6.27.2015

A mãe desbronca-se (#14) - Vou baptizar ou não a Isabel?

Uma leitora perguntou há algum tempo se eu iria baptizar a Isabel. Achei curioso essa pergunta ser dirigida a mim (já devem ter topado que a Joana Gama não vai nessas cantigas). Que me lembre, até esta semana nunca tinha feito nenhuma menção à minha fé.

Já estive em todas as fases e mais algumas: fui baptizada com dois anos, andei na catequese, fiz a primeira comunhão, ia à missa todas as semanas. Fui a Taizé, em França, com uns 16 anos e lembro-me de ficar com o coração cheio e de sentir que a fé nunca me ia faltar.

Mas a verdade é que tive uma fase da minha vida em que deixei de acreditar. Era céptica, estava revoltada e questionava tudo. Mas recuperei-a recentemente e não tenho explicação para isto. Talvez tenha sido por ter passado pela morte de um familiar muito próximo quando estava grávida, mas não consigo precisar, foi tudo de forma inconsciente.

Ainda aí estão? Este vai para o top dos posts mais chatos de sempre, não vai? Já ganhei.

Voltando à pergunta da leitora. Ainda não tenho uma resposta para ela. Em princípio sim, porque, apesar do pai não ser católico praticante, eu gostava de passar-lhe esses valores (e o pai não se opõe). Mas não quero achar. Quero ter a certeza. Esta é daquelas escolhas que, agora que sou mãe, acho difíceis de tomar, porque por um lado não a queria estar a condicionar à fé católica (quero-a livre para escolher a sua religião), mas, por outra, acho que esta é daquelas coisas em que os podemos influenciar. E mais tarde, caso não concorde, faz as suas escolhas à mesma. Os meus pais acabaram por orientar as minhas escolhas e nunca os culpei por isso. Tive inclusive uma fase em que podia ter desistido. Mas ficou cá a sementinha e aquele amor no coração sempre que entro numa igreja, sempre que ouço os cânticos, sempre que rezo.

Para as que aguentaram até ao fim, baptizaram ou não os vossos filhos? Vão fazê-lo ou vão esperar?

E os desejos?

Esta a falar disto com uma amiga minha (a minha vizinha com quem voltei a falar recentemente) e ela disse-me que, quando estava grávida, tinha imenso desejo de couratos!!!

Diz-se (e acredito) que costumamos sentir desejos por aquilo que nos faz falta no organismo, portanto, isso dá-me a crer que tenho sempre muita falta de Chocapics e Oreos.

No meu caso, não tive grandes desejos. Houve uma vez que me aproveitei de estar grávida para "obrigar" o Frederico a ir buscar McDonalds. 



De resto, tive uma tara enorme por clementinas. Só isso.

E vocês? Há mesmo grávidas que tenham vontade de comer terra dos vasos e assim? 

A mãe sugere - Kids Race, no próximo sábado!

Nunca gostei de correr, pelo menos que me lembre. Talvez gostasse com três ou quatro anos, mas quando estava no ciclo ou no secundário, correr por obrigação chateava-me. Ficava com dores de burro, a boca ficava a saber-me a sangue (nunca ninguém me explicou porquê), achava estúpido ter de dar voltas e mais voltas à escola. Nesse tempo, as coisas divertidas que seria possível estar a fazer! Jogar volley, fazer escalada, ginástica... Gostava muito de desporto e até não me safava mal, agora correr, não obrigada! 

Até hoje. Agora posso dizer que gosto de correr, apesar de achar dificílimo (mas cada vez menos difícil). Gostava muito que a minha filha me acompanhasse (conheço uma mãe que vai correr 5 km com o filho, de 8 anos, para a marginal e acho o máximo).

Hoje em dia, estima-se que 1 milhão e meio de portugueses corram e quantos mais, melhor. Por isso, achei a iniciativa Kids Race muito, muito interessante. Porque é de pequenino que se torce... vocês sabem.

A segunda edição é já sábado, dia 4 de Julho e as pessoas grandes e a mini-pessoa cá de casa vão. As sobrinhas também. Acho que vai ser muito giro. Além das corridas, tem matraquilhos, trampolins, jogos tradicionais, pinturas faciais, magia, artes marciais, ciências... um sem número de actividades giras, para toda a família.

Para saberem como se inscreverem, vejam aqui. É sábado, das 10h às 13h, no Estádio 1º de Maio (INATEL), em Lisboa. Encontramo-nos lá? Se nos virem por lá, por favor, percam a vergonha e venham dizer um olá!


*Fotos Kids Race

6.26.2015

Mais um post que vai dar chatice, já sei.

Nota: todas erramos. temos só de melhorar. eu erro e continuarei a errar, mas pensarei sempre sobre o que o faço e tentarei sempre melhorar. 

Tenho uma janela que dá para uma creche. 

Vejo todos os dias pais a irem deixar os miúdos e a irem buscá-los.

Hoje uma mãe, quando foi buscar a filha, bateu-lhe. 

Não existem "enxota pó" das fraldas nem das mãos. A palavra é mesmo esta: bateu-lhe.  É sempre bater. 

Bater é mais do que deixar marca física. Bater é quebrar a confiança que existe, neste caso, entre a criança (que lá por muitas vezes perdoar, não significa que seja estúpida) e a pessoa que era suposto amá-la acima de tudo e protegê-la do que a magoa. A pessoa que era suposto ter o carinho e o coração para descodificar tudo o que ela não percebe, para passar a perceber e da melhor maneira para ser mais feliz e para contribuir para que todos sejam mais felizes. 

Já pararam para pensar o que "diz" uma palmada? "A mãe magoa-te sempre que fizeres algo deste género". É isto que é para ensinar? É este tipo de relação que querem criar? A mãe que dá o beijinho de boa noite e a mãe que lhe bate? 
 
