12.10.2014

Parabéns a nós!

Pois é, hoje fazemos um mês de existência. Um mês inteiro!

Quem diria que não só íamos conseguir encher o nosso querido blogue de posts, como íamos ter mais de 115 mil (MIL!!!) visualizações?! Isto enche-nos o coração!
Dá-nos muito trabalho, é verdade, mas por outro lado temos feedback, pessoas que nos lêem e que fazem comentários ao que escrevemos (essas, ao menos, sabemos que leram mesmo).
E ainda não desatámos à chapada umas às outras. Quase... Estou a brincar!

Fazendo um pequeno balanço, só posso pensar que é positivo. Não só porque ainda estamos online, mas também porque, e agora tambores.... Já tivemos algumas propostas de parcerias muito positivas! Vamos revelar uma delas hoje à tarde e a mãe vai dar. Ah vai vai!

Muito obrigada por estarem desse lado, a rir ou a chorar (ou até mesmo a refilar), connosco e com os nossos bebés. Estamos a dar muito de nós e esperamos que nos continuem a acompanhar!

Joana Paixão Brás, Joana Gama, Marta Vale Cardoso

12.09.2014

Saudades de "nós" e não de "ti".

Saudades de estarem grávidas? Tomem um pontapé!



Adorei estar grávida, mas nunca pensei que fosse dizer que sim a esta pergunta. Principalmente porque o final da gravidez é uma espera terrível para que tudo acabe. Até parece que é de propósito, para não irmos apavoradas para o hospital no dia do parto. 

O meu marido diz que, assim que a miúda saiu cá para fora, lhe disse que queria ter outro! Não sou masoquista, mas acho que, se calhar, pensei que iria ser tudo ainda pior. E quero, quero ter outro. Se o meu patrão estiver a ler isto, já não tenho emprego quando acabar a licença sem vencimento. 

(a disfarçar)

Quero ter outro, mas eissshhh... é daqui a muito tempo... Se tenho 28 anos, ainda tenho mais, pelo menos, uns 10 anos de fertilidade... 

(suspiro)

Hoje vesti um dos pijamas que usava quando já estava no final da gravidez. Chorei. Odiei ver-me magra ao espelho e, lá está, mais uma coisa que nunca pensei que fosse dizer (até porque eu e magreza...). 

Estou cheia de saudades de ser um "nós". Saudades de tudo. Lá fui eu à à caça das fotografias aqui no computador.


É esquisito estar aqui a publicar a foto de algo por cima do qual fiz xixi, mas acho que... é o único caso em que não é doentio.


Ao longo de toda a gravidez fui anotando as semanas que tinham passado. Se comecei na 7ª, imaginem aqui a ansiedade do bicho. 


A primeira vez que senti que estava mesmo grávida e não, não é uma publicidade de fino à clínica onde fui seguida nem à minha adorável médica, Dra. Marcela Forjaz. ;)


A fotografia está uma trampa? Tirada pelo marido que pouco se mexe do sofá. Era o enquadramento que havia (Fifa na PS e a cana de brinquedo dos gatos), que bonito. Já estava aqui bem grávida ou será que não? Acho que já ia para além das 38... Era "a qualquer momento" dizíamos nós às pessoas para as assustar.


Era isto que me estava a encher a barriga. Este pedacinho de gente que, aqui, tinha quase um mês. Amo-a mais do que tudo, mas agora que já sei como são as coisas, quero outra vez, quero mais e, se possível, uma igual porque é impossível ser melhor do que isto.

Saudades...

Não me façam demonstrações

A sério, não. Não, obrigada!

-Ah mas é só uma demonstraçãozinha, eu recebo comissão só pela demonstração, não me quer fazer esse favor? O nosso produto cozinha, aspira, lava a roupa e passa a ferro, ajuda os miúdos com os TPC e faz massagens.

-Pronto, se assim é, está bem.

NÃO FAÇAS ISSO MARTA MARGARIDA!!! (não tenho Margarida no nome, só achei que dava mais impacto).

Principalmente porque sou daquelas pessoas que fica com pena dos vendedores e depois compro tudo o que estiverem a vender, mesmo que não precise! E depois fico irritada e chateada comigo mesma e a achar-me estúpida por não ter sido capaz de dizer que não!

-Ah mas é só uma demonstração, não tem de comprar nada...

Tem de ser como se estivesse a educar o meu filho. Não é não.

-Não, obrigada! Passe um bom dia.

Já agora, só para enquadrar a coisa, fizeram-me uma demonstração, onde limparam o colchão do Lucas, que ainda nem um ano de uso tem. Conseguem imaginar o que aconteceu? Fiquei a sentir-me a pessoa mais imunda à face da terra e a pior mãe do mundo... Como era possível tirarem de lá tanta porcaria? Eu precisava de ter um aspirador daqueles!!! Já se sentiram assim? Isto tudo com uma demonstração! Por isso, não quero mais, obrigada.

Vai um rotativo nas trombas do Henrique?

O pai da minha cria tem razão. Há um momento em que as músicas do Baby TV nos deixam tudo menos relaxados. Começa a subir um calor pelo corpo e percebemos que nem temos o aquecedor ligado. 
As músicas e as vozes dos bonecos, normalmente estridentes e irritantes, despertam em nós um lado Kill Bill. Começamos a imaginar-nos a enfiar uma cabeçada no meio dos olhos do Billy e do Bam Bam. Ou então um rotativo nas trombas do Henrique.
os mariquinhas Billy e BamBam
o burro gordalhufas do Henrique
Para quem não sabe quem são estas personagens (nem sabem o que os espera...), passo a explicar: o gato mexicano gordalhufas, Henrique, vai todos os dias a um restaurante e nunca há o que ele quer. O dono do restaurante sugere-lhe que vá à mercearia, mas também nunca tem o alimento desejado. E ele acaba por ir ao limoeiro buscar o limão e leva-o ao dono do restaurante para ele confeccionar o prato, estão a ver a ideia? É isto. Todos os dias. Todos-os-dias!!! Raio do gato esfomeado e masoquista!
O Billy e o BamBam estão os dois sempre a dar gargalhadas, felizes da vida e arranjam sempre maneira de se divertirem com todos os objectos que lhe aparecem à frente, seja uma folha, uma meia, uma laranja. Tão queridos e tão mariquinhas.
Mas mais irritantezinho ainda é o Dinis, um bebé que começa a andar e que tem de levar com uma voz das mais esganiçadas do mundo a cantar. Digam-me, o que é aquilo?
O Charlie e os números, a música das garrafas verdes... só mesmo estando enfrascado se suportaria aquilo. 

