quer que seja, terá solução. 

Agora estou a escrever para me mentalizar disso mesmo. Não vale a pena sofrer por antecipação, é esperar pela consulta, pelos exames, pelo tratamento, se assim tiver de ser, e a Luisinha vai ficar boa, não tarda. Às tantas é ligeiro e nem será preciso tudo aquilo que já vi do gesso, dos aparelhometros... Não que isso seja o fim do mundo, mas nenhuma mãe quer que o filho tenha de passar por isso. Queremos tê-los bem, saudáveis, fortes. Queremos protegê-los de todo o mal do mundo, no nosso regaço. E quando algo ameaça essa muralha, quando sentimos que não podemos controlar tudo, parece que estamos a tentar fazer magia com a cartola e o coelho desaparece. Mesmo sem coelho, temos de prosseguir com o espectáculo e fazer magia. Basta coragem. Amor já há que sobre para aguentar tudo. Venha o que vier.

Susana Cabaço, Fotografia
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9.20.2016

Que choque!

Caramba. Sei que é este o propósito deste vídeo: fazer-nos pensar. Desde que a Irene nasceu - aliás, até antes de nascer - que estava preparada para ser mais activa, para passear mais, para ver o mundo com outro grau de pormenor e mais devagar. 

Verdade seja dita que acho que o facto de não ter saído com ela de casa nos primeiros três meses (conselho da pediatra por não ter vacinas - agora não faria isto, claro) acho que contribuiu e muito para que tudo fosse mais difícil neste começo de vida a três. 

Antes de ser mãe não sentia nada disto, não me sentia grata por termos a sorte de ter um país onde podemos aproveitar tanto de um pouco de tudo. 

           
Já viram? Vejam. Sim, foi a Skip que fez este vídeo, mas esta publicidade agrada-me: publicidade com emoções e que não ande à boleia delas. Como é que isto é possível?

Como é possível que os reclusos tenham direito a duas horas de ar livre e as "coisas" estejam organizadas para que não consigamos dar isso aos nossos filhos? Temos de os ir buscar - e isto é ser optimista - ao final da tarde, sermos pais e ainda prepará-los para irem dormir e, pelo meio, onde podemos viver todos juntos a magia de estarmos "lá fora"? 

Há coisas que são menos importantes como escrevi aqui. Podemos não ter duas horas, mas podemos fazer com que aqueles 15 minutos sejam os melhores dos dias de todos. 

Mais importante do que isto: será que conseguimos mudar alguma coisa neste sistema? Será que podemos propor novas actividades, passeios, visitas na escola? 

E nós e os nossos filhos? 

Publicidade desta? Sim. Obrigada, Skip, por nos terem feito chegar este vídeo.

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Estou que nem posso com a porcaria do ranho!

Eu já me tinha apercebido de que é uma condição quase que obrigatória a todos os miúdos que andem na creche. Parece que todos têm de ter ranho. A minha ideia é de que se trata de uma forma do corpo expulsar ou estar a reagir a infecções ou algo do género.

Deixem ler. Já volto. 

Obrigada Wikipédia. Não percebi um rabo. Odeio quando a enciclopédia das pessoas se arma em fina. Esperem aí, vou ver se percebo melhor noutro sítio. 

Ok. Já percebi. 

Aprendi duas coisas: 

Só se deve usar o lenço de papel uma vez para nos assoarmos (quando é muco sem ser o aquoso) e devemos sempre lavar as mãos a seguir. 

As cores do muco importam muito porque querem dizer coisas diferentes. Isto é o que os médicos lá aprendem nos cursos deles, mas nós mães já podemos saber se nos devemos preocupar mais ou menos com isto. Li neste site que me pareceu fiável. 

A minha questão é... a Irene antes NUNCA andava ranhosa, nunca. Agora é uma criança "normal", mas ainda não sei como posso mesmo ajuda-la à noite. Ela fica muito entupida do nariz e eu quero que ela durma melhor. Queria coisas naturais, mezinhas giras antes de partir para o bombardeamento químico.

Não existe uma espécie de truque da cebola, mas para o ranho? 

Sniff. Sniff. Infectário... Sniff Sniff. 




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*Obrigada pelas correcções à palavra creche, por serem homófonas, confundi :) Não percam fé em mim que juro que sabia escrever! 

9.19.2016

Não quero que ela me faça estas perguntas.