Por estes costumes, às vezes enraizados, é que se popularizou a expressão "mãe é mãe". Porquê? Mãe pode não ser mãe. Mãe pode ser má e estúpida. Mãe é mãe se for mãe. Mãe que não for mãe, não merecia ter sido. 

A Mãe erra. Muito, mas tenta melhorar. A diferença é essa. 

Não quero saber se esta mãe estava cansada. Se teve um mau dia. Se estava com candidíase e muito irritadiça. Não quero saber. Tal como o coração desta criança que, se não chora por ter sido magoada, chora por ter sido quebrada a tal confiança. Pela mãe lhe meter medo em vez de fazê-la sentir-se amada. 

A mãe bateu-lhe porque ela fugiu. A menina já corre e a mãe ficou assustada. Reagiu a quente e deu-lhe para lhe bater e gritar: NÃO FOGES MAIS DA MÃE! 

Somos todas muito aceleradas, fazemos muitas coisas ao mesmo tempo e o chamado "tempo para nós" é para despacharmos outras coisas, mas há momentos. Há aquele momento na cama antes de adormecer em que, de olhos fechados, poderíamos pensar um bocadinho em quem mais amamos. Aquele número dois mais demorado na casa de banho. Enquanto estivermos a adormecê-los, aproveitar o escuro e a parte mais silenciosa para pensarmos no que andamos a fazer.

Eu não serei uma mãe que bate. 

Levei muita palmada e algumas "lamparinas" e isso não me fez ter uma relação melhor com a minha mãe. Não me lixem, não venham com coisas a dizer que "as pessoas não sabem, não foram ensinadas de outra forma". 

Mesmo as mais estúpidas se devem sentir mal depois de bater numa criança. 

Gosto de pensar que sim. Apesar de saber que há mães que gostam de bater nos miúdos em público para serem vistas como fortes e disciplinadoras. Nojo. 

Nunca li nada sobre isto (tenho umas luzes daquilo que se chama de disciplina positiva), nem a Irene alguma vez levou alguma palmada. Não é esse o meu papel. Nem o de ninguém. 

Se todas perdêssemos um tempo a pensar na lógica que tem isto de batermos nos filhos, aposto que ninguém "de jeito" bateria. 

Há uns tempos toda a gente ficou chocada com aquele PSP que bateu num homem em frente ao filho. Por que é que ninguém fica chocado quando vê UMA MÃE (ou pai) a bater num filho? Por que é que isso é aceitável? Por que é que "se estamos cansados" eles podem levar uma palmada? 

Temos de ser mais inteligentes que isto. Caem-me lágrimas por pensar em todas as mães que o fazem e que não se sentem mal depois, que não tentam fazer melhor. Não pelas mães, pelos filhos. Pelas pessoas que criam. Pessoas que podem não ser infelizes, mas que poderiam ser muito muito mais felizes e gostar mais das mães não só porque "mãe é mãe".

As crianças não podem ter medo dos pais. Isso não é educar. Isso é ser estúpido. 

Epá, não me lixem.

O que se poderia fazer nesta altura? Explicar. Ter calma. A mãe que tem medo poderia dizer à filha isso mesmo. Que tem medo que lhe aconteça algo. As vezes que forem necessárias. Se a filha ainda não compreende, tem de ter mais atenção para esta não lhe fugir. 


Esta mãe quer que o filho veja o pai quando nascer!

Ou que o pai veja o filho...

Nem consigo imaginar o meu parto sem o David ao meu lado, a dizer piadas, a acalmar-me, a dar-me força e a ver a nossa filha no primeiro segundo da vida dela. Ouvindo-a chorar e acalmar-se no meu peito, vendo-a mamar pela primeira vez, pegando-a ao colo pouco tempo depois. São momentos de grande vínculo, inesquecíveis, que tornam um parto num momento emocionante, em família, humanizado.

Já Mónica nunca soube o que era ter o marido ao seu lado, nos momentos mais importantes das suas vidas. Vai ter, em breve, o terceiro filho, o Martim, e quer que, pela primeira vez, o pai possa assistir ao nascimento. É que Mónica vai, pela terceira vez, ter um parto por cesariana, no público, e a presença do pai sempre lhe foi vedada.

Inconformada, o que é esta mulher decidiu fazer? Com a ajuda de uma enfermeira, criou uma petição para que os pais possam assistir às cesarianas, para assinar aqui! É mesmo, mesmo importante que até dia 2 de Julho se consigam reunir 4000 mil assinaturas, para que a discussão ocorra em Plenário da República.

Estamos a falar de cesarianas programadas, em que não é necessário intervir de forma rápida ou com suspeitas de sofrimento fetal ou materno.

Assinei a petição. E o David também assinou, porque este é um direito deles.
Vão assinar?! Já falta pouco, força!

Para saber mais sobre as incongruências entre o que está na lei e o que se argumenta nos hospitais públicos, leiam este artigo do Público.


a Mãe desbronca-se (#13) - Quando voltei à minha forma.

Gosto tanto que nos façam perguntas. Pessoalmente, faz-me sentir tipo um comentador de telejornal, que sou uma espécie de opinion-leader ou maker, apesar de não ter um rabo de interesse para vos dizer nas coisas que me perguntam. 

Se me fizessem perguntas sobre bowling. O melhor peso da bola para vocês, como fazer um bom lançamento ou um strike triplo, agora fazerem-me perguntas sobre emagrecimento é o mesmo que me perguntarem o que acho dos subsídios para a experimentação no campo do audiovisual. Hã? Pois.

