7.15.2018

Mãe de dois: vai melhorar, juro!

Mãe de dois,

se ainda não consegues tomar banho de manhã e levas o mais com uma espécie de fato de treino à escola
se ainda não consegues ficar à noite sozinha com os dois sem ter vontade de chorar
se não sabes bem como compensar o mais velho que ainda é bebé e precisa de ti e tem feito mais birras do que o costume
se chegas ao fim do dia a achar que não vais aguentar, que vais pirar

Mãe de dois,
vai melhorar. Juro.

Não melhora sempre nem para sempre. Tudo mudou (e se calhar até vais sentir que muda mais do que com o primeiro filho - eu achei). Vai haver sempre muita energia para gastar, ficam doentes à vez e às vezes ao mesmo tempo, há ciúmes e despiques e lutas, há comparações que tentas não fazer mas são inevitáveis, há sentimentos de culpa que tentas afastar, há desafios ao longo dos meses e dos anos, mas vai ficar mais fácil. Aqueles dias (meses?) iniciais podem ter tanto de incrível como de insano, conseguimos um estado de calma e de certeza ao mesmo tempo que temos ataques de nervos e ansiedade, há um novo bebé para conhecer e há um filho que sempre cá esteve e que quer continuar a estar no centro, sem perceber que podem estar ambos, e esquecemo-nos muitas vezes que também nós temos de estar no centro. Às vezes os outros à nossa volta não percebem o nosso desespero, outras vezes fingimos que não precisamos de nada e que está tudo bem. Às vezes está efectivamente tudo bem, mas neste processo há muitas variáveis, muitos altos e baixos. Mesmo que o nosso coração nunca tenha estado tão cheio, às vezes há duas crianças a chorar ao mesmo tempo e nós estamos muito cansadas. 
Melhora porque aprendemos a relativizar, a perceber que podemos não estar a 100% para cada um mas que estaremos muito e será suficiente, passamos a conhecê-los, a percebê-los melhor, e mais tarde, eles passam a expressar-se e a dizer o que sentem e nós sentimo-nos mais capazes. 

Mães de dois, vai melhorar. Juro.













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Afinal foram as duas à festa!

Afinal, contra algumas expectativas, foram as duas à festa.

Falei-vos aqui do meu "dilema" sobre esta questão: uma amiguinha na escola ia fazer a festa de anos lá na escola no sábado à tarde e eu perguntei, sem pensar, na hora, se a Luisinha também poderia ir. Isto porque, ainda sem perceber bem de etiqueta das festas de anos, a questão nunca se tinha colocado. Instintivamente achei que eu ou o David a iríamos acompanhar na festa (muito possivelmente iria o David) - isto porque não cheguei a imaginar lá a Isabel sozinha sem um adulto da sua confiança por perto e pensei que a logística seria mais fácil se a Luísa também pudesse ir. Como era na escola, não imaginei que se pagasse à cabeça (como algumas leitoras equacionaram e bem) - e não pagava efectivamente - e não achei, lá está, naquele segundo em que me cruzei com a mãe da amiga, que fosse um problema. Só mais tarde me pus a pensar nessas questões todas e vim aqui escrever-vos.

Duas notas:
- as turmas são mistas, por isso, a questão de serem todos bem mais velhos que a Luísa não é bem assim.
- eles estão todos juntos de manhã e ao fim do dia, por isso conhecem-se todos (e são uns fofinhos com os mais pequenos).

Aquela questão de cada uma ter o seu núcleo de amigos e o seu espaço fez-me sentido, claro, mas não sinto que, com esta idade, a Isabel possa ficar sozinha sem os pais nestes eventos e, por outro lado, ela sente um orgulho enorme em ser a irmã mais velha da Luísa, mostra-a e fala dela a toda a gente e sente-se importante com ela por perto também. Aliás, quando há Dia do Pai ou da Mãe na escola quer sempre ir buscar a Luísa e quer que ela faça parte dos momentos mais importantes.

O que ficou combinado com o David, que foi quem acabou por ir porque eu tinha cá uma grande amiga do Porto e íamos até ao ALIVE, foi: "vou com as duas, vejo se estão lá outros pais e outros irmãos, se está algum adulto da escola, da confiança da Isabel, e decido o que fazer".

Não houve qualquer problema, estavam outros irmãos, os pais estavam presentes e pronto. As miúdas adoraram a festa da Vampirina.

Pode não continuar a fazer sentido para muitas de vocês, percebi os argumentos e concordei com muitos deles mas foi esta a nossa escolha, conforme a situação. :) Obrigada pelas vossas opiniões, fizeram-me pensar.




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7.12.2018

Fui mal educada?

