11.14.2015

Tinha de vos contar!

A menina das alianças portou-se tão, mas tão bem! :) 

Pronto, era só isto.

Assim que tenha, mostro-vos umas fotos!

11.13.2015

Odeio que anoiteça tão cedo!

O voltar ao trabalho trouxe algumas coisas boas. Dantes, como tínhamos ideia de que o tempo não escasseava, era mais difícil unir a família para fazermos planos a três. Agora, além de os fins-de-semana serem sagrados, também aproveitamos para dar algumas escapadelas durante a semana. Só me enerva anoitecer tão cedo. 

Não consigo ver nada de bom nisto. Não me faz tanta confusão acordar e estar escuro porque passa num instante e "tanto dá", mas à tarde, ter solinho era tão, mas tão melhor.



A minha mãe diz que tenho de tratar do cabelo urgentemente, que agora que me ando a arranjar é uma pena ter esse faux-pas. Cabelo fino e, portanto, parecer que sou careca, há de ser sempre a minha sina, mas alguma sugestão? Madeixas acobreadas e descer o tom? Os meus olhos são verdes (sei que ninguém perguntou haha) e sou muito branquinha. Help! :)

a Mãe dá - Livros da ex-Anita

É. A Anita mudou o nome para Martine e a mim ainda me faz confusão também. Mas, pelo menos, não tivemos de lidar com uma operação de mudança de sexo. Não que tivesse algum mal, mas demoraria mais algum tempo a não estranhar um "Quim - E o seu disfarce de princesa" ou "Quim - E o descolorador de pêlos" ou "Quim - e os pensinhos diários". 

Martine, se formos bem a ver, não é assim tão mau. Para quem não soubesse antes que era Anita, acho que tanto dá e sempre pomos Portugal a conhecer mais uma palavra francesa sem ser abat jour, croissant, palmier e a anedota do Pedro. Conhecem?

Estava o Pedro a ter dificuldades a nadar no mar, quando a sua mãe imigrante lhe diz: "oh mon fils, rien, rien!" (porque rien é nada, mas não é um verbo e, portanto, não pode ser usado como "nadar", bom... ok...). 

Ui! Três parágrafos e já fui pseudo homofóbica, xenófoba... o que falta? Dar livros infantis, não é? É. Vamos a isso? Talvez a Zero a Oito já esteja arrependida de sugerir este passatempo agora... 


Para ganharem estes 5 livros da Martine e o livro de receitas, o que têm de fazer?

- like na página Zero a Oito

- like na nossa página do Facebook.

- partilhar este post publicamente no próprio mural no Facebook.

- Identificar três amigas ou amigos no comentário no post do passatempo no Facebook

O Natal chega bem cedo e a Mãe dá já algumas prendas! <3
Publicado por A Mãe é que sabe em Sexta-feira, 13 de Novembro de 2015

Só será aceite uma participação por perfil de Facebook.

O sorteio da vencedora ou vencedor vai ser por Random.org e o resultado sairá no dia 20 de Novembro, sexta-feira. Por isso, as participações só serão aceites até ao dia anterior à meia noite.

Banho de espuma: não quer outra coisa, a espertalhona!

Ui. "Filha minha não vai tomar banho de banheira todos os dias"! Pois. Isto era o que a versão ecológica da mãe Joana dizia dantes. Continuo a acreditar que não é a melhor solução, não é. Mas o raça da moça apanhou um medo de morte ao chuveiro! Não sei o que lhe deu, mas quando o chuveiro deita água começa a chorar com ar de pânico. 

Já não cabe na banheira pequena, por isso optámos por lhe dar mesmo na grande. Enchemos é pouco a banheira... fica com água pelo rabiosque e às vezes menos. Depois, pede-me espuma. Temos um produto para bebés, pomos um bocadinho e lá fica ela maravilhada e entretida com aquilo uns minutos. Confesso que adoro este momento do banho e não gostava nada que fosse "a despachar". Tenho é de arranjar uma solução mais ecológica e mais barata também. Se calhar está na hora de experimentar isto.