Já tentei mudar para a Casa do Mickey Mouse e dei de caras com um rato com uma voz extremamente aguda. Sempre foi assim? Ou sou eu que agora valorizo muito mais o silêncio? 

Confessem: também têm odiozinhos de estimação?

12.08.2014

Simba

Calma, não vou aqui debitar o Rei Leão (Embora fosse capaz. Sim, sei aquilo de cor, e depois?).

O Simba é o meu gato de estimação e era o meu filhote antes de saber que ia ter o Lucas.

Quando soube que estava grávida, e como não estava imune à toxoplasmose, pedi com jeitinho à minha mãe se poderia ficar com ele até o Lucas nascer. A probabilidade de vir a apanhar o que quer que fosse era ínfima, não só porque eu apanhava os cocós dele com a mão dentro de um saquinho que virava do avesso e ao qual dava um nó (xiiii... granda descrição! mas deu para perceber, não deu?), mas também porque ele só saía à rua para ir ao veterinário. 

A minha mãe lá aceitou, e o Simba vive com ela, a tia, até hoje. Primeiro, era porque o Lucas ainda era tão pequenino, coitadinho, depois, era porque havia coisas para arrumar na nossa casa, e hoje é simplesmente porque sim. O facto é que eles, o Simba e a minha mãe, adoram-se mutuamente. A minha mãe mima-o e ele... pronto, é um gato. Um gato simpático e querido, meio totó e zarolho, mas um gato. Também fazem companhia um ao outro.

Mas o melhor disto tudo é mesmo a festa que o Lucas faz quando vai a casa da avó, e dá de caras com o amiguinho cor de laranja. Ri, guincha, gatinha a toda a velocidade atrás do Simba e agarra-lhe o pêlo e os bigodes. O outro, desgraçado, deixa-se ficar um bocadinho até achar que já chega, que não está para aturar aquilo, e põe-se na alheta assim que possível. E eu, mãe babada dos meus dois pequenos, derreto-me toda...

Agora estou na dúvida. Por um lado, adoraria ver aquela alegria na cara do meu filho todos os dias, mas por outro, sei que o Simba e a minha mãe estão tão bem um para o outro... Além disso, a questão da higiene preocupa-me. Principalmente nesta altura em que eles só gatinham e passam o dia ora com as mãos no chão ora na boca. Os amantes de animais dirão com certeza que isso não tem mal algum, mas eu não sei. E vocês? O que fariam?

Aqui fica uma amostrazinha do filme que é ver estes dois juntos (Música: Ain't it Fun - Paramore).


Tenho uma sogra fixe

Juro que não estou a cruzar os dedos atrás das costas, qual criança no pátio da escola. E muito menos estou a dizer isto para receber uma prenda porreira no Natal (mas sogrinha, aproveito a ocasião para, de forma totalmente desinteressada, lhe dizer que ando meeeeesmo a precisar de uma massagem). Tenho uma sogra fixe.

A mãe do pai da criança é fixe. Mais do que isso, é querida. Mais do que isso, é boa avó. Uma avó babada, como se quer. Assim que cheguei a casa dela, dei com isto.




Cada boneca com o nome de cada uma das netas. Alice. Laura. Isabel. E o quarto então parece um altar, cheio de fotos das princesas. 

A avó da Isabel vive longe, em Évora, por isso, sempre que lá vamos deixo-a curtir a netinha (e aproveito para tirar uma soneca, também). Confio nela. Pronto, por enquanto. Todos sabemos que as avós estão prontinhas a fazer coisas pela calada para agradarem as netas, a mimá-las, contrariando-nos. Faz bem. Faz parte. Mas só um bocadinho, Isabel! (sim, a avó também se chama Isabel, aliás as duas avós.)
Tenho uma sogra fixe, enérgica, boa cozinheira, boa conversadora, interessante, interessada,  nova de espírito. E a avaliar pelo trabalho que tem feito com a minha sobrinha Laura, que a adora, é uma óptima avó.
A minha filha tem sorte. Muita.

Vá, mas vamos ao que interessa: venha de lá essa massagem, sogrinha!



Fotos dos filhos na internet.

Acho que é normal sentir-se que não se deve publicar fotografias dos filhos na Internet. Acho que o mais normal é mesmo sentir que é tudo demasiado íntimo para estarmos a expor a tudo e a todos. Foi o que senti. Ainda na maternidade, no primeiro dia de internamento, queria fazer um post na minha página de facebook "profissional" (é esta, daí eu por o profissional entre aspas) a dizer que estava bem, que a Irene era magnífica, que estava tudo maravilhoso (apesar de, claro, não estar). Não achei que devesse publicar uma fotografia dela. Que nojo ter essa vontade de quebrar as barreiras de intimidade de um ser que nem um dia tem e publicar uma fotografia dele para todo o público ver. Ganhei uns tomatinhos (coagida por mim própria, que estupidez) e lá publiquei esta maravilha: 


A minha cara não é assim e não me refiro ao filtro. Pelo meu ar, parece que fui eu a ser parida e não a minha filha.  Ainda tinha eu a boca a saber a sangue (não sei porquê, mas é verdade) e ainda a miúda estava por ser lavada à séria. Velhos tempos. 

Já agora, um à parte (vou tentar que não seja tão longo como os da Teresa Guilherme), tive a Irene num hospital público e foi tudo espectacular à excepção da falta de apoio à amamentação - forte encorajamento do leite artificial, não tendo tempo para se dedicarem a mim e à Irene também-  e a questão do meu marido não poder ficar comigo. Sentimo-nos ambos muito, muito sozinhos (claro que me estava a borrifar para o que ele sentia na altura ou deixava de sentir). 