Confesso que ainda não estou muito familiarizada com o tema festas de anos de colegas da escola. Acho até que vai ser a primeira festa a que uma das minhas filhas vai, sem ser de familiares ou filhos de amigos. 
No outro dia uma mãe mega simpática (não vou dizer nomes, mas ficam a saber que não adoro que nos chamemos "mães" lol) cruzou-se comigo na escola e convidou a Isabel para a festa de anos da amiga, na escola. E eu, na maior das inocências, pensei que num sábado era fixe se a Luísa também pudesse ir. Perguntei, porque me saiu logo na hora, se ela também poderia ir. A mãe da amiga disse que sim. Não consegui analisar se foi um sim, sim, claro ou se foi um sim porque não teria coragem de dizer que não (eu não teria). Mas nem dois minutos depois fiquei a pensar se eu teria sido mal educada, precipitada e se não deveria ter ficado caladinha. Afinal de contas, imaginem que todos os colegas da Isabel levavam os irmãos...? Não sei como funcionam as festas na escola, mas talvez não faça lá grande sentido, tem de se contar com mais pessoas, mais comida, mais tudo. 

Posto isto, expliquem-me lá como funciona a etiqueta das festas de anos, please, para avaliar se apareço lá com a mais nova ou não ou se falo com a mãe eheh

Obrigada!

Festa dos 4 anos da Isabel e da Alice - My Little Love

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7.11.2018

Já participaram no passatempo no instagram?

Uma amiga minha da faculdade (mais uma amiga dela que não conheço, mas que há de ser simpática também senão não a aturaria) começou um negócio novo: Bit by Bit Platters.



Aqui a ideia é poupar-nos trabalho quando damos jantares ou organizamos eventos. A Sara e amiga têm várias tábuas (para todos os gostos, tamanhos e orçamentos) que vos entregam no dia e hora a combinar e com um aspecto incrível.

Se forem como eu, podem pedir uma tábua para uma, mas ficar o vosso almoço e jantar (o que é que foi? - não olhem assim para mim!).

Participem no passatempo que o prémio é mais do que generoso, vá! Até vos ponho o post aqui em baixo.




Beijinhos e boa sorte :)

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                                                          www.instagram.com/joanapaixaobras

Tenho de esconder o meu whatsapp da Irene, rapidamente!!!





A Irene leu hoje a sua primeira palavra! 😁😁


Chamou-me à sala, onde estava a olhar para o meu ecrã de computador e disse: "BIÓ".



Olhei e realmente vi lá "Bio" escrito (estava a fazer as compras de legumes da semana). Perguntei-lhe como sabia e ela respondeu "juntei as letras B-I-Ó".



Tenho uns cartões de letras "montessori" que permitem que ela toque nelas e que passe o dedo pela textura, mas é a Irene quem as traz para as brincadeiras, sendo que estão sempre à disposição na prateleira mais acessível da estante.



Não quero estimular o desenvolvimento da minha filha com vontade que ela seja um génio, não quero que ela seja mais avançada que os outros, não faço questão nenhuma - antes pelo contrário - que entre para a primária já a saber ler (acho que as crianças têm tempo para isso e timings de maturidade também). Vou acompanhando as curiosidades dela, apenas... Tenho uma amiga cujo filho é sobredotado e aprendeu a ler e escrever com 3/4 anos "sozinho" (és tu, Marta, sim ;))- são casos diferentes em que os pais terão de ter muita força para encarar todos os desafios que lhes irão ser propostos ao longo do tempo. 💪



Mas hoje fiquei radiante e orgulhosa. Porque a Irene juntou três letras e leu-as. A primeira palavra lida da minha filha foi BIO 🤣



(tenho de esconder o whatsapp da bicha, começa a ficar perigoso!)


7.10.2018

Fim-de-semana sem cuecas e sem escovas de dentes!

Era para ser apenas uma ida à praia, "por aqui", nos arredores de Lisboa: Costa, Praia Grande. Depois pensámos em Comporta: vá, uma hora de caminho, mas sempre fugimos pela Ponte Vasco da Gama e depois compensa. O David olhou para mim e disse: vê lá aí na net se arranjamos onde dormir por perto. Fomos descendo. 

- Mas nem temos muda de roupa, nem roupa interior, nem escova, nem gel de banho nem pasta e escovas de dentes!
- E então? Compramos fraldas e o resto safamos! (já não sei quem disse o quê)

E lá fomos à aventura - q.b. bem sei que há quem vá com filhos de 3 dias subir os Himalaias - fomos de carro que nem dois adolescentes, a viver todas aquelas máximas do carpe diem e outras que tais.
E pelo telefone lá arranjei vaga no Zmar. Não era barato, mas já tínhamos vontade de conhecer, ia ser o máximo para as miúdas e seria só uma noite. Compensaríamos noutras coisas (já vos disse que ainda não comprei um par de sapatos nem de sandálias nem uma mala para mim este ano? E que estou a sobreviver? LOL).