Hoje foi toda betinha para a escola

Apeteceu-me. Normalmente vai de calças de fato treino ou leggins com camisolas largas por cima dos bodies, mas desta vez vai giraça (e confortável à mesma). Quando era bebé ia muitas vezes com calções, fofos e tapa-fraldas, mas quando começou a gatinhar e a andar deixei-me disso. 

Hoje é sexta-feira e já vai com cheirinho a fim-de-semana. :)












Laçarote - Petite Lacinhos
Body de Gola (cardado) - Isabella Babywear
Calções com peitilho (rendi-me) - costureira muitoooo prendada <3

11.12.2015

Prendas para as educadoras?

No ano passado armei-me em mãe prendada e presenteei as educadoras e auxiliares com caixinhas com bolachas (a massa comprei já feita, não podem pedir tudo!), doce de tomate da avó Rosel e uns postais com palavras bonitas e sentidas (texto aqui).


Este ano, ainda não sei, mas talvez envolva a Isabel num presente caseirinho. Sugestões? Não dar nada não é sugestão! :) hehe








Receita do Glacê: 200g de icing sugar, 1 clara batida em castelo, umas gotas de limão
Misturar corantes alimentares









Massa de gengibre Ikea (sim, porque a mãe é preguiçosa e adora estas bolachas)
Formas de natal e envelopes com etiquetas El Corte Inglês
Frascos de Vidro Ikea
Pastas de Açúcar e decorações My Cake; decorações variadas: Jumbo/Continente
Frascos do melhor doce de tomate do Mundo, feito pela avó Rosel. Obrigada, avó!

Com filhos deixamos de precisar disto. Verdade?

Há muito muito tempo (era eu uma criança..), no início do blog, fiz este meme.

E a verdade é que continuo a não usar (a não ser aos sábados para as aulas de música).

Vocês confiam no vosso relógio de carne ou... preferem não arriscar?


Estou a ser alvo de cyberbullying!


Uma semana antes de regressar ao trabalho, como andava muito em baixo e suspeitava que depois não fosse ter tanta paciência, decidi tratar as decorações de Natal lá em casa. Também não me apetecia lidar com as multidões desesperadas ao fim-de-semana. Era Outubro? Era. E então? Fiz a festa e casa ficou mais agradável!


Nunca tinha antes decorado a casa para o Natal. Quando era solteira, não me fazia muito sentido. Quando éramos só eu e o Frederico, também não me parecia fazer sentido dar-me ao trabalho. O ano passado comprei algo no Jumbo porque sabia que para a Irene era igual estar ali uma árvore ou um dálmata de cerâmica, mas este ano, não. Este ano... apeteceu-me brincar ao Natal! Afinal, agora somos uma família e o Natal é lindooooooo!

Não sou daquelas bloggers cheias de bom gosto e que residem no Pinterest, limitei-me a ir ao Ikea e comprar o mais básico de tudo: uma árvore pequena, uma rena de lã ou lá o que é, um centro de mesa, umas luzinhas daquelas que sempre quis ter em todo o lado...

Era Outubro? Era.

Marido a mandar vir:


E agora, até a cabra da Joana Paixão Brás (que não tem outro nome): 


 O Natal é quando uma mulher quiser. Principalmente se for mãe. A miúda vê luzinhas novas (que tem de ser rapidamente proibida de mexer), os gatos têm mais coisas para estragar mas, acima de tudo, parece que o trauma de anoitecer tão cedo fica amenizado. Assim, quando anoitece, podemos ligar as luzinhas.

Tem sido giro. E, aqui entre nós (odeio esta expressão à apresentador de televisão bimbalhão), acho que as luzinhas vão ficar para sempre. Pus no quarto da Irene, no nosso, na sala e GOSTO!!


Já se meteram nisto também? Ou vão fazer "à tuga"? ;)

11.11.2015

Só mais um bocadinho, só mais um bocadinho.

A Joana, no post da manhã, falou em que tem adorado adormecer a Isabel. Há realmente fases, umas melhores que as outras. Umas em que até ficamos com pena que eles tenham adormecido tão rápido, outras em que já nos apetece dar-lhes uma marretada na retina para ver se se acalmam um bocadinho. 

Adormecer a Irene foi sempre algo muito custoso para mim (cusquem aqui a tag "sono") até me ter curado da minha ansiedade generalizada. Agora sinto-me muito melhor e, por isso, já passo menos para ela e relaxamos as duas na hora de ir dormir. 