Ora, apesar do "a Mãe desbronca-se" ser aqui e não no instagram, decidi na mesma dar atenção a esta leitora, toda das tecnologias que até tem um instagram e tudo (wow!). 





Ora, com a gravidez numa perdi a minha forma: a de um bacalhau. Sempre fui normal (para o mini cavalona por causa da natação) da parte de cima, mas chega à parte da barriga e parece que alguém me fez respiração boca à boca mas sempre a expirar e que, portanto, o ar nunca saiu.  

Mesmo assim mando grandas pernas e um rabo que sim senhor. A gordura vai toda para a barriga. Toda. 

Fui uma grávida muito elegante porque até o bebé foi só para a barriga. Não engordei nada a não ser na papada. Fiquei mais redonda na cara que um "esférico" do Estrela da Amadora (ainda existe?). 

Acho que cheguei a pesar 82 kg. Sendo que peso e pesava 68/70, nada mal! Ah! Meço 1m e 64cm não sou a torre que é a Joana Paixão Brás que, mesmo corcunda, consegue ser mais alta que 80% das pessoas que têm pipi. E 60% das que têm um pipi para fora.

Com a amamentação rapidamente foi tudo ao sítio (sabiam que é a melhor maneira de recuperar no pós-parto?) Com a falta de tempo para comer também. A Irene queria sempre mamar à hora das refeições (no fundo, queria sempre mamar, como deve ser em livre demanda) e o meu marido é que me dava a comida à boca enquanto eu tinha a mama de fora. Isso contribuiu e muito para que não comesse tanto. Bebia também muita água (ou tisanas) porque morria de sede sempre que estava a dar de mamar. 

Depois acho que andei duas semanas no Centro Pré e Pós Parto de Entrecampos, mas sentia-me a mais gorda e a mais desajeitada do grupo, além de que como não dormia bem, não achei que a minha prioridade fosse estafar-me mais para ficar elegante, mas sim DORMIR. Eram super amorosas comigo, principalmente a Patrícia que tinha imensa esperança em mim e que ainda hoje paira no meu Facebook. Chegou a oferecer-me um bolo depois de uma aula. É um amor, amor. Aliás, acho que a principal razão para ter desistido foi porque, aos 3 meses, a Irene e eu tivemos um desentendimento grande com a mama (crise dos 3 meses) e isso consumiu-nos de uma tal forma que nem saía de casa. 


Até pus o step à frente porque ainda nem conseguia encolher a barriga. Ahah


A do meio é mesmo a Joana Paixão Brás. Já não nos largávamos nesta altura. Awww. E a outra é a nossa amiga Cristina que é a gaja mais boa no pós parto que alguma vez conheci. Odeio-a. ;)

Acho que não foi isso que me emagreceu, foi só mesmo dar mama. Hoje em dia tenho uma elíptica no quarto que uso não para emagrecer mas para fazer um bocadinho de cardio porque não tenho uma vida muito activa e não quero começar a definhar. De resto, ao jantar como saladas, mas depois empanturro-me com bolachas, por isso... não sou exemplo para ninguém.

Sendo honesta: com isto da gravidez fiquei mais flácida na barriga (mal se nota, porque já era antes). Ficar em casa durante este tempo todo é que me está a engordar ;)

Esclarecida, Joana? ;)

6.25.2015

A minha filha é beata!

Andava eu a chateá-la com o "Frère Jacques" e com o "Dorme, bebé" à hora de dormir (a Isabel adormece com umas festinhas nas costas e umas canções de embalar - se for a mãe, que com o pai não resulta, vá se lá saber porquê...), quando o que ela gosta mesmo, mesmo é das músicas que sei de cor e salteado de Taizé (comunidade em França). Já não as cantava há anos e anos e, numa noite destas mais complicadas, desceram em mim. Só para terem uma noção, são estas as músicas que a acalmam:




Conclusão: a minha filha é beata.

Nota: sou católica, mas sei brincar com tudo isto. 

Ah! Houve uma leitora que me perguntou se vou baptizar a Isabel. Prometo que para a próxima respondo!

E quando eles nos começam a dar beijinhos?



É algo muito recente e até partilhei no nosso Facebook o momento em que isso aconteceu. Em que ela, espontaneamente começou a abraçar-nos e a dar beijinhos. Acho que nunca senti nada igual. É como se fosse um murro na axila, mas em vez dum murro, uma coisa boa. E sem ser na axila. 

O que é a seguir a isto? É dizerem que gostam muito de nós?

Neste momento sinto que não deverá haver nada melhor.

10 coisas que descobri sobre a minha filha

Fiz vinte e nove anos e passámos um fim-de-semana especial, com praia, piscina, jantares fora, grandes sestas, muita brincadeira com os primos, mimo dos avós e noites tranquilas. Um fim-de-semana prolongado e patrocinado... pelos sogros! (O anónimo das borlas quase que me apanhava... Ufa!)

Este fim-de-semana descobri dez coisas sobre a minha filha:

- demora a ser conquistada (os meus sogros, apesar de serem pessoas impecáveis, só lhe viram os dentes e só receberam mimo passados dois dias).

- gosta de tremoços (não acompanhou com uma bejeca, estejam descansadas)

- odeia sopa de todo e qualquer lado (ela gostava, juro que gostava, e agora nem do restaurante, nem da avó, nada)

- adora a prima Laura (deu-lhe abraços, agarrou-a, deu-lhe beijos, perseguiu-a e imitou-a a dançar como o caranguejo)

- faz birra para sair da piscina (já a tremelicar e toda engelhada e nada de querer ir secar-se. Tem a quem sair, pelos vistos)

 - adora pôr pedrinhas e conchas em baldes e tractores

- tem um feitio desgraçado quando lhe tiram os brinquedos das mãos (mesmo que não sejam dela)

- a praia acaba com ela e faz sestas de 3 horas (e eu também tiro barriga de misérias)
 

- gosta deles mais velhos (ficou apaixonadíssima pelo João, um amigo que fez na praia, com mais uns 12 anos que ela...) 