Como vêem na fotografia, a Irene está protegida. Foi isso que senti, além de não saber o que é que o Frederico queria fazer com essas questões das fotografias. Eu já estava numa luta interna enorme, porque sempre fui de partilhar tudo o que fazia (e a Irene é algo que eu fiz, certo?). Sou daquelas que tira fotografias aos ténis novos, à comida, às amigas (era menos uma e já não era verdadeiro usar o plural hehe), etc. Como é que agora, com a coisa mais preciosa do mundo, a mais bonita de se ver, iria conseguir restringir-me? Durante quanto tempo conseguiria ser criativa ao ponto de lhe tirar fotografias sem que se percebesse como é que ela era? 

Depois pensei. Sim, pensei. Aconteceu. Pensei e não consegui perceber o porquê de não se publicar as fotografias dos nossos bebés na internet. O meu caso é um pouco diferente porque, numa das minhas páginas, tenho mais de 20 mil pessoas, por isso estou mesmo a torná-la pública, mas e então?

É suposto que nos nossos perfis normais só tenhamos gente conhecida, gente em quem confiemos, certo? Mesmo que assim não seja, há maneira de restringir quem vê as nossas publicações através das listas ou mesmo escrevendo o nome das excepções. 

... mas e mesmo que vejam as fotografias dos nossos bebés?

Não consigo perceber. Os pedófilos poder-se-ão rebarbar com eles? Verdade, mas e então? Vão fazer-lhes mal? Não consigo publicar fotografias sugestivas da Irene, mas também não é meu hábito tirá-las.

Se publicar fotografias da minha filha, ela vai ser raptada? Por quem? Por terem visto fotografias dela na Internet? Como assim? Os miúdos que fazem publicidade nos catálogos de roupa são os que estão mais em perigo?

Cuidado com os emblemas das creches e isso. Porquê? Vão lá buscá-los e as educadoras de infância dão os bebés a quem apareça?

Não estou a ridicularizar os medos, também os tive, mas não os soube explicar a mim própria e a minha vontade de estar à vontade foi maior. 

Nem eu, nem o meu marido conseguimos materializar os nossos medos no que toque a essa questão. 

Alguém consegue? Sem ser só com os argumentos "eles andam aí", "e os pedófilos?"? 

Uma coisa mais concreta, por favor, em que efectivamente, publicar fotos da minha filha tivesse o efeito que alguém lhe pudesse fazer mal. 

Adorava que me fizessem mudar de ideias.

Há sempre uma parte de nós que não tem certeza, não é? 


12.07.2014

A minha filha ver televisão? Nunca!

Confesso. Eu era daquelas. Cheia de "nuncas".
"A minha filha vai ouvir música clássica. BabyTvs da vida nem pensar."
"A minha filha vai comer sempre comidinha fresca e biológica. Nada de boiões nem comida processada."
"A minha filha vai ter de saber esperar quando eu estiver no WC. Não vou interromper um cocó nem deixar um banho a meio."
"Nunca vou ser capaz de deixar a minha filha sozinha um dia inteiro."

Esta sou eu agora. 
"Se for só um bocadinho de televisão enquanto eu tomo banho, também não lhe há-de fazer mal." 
"Uma vez por outra para desenrascar, não há de ser o boião de fruta que a vai matar." 
(Com o cabelo por enxaguar e toda molhada) "O que tens filha? Vem cá à mamã!" 
(Com a filha ao colo enquanto se acaba o nr. 1 ou o nr. 2) "Pronto, pequenina!"
"Amor, quando fazemos o tal fim-de-semana a dois?"
Nunca digas nunca. 
É ir ao sabor do vento. 
É adaptarmo-nos às circunstâncias. 
É irmos gerindo as excepções à regra. 
E não nos sentirmos culpadas. São isso mesmo, excepções.

A minha filha está amarela!

Está mesmo, não estou a brincar!

Tenho vindo a reparar que, nalguns dias, o nariz dela e as pontas dos dedos estão mais amarelos, mas disse para mim que era uma pseudo icterícia por não sermos umas galdérias e não andarmos sempre a sair de casa.

Se fosse icterícia, era uma icterícia pequenina, não ia fazer mal. Além disso, o parque dela fica perto da janela, pelo que tem levado com mais sol na fronha e, na minha cabeça, dentro de alguns dias já ficaria com a cor de uma Patrocínio.

Lá decidi investigar porque, numa fotografia em que toda a alegria natalícia da Irene está mais do que bem representada, era demasiado evidente. Já não era paranóia minha de certeza.

Como nós, mães, vivemos muito de mandar bitaites sobre coisas que não tenhamos resposta ("será que ela não dorme bem porque não gosta do edredão novo? será que é porque tem pesadelos por lhe termos mudado o boneco? será que é por causa do calendário dos bombeiros de Setúbal que está inquieta?"), demorem o tempo que precisarem na fotografia para pensarem nuns quantos e, depois, poderão ler a "solução".


Gosta tanto do Natal como aqueles velhotes que já se deitam às 6 da tarde.

Ora bem, do que investiguei e à falta de resposta que faça mais sentido...

... ela tem comido vegetais amarelos/laranja a mais e, como não consegue digerir todos os betacarbo... qualquer coisa, a pele deixa-os vir ao de cima. 

Explicação de alguém com um QI superior aqui e resposta num fórum com mães de filhos laranja aqui

12.06.2014

Isto são horas?

Se há coisa que não suporto é de chegar atrasada. Deixa-me os nervos em franja. Como devem calcular, como sou pontual, também não gosto que me façam esperar. É que não acho a mínima piada. Não, nem mesmo um bocadinho pequenininho assim.

Desde que fui mãe, esta minha mania de querer que as pessoas cheguem a horas (só pode ser mania mesmo, devo ser eu que sou muito exigente, porque há um montão de pessoas que acham que chegar atrasado e deixar os outros de plantão é a coisa mais normal do mundo) intensificou-se... vá, um bocado. Pronto, vou ser sincera: imenso!