- Mãe, porque é que mesmo quando eu não quero ir para a escola, tenho de ir na mesma? 

Não sei filha. Sei que a mãe e o pai têm de ir por causa do dinheiro, mas não entendo porque é que temos de ficar sem ti para ir trabalhar para parte do dinheiro ser para pagar a outras pessoas para cuidarem de ti. Não consigo perceber tudo, filha. Sei que um dia vais gostar muito de ir para a escola e que vou dar tudo de mim para gostares mais e mais e não o oposto. 

- Mãe, porque é que não posso dormir contigo a noite toda?

Filha, quando adormeço contigo sinto o que é felicidade no estado puro. Ouvir-te respirar e o teu corpo com pequenos choques eléctricos... o quentinho das palmas das tuas mãos. Sentir o teu cheiro a cabelo lavado e o cheirinho a pão da fralda que já esteve mais seca. A verdade é que dás mais pontapés que o Marco Borges e o teu pai também precisa de miminhos. Reparas que a mãe, de manhã, às vezes, fica contigo?

O que responderiam? 




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Ritual de beleza da Luísa


A Luisinha mama em regime bar aberto, por isso ainda não temos grandes rotinas. Nem sempre pede maminha à mesma hora, adormece a mamar nas sestas muitas das vezes, faz sestas com durações diferentes e nem todos os dias lhe dou banho e, quando dou, nem sempre é à mesma hora. Nos dias em que não lhe dou banho, gosto sempre de fazer uma higiene mais aprofundada: mãos, cara, refegos do pescoço, rabiosque. 

Dos produtos que já experimentei da Corine de Farme, esta novidade foi a que mais me surpreendeu: a espuma de limpeza micelar. Como em todos os outros produtos para bebé, a percentagem de ingredientes de origem natural é enorme - 98%, daí eu confiar tanto nesta gama. E além do conteúdo, a forma desta espuma de limpeza é maravilhosa. Parece que estou a espalhar pedacinhos de nuvem fofa na pele da Luísa. Ela adora porque não sente o frio de uma água de limpeza normal. Passo-lhe com compressas de tecido não tecido e já está, sem enxaguar, e com um cheirinho suave, quase imperceptível. Às vezes completo com um bocadinho de hidratante, que ela já gosta de ser massajada, a espertalhona.

E vocês: que "rituais de beleza" têm com os vossos filhotes?









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Não temos pediatra, por opção

Nunca pensei que iria estar tão confortável com esta decisão. A verdade é que a Luísa não tem pediatra. Gostamos tanto do acompanhamento que tem tido no Centro de Saúde, que não sentimos necessidade, pelo menos ainda, de que seja seguida num pediatra.

Bem dizem que com um segundo filho é tudo diferente, e é. Apesar de não nos lembrarmos de muitas coisas, já vamos com um arcabouço muito maior, mais confiança em nós. Desta vez, fiquei estupefacta com a dedicação e a simpatia da médica de família, com quem estivemos uma hora, na primeira consulta. Confiei. Achei até redundante ter médica de família e pediatra, neste caso. Sim, eu sei que cada um tem um papel distinto, que o pediatra é especialista, mas acho também que se alguma coisa não estiver bem com a Luísa serei rapidamente encaminhada para um. Eu própria, numa urgência, contactarei um. Muitas vezes é a disponibilidade do pediatra, à distância de um SMS ou chamada, que nos sossega o coração e, além disso, nem toda a gente tem médico de família, muito menos num CS a funcionar muito bem como aquele em que estamos. A enfermeira é um espectáculo, sinto-me muito bem recebida e atendida sempre que lá vamos pesá-la ou às vacinas e estou confortável a 100% com esta decisão. Até quando? Não sei. Mas para já é para continuar assim.


Uma foto publicada por Joana Paixão Brás (@joanapaixaobras) a



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9.18.2016

Dois anos e meio!