- não me lembro de mais nada, mas a lista ficava melhor com 10 elementos do que com 9.


















6.24.2015

a Mãe dá (#21) Umas alpercatas bonitas para esses PAEZ

Já tinham saudades que a Mãe desse coisas? 

a Mãe também tinha muitas saudades. E como achou que vocês têm de ter os pezinhos dentro do melhor compromisso do mundo entre o que é confortável e bonito (ao contrário dos outros sapatos que têm um nome parecido com crocodilo), aqui estão não um par de PAEZ mas dois pares de PAEZ. 

Um par para vocês e um par para a vossa criança (se tiverem duas, fica um para cada e no outro andam descalços, como a sola é baixa, não vai fazer muita diferença na coluna)! E, ainda por cima, podem ser como nós e escolher a combinar!

Estes são os que a Joana Paixão Brás escolheu. Os meus estão todos sujos e achei melhor não por aqui não fossem os senhores da PAEZ dizer: "então, pá?". 

Boa sorte!! ;)





Para concorrerem, só têm de:

a) fazer like na página da Paez Portugal
b) fazer like na página d'A Mãe é que Sabe 
c) partilhar este post no seu Facebook pessoal
d) comentar este post (aqui, nesta mesma página e não no fb) dizendo o quanto gostam de nós e não conseguiriam viver sem nós + o link do perfil (para vermos se fizeram tudo direitinho, que isto não é "o da Joana" - por acaso, é... mas shhh).

Condições:
O vencedor será anunciado dia 1 de Julho (a não ser que me esqueça e aí prometo ser asap hehe)
O vencedor será escolhido aleatoriamente através de random.org (mas esmerem-se na mesma nos elogios só porque sim).
Só é válida uma participação por endereço perfil de Facebook.
O vencedor terá mesmo de cumprir todos os requisitos enumerados anteriormente.

Afinal estou mesmo toda f*%7p# das costas!!!

Nem a propósito. Parece que tenho um dedo que adivinha ou sei ler nos búzios. Ontem escrevi isto (Estou mais corcunda que o outro da Disney), referindo-me mais à parte estética da escoliose e da minha postura. Mas o que vos tenho a dizer, minhas amigas, é que isto pode dar dores do demo!!! 

Passei a noite toda a chorar, com dores na zona da omoplata, do ombro e que me apanhava o braço todo até ao pulso (agora parecia mesmo uma velhota a falar). De vez em quando tinha descargas eléctricas pelo braço fora. HORRÍVEL! Só me fez lembrar um episódio de ciática quando estava grávida em que parecia que me ia "descadeirar" toda. Ainda por cima não tinha Voltaren em casa, tive de me enfrascar em Spidifen. As dores eram tantas que nem pensei e pus, mesmo com o David a dizer-me que não seria boa ideia, botijas de água quente nas costas, para aliviar momentaneamente e conseguir dormitar. ERRADO! Apesar de aliviar na hora, aumenta a inflamação. Deve colocar-se antes uma toalha molhada fria (espremida) a forrar uma botija de água quente para fazer um "quente húmido".

Não aguentei e já fui a um fisioterapeuta que me viu, além das contraturas enormes, duas vértebras torácicas deslocadas e uma cervical também deslocada (e pô-las no lugar). Disse que a região estava toda inflamada e que não me iria desfazer já as contraturas, só depois de passar a inflamação. Deu-me uns choques eléctricos, fez-me uma massagem com anti-inflamatórios e marcámos novo encontro para a semana.

Conselhos: 
 
- ir ao ortopedista, fazer Raio-x, e ter credencial para fazer fisioterapia

- fazer massagem pelo menos uma vez por mês (e não confundir com as massagens de SPA)

- fazer pilates e/ou ioga

- quando estou em frente ao computador, pôr uma caixa de sapatos ou algo dessa altura debaixo dos pés para me obrigar a endireitar as costas

- fazer coisas tão simples como espreguiçar-me várias vezes ao dia (para arranjar espaço entre as vértebras e lubrificar as articulações) 

- encostar-me de costas à parede, com os calcanhares colados à parede e ficar assim direita uns segundos, respirando fundo

- alongar o corpo algumas vezes ao dia, respirando fundo, sobretudo depois de dar colo, dar banho e tarefas que impliquem esforço nas costas


PALAVRAS QUE FICARAM A ECOAR NA MINHA CABEÇA:

Não posso "deixar isto neste estado", sou "demasiado nova para estar assim" e que "estas dores se vão repetir muitas vezes se não eu fizer nada". 

Era mesmo deste estalo na cara que eu precisava. Escrevo-vos ainda cheia de dores e aviso-vos já que não são levezinhas. Por isso, se estão neste estado (muitas de vocês responderam a dizer que estavam iguais), vão tratar de vocês, não se deixem chegar a este ponto em que chorei mais do que com as contracções mais fortes (daquelas que marcavam 127) do parto.

Nunca tinha ido a um mercado!

Depois de ter confessado que nunca tinha comprado roupa na feira, agora este post. Mais um bocadinho e acham que estive fechada numa cave.

Nunca tinha ido a um mercado, que me lembre. Claro que já devo ter ido quando era pequenina, com os avós ou com os pais, mas esta é a primeira vez que fui voluntariamente e com um interesse genuíno sobre o que se passa por lá.

Fui à corajosa. Não costumo ir a sítios onde saiba que vai haver confusão e não vá haver lugares para estacionar, mas a convite da minha amiga Renata (a que me aconselhou a abóbora) lá fomos. E que desculpa tinha eu para não ir se ela ia com o filho de 7 meses? 