Seria de esperar que, não havendo respeito pela minha pessoa, ao menos houvesse pela minha pessoa quando esta se faz acompanhar de um bebé pequenino, que não só tem uma rotina a cumprir (senão é caso para ter uma "noite daquelas" - é ou não é?), como é capaz de ficar impaciente e a berrar num nanossegundo.

Por isso, quando combino ir tomar café com alguém, já que sou eu que tenho o bebé e mesmo assim consigo chegar a horas, o mínimo a fazer é que não se atrasem! E vá, ainda que seja só um bocadinho, ao menos que avisem! Os telemóveis também servem para isso, não é só para se andar no Facebook a cuscar a vida dos outros e a ler blogues (embora eu ache muito bem que o façam! ler blogues, entenda-se. principalmente este).

Atenção, não estou a criticar quem se atrasa esporadicamente e que não tenha controlo sobre o que lhe acontece! Por estas bandas é melhor clarificar bem as coisas, não vá vir o carmo e a trindade porque eu ter alegadamente dito, muito agressivamente, que quem se atrasa é estúpido. Era só um pequeno apontamento. Onde é que eu ia? Ah! Esclarecidas as minhas intenções, critico sim as pessoas que se atrasam por sistema e digo-lhes, com má cara, "Isto são horas?".

Fui só ali comprar uma coisinha.

Não, não e não. Não compramos só uma coisinha quando não temos nada para fazer a seguir às compras. É uma das razões pelas quais eles não gostam de ir às compras connosco, a outra é porque, geralmente, estamos a comprar coisas para cobrir o que eles mais gostam em nós. Amuam.

Fui só ali comprar um ou dois pijamas quentinhos porque não ganho para o aquecimento central (literalmente também porque estou de licença sem vencimento) e, então, optámos por enchouriçar a Irene para ela não ter frio e para ver se é isso que a tem feito acordar de hora em hora durante a noite.

Fui às lojas do costume e claro que "ah, também preciso disto!", "mais vale comprar isto também", "há que tempos que era para comprar isto...". 

O pior? O pior é que vem aí o Natal e, de certeza, que vou (vai, a Irene) receber ou podia receber mais de metade das coisas que aqui estão, mas estou super contente na mesma. 

O quê? Ver quanto dinheiro me resta na conta? Já vou. Sim, sim. Estou a ir. Vejo amanhã. 

Não são aquelas fotos todas chiques das bloggers super profissionais porque, que engraçado, não sou uma blogger chique, nem super profissional (apesar de saber que a Joana Paixão Brás vai ficar cheia de urticária com estas fotografias aqui, duvido até que este post seja publicado). 




Mordedor gelado que dá para congelar da Chicco.


Luvas e babygrow peludo daquela loja do colombo que faz esquina com a Tuc-Tuc, Geoc? Geoxx? A minha sogra comprou lá um babygrow em cor-de-rosa e fui lá buscar o irmão.


Meias da Zippy, das quentinhas.


Meias e "Uggs" da H&M.


Babygrow Rena da Zippy.


Toalhas de banho da Zara Home (a borrega já não cabe nas de recém nascido). 


Meias e babygrows pseudo-quentinhos da Zara.


Como fui eu a arrotar para esta brincadeira, os meus agradecimentos vão para a velhota que me deixou passar à frente na Zippy e a toda a equipa de som, luz e efeitos especiais que tornaram isto possível. Este post é para vocês. 

12.05.2014

Blogger da semana (#01) - O Copinho de Leite

Há blogs para todos os gostos, verdade? Até para pessoal que tenha fetiches esquisitos, com peças de lego, por exemplo. 
Não é o caso.

Este blog tem uma missão.



Se ainda não conhecem O Copinho de Leite, fico contente por vos dar a conhecer. É um blog alérgico à proteína do leite de vaca (APLV), tal como a minha filha. Depois do terror das análises (escrevi sobre isso aqui), encontrá-lo fez-me sentir que é possível lidar com isto de uma maneira menos dramática, caso não passe por volta dos 12 meses. 


Quais foram os primeiros sinais de que o seu filho poderia ser APLV?

A APLV tornou-se evidente aos quatro meses, quando o eczema se alastrou ao corpo todo e, também, quando comeu a primeira papa (e era não-láctea). Ficou com uma enorme crise de urticária e ligeiramente inchado. Com os conhecimentos que tenho hoje sobre a matéria, vejo que as manifestações começaram muito mais cedo. Era um bebé que não dormia (nem de dia nem de noite) e estava sempre a chorar (sobretudo depois de ter comido), dando mostras de um grande desconforto. 


Qual foi o seu processo? Análises, especialistas, retirar imediatamente tudo o que tivesse leite de vaca da dieta do seu filho e da sua quando (se) amamentou? 

O pediatra que o seguia na altura não estava minimamente sensibilizado para as questões das alergias alimentares. Por nossa iniciativa, procurámos uma alergologista que pediu análises. Os resultados foram inequívocos: alergia às proteínas do leite de vaca, em grau elevado. Eu comecei a fazer evicção total do leite e da soja, pois amamentei até ele ter um ano. 
Também consultámos um dermatologista pediátrico, por causa do estado caótico da pele. Ah, e mudámos de pediatra… duas vezes!


Sentiu que não existia informação organizada de forma útil para mais mães, nesta situação, consultarem, daí o blogue?

Eu tive a sorte de encontrar uma alergologista que me facultou toda a informação necessária, para aquela fase de “arranque”. Todavia, é um facto: não havia quase informação nenhuma disponível, com excepção de alguns sites brasileiros. Entretanto, tive conhecimento da Alimenta – Associação Portuguesa de Alergias e Intolerâncias Alimentares, o que acabou por contribuir para não me sentir uma perfeita extraterrestre. 
Sim, pode dizer-se que o blogue cumpre esse propósito. Fui incentivada por várias pessoas a fazê-lo, quiçá fartas das minhas palestras informais sobre alergia alimentar!


Qual será, na sua opinião, a percentagem de diagnósticos acertados de APLV em bebés? Poderá ter-se tornado numa "alergia da moda"?