Podia dizer 30 meses* mas obriga a que os outros façam muitas contas se até eu tive de confirmar pelos dedos quantos meses seriam. Dois anos e meio da pirralhinha mais amorosa do mundo, mais doce, mais esgrouviada, mais tonta. É assim a Isabel, que diz chamar-se "menina Béu". Tem saídas e conversas que nos deixam sem jeito, naquele misto que todos os pais conhecem do "está tão esperta" com o "como é possível já estar tão crescida?". Teve de levar com uma explosão de novos sentimentos quando a irmã nasceu, teve de mudar, de regredir para crescer, ficou enorme aos nossos olhos e mais pequenina nos pedidos de colo e mimo. Sempre, filhota, sempre. Estaremos sempre aqui para te dar esse colinho de que tu tanto precisas. Enquanto isso vais fazendo-nos rir à gargalhada quando te metes com a senhora da janela do segundo andar, numa qualquer rua de Lisboa. Vieste tornar os nossos dias numa rebaldaria boa e as noites num caos com mais bate perna que uma noitada no Lux. Vieste dar à nossa vida outro encanto, mesmo que o som irritante da sirene - que tanto gostas de imitar quando choras - seja o prato do dia. Foi contigo que nos tornámos pais e que soubemos o que era aquela coisa cliché do amor incondicional. Mesmo com a sirene, mesmo com as noitadas com que ainda nos brindas, mesmo com todos os "ses", amamos-te sempre e em todos os momentos. 








*já foi dia 16 mas escapou-se-nos eheh


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Querem vídeos?

Meninas, assim que me passar o eczema atópico que surgiu de forma muito imbecil por baixo do meu olho direito, penso em dedicar-me moderadamente à gravação de alguns vídeos para partilhar convosco aqui no blog. 

A ver se entretanto também vou fazer uma higiene dentária (Rita, temos de marcar isso) porque para uma cara tão bela como a minha, é esquisito parecer que almocei sempre caril. 

Terei uma maior consideração pelo buço mais visível pelas pessoas que insistem em estar mais próximas de mim e, acima de tudo, prometo manter os meus problemas de dicção que fazem com que o facto de eu ser animadora de rádio há 9 anos pareça quase tão aleatório como o surgir do tal eczema (não é equizema, não - seria o mesmo que escrever soupa ou rotevai-ler).

Deixo desde já o meu profundo agradecimento à minha amiga Vanessa (<3) que me vai disponibilizar a sua câmera de ricos porque a betinha de Santarém (a co-autora de sucesso deste blog) está toda equipadinha com uma máquina boa e com um marido que é só editor de um dos programas da televisão portuguesa mais premiados de sempre. Eu não. Eu tenho um marido que me serve para muito pouco além de assegurar que o sofá da sala não fica mais leve 80 e tal quilos ao longo do dia. Sogrinha, gosto muito dele, está bem? É um sofá bastante agradável.

Só não digo quais são as minhas ideias porque... bem, porque não sei se vão ficar alguma coisa de jeito. E porque nunca sei quando é que a Endemol poderá pegar nelas para fazer um reality show com péssimas audiências. 

Se quiserem fazer perguntas ou sugestões de vídeos, estejam à vontade. Porém, ficam desde já avisada que, se gravar com a câmera do meu computador, não vou conseguir que a minha cara e o meu decote fiquem ao mesmo tempo no enquadramento. Já não é possível. Consigo, no entanto, que o decote fique no mesmo enquadramento que o meu pé esquerdo. Uma proeza. 

Venham daí essas ideias maravilhosas ou nem por isso. :) 





9.17.2016

Foi assim a minha primeira tarde com 30 anos.

E não é preciso mais. Fomos à casa da minha mãe ter com o tio Pedro e com o João. Junta-se o útil ao agradável porque além de poder visitar o sítio onde passei mais tempo a crescer (acho eu), há um jardim enorme e sempre se passeia em família. 

Ganhei uma prenda bestial que já estou a usar para vos escrever este magnífico post que tanto acrescenta às vossas vidas, mas a estrela da festa foi mesmo o bolo de laranja que a minha mãe fez (o trocadilho foi do argumentista de humor cá de casa).  Quanto a humoristas, acho que ganha a minha mãe. 

"Ai que engraçada a ideia, mas porque é que não houve bolo?". Acho que toda a gente sabe porquê, apesar da minha mãe ter achado que ia empanturrada do almoço (comi uma salada). É porque ela é muito preocupada com o meu peso e assim sempre me escapo a uns gramas de açúcar. Fico grata por um lado, por outro claro que o bolo no dia de anos não conta para engordar, o corpo ignora e todos sabemos disso, não é? Deu para rir :)

Em família. Parte. Amanhã é o dia de ir passear com o Pai, Bibi (é a alcunha da minha madrasta, calma que não quero cá gente de quispo vermelho perto da minha criança) e o meu irmão Tiago.