Fomos ao mercado de Benfica. Consegui que a Irene aceitasse o carrinho com alguma negociação e distracção. 



Fui mesmo numa atitude turística. Observei aquilo com o meu defeito "profissional". Observei como é que as diferentes bancas comunicavam o produto, o que afirmavam ser diferente, a maneira como tratavam o cliente, etc. Acho que é super agressivo haver bancas do mesmo ao lado umas das outras. Em que, ao escolhermos uma, estamos a preterir outra. Na cara do respectivo representante. 

A minha amiga contou-me que, passado uns tempos de se ir ao mercado, escolhem-se as bancas preferidas, outras deixam de o ser e depois tem que se evitar algumas bancas que pioraram a qualidade dos produtos, mas que não é algo que se vá dizer, não é?

Parece-me uma espécie de discoteca onde as pessoas são sempre as mesmas, mas que toda a gente já se andou a papar. É preciso um jogo de cintura e uma sensibilidade acrescida. Além de que, pareceu-me, as pessoas do mercado não terão papas na língua em dizer o que sentem se não gostarem de algo.


Confesso que, será certamente um problema meu, acho que existem pessoas más e boas em todo o lado, mas que, no mercado, será mais difícil distinguirmos umas das outras se não formos clientes assíduos. Sinto que, se não gostarem de mim, que me espetam fruta menos fresca. Não tenho prática nisto, mas senti que é preciso cair-se nas graças das pessoas que estão nas bancas para que tudo corra pelo melhor.

No fundo, é capaz de ser tudo assim, não é? Menos os médicos. Espero que, pelo menos, os médicos não. 

6.23.2015

Estou mais corcunda que o outro da Disney!

Postei umas fotos todas bonitinhas um dia destes em que estou muito aceitável. Estou gira, vá, gostei de me ver, não vou estar com falsas modéstias. A maquilhagem da SIC faz milagres, os cabelos também (tinha tido reportagem nesse dia, uma sorte) e a Joana Sepulveda Bandeira, do Love Lab, lá me ia dizendo para endireitar as costas. Pareço uma pessoa compostinha. Mas...





Mas... não quero enganar ninguém. Na verdade, eu sou assim:




Não estou a falar das peles, ou banhas, ou o que é aquilo na barriga. Muito menos estou a falar do facto de não estar maquilhada na praia nem com o cabelo arranjado. Um blogue com fotos de uma pessoa que vai à água, molha o cabelo e não tem ar de quem acabou de sair do cabeleireiro? Estranhíssimo, não é? Hehe

Mas agora a sério, estou preocupada com as minhas costas em U, que só me faz lembrar a minha tia Alice, marreca. Fico mesmo de boca aberta com a minha postura, quando estou distraída. E quando me alertam para isso, endireito-me 2 minutos e volto a esquecer-me. Seja sentada na mais ergonómica das cadeiras, seja em pé, seja como for, estou mais corcunda que o outro da Disney. Sei que tenho uma escoliose que faz dois s (desde os meus 12 anos, pelo menos), fiz fisioterapia em adolescente e devia ter continuado a fazer. A minha postura confortável é assim. Nem dou conta. Acho que o facto de não ter musculatura nas costas não ajuda nada.

Pronto, sejam bem-vindas ao mundo real.

Mais alguém assim? O que recomendam? Pilates e isso?

A minha filha já anda!

Awwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwww!!!

Eu sei que este post é um turn-off porque não tenho fotografias para vos mostrar, nem vídeos! É tudo muito recente e ela ainda não dá mais do que 6 passos seguidos. Parece que precisa de se esquecer que está a andar para andar tranquilamente. 

É giro ver como eles alcançam novas coisas quando estão preparados. Está tudo muito bem feito! 



Os primeiros passos foram no outro dia, em casa duma amiga, em que ela estava aos berros a dizer que queria maminha e eu disse: "anda cá!!!". Deu dois passos, comecei a chorar de fininho, claro, mas decidi não dar importância. Achei que tinha sido um "acidente" e entrei em negação.

Hoje já não foi assim. Hoje andou uns bons 8 passos até à mamã. Tive de ir recuando para lhe dar a impressão de que estava sempre "quase a chegar" para não perder confiança, mas consegui! Consegui? Não. Ela é que conseguiu. Já não há bebé para ninguém.

Agora.. no primeiro dia em que dá 8 passinhos para a pessoa que mais ama do mundo (muahahh) quando é que decidiu correr (toda distraída, claro)?

Quando viu o sacana do urso da loja Natura no Alegro.

Largou a minha mão e juro que correu durante uns 4 ou 5 passos até o abraçar.

Fiquei chocada!!!

Acabou-se a fase de bebé, não acabou? 

Fico sempre tão dividida sempre que ela cresce mais um bocadinho! 

Retrato das nossas noites


Story of my life. Não sempre, mas muitas vezes. Parte positiva da coisa: somos um bocadinho mais giras do que no desenho e eu tenho um ar menos creepy. Inspirei-me num desenho que vi algures e quis reproduzir. Ficou lindo, não ficou? Tive 5 a E.V.T. e não vos estou a dar tanga. 

6.22.2015

Temos abóbora mágica?

Para as mães que só chegaram agora e que não leram o nosso post matinal, aqui vai o link do mesmo e, já agora, um resumo: 

A Irene dorme mal. Uma amiga foi a uma loja que lhe disseram que se desse uma abóbora especial o miúdo dela ia dormir imenso. E dormiu. Comprei a abóbora e... o que terá acontecido?