Ontem ela estava exausta. O pai não conseguiu adormecê-la na sesta da tarde e às 19h30 até foi ela quem pediu para ir dormir. 

Fui. Maminha ao colo até começar a deixar cair a cabeça para cima de mim. Com uma mão a acompanhar a curvatura do rabinho. Com o coelhinho numa das mãos (tem que ir para lavar, 'tadinho) e a ouvi-la, a senti-la. 

Adormeceu demasiado cedo. Demorei mais a pô-la na cama. Quis estar a abraçá-la mais tempo. Só a pus na cama porque achei que dormiria melhor não estando tão curvada nos meus braços tanto tempo. 

Quando vão dormir mais cedo, é chato. Quando não adormecem, é chato. :) 


Caixa de luz BabyTime.

A hora de ir dormir

Está cada vez melhor. Depois de uns dias de birras na hora de ir para a cama, está tudo a voltar à normalidade. Sem dúvida que a cama no chão, de que vos falei aqui, foi a melhor coisinha que fizemos cá em casa. Depois do banho, lavar os dentes e secar o cabelo, a Isabel já sabe que tem de se dirigir até à cama, não sem antes escolher dois ou três livros. É o nosso momento antes de ir dormir. Conto-lhe duas histórias, ela conta-me uma ou duas a mim "cjali nha nha pato", "udinhatu áua", "patipato mãe" e digo "última história, qual queres?". Escolhe e já sabe que nessa bem pode ir buscar o óó porque está a aproximar-se a hora. "Já está". Aponta para a luz e já sabe que a vou desligar. Deitamo-nos as duas, puxa-me a mão para lhe fazer festas na cabeça, diz duas ou três vezes "óó", "pai, mãe", digo-lhe em voz meiguinha que os meninos do mundo estão todos a fazer óó, o panda também já está e só falta a Isabel. Digo-lhe que pode dormir descansada, que a mãe fica até ela adormecer e que depois está ali no quarto ao lado e, se tiver medo, pode chamar pela mãe, que a mãe vem. 

Cinco minutos depois, está a dormir. Depois de uma fase tramada, em que não se queria ir deitar por nada deste mundo, sinto que neste momento tudo flui. Já percebi que com eles não podemos festejar muito, porque tudo pode mudar e voltar a mudar, mas há 15 dias que está tudo melhor. Não digo perfeito, porque ainda chama por mim várias vezes de noite, às vezes readormece (não vou lá logo), outras vezes percebo que precisa de mim e acabo por dormitar (e às vezes dormir mesmo) com ela. Já aconteceu acordar ao lado dela de manhã. É uma festa de boa-disposição para as duas. Por um lado, estou a passar-lhe a mensagem de que a mãe afinal pode dormir ali com ela e talvez a deixá-la confusa nos dias em que não estou lá. Por outro lado, que se lixe.







Painel "Love you more each day" e
luz de presença em forma de gelado - BabyTime


11.10.2015

O que mudou em nós?




Num ano, o que é que mudou? Tudo e nada. O que nos levou a criar o blogue mantém-se. O prazer de escrever, de partilhar, de comover através das palavras, de fazer rir é enorme. Sem fugirmos à nossa essência. Parvas. Lamechas. Dedicadas. Mães. Parvas, outra vez. Não nos levamos muito a sério e às vezes levamo-nos demasiado a sério. Como na vida. Há dias sim e dias não. 

Num ano, muitas coisas aconteceram:

- a Joana Paixão Brás deixou de ser incontinente.
- a Joana Paixão Brás perdeu peso e passou a sentir-se melhor com o seu corpo.
- a Joana Gama aprendeu a relaxar mais.
- a Joana Paixão Brás aprendeu a ser mais organizada (e ainda continua a tentar...).
- a Joana Gama cortou-se à festa de anos das Is por uma alegada varicela que não existiu.
- a Joana Paixão Brás passou uma semana com a Isabel internada com pneumonia.
- a Joana Gama decorou a casa para o Natal com dois meses de antecedência.
- a Joana Paixão Brás lamentou as saudades da filha.
- a Joana Gama chegou ao quarto da Necas e viu cocó por todo o lado (e até nas paredes).
- a Joana Paixão Brás ganhou coragem e falou do sexo no pós-parto, de mamas descaídas e de período.
- a Joana Paixão Brás defendeu os beijos nos lábios dos filhos e a Joana Gama ia vomitando.
- e por aí fora...