Quiçá condicionada pela minha experiência, em que houve um diagnóstico tardio que poderia ter tido consequências muito graves, acho preferível que se coloque a hipótese de alergia alimentar, do que não se coloque de todo. 
Não creio que se trate de uma alergia da moda, trata-se de uma questão de saúde que, infelizmente, tem vindo a crescer a um ritmo preocupante. 


Considera que é um "problema" ou, apenas, uma questão de cuidado extra?

É uma condição de saúde, que exige um milhão de cuidados extra, muitos dos quais nem passam pela cabeça da maioria das pessoas. Meter um iogurte dentro de um saco fechado, antes de o deitar no lixo lembra a alguém? Pois… a nós sim. 



Se não fosse a APLV, estaria tão activamente envolvida na alimentação do seu filho, fazendo iogurtes caseiros, por exemplo?

Não, de todo. A APLV veio revolucionar por completo os hábitos alimentares e de consumo da família. 


Sente que a falta de apoio à amamentação nalguns hospitais poderá ser uma das principais causas para o despoletar da APLV visto que facilitam um contacto prematuro com o leite artificial?

Existem algumas evidências científicas que o contacto precoce com o alérgeno pode desencadear estes quadros. Porém, há muitos casos de crianças com alergias, que só ingeriram as proteínas do leite já tarde e são alérgicas na mesma. 
Concordo, todavia, que existe falta de apoio à amamentação nos hospitais. Eu senti isso e de que maneira! Valeu-me a minha obstinação e a forte convicção de que amamentar era o melhor que eu podia fazer pelo meu filho. Não estou arrependida! 


No vosso dia-a-dia, que produtos  sente que faltam para crianças com APLV?

Imensos produtos: papas, bolachas, iogurtes, leite com sabor decente, etc. A oferta ainda é muito escassa, limitativa e dispendiosa. 


O que falta fazer para melhorar a vida dos copinhos de leite?

Acho que falta “empowerment”! A criação do meu blogue é também para colmatar isso. As pessoas com alergias alimentares, os pais de crianças com alergias alimentares, têm de começar a criar um “buzz” em torno destas questões. Reclamar um lugar seguro para si e para os seus, nos meios onde estão inseridos. Têm de parar de pedir desculpa por uma condição médica, que não escolheram nem as define! 


Conselhos a futuros pais para estarem em cima do acontecimento?

Diria que, ninguém conhece tão bem os vossos filhos como vocês, mesmo que sejam pais de primeira viagem. Atenção à pele, aos cocós, aos padrões de sono, etc. Não tenham medo de parecer chatos, de fazer perguntas aos médicos, de pedir segundas opiniões, se for caso disso. 


Conselhos para mães copinhos de leite?

É importante aceitar que, por mais que nos custe, não podemos controlar tudo. Essa coisa do mundo almofadado e “milk free” não existe. 
Aligeirar a culpa que sentimos constantemente (pelo cheeseburguer que comemos aos nove meses de gravidez, pela tosse nocturna, pelos iogurtes que ficaram uma porcaria, pelo chocolate comido às escondidas deles, pelo buraco na camada de ozono… ) também é importante. 

Obrigada, mãe Copinho de Leite, pela disponibilidade não só para a entrevista, mas também para ajudar outras mães!

Como tornar um post sobre roupa num ringue de boxe

O quê? Um texto a justificar um texto? Não faças isso, é só parvo, não, nãaaaaao!
É mais forte do que eu.

Quando escrevi este texto (Glossário de roupas betas) estava longe de imaginar que seria tão partilhado, comentado, amado, mas também odiado. Foi o post mais lido de sempre. Li-o, por acaso, antes de o publicar, em voz alta a quatro amigas betas (ui! lá estou a catalogar... vou já ali buscar a chibata) e elas souberam rir-se de si próprias e achei que essa seria a reação expectável.

Mas já me tinham alertado: no dia em que tenham um hater, é bom sinal. Verás que a partir desse momento uma blogger pode escrever, desinteressadamente, sobre o tempo "ai, que sol bom!" e vai haver logo algum comentário a dizer "umbiguista! só pensas em ti! aqui está de chuva" ou "dizes isso porque tens motivos para sorrir e os que estão internados no hospital?" Há sempre indignados.

Neste mundo da maternidade tudo mexe com todas (e digo "todas" porque as mulheres se dão normalmente mais ao trabalho de seguir blogues de maternidade) . Sejam temas mais sensíveis como a amamentação, sejam temas mais descontraídos, há sempre alguém que se sente melindrado e leva tudo a peito. Há pessoas que não se sabem rir de si próprias, há pessoas que não percebem a ironia, há pessoas que percebem, mas não gostam. Estão no seu direito, atenção, mas nós, bloggers, não podemos pensar nas pessoas que não vão gostar ou ter um blogue não seria divertido. 

Escrevi sobre roupas betas. Logo o título, que "discrimina, que cataloga." Podia ter escrito sobre roupa "coquete", "certinha", "arranjadinha", mas tenho a certeza de que alguém se iria indignar também.

Escrevi que não gostava de fatos de treino do Mickey. Apareceu logo a Liga Defensora dos Ratos a dizer que era o que as crianças gostavam e que não tinha mal nenhum. Claro que não tem mal nenhum! A minha filha já foi para a creche com a Minnie, com a Kity, com bonecos com os quais não simpatizo. Para mim, a cavalo dado não se olha o dente: são confortáveis e dão um jeitaço. Regra geral não lhe visto, mas, como é óbvio, é completamente irrelevante nas nossas vidas! (até me sinto parva a ter de justificar isto...) 