Eu acho sinceramente que temos (uma abóbora mágica), mas com a Irene não resultou. A minha fé (baseado no que aconteceu com o filho da Renata e que agora, sem abóbora, voltou a dormir a treta do costume) diz-me que não terá resultado por duas coisas importantíssimas: 

- o senhor meu marido não fez o que lhe mandei e diluiu a 'tadinha da abóbora num tachão enorme de sopa. Nem um clonix faria efeito diluído naquele bidão.

- a Irene tem uns 42 dentes e meio a nascer e (a não ser um clonix, lá está hehe) não seria certamente uma abóbora, por muito mágica que fosse, que lhe fizesse diferença.

Por isso, alinham numa experiência? Vamos tirar isto a limpo? Eu irei, em breve, quando passar a fase destes dentes mais manhosos, buscar mais patisson e dar-lhe aquilo quase puro para a miúda cair para o lado com os poderes da abóbora. Até lá, vocês podiam ver se resultava convosco. Se resultar, pode ser que tenhamos aqui uma cena revolucionária. Como fizeram crer que a baba de caracol era e... os sais do mar negro e o aloé vera... e... 


Eu não entendo nada destas coisas biológicas, sei que comprei a patisson na loja biológica de Benfica, a Stevia, como vos disse no post anterior. Nunca vi isto em supermercados, por isso não sei em que mais sítios se comprará isto. Quem souber e for encontrando vá dizendo aqui às outras mães. Ou as mães entendidas, digam já ;)

Sem ser "diz que disse", vamos tentar ter aqui uma amostra razoável para saber se isto resulta ou não e ajudarmos todas as mães que dormem mal e porcamente (e os seus filhos, claro, até devia ter falado disso primeiro, é verdade) voltem a estar sãs da cabeça!

Almofada de praia?

Depois do post de ontem (PRAIA: Lista de coisas a NÃO LEVAR) este vem mesmo a calhar. Como já não levámos carrinho (e foi tão melhor) houve espaço para correr este risco, que ainda por cima é um risco levezinho.

É das coisas que uma mãe de miúdos pequenos mais precisa para a praia? Não é.

Sou uma optimista? Confere. 

A verdade é que me ri bastante a olhar para a minha almofada, ali abandonadinha na toalha, deserta para levar com a minha mona em cima, a chorar por uns cabelos molhados de água salgada, e cheguei a pensar que ela não ia ter essa oportunidade.



Enganei-me!!! Consegui, durante uns quinze minutos seguidos (uau!), dar-lhe essa oportunidade. A Isabel esteve uns vinte minutos a brincar com as conchinhas e com o balde e a comer pêssego, à sombra, e eu consegui estar na posição horizontal, que tanto prezo, a levar com sol na cara. Quinze minutos de qualidade. Pronto.

Para a próxima vou tentar até passar pelas brasas.




Sim, tenho a sorte de ter uma filha que aguenta vinte minutos só com um balde. Por enquanto, claro. Pelo que vi à minha volta, as mães andam desalmadas de um lado para o outro e não sentam o traseiro nem cinco minutos.

Como é por aí?

Vale a pena alinharem numa almofadinha destas ou não conhecem a posição horizontal na praia há anos?

Almofada - Pingi ao cubo

Quis drogar a minha filha!

(a quem não lhe apetecer ler este bacalhau de texto, vá para o que "interessa" que é o que está a bold)

Sou o Correio da Manhã dos títulos dos posts, eu sei. A verdade é que tratei deste assunto exactamente como se estivesse a drogá-la. Acho que temos de ter muito cuidado, nunca se sabe. Mesmo com a questão dos produtos naturais... nem tudo o que é natural, é bom? Há coisas naturais que eu não quereria que a minha filha fumasse ou assim. Acho que já me fiz entender! 

Posto isto, reatei uma amizade antiga. A Renata foi minha colega há muitos anos num campo de férias (APCC no Mosteiro de Vairão - na altura foi muito giro, se se mantiverem como estavam ou melhor, recomendo muito) e ficamos "manas". Éramos as melhores amigas, inseparáveis até que nos separámos e não faço a mínima ideia porquê. Não andávamos na mesma escola e isso era complicado, provavelmente foi isso. 

No outro dia, à saída do jardim, encontrei a Renata, espetei-lhe logo dois beijos na focinheira e e não é que também já se tinha casado e era mãe? Fiquei tão contente! Começamos a meter a conversa em dia pela net e, eis senão quando, chegamos à brilhante conclusão de que somos vizinhas. Sim, no mesmo empreendimento. Claro que ficámos histéricas (não sei por que é que estou a falar por ela... eu, pelo menos, fiquei). Ah! Esqueci-me de dizer que ela também vai estar até Setembro/Outubro como eu a tomar conta do filho o dia inteiro. Só ficámos tristes de não termos sabido disto antes porque teríamos feito muita companhia uma à outra. Que amorosa que eu estou, não é?

Pronto. A Renata sempre foi um pouco pseudo natural. Usava daquelas roupas hippies e fitas que se compram naquelas bancas ao pé das praias. Tinha uma amiga igual a ela também toda... agora não me lembro do nome que dávamos às pessoas como ela... ah! Freak! Comecei a imitá-la, comprei umas saias para usar por cima das calças e tal... Pronto, agora ela já se veste normalmente, até porque tem uma profissão de gente séria, mas continua com a mania das coisas naturais e biológicas (principalmente por causa do miúdo). No outro dia, ela foi ao supermercado biológico de Benfica (eu sabia lá que existia tal coisa) e a senhora lá da loja (já vos falo mais dela) recomendou-lhe abóbora patisson para que o miúdo dormisse a noite inteira.