As nossas filhas começaram a falar, a andar, nadaram pela primeira vez, comeram sozinhas, cantaram, dançaram, deram os primeiros abraços, fizeram as primeiras birras, cresceram e, esperamos, apaixonaram-se mais e mais pelas mães delas. E pelos pais. Num ano, muito aconteceu. Venham os próximos, convosco desse lado!


Fotografias Love Lab

Reparei nos olhos dela.

Já voltei a trabalhar depois de 19 meses em casa com a Irene.

Ontem, quando fui ao bar da minha empresa, encontrei uma colega minha que foi mãe há um mês e meio. Revi-me nela. Vi nela aquele olhar perdido e desorientado. Decidi dar-lhe mais atenção que um olá. Afinal "ela é uma de nós".



Perguntei como é que ela estava, ela disse que muito feliz mas atrapalhada porque não conseguia parar de fazer chorar o miúdo, que ele "sofria muito da barriga". E que dá colo, imenso colo, mas que pessoas lhe dizem para ela não fazer e ela tem medo de estar errada.

Pensei: "vamos a isto, ninguém merece sofrer assim". Disse aquilo tudo que já li e compreendi e que, acima de tudo, está no livro da Constança Ferreira que é um óptimo resumo e imprescindível para quem esteja agora a iniciar-se disto da maternidade:

"

Só tu sabes amar bem o teu filho. 

O quer que se meta entre ti e a tua maneira de manifestar amor por ele está errado. 

Tu sentes o que ele precisa. 

Estão ligados e estarão para sempre. 

É aflitivo que ele chore com cólicas, mas é natural. 

Muito mimo, muita maminha.

Ele precisa de ti. 

A maior parte das vezes nem são cólicas, é o desconforto compreensível de um recém nascido que, durante os primeiros três meses, ainda deveria estar dentro da barriga da mãe. 

Choram muito, engolem muito ar, ficam com ar na barriga e, ao final do dia, com o cansaço acumulado (de ambas as partes) e de muita estimulação, é a maneira que ele tem de exigir a tua presença, ele precisa de ti.

Toma banho na banheira com ele.

Dá-lhe maminha com os dois mais despidos, sem horas.

Usa-o para te acalmares e não vejas só como se tivesses que o acalmar. Sente-o. É o teu filho. 

Tudo o que parece horrível agora vai desaparecer. Outras vão parecer que desapareceram. E o bom, com o tempo, será cada vez mais forte. Agora estás perdida, mas não estás. Tens só medo. 

Ele que ande sempre pertinho de ti. A sentir o teu cheiro e calor.

Um bebé precisa de amor. E uma mãe também. 

Ouve-o. Sente-o.

Ninguém sabe melhor que tu o que ele precisa e só tu o poderás dar tão bem. 

"




Não fui tão inspiradora quando disse, mas fez a diferença. Ela ficou mais aliviada e trocamos mensagens e, com todo o prazer, estarei cá para o que ela precisar e mandarei os meus bitaites não porque "acho que sei", mas porque SEI o que ELA precisa. É o mesmo que todas precisámos.

Nunca a frase "temos de ser umas para as outras" me fez tanto sentido.

Ter ajudado um bocadinho esta minha colega, fez-me sentir como se me tivesse abraçado quando precisei desta conversa, que alguém mo dissesse. E é isto que sinto sempre que escrevo coisas que vos tocam, que vos ajudam de alguma maneira.

Há um ano que sinto este amor por vocês, mães. Por nós, mães.

Fazemos 1 ano! Parabéns a vocês! ♡

Bom dia, bom dia, bom dia!



Faz precisamente um ano que abrimos o estaminé d' a Mãe é sabe. Todos os dias vos damos um pouco de nós, do nosso coração, da nossa vida, do nosso tempo e vocês retribuem tudo. 