Fomos até à Zambujeira do Mar, comemos uma feijoada de búzios que estava demasiado boa, um vinho branco bem geladinho e depois praia. Estava um dia estupendo. Domingo então nem se fala. Ficámos de manhã nas piscinas (tem duas exteriores - uma para crianças - e uma interior com ondas); depois fomos para a praia de Almograve (já não ia para aquelas zonas há uns bons 10 anos) e o que nos divertimos! Aquela zona é realmente incrível, com piscininhas, vimos peixinhos, caranguejos, lapas e búzios e as miúdas adoraram. 

[Só não adorei o pequeno escaldãozinho naquela zona das costas a que não chegamos a não ser que façamos contorcionismo (para a próxima ou peço ao vizinho do lado gostosão ou às miúdas, sempre é melhor que nada) - sim, sim, boca para barulho! É impressão minha ou os gajos não têm esta sensibilidadezinha?]

Mas bem, foi dos melhores fins-de-semana de sempre, inesperado e com sabor a férias! <3
















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É assim que se come uma tablete de chocolate de uma vez.

Já andava aqui cheia de vontade de partilhar o meu novo projecto convosco, Agora sou especialista (ahah) em Lifestyle na Dose Diária do Sapo.


Dose Diária é uma newsletter diária (de segunda a sábado) em que cada dia tem um tema específico: Actualidade, Entretenimento, Tecnologia, Motores, Lifestyle e Futebol. Eu sou à sexta-feira. Subscrevam a newsletter aqui porque as outras pessoas são porreiras, também (já carregaram no link anterior? vejam lá).

E, como especialista em Lifestyle (ahah) decidi começar por uma pequena apresentação de 1 minuto aqui (pode ser que alguma de vocês ainda não soubesse nada de mim):






Depois disso parti para aquilo que mais me tem consumido (ou que eu mais tenho consumido) nos últimos tempos: comidinha saudável!




Se tiverem gostado (ou mesmo que não tenham, ihih) subscrevam a newsletter e façam-me chegar os vossos comentários que agradeço ;)

7.09.2018

Coisas que tenho comprado e que me fazem sentir outra.

Cada vez gosto mais de me sentir eu mesma, mas... esta expressão tem o seu quê de verdade. Por muito que ande a tentar abrandar no materialismo, acabo sempre por comprar umas coisinhas aqui e ali. Estas são as coisas que comprei ou que compro e que me "fazem sentir outra":



1 - Uma planta na Limbo Shop 

Vi pela primeira vez no instagram. É uma loja muito pequenina no centro de Lisboa que vende plantas, mas em que as plantas são tratadas como as estrelas. Deu-me vontade de encher a minha casa de plantas - tenho dois gatos o que torna a missão muito complicada. 

Aconselho-vos a ir. A dona é super genuína. Sabe o nome das plantas todas (não lhes deu nomes tipo velha dos gatos) e respectivos tratamentos adequados. Sabe bem ir aquela zona (tem óptimos restaurantes e brunches) e ainda saem de lá com uma Maranta como a minha que purifica o ar. Tenho-a no quarto. 




2 - Uma agenda da Happiness Planner

Uma agenda, para mim, nunca será "uma agenda". É como se fosse sempre um início. É o meu "Ano-Novo", mesmo que compre 4 ou 5 agendas num ano. Desde que comecei a comprar agendas da Happiness Planner só compro uma por ano (são caras para caraças). São mais do que uma agenda, são o que o nome indica. Estão organizadas para nos ajudarem a reflectir sobre o que nos faz felizes e organizarmos os nossos dias nesse sentido. A fazê-lo. Finalmente :)



3 - Os mirtilos da BioCabaz 

É daqui que vem os meus vegetais e frutas da Irene quinzenalmente (somos só duas lá em casa). Por conhecer o Nuno, confio piamente nos vegetais biológicos que me entrega à porta às quartas. Sei que é o que ele dá à filha também e não tenho dúvidas que há de ser o melhor para a Irene também. De tudo o que comemos, os Mirtilos dão-me aquele feeling. Comê-los na papa de aveia de manhã ou mesmo como mini-snack parece-me ser (e é) um luxo enorme. 




4 - Uma prancha de equilíbrio do Bosque Feliz 

Farta de ter porcaria lá para casa. Quero que a Irene tenha bons brinquedos. Brinquedos que direm e que estimulem a criatividade dela. Apaixonei-me por esta prancha de equilíbrio da Bosque Feliz (e toda a outra curadoria de brinquedos, para quem tiver os meus gostos).