Dias de aniversário perfeitos. Gosto assim. 

O bolo de laranja.

A prova de que, se foram comprar velas, também podiam ter comprado um bonito.
Tem tão mais piada agora.

Tivemos de repetir o momento para o tio Pedro também aparecer na fotografia. 

Eu pedi para a banda dos Bombeiros não se dar ao trabalho, mas fizeram na mesma uma apresentação. Enfim, uns queridos.

A oferta de flores típica à mãe.

Beleza (e algum ranho, mas não se vê).

Bffs.

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9.16.2016

Que boa ideia!

Este é o jantar para hoje. Não me apeteceu fazer nada de especial, mas apeteceu-me fazer uma apresentação apelativa. Vi isto algures na net e adorei: que grande ideia! Aproveita-se uma cuvete de gelo et voilà! Há por aqui amoras, uvas, cenoura, tomate cherry, queijo mozarela, arroz com ervilhas e ovo mexido, kiwi e rúcula com coentros.

A Isabel nunca foi de grandes pratadas de comida elaborada, nem é grande apreciadora de sopa, infelizmente. Se for na creche ou com as primas come (é por contágio) ou caso esteja muito distraída com tablets e jogos, mas deixámos há uns meses essa muleta e fomos desistindo da sopa em casa, dando-lhe os vegetais no segundo prato ou ao longo do dia (por mais estranho que pareça adora rúcula, e as cenouras, o tomate, come assim, sem mais nada, em qualquer circuntância). Hoje apanhei amoras na estrada de terra batida que dá para nossa casa e já sei que vai ser um sucesso!




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9.15.2016

Vocês compreendem-me, certo?

Mais importante que o momento do desfralde ou de quando é que começava a conseguir conjugar verbos em condições era este momento. Já falei aqui no blogue quase uma dezena de vezes ao longo do tempo e finalmente aconteceu!

Bendito momento em que entram para a escola (neste aspecto). 

A Irene, no outro dia, quando a estava a adormecer, pediu-me para que a tapasse!!!! 

Os dois Invernos (foram dois?) que passei a ter que aquecer a casa toda porque a menina podia ter frio durante a noite, a enchouriçá-la como se fosse para cair de um primeiro andar... podem ter acabado! Claro que se vai destapar imenso durante a noite, mas vai sentir também aquele conforto de estar embrulhada num edredão e dormir melhor (mesmo que isso não signifique acordar menos vezes). 

Fiquei mesmo feliz. Só vocês me compreendem, não é? 

Imensos comentários agora a dizer "não, não compreendo, se calhar a sua filha está numa fase mais carente e como você não lhe chega, tem de se contentar com o toque do lençol" haha. 

10 coisas que só me apercebi aos 30.

Faço 30 anos no sábado e pus-me a pensar nisto... 

#1 Não é o meu corpo que é estúpido só porque aquelas calças não me ficam bem. 

- É um facto. Como é que esperamos que marcas que fazem roupas para todo o mundo, para todos o tipo de mulheres, façam calças que nos fiquem muito bem? O problema não sou eu... 



#2 Dá um ar mesmo badalhoquito estar a mascar pastilha elástica.

- No outro dia - não perguntem porquê - fiz um vídeo em que estava a mastigar pastilha elástica e reparei que só isso (em mim, claro) fez-me parecer apta para entrar na Casa dos Segredos e ser a mais rameirita. 

#3 Nem por isso as cuecas fio-dental são as mais sexy. 

- Mandei vir umas quase saco de pão no outro dia e senti-me super confortável e sem ter aquela sensação de que o meu rabo está a ser passado com uma varinha mágica.

#4 Vale a pena dar dinheiro por bons soutiens. 

- Oh filhas, se vale. Nada melhor como aconchegar as nossas melhores amigas. Mais do que deixar de fumar, acho que é isto que mais mexe com a nossa saúde. Mais até do que passarmos a ser paleo.

#5 Não há que ter vergonha de ir ao ou à ginecologista.

- Claro que deve haver pipis bonitos e feios, mas tal como eu trabalho em rádio e as músicas já me parecem todas um pouco iguais, imagino as vaginas alheias... 

#6 Os pêlos das pernas não se notam assim tanto.