Durante um ano muita coisa mudou, perdemos inspiração, ganhamos inspiração, rimo-nos, choramos, dormimos mal, dormimos bem, contamos coisas boas, coisas más, falámos de cocós e de rolhões, a Joana Paixão Brás fez os seus posts cheios de sentimento, fui escrevendo os meus apontamentos extremamente culturais e imprescindíveis à humanidade... 

Sabem que não sou de floreados. Sinto-nos uma família. Sinto que, quando precisamos, temos um abraço gigante desse lado e que nós também vos damos abraços diariamente. Só as pessoas mais próximas se abraçam, certo?

Vocês conhecem o lado mais importante das nossas vidas (e o menos importante às vezes também). Muitas de vocês dizem que parece que nos conhecem e sabem porquê? Porque conhecem. Não somos personagens. Somos a Joana Paixão Brás e a Joana Gama, as mães da Isabel e da Irene, respectivamente. Vocês não só sabem o que fazemos, como o que pensamos, sentimos e projectamos. 

Obrigada por nos ouvirem há um ano (lerem). Obrigada por todos os abraços. É um prazer. Às vezes não apetece, mas volta sempre a apetecer e não é por gostarmos do som dos nossos dedos sapudos no teclado. É por vossa causa também.

Fazem parte da nossa vida e nós da vossa e já lá vai um ano.

(eu sei que muitas de vocês foram chegando entretanto, mas isso não muda nada)

Querem ajudar-nos a sermos melhores? Deixem aqui nos comentários as vossas sugestões para melhorar e, já agora, o que gostam mais que vamos tê-las em conta. Sejam meiguinhas que, lá por estarmos do outro lado da internet, não quer dizer não sejamos "pessoas humanas".  

Obrigada, obrigada e obrigada <3

Estamos juntas? 

11.09.2015

A primeira semana de trabalho.

Começou oficialmente na terça-feira porque na segunda só tive uma reunião de preparação e atribuição de tarefas. Terça já tive direito ao "pacote" todo e já vim de comboio e tudo, como sempre. 

Terça-feira (primeiro dia)

Acho que acordamos os dois tristes. Sabíamos que a coisa não ia ser fácil e não foi. Tudo tranquilo enquanto fui tomar banho, mas piorou quando me comecei a vestir. A Irene perguntou-me se iamos passear e eu disse que não "a mãe vai trabalhar, mas volta". Percebeu, chorou um bocadinho e continuou a ver os desenhos animados. Chorei baixinho também. A mãe foi para a sala, arranjada, deu pão com fiambre e maminha e, de vez em quando, quando interpelada, ia relembrado que "a mãe vai trabalhar, mas volta". Quando nos aproximamos da porta foi horrível: a Irene de joelhos, no chão, a gritar, a tossir, a engasgar-se com o choro a dizer "nãooooo, nãooooo" e "maminhaaaa" para me obrigar a pegar nela e não sair. Tinha acabado de lhe dar, não dei. Saí. Senti que ficar naquele impasse estava a piorar tudo. Recebi sms poucos minutos depois a dizer que já tinha passado, que estava a comer pão e a ver desenhos animados. 

Cheguei ao trabalho e estava tudo igual a sempre. Tive duas reuniões, tive de escrever e-mails. Revi os meus colegas, não pusemos muita conversa em dia porque estava um pouco afectada e refugiei-me no computador. Fui chateando o pai para saber como estava tudo a correr. O pai pôs a Irene a dormir. Ganhei o dia. Afinal tudo ia correr bem e eu sou desnecessária. Perfeito. 

Fui a correr para casa e ela ainda dormia. Quando acordou, chamou por mim e foi tudo como dantes. Quis aproveitar a tarde ao máximo e por isso (já não sei se foi terça ou quarta), fui ao jardim com ela (areia molhada e muito frio) e às compras. 

Chegamos a casa de rastos. Jantamos e pu-la a dormir. Senti-me uma super-mulher. Afinal o dia dá para tudo (se tivermos direito a licença de aleitamento materno e se abdicarmos da nossa hora de almoço, pelo menos). 