Comprei também umas calças de linho na Oysho, mas acho que isso não terá tanto interesse. Ahah. 

Não pensem que lá por ser blogger que o meu divórcio foi/é fácil...

Não pensem que lá por ser blogger que o meu divórcio foi/é fácil .

Há muita coisa que temos conseguido fazer com que funcione e muito melhor do que estaríamos à espera, mas ainda me parte o coração quando, nas passagens da Irene da casa do pai para a casa da mãe, existem momentos de grande tristeza dela.

Ficamos sem saber bem como agir. Ela expressa que está triste e o que depreendo é que lhe faz confusão quando passa a ter um, deixar de ter o outro.

Já tenho recebido algumas dicas como fazer as trocas na escola ou nalguma actividade. Quero muito ajudá-la porque lhe dói.

No meu caso lembro-me que quando chegava à casa a mãe estava sempre muito zangada, mas depois passava.

Querem dar alguma dica ? ❤️







7.05.2018

Vou contar um dos meus maiores segredos

Parece clickbait - e acaba por ser - mas não é. Sexta-feira (hoje para quem estiver a ler na sexta-feira) vou contar uma das histórias mais marcantes da minha vida (até agora). Uma que, quem me conhece há muitos anos poderá saber ou ter ouvido falar mas... só agora me sinto preparada para falar sobre isso. 




Não sei ainda como me vou sentir. Acho que poderá ser um momento comovente, mas divertido. Ou, por ser extremamente emocional, poderei perder o controlo e, de repente, haver todo um espectáculo em que a Joana está a chorar baba e ranho no meio da Fábrica do Braço de Prata...seja como for, queria convidar-vos a irem. 

Vai fazer-me bem e acho que este modelo de espectáculo é muito interessante: ouvir-se histórias. De outras pessoas. Pessoas com as quais também possamos não nos identificar. Ouvir como contam e contar do coração, sem ser para likes. 

Eu vou deixar o meu coração e parte do meu passado em palco e convido-vos para viverem isso comigo - podem já reparar pela maneira como estou a escrever que o assunto me marcou e que me estou mesmo a encher de coragem. Não somos o que fomos, mas o que fomos também faz parte de nós. 

E, para mim, vai ser um fecho. Ou a celebração de um fecho, como quer que corra. 

Bilhetes à venda na Ticketline.

Não sigam o Conta-me tudo no instagram porque escolheram uma fotografia que não me favorece minimamente. 


7.04.2018

Não esperei para contar que estava grávida.

Não me lembro do dia em que decidimos que queríamos ser pais. Não me lembro da nossa conversa sequer. Sei que descobri que estava grávida numa consulta de rotina porque senti que o meu alto na mama estava maior do que o normal e estranhei. Saí de lá com um segredo enorme e andei a próxima hora nas nuvens a pensar na forma como te iria surpreender. Pelo meio enviaste-me mensagens a perguntar se estava tudo bem. Estava tudo bem, amor. Tudo óptimo. Fui comprar um body minúsculo e quando cheguei a casa liguei a câmara do telemóvel. Dei-te o body para a mão, riste-te a achar que era para a nossa sobrinha, que já tinha 3 anos. Achaste pequeno, disseste-me. Devo ter feito um olhar diferente porque olhaste para a barriga, olhaste para mim outra vez e eu acenei. Disseste "não!?" SIM! Beijámo-nos e emocionámo-nos. A memória atraiçoa-me porque não me recordo se foi nesse dia que fomos para Santarém para contar à minha mãe, mas acho que sim, que não aguentámos. E fomos a dar gargalhadas o caminho todo, nervosos e felizes. No mesmo dia contámos ao Renato, ao Sérgio e à Daniela, ao jantar. E depois fomos até Almeirim, onde estava o meu avô e o meu pai. Foi um reencontro muito emocionante, eu estava zangada com ele e abraçámo-nos como se eu nunca do colo dele tivesse saído. Voltei a ser pequenina. E ia ser mãe. Quando fomos contar à tua irmã, com o body, ela achou que a vossa mãe já nos tinha contado que ela, também ela, estava grávida. Foi muito, mas mesmo muito giro, as duas cunhadas grávidas e com as mesmas semanas. Depois fui contando: à Raquel, durante um jantar e aos colegas do trabalho mais chegados. Não esperámos pelos três meses da praxe para contar às pessoas mais próximas, não aguentámos. Pensei: se algo correr mal, se perder este bebé, eu vou querer que saibam e que me dêem mimos.

Foi assim que descobri que estava grávida pela primeira vez e que contei a todos. E esta foi a primeira foto que tirei da mini barriga. E vocês, como foi?





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