Falei das roupas tigresse: não acho que fiquem bem em crianças, acho que têm tempo para vestir peças tão pesadas. No dia seguinte, a Joana Gama (co-autora do blogue) publicou fotos da filha com um casaco leopardo. Até ela, que é a bebé mais bonita que conheço, não fica, na minha opinião, bem com aquilo. Agora o que é que isso verdadeiramente interessa? O que vi nas fotos? Uma família, no jardim, numa tarde de sol, a aproveitar o dia, de "coração quente". 
O que a Joana pensa das roupas "pipis" que visto à minha filha? Provavelmente o mesmo que eu penso do casaco leopardo. Chateamo-nos por causa disso? Ofendemo-nos? Nunca. Rimo-nos, só.
Roupas são só roupas, não devem ser motivo de ofensas gratuitas como as que vi na caixa de mensagens. Picardias entre mães com "bom gosto", como se descrevem, e mães que se estão a marimbar e que querem ver os filhos felizes. Mas não queremos todas? "O que interessa é o conteúdo do que está no pacote, blá, blá." "O que interessa é as crianças correrem, brincarem". Mas isso não deveria ser óbvio? Queriam ter lido um texto chatinho cheio de verdades de la Palice?
Peço-vos: descontraiam, não se chateiem com coisas menores, divirtam-se, brinquem, não se ofendam. 
Viva às roupas do século passado! Viva! Viva às roupas da Disney! Viva! Viva ao estilo Liliane Marise! Viva! Viva à diversidade! Viva!

(Pronto, ficaram mais tranquilas e descansadinhas?)

Sugestões para o fim de semana (#02)

Olá olá! Hoje é sexta-feira! E o que é que isso quer dizer? Que a mãe é que sabe vai ser vossa amiga e dar-vos algumas ideias para entreter os vossos mini mais que tudo.
E parece que vai estar bom tempo neste primeiro fim de semana de Dezembro (e que é prolongado! YES!!!)! Tirando o frio, esta é uma excelente oportunidade para tirar os miúdos de casa e aproveitar os raios de sol de outono!
Aqui ficam algumas sugestões para a zona de Lisboa:
_The Lisbon Outdoor Day - Feira de Animação Turística de Lisboa
Várias actividades a vários preços e para todas as idades no Passeio Marítimo de Algés. Esta feira irá decorrer nos dias 6 e 7, das 10h às 18h. Reservem já as vossas preferidas antes que esgotem!
_Feira dos Sabores no Jardim Botânico da Ajuda
De 6 a 8 nada como relembrar com os nossos filhos os sabores da nossa infância. E começar a preparar o corpo para os excessos do Natal, claro! Mais informação aqui.
_Rumpel... e o Reino de Grimm, no Teatro Turim
E uma ida ao teatro? Para quem prefere os dias de chuva para passear, aqui fica uma história muito engraçada pelo mundo encantado de Grimm. Para mais informações podem consultar o site do Teatro Turim.
E para as mães do Porto não se desgraçaram completamente no fim de semana passado no Mercadito da Carlota, aqui fica mais um mercado recheado de marcas portuguesas para abrirem os cordões à bolsa e tratarem já das prendas de Natal:
_Mini Market - Coliseu do Porto
Dia 6, das 10h às 19h, com entrada gratuita. Mais informações na página de Facebook.
E para quem se desgraçou mesmo... Uma actividade gratuita! :)
_Sábados a Contar - Biblioteca Municipal Almeida Garrett
Às 11h00 e às 15h30 podem divertir-se com os vossos filhos na Hora do Conto, seguida de actividades de expressão plástica, escrita ou dramática. No dia 6 a história será "Lulu e o pinheirinho órfão", para crianças a partir dos 3 anos. Para mais informações: 226 081 000.
Há ainda, por muitas salas de cinema espalhadas pelo país, Os Pinguins de Madagáscar, e a Óbidos Vila Natal (em Óbidos, para o caso de não ser claro) que decorre até 4 de Janeiro.

Toca a aproveitar e boas diversões!

Sino de Natal

Ou "Raio dos TPCs para os pais", em homenagem a este post do Pais de Quatro (que, já agora, é hilariante).
Sendo "mãe de primeira viagem" e já tendo o bebé na creche fui, também, agraciada pela referida tarefa!
Fiquei toda orgulhosa, devo dizer!
"Eu? Participar nas festividades da escola? Já? Querem que decore um sino feito em cartão de Cerelac? Com muito gosto! Adoraria!" Isto foi o que eu pensei... na altura!!! Na hora de fazer já foi um bocado diferente, para variar.

Foram dias e dias a imaginar como poderia fazer para que o sino ficasse A Melhor Obra de Arte Jamais Produzida em Tempo Algum. Colagens? Papéis xpto com brilho? Bling bling? Purpurinas? Adoro isto!!! Até tinha os olhos a brilhar com o potencial piroso de tal obra de arte! Entretanto o tempo foi passando e o tempo para ir comprar os materiais também se foi.

Ok, não há crise, pensei. Tenho cá em casa tintas acrílicas, com as cores primárias e ainda uma cobre. Perfeito!!! Vai ficar Quase a Melhor Obra de Arte Jamais Produzida em Tempo Algum! Afinal, tirei um curso de Arquitectura, para alguma coisa há-de ter servido. Mas, claro está, o tempo foi passando...

Quando não dava para adiar mais, resolvi cingir-me então aos lápis de cor. Já não me lembrava como era difícil pintar com lápis de cor... Mesmo com os meus Caran 'Dache Supracolor Soft todos cromos de 22 anos, pintar em cartão não estava ser nada fácil... Pelo menos de modo a que ficasse alguma coisa de jeito. Ouvia a minha mãe na minha cabeça a dizer para pintar em círculos de modo a não se verem riscos nenhuns! Também não queria que aquilo parecesse ter sido feito por uma criança de 4 anos... Consegui começar na última sesta do Lucas, intervalei para ele jantar e tomar banho, e lá consegui acabar quando ele regressou ao sono. Ufa! Estava a ser um parto a ferros...

Observei a minha Quase Obra de Arte. Eh lá.... Até nem ficou nada mau, pensei. Deixa lá tirar uma fotografia para a posterioridade. E não é que na fotografia ficou muito melhor (tirando a minha infeliz ideia de colocar um "Feliz Natal" todo rococó)?


E as vossas Pseudo Obras de Arte ou Lá Como é Que Querem Chamá-las? Tiraram-vos o sono? São competitivos em relação aos outros pais? Têm mais filhos como os Pais de Quatro e rogam pragas aos professores?

12.04.2014

Conversa de mães (#02)

- O meu Pedro está constipadito, o pobrezinho.

- O Martim também, está com tosse, com expecturação...
 
- Pois, uma chatice. Esta altura é terrível. Andam p'raí as viroses.

- E este tempo, que ora chove, ora faz sol, ninguém se entende.

- É que nem houve outono, passou-se do verão para o inverno.

- E na creche, já se sabe, apanham tudo.

- É o infect...

-...ário!!!

(passados 5 minutos)

- Tenho feito aeros...

-...sóis. Pois, eu também. Mas o Pedrinho tem ranho assim amarelo p'ró esverdeado e sai depois no cocó, sabes?

- Então não sei! Vem o cocó com bocadinhos de ranho. Sei tão bem. Antes assim do que infectar ou ficar com uma otite, sofrem tanto, coitadinhos.

(passados 5 minutos)

- E o Martim tem feito bem cocó?

- Tem dias. Às vezes parece uma fábrica de petites gâteaux, outros dias fica mais preso. Ele não pode comer banana.

- Olha o Pedrinho andou assim, cortei na cenoura na sopa. O cocó começou a sair logo mais molinho. Mas o cheiro, nem imaginas! Parece que está podre!

Regra nº. 2 - conseguir passar 30 minutos seguidinhos a falar das maleitas, do ranho verde e do cocó mole dos filhos

Chupeta, será chuperto ou chúpido?

E não é que os nossos miúdos andam o "dia inteiro" a mamar um pedaço de silicone

Não estou a insinuar que as nossas leitoras têm maminhas "novas" mas, se tiverem, não quero ver porque morro de inveja. Já o meu marido não se deve importar de ver, peçam o mail no comentário. Não se ponham é com muitas conversas: enviem, ele agradece e pronto.  

A sério que adorava ter maminhas dessas sem ter de passar pelo processo e, ainda por cima, estes soutiens manhosos de amamentação, só fazem com que olhe para elas e sinta que deveriam estar no corpo da já falecida há algumas dezenas de anos, duquesa de Alba. 

Pensando melhor, não enviem nada para o meu marido. Deixem-no estar cá em casa que me parece feliz. 

Dei por mim a pensar nisto da chupeta. Achamos, sem dúvidas, bizarros alguns actos praticados nas gerações anteriores à nossa: "como é que é possível terem posto açúcar nas chuchas?", "e darem-lhes leite de vaca nos primeiros meses de vida?", "e comerem um pacote inteiro de ovos moles com apenas 3 dias de vida?".  O que será que dirão de nós, mães de 20xx, daqui a uns anos?

Isto da chucha será para durar? Sabemos que não é natural, porque não imagino que os bebés andassem aflitos a chuchar em machados de pedra, em pequenos pedaços de anta ou na barba da mãe. Mamariam sim, onde? No Magoito? No olho esquerdo do Poiares Maduro? Não, nos valentes tetos, sempre disponíveis (calculo que, na altura, não só para os filhos) da sua mãe (ou se calhar até de outras mães que tivessem por perto). 

Qual é o propósito da chucha? Li algures (sei onde foi, mas não me apetece estrilhos, especialmente com o Dr. Mário Cordeiro que admiro) que a chupeta, muitas vezes, serve para calarmos os miúdos e que os pais é que deveriam usar chupeta. Quando li isto, grávida de oito meses, pensei "granda moral que tem o senhorzinho para dizer estas tretas" (não consigo mesmo dizer mal do Dr., ainda para mais cruzei-me já com ele num programa de televisão e tem um ar adorável) e depois, claro, pensei "tenho de ir urinar". 

Muitas mães poderão ter problemas na estabilização da amamentação pelos bebés anularem ou se distraírem dos desejos de chuchar, sede e fome com a porcaria do plástico. Descansem, não estou aqui novamente para falar de amamentação dando as minhas opiniões aos berros, mas a verdade é que, se mantivéssemos tudo no registo mais natural possível, tudo aconteceria naturalmente, certo?

Confesso que isto da maternidade anda a fazer-me pensar a priori. Nunca foi grande característica minha, mas agora as responsabilidades são outras. Porém, há coisas que não costumamos questionar por serem "normais" ou "tradicionais". O "normal" muda com o tempo, com as modas, com os conhecimentos, com os interesses... 

A minha filha usa chupeta. Usa, para aí, desde o segundo mês de vida (durante o primeiro mês é provável que cause nipple confusion, o que não é nada bom). E, confesso que, quando lhe espetei a chucha na boca, senti tristeza e ciúmes (sou maluquinha, eu sei). Primeiro, porque tinha parido o leitãozinho há pouco tempo e tudo me dava tristeza, até o rodapé da sala. Depois porque achei que a chucha estava a substituir-me. Senti isso e, como tantas outras coisas, borrifei-me para isso: "todos os bebés usam chuchas, deixa-te de merd*s". 

Não é isso que faz das nossas decisões as mais correctas, não é? Aquele argumento infantil, mas que não deixa de ter alguma pertinência "e se todos as mães atirassem os bebés da janela de um Ford Fiesta, atiravas?". Não. Até porque nunca teria um Ford Fiesta.

O que vai na minha cabeça:

  • pode deformar os dentes
  • ajuda a adormecer
  • prejudica o bebé em conseguir arranjar mecanismos para se "acalmar sozinho"
  • afasta o bebé da mãe (porque, se não houvesse chucha, provavelmente a mãe teria que o acalmar com contacto físico)
  • tenho que ir comer qualquer coisa (sim, isto de ser anafadinha dá trabalho: tenho que me levantar e ir à despensa imensas vezes ao dia)
  • há chuchas muito, muito giras e adoro combinar as chuchas com as roupas
  • às vezes é só pôr a chucha e a miúda fica calada (o que dá tanto jeito)
  • pode dificultar o processo de amamentação
  • é uma carga de trabalhos (acho que não é mito) fazer o funeral da chucha (parece ser parecido com o deixar de fumar, não é?)
  • atrasa o nosso processo de reconhecimento de quando estão prontos para ir fazer a sesta (sorry, mas não consigo explicar esta melhor do que isto)

Se a Irene usa chucha? Usa. É muito gira. A chucha e a Irene. Dei por mim a pensar nisto. Não vou mudar nada porque, por causa daquelas coisas que senti, ela praticamente só a usa na cama, para adormecer. 