Quarta-feira 

A saída foi pior. Enquanto me vestia a Irene perguntou-me se íamos passear e eu disse que não, mas não disse que a mãe ia trabalhar e depois voltava. Por um lado pensei que estivesse implícito, por outro, confesso que estava super cobardolas e não quis que ela ficasse a chorar até sair de casa. Fomos até à porta e o choro foi de choque. Não estava à espera que a mãe saísse. Foi muito dramático para as duas (para o pai também mas ele controla-se melhor). Saí e passados alguns minutos recebi uma mensagem a dizer que estava tudo bem, como se nada se tivesse passado.

Os avós iam lá a casa de manhã e fiquei radiante por ela ir ter uma manhã animada e cheia de gente. 

O pai adormeceu-a. No trabalho já aderi às brincadeiras, já pus a conversa em dia, já estava mais relaxada e aproveitei para personalizar o computador e a secretária. Tal deve querer dizer alguma coisa em relação à minha "conformação"/aceitação de voltar a trabalhar. Estive muito muito ocupada o dia inteiro, o que ajudou. 

Cheguei a casa, ela ainda estava a dormir. Quando acordou, foi como sempre. Ficamos em casa para aproveitar tudo com calma. 

Quinta-feira

Acho que já estou a baralhar os dias todos. 
A saída foi dramática mas menos para mim. Eu já sabia que lhe ia passar uns minutos depois e que era ela, no seu direito, a expressar o desagrado por eu sair. Visto que não entende que "tem de ser" torna-se mais complicado. Porém, saí mais leve e já a pensar nas coisas todas que tinha de despachar quando chegasse ao trabalho porque a Peugeot não sei o quê e porque vamos ter a festa de passagem de ano em dois sítios em simultâneo e temos de avançar com isto e aquilo. 

Almocei com os meus colegas. Foi como dantes, mas sempre a pensar na Irene. Sinto que tenho um segredo maravilhoso, mas que toda a gente sabe: tenho um tesouro em casa que me completa, que me faz feliz e que tenho muita muita sorte por ela estar com o pai, em casa e ter tanto amor como tem dos dois e não lhe faltar nada. 

O pai não a conseguiu adormecer. Ela aprendeu que pode manipulá-lo. Quis sair do quarto e saiu. Pronto. A partir daqui já não se dá mais a volta. Vai gritar sempre e cada vez mais porque sabe que o pai vai ceder porque não tem confiança de que ela tenha sono e tem medo de lhe estar a impingir uma coisa que possa não ser verdade. 

Não foi fácil conversarmos os dois sobre isso nesse dia. O pai sentia-se muito pressionado para fazer tudo bem e não gostou de falhar, tinha medo que eu sentisse que ele já não estava apto, além de ser extremamente desagradável de estar numa de tentativa e erro o dia todo para ela ir dormir (bem sei, meu amor, bem sei). 

Deitou-se muito mais cedo a bebé, mas esteve sempre bem disposta. 

Sexta-feira

Estava atrasada. Foi tudo muito rápido. Nem tomei pequeno almoço. Houve o choro do costume. Intenso mas rápido, quanto mais depressa eu sair, menos lhe custa e a mim. Quando saio do prédio sou a mãe que vai para o trabalho e não a mãe que adorava ter ficado em casa o dia todo. Quase que sinto tudo a inverter-se. É um "vamos a isto", como quando pisamos a passadeira do ginásio para o início do treino e sabemos que temos de aguentar 10 minutos mais aquele final para arrefecer, sacanas. Vamos a isto. 

Super ocupada. A organizar tudo. Pedi almoço um prego maravilhoso dos Armazéns. Rimo-nos. Trabalhei. O Frederico não estava a conseguir adormecer a Irene e pensei: "mais um dia sem dormir, não, também já despachei tudo!". Fui, cheguei a casa e "mamã!!!", "sim é mamã, maminha e ó-ó!". Tungas, dez minutos depois já dormia. 

Eram três da tarde. Sendo assim já não ia adormecer tão cedo como costume e, portanto "vamos aproveitar para jantar fora" (a última vez que jantamos ela devia ter uns 4 meses ou assim). Fomos e soube tãoooo bem. Fomos a um restaurante novo no Restelo - a Loja do Sushi. Ainda tinha alguma esperança que houvesse comida para mim (só havia guyosas). E foi um passeio em família... fabuloso. 