A Renata deu isso ao filho e ele que só costumava fazer sestas de 45 minutos, passou a fazer de duas horas e, nessa noite, dormiu das 21 às 8h só tendo acordado uma vez. Claro que fiquei cheia de piquinhos no pipi (perdoem-me a expressão, mas era mesmo esta que queria usar) e lá fui investigar sobre isto da abóbora patisson. 

Ao que parece (até depois de ter falado com o meu pai, que é químico), não tem problema nenhum usá-la. Por isso: CLARO QUE VOU ENCHARCAR A IRENE DISSO.

O que diz a net da patisson (aqui)? Vejam lá se quase não dá vontade de abraçar a porcaria da abóbora: 

"Esta abóbora, por ser branquinha, é baixa em oxalatos, o que faz dela um legume de excelência para dar a crianças, jovens e adultos hiperactivos, com comportamentos do espectro do autismo, epilepsia, perturbações do foro neurológico ou com dificuldade em dormir à noite."

Pronto. Vai daí fui ao STEVIA (que eu até já sabia que é o correspondente do açúcar para pessoas magras e felizes e saudáveis), que é o tal mercado biológico de Benfica e fui a babar-me até à patisson. Tinha mesmo de experimentar naquela noite, queria dormir uma noite em paz. Lá meti conversa, como não podia deixar de ser, com os donos daquilo e apaixonei-me pela Sra. Isabel. É daquelas senhoras que só dão vontade de dar beijinhos. Tem daquela pele que parece acabadinha de passar com o pano do pó, sabem? Fresquinha, lavadinha, como nova, coisa que normalmente as dermatologistas têm. Super amorosa a mostrar-me todos os produtos entusiasmadíssima, mesmo depois de eu ter dito que não faço parte desta religião das coisas biológicas e saudáveis. Não me tentou converter, mas mostrou-me um mel biológico da Guarda (da zona de Pinhel, tenho família de lá) e sal dos Himalaias que não resisti trazer. Eles têm facebook e a senhora é mesmo, mesmo amorosa. Como estão agora a começar, estive lá perto de meia hora a dar-lhes ideias para refrescarem o negócio. Fica aqui o Facebook deles. 

Bom. Trouxe a abóbora para casa. Cozemos aquilo e juntámos à sopa. Infelizmente o Frederico não fez o que lhe pedi e juntou ao tachão enorme de sopa que já tinhamos feito e a concentração da patisson não foi tão grande como eu gostaria. Queria mesmo que ela ficasse K.O. 

Demos-lhe a Patisson e...

Será que resultou? ;)

Venham daí esses bitaites.



Nota: Apesar de estar a tecer milhares de elogios aos senhores, não há aqui nenhum género de parceria, ninguém me ofereceu nada, nem sabiam que eu ia escrever isto.  Têm mesmo que os visitar se forem da zona.

6.21.2015

PRAIA: Lista de coisas a NÃO LEVAR

SOCORRO! Foi o que pensei quando pusemos os pés na praia hoje. Estava a ver já meio turvo e com a sensação de se desmaiasse até não era mal pensado porque ia finalmente descansar.

Aprendemos com os erros. Mas às vezes temos de errar não sei quantas vezes até acertar. Ora, no ano passado, arrendámos uma casa que ficava mesmo, mesmo em frente à praia. Era atravessar e pronto. Ia com a Isabel às horas das crianças para a praia num sling e púnhamo-nos em casa em menos de nada. Este fim-de-semana estivemos em Cabanas de Tavira, onde talvez fiquemos uma semana em Agosto. É muito bonito, sim senhor, não se tem de pegar no carro, mas ainda é um esticão até à praia. Pelo menos com filha. Pelo menos com malas. Pelo menos com lancheira. Pelo menos com brinquedos. Pelo menos com chapéu.

Fica a minha sugestão de ERROS que se comentem na hora de fazer as malas para ir até à praia:

- MALA DE VERGA. Em que é que eu estava a pensar? Fiquei com o ombro mais pisado que um bife do lombo. É que levar uma mala de verga da moda com uma toalha, um livro, um creme e uma garrafa de água, à solteiro, é uma coisa. Levar uma mala de verga com duas toalhas, a toalha dela, os cremes todos, os nossos e os dela, toalhetes, fraldas, roupa suplente, brinquedos, balde, máquina fotográfica... é ficar com o ombro cozido na certa.


Sugestão: aquele trolley de praia com rodinhas onde cabe tudo e mais alguma coisa ou uma mochila de alças.


- CARRINHO. A ideia é aparentemente boa. Vai no carrinho, pesa menos nas costas e ainda dorme na praia. ERRADO, pelo menos por aqui. Arrastar o carrinho pela areia fora, entrar no barco, passar por zonas enlameadas, mesmo com um carrinho todo-o-terreno é tarefa hercúlea.

Sugestão: uma mochila porta-bebés. Para dormir, dorme na toalha debaixo do chapéu de sol.


- SACO GIGANTE DE BRINQUEDOS. Para bem das nossas escolioses, a praia não tem de ser um parque de diversões. Aliás, com poucos brinquedos até pode ser que ganhem espírito de partilha e façam amigos mais depressa. Passam a ser os "teus e os meus".


Sugestão: Um balde, uma pá, uns dois ou três moldes e uma bola é mais que suficiente para eles se entreterem. Quando mais velhos, até podem levar um livro.


- DESPENSA. Com crianças pequenas não vamos ficar mais de duas, três horas seguidas na praia, por isso não vale a pena levar a casa atrás.

Sugestão: Fruta, iogurtes, água, umas sandes/wraps e está feito. Um saco-térmico dos pequeninos talvez seja suficiente.


- TOALHAS PESADAS: Convém levar toalhas, claro, mas para poupar nas idas ao fisioterapeuta, não aconselho a levar toalhas daquelas tradicionais, grandes e pesadas, quando molhadas. 

Sugestão: Umas toalhas fininhas, que demorem pouco a secar e que sejam leves e voilà.



- UM CHAPÉU DE SOL PARA CADA: gosto de observar um fenómeno que se verifica em muitas praias portuguesas: famílias que levam um chapéu de sol para cada elemento da família e muitas vezes sem se avistar vivalma. Marca-se os lugares, monta-se assim uma espécie de acampamento, com uns bons 20 metros quadrados, e depois não se põe lá os pezinhos. Deve ser este o conceito de praia exclusiva. Além de ser, como dizer, parvo, faz com que famílias com crianças como eu tenham de andar mais 4 km até arranjar lugar.

Sugestão: partilhar o chapéu com mais elementos da família. Parecendo que não, é muito giro. Joga-se às cartas, aos dados, conta-se histórias, partilha-se melão cortado aos bocadinhos, é mesmo engraçado.


Acho que para já, é isto. As nossas costas agradecem. É sempre bom não chegar à praia sem ser lavados em suor e sem uma tendinite. Se pouparmos nestas coisas, já podemos levar PÓ DE TALCO no saco. Pó de talco, perguntam vocês? Pois, pois, eu antes de me iniciar nesta coisa da maternidade só usava pó de talco naqueles dias em que adormecia e não tinha tempo de lavar o cabelo de manhã, para disfarçar a oleosidade (é um dos componentes, pelo que me explicaram, dos champôs secos). Passava na raiz um bocadinho, deixava actuar e depois tirava com uma escova. Um milagre.

Mas agora vou dar-vos esta dica: se passarem pó de talco nos pés dos vossos filhotes (ou noutras partes do corpo), a areia sai que é uma maravilha. Facto comprovado.

O que querem acrescentar à lista? :)

Consegui!! Consegui!!

Vocês que nos acompanham já devem estar fartas de saber que eu + Irene + sono nunca dá um resultado agradável. Nunca me entendi bem com pô-la a dormir a horas, lidar com as birras dela, lidar bem com as poucas horas que dorme de seguida durante a noite e tal. 

Ora, na semana passada, fez-se luz! A Verina Fernandes (da Sono de Sonho) perguntou-me como andava a dormir a Irene, lá me queixei e decidimos voltar ao horário de duas sestas. Como já me lembro de ter dito, eles estão na fase de transição entre uma sesta e duas até aos 18 meses, se não estou em erro. Como a Irene andava a acordar para a vida às 11 da noite, achamos que podia ser por estar a dormir uma sesta a mais mas, afinal, não. Andava sempre muito cansada só com uma sesta e muito birrenta. 

Como não sou nada adepta de deixá-los chorar até adormecerem, acho isso uma crueldade e mais um problema da nossa cultura de "se os mimarmos demais, ficam estúpidos", sempre que ia para o quarto com ela e, depois de lhe dar mama, ela ia a chorar para a cama, voltava para a sala com ela. 

Erro.

Os bebés também querem dormir (tal como diz o livro da Constança Ferreira que saiu há pouco tempo e que é um mimo, falei disso aqui) e, quando ela está birrenta, não quer dizer necessariamente que não queira dormir. Quer dizer que já passou o ponto, que está muito cansada para adormecer ou que não se quer separar de nós. Isto já são interpretações minhas, ok?

A Verina disse: "Joana, as mães têm de ser uma espécie de farol para os bebés nestas alturas. Ela precisa de dormir, está desorientada exactamente por isso e, portanto, cabe-te a ti ajudá-la. Não saias do quarto enquanto ela não adormecer."

Claro que me apeteceu dar um murro na boca da Sra. Dona Verina. Especialmente para mim, mãe de mama, não sabia minimamente como por a minha filha na cama sem ir já completamente k.o. com o leite. Achei que não era possível.

Foram três noites. Três noites em que não saí com ela do quarto (depois de um intervalo razoável em que ela tenha estado acordada para garantir que não estava a forçá-la a dormir, não tendo nosso, no caso da Irene, pelos vistos, só começa a ser possível adormecer para ela a partir das 3h30/4 de estar acordada), em que intercalava mama com cantar-lhe 42 músicas, imitava sons de animais, lhe dava o intercomunicador para a mão para brincar... Tudo servia para que ela saísse do estado de birra e voltasse a acalmar-se para uma nova tentativa, sem sair do quarto. 

Consegui na primeira noite (confesso que com dois Valdispert no bucho - eu sou ansiosa, não quer dizer que vocês precisem), consegui na segunda... a terceira também. E sabem que mais? Tornou-se muito mais fácil. A Irene já sabe que não sai do quarto quando é para fazer ó-ó e entrega-se ao sono mais rapidamente. 



O que isto fez? Fez com que conseguisse que ela fizesse duas sestas todos os dias. Em bons horários. De maneira a nunca adormecer depois das 21h. Fez com que já não houvesse nervosismo da minha parte quando se aproximava a hora de a por a dormir, nem do dela.

Ela agora deita-se na cama, acordada depois da mama, enquanto lhe faço festinhas no rabo e canto qualquer coisa. Depois vou eliminando cada coisa gradualmente. E saio de fininho do quarto (como falei aqui). 

Se demora muito tempo? Sim. Demora. Muito menos tempo que dantes quando desistia e voltava para a sala e ficávamos as duas enervadas? Sim. 

Confesso que também demora mais tempo porque começo a tentar adormecê-la um bocadinho antes da hora para ir menos cansada. 

Estou contente com isto. É uma nova fase. Sei que vai mudar para melhor e para pior também um dia destes, mas decidi partilhar convosco e, mais importante ainda, dizer às mães que dão mama que é possível adormecer os bebés na cama também. Nós somos capazes! :)