Deixo aqui, porém, a reflexão à maneira do "homenzinho que achou que tinha muita moralzinha": 

Será que eles pedem mesmo chucha? Ou pedem outra coisa qualquer mas calam-se por ficarem de boca cheia?




Bebegel a torto e a direito?

É das coisas que mais pode fazer os pais entrar em desespero: o bebé não fazer cocó.

Ele é massagens ele é trinta por uma linha, mas quando o bebé não consegue fazer, não faz... E fica com dores, tadinho!

Felizmente para todos, mas principalmente para os bebés, existem umas bisnagazinhas cor de rosa muito porreiras, a que damos o nome de Bebegel. É remédio santo! Acaba-se quase ali na hora o sofrimento! Do bebé, que depois vem o dos pais de ir limpar cocó de três dias (não é bonito).

Mas isso é mil vezes preferível a ter um bebé com dores! À conta disso, até ao dia em que o meu filho começou a comer sopa, fazia um Bebegel de dois em dois dias. Foi só ouvir as palavras mágicas da pediatra a dizer que não havia mal nenhum, que com a introdução das sopas ia deixar de ser preciso, e siga! Não quis saber se mais opiniões nenhumas! Se a pediatra dizia que não fazia mal, não ia esperar mais tempo para que ele conseguisse fazer sozinho, pois até lá ia estar cheio de dores e ia ter imensa dificuldade em fazer à mesma. Pois, bem dito bem feito. No dia em que o Lucas comeu sopa pela primeira vez fez cocó sozinho, e até hoje (já lá vão quase 6 meses) nunca mais teve dificuldade.

Por isso já sabem, o Bebegel é vosso amigo! E dos vossos bebés também!

(se precisarem da técnica perfeita para aplicar digam que eu explico) :) - Quem é amiga, quem é?

12.03.2014

Só quero rapazes.

Gostava de ter mais filhos. Não sei se será possível, nem se o for, quando será. No entanto, se fosse hoje e se pudesse escolheria ter outro rapaz...

Quando soube que estava grávida perguntei-me vezes e vezes sem conta, como aliás todas nós, se seria menino ou menina. Ia às lojas ver roupinhas e o facto é que ter uma menina era muito mais aliciante! Roupinhas giras, mesmo as mais baratas. Tudo e mais umas botas, cinquenta mil milhões de modelos por onde escolher. Tudo tão mimoso e fofinho!

Depois soube que ia ter o Lucas. Se fosse rapaz o nome já estava escolhido e tudo! Se fosse rapariga não. À medida que o tempo ia passando, ia-me apaixonando cada vez mais por ele, e com a ideia de que ia ter um menino. Nunca tinha reparado antes, mas as roupinhas de menino também eram, afinal, aliciantes. Giras, modernas, "abebezadas" ou mais "de crescido". Está certo que não havia (e ainda não há, e creio que não venha a haver) tanta variedade como para menina, mas fui sempre escolhendo conforme o que ele necessitava. Às vezes perdia-me um pouco, mas não houve uma peça de roupa que o Lucas não vestisse pelo menos uma vez e à grande maioria foi dado muito uso. Dentro do possível, claro! De semana para semana há roupa que deixa de servir, tanto que hoje em dia já a compro com alguma folga.

Não sei se também pela personalidade dele e da minha, confesso que, a ideia que tenho no dia de hoje (sei lá se não vou mudar de ideias, principalmente se engravidar e for uma menina, claro está), é que sou muito mais compatível com filhos rapazes que com raparigas...

Enfim, o tempo dirá se vou continuar com a mesma opinião ou não...

E vocês? Só têm meninos ou meninas? Também sentem que o que vos "calhou" é o melhor que vos poderia ter calhado (se é que isto faz algum sentido...)?

É a cara chapada do pai!


Se há coisa que ouvimos durante a maternidade é esta frase, confessem!

A bebé acaba de se esmifrar para passar pelo pipi, parece um repolho, e já é "igualzinha ao pai dela".

Fazemos uma ecografia morfológica e é incrível: pai, pai, pai. "Mas o nariz é da mãe", dizem para nos animar. Obrigadinha!

A criança faz 1 mês e está "cada vez mais pai".

A criança faz 6 meses e "não há hipótese, é toda pai!".

A criança começa a andar "Oh pá! Até a andar, não engana!".

A filha já tem maminhas mas "sai ao pai". Pobrezinha.

No meu caso, olho para a Isabel e não consigo. Juro que não é para não dar a mão à palmatória, não vejo essas parecenças óbvias. Aliás, até há quem diga que está cada vez mais parecida comigo. No dia a seguir: "é toda David". Ora, decidam-se lá, fáxavor!

O pai da criança no início ainda se dava ao trabalho de anuir: "pois, é parecida comigo, coitadinha" e ria-se. Ali nos primeiros meses até eu já era obrigada a concordar, tal era a lavagem cerebral: "sim, realmente, o queixo (ou a ausência dele), a boca". Mas isso faz uma pessoa e outra iguaizinhas? E os olhos? As pestanas? O nariz (abatatado, como o da mãe) não contam?

Pronto, já perceberam que me roo todinha (e que tenho uma inveja do piorio), não já? Eheh

Pelo que li algures, é um mecanismo de defesa da espécie o pai reconhecer a criança como filho nas semelhanças. E mais não pesquisei, não faço ideia dos estudos que foram feitos nem de como se chegou a essa conclusão.

Mas agora ponho à vossa consideração: pai OU mãe?

Nota: a escolha das fotografias obedeceu aos mais rigorosos critérios e foi supervisionada pela Santa Casa. Nem eu seria capaz de pôr fotos nossas em criança para manipular os resultados.

Também acontece o mesmo convosco ou os vossos filhos são "todos mãe"?