Aproveitamos o fim-de-semana. No sábado, fomos à aula de música de manhã e, à tarde, fomos passear e fomos lanchar à Padaria Portuguesa em Benfica e a uns baloiços ali perto. No Domingo ficamos de manhã em casa e à tarde fomos a casa dos avós em Oeiras depois de um passeio pelo Oeiras Parque para comprar umas camisas para a mãe.


Pude matar saudades do meu irmão Pedro.


Esta semana começou agora. Hoje parece que voltamos ao zero. Parece que foi o primeiro dia outra vez. Doeu, mas sei que amanhã entra em velocidade cruzeiro outra vez.

Escrevi muito? :)


Fui publicando estas fotografias no meu instagram à medida que foram acontecendo. Sigam-me.

Já chegou o vestido da menina das alianças!

A Isabel vai ser menina das alianças, juntamente com a Vitória, uma menina mais velha. Já as estou a imaginar, de mãos dadas, quais princesas sorridentes e eu a chorar baba e ranho com tudo aquilo. Choro em todos os casamentos. Todos. Então este... este vai ser especial. 

O que vai muito provavelmente acontecer: a Isabel sair disparada a correr na nossa direcção e ser a Vitória a tratar do resto. E aí vou rir-me, vai ter piada.

O vestidinho chegou ontem, já fizemos a prova e ficou um amor, com o laço para o cabelo a condizer!






Vestido - C and F newborns

Tenho de ver se até lá aprendo a fazer um laço de jeito (e tem de ser passado a ferro, eu sei hehe)

Os avós dos nossos filhos que nos desculpem!

Desculpem-nos!

Desculpem
estas mães galinhas, que querem fazer tudo certinho, que querem que nada falte aos filhos, nem limites, nem mimo e carinho e que, às vezes, exageram.

Desculpem quando vos parecemos intransigentes e de nariz empinado, mas nisto de se ter a vida dos filhos nas nossas mãos e todos nos apontarem o dedo e mandarem bitaites, não é fácil. Temos de nos impor, quando temos de nos impor. 

Desculpem quando desconfiamos, quando duvidamos, quando pomos aquele ar de detective. Às vezes temos o faro mais apurado que o Rex. 

Desculpem quando vos desautorizamos, por sermos nós as mães e por termos nós a responsabilidade e o dever de definir o que queremos para a educação dos nossos filhos. E se as palmadas não entram na nossa equação, não vão ser os avós a trazê-las para cima da mesa. Se o leite de vaca não entra sequer na alimentação deles, não vão ser os avós a dizer-lhes que podem e devem beber leite achocolatado.

Desculpem quando vos chamamos à atenção com um tom paternalista, dando o ar de que vos estamos a tratar como crianças. Não é nada disso, às vezes estamos só a tentar procurar o registo mais meigo que temos, para não ferir muito a vossa sensibilidade e porque queremos evitar conflitos, mas não sabemos bem como.

Desculpem quando vos contrariamos à mesa e não queremos que dêem açúcar ou chocolates aos nossos filhos. Estamos demasiado informadas e conscientes de que há outras opções melhores para eles (e não, quando têm 8 meses não precisam de um bocadinho de açúcar na maçã. Não conhecendo, não têm necessidades dessas). Desculpem se às vezes parecemos demasiado obcecadas com este assunto, mas se calhar temos mesmo de empolar a "proibição" para que alguma parte da mensagem fique desse lado. Se admitíssemos à vossa frente que "dias não são dias" talvez estivéssemos a abrir margem para "todos os dias serem dias que não são dias".

Desculpem quando não confiamos desde logo que eles fiquem a dormir em vossa casa. Este corte do cordão umbilical não ocorre quando os outros desejam, mas sim, quando nós, mães e filhos, nos sentimos preparados.

Desculpem quando os queremos engolir e não vos damos espaço e tempo de qualidade para desfrutar dos netos sozinhos. Não é por mal, é a nossa ânsia de estar por perto. Mas muitas vezes esquecemo-nos de que os laços que vocês criam com eles, a cumplicidade e os vossos segredos são das coisas mais marcantes na vida de uma criança.