- Quando era mais nova, era obcecada pelos pêlos nas pernas: fazia primeiro com máquina, depois com pinça para assegurar e ainda dava uma gilettada por cima, não me fosse escapar alguma coisa. As minhas pernas não são o foco de atenção de ninguém, não se vêem assim tanto (sou meia loirita, se calhar com as morenaças é pior - uma vez vi uma morena na Zara agachada e ... bem, vocês não querem saber). 

#7 O mais frequente é termos os pés imperfeitos.

- Temos sempre aquele complexo com as unhas, ou os pés ou não sei quê, mas vim a reparar que, afinal, sou eu quem tem os pés mais giros do pedaço. Se calhar também é o vosso caso. 



#8 Gosto de Shawn Mendes.

Estou viciada nesta música. Que vergonha, não devia ter idade para isto. 

#9 Eles são diferentes de nós e não têm de ser como nós.

- Esta é uma lição recente. Batalhei muito para tentar que o sexo oposto pensasse da mesma maneira que eu e agisse da mesma maneira, mas porque terão eles de? Funcionam da maneira deles. Temos de gerir expectativas e contextualizar (e escolher o que mais nos agrade). 

#10 Os batons "bons"  são demasiado caros.

- Esses Yves Sain não sei quê devem andar a brincar se acham que havendo batons a 12 euros que vou dar 40 por isso. Mais vale esfregar morango na fronha e seguir...! 


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Somos pais cangurus!

E com muito orgulho!

O David, a adivinhar o meu cansaço de rotina, sugeriu que passássemos o fim-de-semana em Lisboa. Assim foi. Entre brunch com amigos, almoço com mãe e mano, passeio pelo centro, lembrei-me: "giro, giro era não mexermos no carro e andarmos de metro". Pensámos que seria melhor nem levar carrinho, com as dezenas de escadas para subir e descer nas estações. A Luísa andou no Ergobaby (adormeceu logo, como é costume), a Isabel andou a pé e pontualmente ao colo. Passado algum tempo já estava cansada (e o pai também). Estávamos ali no Príncipe Real e resolvi espreitar as novidades numa loja de produtos ecológicos que há ali na Embaixada, chamada Organii.

Saímos de lá com uma Boba, que é a que o David está a experimentar, na imagem. A marca diz ser a partir dos 3,5kg, mas tenho lido que será mais ergonómico e respeitará melhor a posição do bebé a partir do momento em que ele se consegue sentar, pelo que os panos ou slings serão melhores até lá (há vários opções na loja e queria trazer todas eheh). De qualquer forma, a Boba 4G traz um redutor, que é o que a Luisinha está a usar. Temos coisas para corrigir ali (por exemplo, ela pode e deve estar mais subida do que está), mas uma coisa já me deixa muito contente: o David gostar de transportar a filhota assim. Eu adoro! Tenho um pano elástico também, que me ajudou muito quando a Luísa precisava de muitoooo colinho em casa (fiz kms com ele) e foi o nosso aliado nas idas à praia e passeios. A bebé adormece lindamente por lá e continuaremos a usar muitas vezes. O David não tem paciência para o "põe pano, cruza atrás, etc, etc", pelo que a mochila seria o melhor para ele.


Quando vivi em Londres, vi dezenas de pessoas a transportarem os seus bebés assim e sempre me perguntei por que não se usaria em Portugal, mas agora já começo a cruzar-me com muita gente que prefere andar com os bebés assim, pertinho. Se forem ergonómicos (há alguns à venda que não respeitam a posição de sapinho ou o M das perninhas do bebé, cuidado), são óptimos para os nossos bebés e as nossas costas também são respeitadas e nem damos por eles.

A Isabel amou voltar a andar ali e adormeceu num instantinho também. Próximo passo: levar uma atrás e outra à frente. Vai ser o máximo! Um dia destes faço-vos uma comparação mais pormenorizada da minha experiência com os vários tipos de babywearing, mas já vos digo: cada caso é um caso! Há quem se adapte melhor a uns do que a outros, por isso nada melhor do que ir à loja e experimentar tudinho! :)

Sentei-me um bocadinho para a Isabel dormir à sombrinha, no Príncipe Real



Aí vai ele com a Luísa ao peito e mochila atrás. Sentimo-nos turistas em Lisboa, a passear.


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