Obrigada, avós, pela compreensão do nosso mau-feitio. Desculpem-nos, mas estamos a dar o nosso melhor e queremos que os vossos netos sejam as pessoas mais felizes e equilibradas à face da Terra. 

Continuem a fazer-lhes os pratos preferidos, a dar-lhes um quadradinho (eu disse um quadradinho!) de chocolate às escondidas, a deixar que eles façam de vocês cavalos de corrida, a piscar o olho em tom de segredinho, a "estragá-los" com mimos. Não os vão estragar, não. As excepções fazem-lhes bem. Vocês fazem-lhes bem.

11.08.2015

Coisas boas de voltar ao trabalho.

Para quem acompanha o blog, foi sabendo (nunca escondo nada) que o meu regresso ao trabalho estava a deixar-me muito ansiosa e triste. "Separar-me" da Irene, deixar de estar 100% presente em tudo o que ela faz, saber que o tempo não volta para trás, etc. 

Amanhã conto-vos mais ao pormenor (está tudo louco para saber, não está?) como aconteceu tudo na prática e na minha cabeça. Hoje, porém, queria deixar-vos - ao contrário do que tem acontecido (sorry) - coisas positivas sobre o regresso ao trabalho. Não estou a abrilhantar nada, é mesmo o que sinto. 

Voltar a ter vontade de me arranjar.

Sejamos vaidosas ou não, o facto de passarmos muito tempo em casa e só com o nosso filho faz com que nos tornemos um pouco mais preguiçosas ou, vá, práticas. Para ir "ali ao jardim" não me apetecia propriamente maquilhar ou, às vezes, até tomar banho. Agora voltei a ter a minha rotina até está estabeleci o domingo para dia de esfoliante e máscara hidratante. São mariquices que fazem toda a diferença e vocês sabem disto. Tenho-me maquilhado todos os dias (menos na sexta que era maquilhar-me ou tomar o pequeno almoço em família) e tenho adorado escolher a roupa no dia anterior e trocar malas para condizer. 

Voltar a comunicar com pessoas. 

Claro que comunicava antes, mas é diferente de chegar ao trabalho e ter 17 pessoas (não me apetece contar) que façam de público para as minhas palhaçadas e vice-versa. É giro voltar a almoçar em grupo, voltar a saber da vida das outras pessoas e não ter que ter um "olho no burro e outro no cigano" por termos sempre a bebé possivelmente a atirar-se à ração dos gatos. 

Voltar a ter glúteos. 

O meu corpo está mais mole que um arroz demasiado cozido. Praticamente parecia uma anémona ou uma ameba. Com uma semana a subir ruas e escadas (vou de transportes) desde o Rossio até ao Chiado e vice-versa, acho que voltei a ter um músculo na perna. Glúteos vão demorar muito mais tempo, eu sei, mas gémeos já começam a aparecer. 

Estar silenciosamente muito ocupada. 

De repente tenho um milhão de mails para responder e escrever. Telefonemas, pessoas com quem falar, eventos para distribuir, planear, etc. A melhor diferença é que não tenho de fazê-lo enquanto respondo que "sim é um hipopótamo". Sinto que a minha cabeça agora está de férias e que posso potenciar justamente os 2% do meu cérebro que ainda uso. 

Estar 100% presente quando estou em casa.

A Irene agora está menos tempo com a mãe. E, apesar da mãe estar cansada, estamos as duas juntas a 100%. A mãe agora larga o telemóvel mais vezes. A mãe deita-se mais vezes na cama para lhe dar beijinhos no corpo e dizer que cheira a bebé cozido, tem mais paciência para lhe dar o jantar, para a por a dormir, para lhe dar banho e brincar com ela... 

Sinto-me apaixonada e grata o dia inteiro.

Ser mãe a tempo inteiro é um máximo, é mágico mas ficamos facilmente adormecidas pelo cansaço, pela rotina, pela "solidão". Temos momentos muito muito intensos todos os dias, é verdade, mas a saudade é especial. A saudade faz-nos ter corações nos olhos o dia inteiro e que eles dupliquem quando chegamos a casa. 


Há coisas boas nisto de voltar ao trabalho. Seja como for, concordo muito com esta imagem: