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1.20.2016

As duas na cozinha.

A Irene só dormiu uma hora de sesta, estava podre de sono ainda eram 5 da tarde. Queria, mesmo assim, que ela tivesse um final de dia espectacular apesar de não ter saído de casa. Uma colega minha da rádio (que também é minha amiga hehe, só "colega" parece frio), a Filipa Galrão, hoje apareceu lá na rádio com bolachas de gengibre feitas por ela e... inspirei-me. Cheguei a casa, depois de lhe dar banhinho, vamos a isso! Fazer um bolo ou assim. 


Primeiro ajudou a cortar a banana (com a faca da manteiga)

Depois, com a ajuda da mãe, subiu para cima do banco.

E teve a missão de pôr a banana sozinha dentro da máquina (é a Bimby dos pobres)

A mãe pôs o ovo (assim até parece que sou galinha) e deixou que a bebé brincasse com as cascas.

E visse o "ranho" que se chama clara. 

A Necas ajudou a espalhar alguma margarina (demasiada, vim a saber depois) nas formas, mas não gostou muito.

Segunda tentativa de não se enojar com a textura.

Com muita atenção, depois de termos posto o leite e raspas de canela e laranja, vimos os números na máquina para ela fazer barulho.

Como a máquina é ranhosa, a mãe teve de pôr a mão por cima para não dar muita porcaria.

"Vês os números? 1, 2, 3..."

No final, como não podia deixar de ser, a Necas teve de limpar a mesa dela dos desenhos que costuma estar na sala e que ficou cheia de manteiga.

Esqueci-me de dizer que ainda pusemos umas amêndoas por cima. 

Como era de esperar, ela odiou.

Eu ainda pus uma amora por cima para tirar uma foto à la instagram e mamei 4 bolinhos e o Frederico um. 

Se quiserem ter acesso a estas aventuras em directo, sigam-me no instagram aqui.

Neste caso, o que contou mesmo foi a viagem. Sim, o processo. Foi óptimo. Foi um óptimo final de dia. Ela tinha dormido pouco a sesta mas, mesmo assim, quis mimá-la (e a mim) com algo diferente.

Segui (mais ou menos) esta receita.

Se vos apetecer começar a cozinhar para os filhotes, coisas boas, ou cozinhar com eles, não deixem de seguir o blog Na Cadeira da Papa que é bestial!


Ah: os bolos não ficaram maravilhosos, a Irene não comeu, mas... para quem está de dieta rigorosa como a minha... souberam-me a... bolo de Oreo, até!

1.18.2016

Ando a comer como um alarve...

Já todos devem ter percebido que sou boa boca. Às 19 semanas e picos de gravidez, ando com fome. Cheia de fome. Mas tento ter mais cuidado com o que como. Não sou obcecada nem nada que se pareça (já fiz brigadeiros de colher umas quantas vezes e ainda no sábado comi uma taçona de morangos com chantilly e, ainda, pipocas no cinema), mas tento equilibrar ao máximo os estragos que faço, dando à minha bebé refeições nutritivas. Propuseram-me experimentar, qual crítica gastronómica, os 10 pratos semanais da Spoonful, uma empresa que distribui refeições saudáveis em Lisboa e Oeiras.

Segunda-feira

Bacalhau com “broa” de mandioca / Penne com cebola e beringela assada 

Sumo de maçã e gengibre 


Terça-feira

Caril de grão e couve-flor com batata doce / Cremoso de abóbora com frango desfiado 

Sumo de cenoura, maçã e limão


Quarta-feira

Salmão com esmagada de batata doce e pesto de pimentos / Hambúrguer vegetariano de caril com rúcula e maçã verde 

Sumo de abacaxi e manjericão 



Quinta-feira

Fusilli com pesto de tomate seco / Empadão de couve-flor 

Sumo de laranja e hortelã


Sexta-feira


Pescada crioula com millet / Wraps coloridos com batata doce 

Sumo de pêra e gengibre


Prato de que mais gostei: 
O caril de grão. Emocionei-me com esta comida (sim, uma grávida é mais fácil de levar às lágrimas). Bem confeccionado, saboroso e muito bem servido (aliás, todos os pratos vêm com doses muito avantajadas).



Prato a que não achei grande piada:

O cremoso de abóbora com frango desfiado. Não me apaixonou. Estava à espera que o cremoso fosse mais espesso e achei um bocadinho líquido. De sabor, aprovado.


Prato que me surpreendeu:

Os wraps. Não sou a maior fã de pêra abacate (a não ser no guacamole e no sushi) mas adorei. Combinação perfeita. Levava um molho de tomate delicioso e a batata doce a acompanhar assenta ali muito bem.

  
Prato que gostava de ter comido mas que o meu marido me roubou:

Os hambúrgueres de caril. Dois! Disse que estavam muito, muito bons e que era imensa comida.


Prato que a minha filha adorou:

Pescada com millet. Eu franzo muito o nariz a pescada, mas fui apanhada de surpresa. Muito boa. Para ela tirei os pimentos, ficou só com o sabor e a miúda devorou aquilo.


Prós da Spoonful:
Comida saudável (têm mesmo uma nutricionista que, com os cozinheiros, elabora ementas equilibradas nutricionalmente) e muito saborosa (parece comida da mamã e, apesar do pouco sal, abusam das ervas aromáticas e garanto-vos que não sentem falta do dito).

Escolha online, aqui e entrega na empresa (e que entrega, senhoras! Um dos entregadores, o Tiago, é muito simpático e... (o meu marido lê isto) e muito profissional, se é que me entendem. (Suspiros, suspiros).

Possibilidade de protocolos com as empresas: Se for reunido um x número de interessados e a empresa fizer acordo, os valores das refeições reduzem bastante (passam de 5,90 (ou 5,20 se forem pedidos 4 pratos numa encomenda) para 4,50)

Contras:

Assim de repente o único contra que eu via já foi corrigido (só aceitavam pagamentos por Visa, mas agora já há mais modalidades).

Nem sempre ser o Tiago a entregar as refeições. (Hahaha, brincadeirinha) Estou a falar a sério.


Fotos a comer Spoonful (uma delas de pijama de ursos), aqui, no meu Instagram.

12.10.2015

Comida antiga.

Sabem quando, no meio da azáfama do quotidiano (adoro esta expressão) conseguem ter uma ideia brilhante?

Inventei a história da comida antiga. E, de repente, por ter passado a ser um "disco pedido", isso fez com que todas as tarefas pudessem ser "chantageadas" com a história da comida antiga.

A comida antiga, não é nada mais nem nada menos que o funcionamento do sistema digestivo para uma criança de 21 meses. E isto começou porque ela dizia que lhe doía a barriga e eu tentei explicar-lhe que era o cocó (segundo post no mesmo dia a falar de cocó? Whats wrong with me?) a "correr" para sair.

- Vamos mudar a fralda, Irene.

- Não.

- Quer a história da comida antiga?

- Sim.
*começo a mudar a fralda.

- Então a história é: a Irene come.
*abro a boca e como algo imaginário.

Depois mastiga.
*mastigo.

Depois engole.
*engulo.

Depois vai para a barriga onde a comida fica tipo piscina.
*faço de peixe balão com a boca e finjo flutuar.

A comida fica cocó. O cocó começa a correr para sair.
*finjo que estou a correr.

Sai do rabo.
*faço boca de quem vai dar um beijinho e ponho, assim, a língua de fora.

E o cocó é comida... antiga!!
*ela bate palmas toda feliz.


E agora até é ela quem acaba as frases e faz os movimentos. Pronto. Durante as últimas semanas nada tem sido um frete, graças à história da comida antiga.

Que truques já arranjaram vocês suas manhosas?

11.29.2015

Garanto-vos, é o melhor pequeno-almoço do mundo!




É que é mesmo.

Já decidi. Vou levar isto muito, muito a sério. Já chega de desculpas e de encher o estômago da miúda com papas de compra cheias de açúcar. Tentávamos ir variando nos pequenos-almoços, entre papa, iogurte, pão de cereais com manteiga de amendoim ou queijo, mas não estávamos a conseguir. Muito menos a dar o nosso melhor. 


Querem umas dicas saudáveis? Zero açúcar adicionado?

Ainda por cima fáceis de fazer? Até podem preparar na véspera, se tiverem daquelas manhãs de correria e loucura como se estivessem nos Fuzileiros a serem acordados pelos sargentos aos berros. 


Vamos a isso. 

A Catarina Beato, que tem um novo projecto chamado Papas-Real, partilhou várias receitas connosco, - a Isabel adorou e só pedia "papa, papa" - e eu agora quero partilhar convosco. Já tinha feito várias vezes papas de aveia simples, mas esta nunca:





Papas de Aveia com Cenoura

ingredientes (faço sempre o dobro, para mim e para a Isabel, só não dobro a cenoura):
2 colheres de sopa de flocos de aveia
1 cenoura pequena ralada
2 tâmaras raladas (as melhores são as medjool)
200 ml de leite de amêndoa (ou outro vegetal, a gosto)
canela a gosto
bakenola, sementes (opcional)

- Levar a um tachinho, deixar ferver durante 10 minutos, deixar em lume brando e ir mexendo (tenho robot de cozinha e faço tudo por lá).

- Deixar arrefecer um pouco, junte mais canela, nozes (não ponho na taça da Isabel) e um pouco de iogurte grego natural. 

- Já que estamos numa época natalícia, a Catarina deu-nos a dica de acrescentar uns bagos de romã e uma folha de hortelã e ficou perfeito.

Não estão bem a ver. A primeira vez que fiz, a Isabel até chorava sôfrega a pedir mais papa. Comeu a dela e a minha. Fiquei mesmo feliz por ter cá em casa uma fã de comida saudável! Hehe

Depois, para quem não for muito fã de papa (o David dispensa, por ter uma consistência mais pegajosa), sugiro isto:




Overnight Oats

ingredientes
2 colheres de sopa de flocos de aveia
iogurte grego natural
frutos vermelhos (ou a fruta que quiserem)
1 colher de bakenola (simples, de cacau, de beterraba...)
sementes de chia, linhaça (o que mais gostarem. ou nada)
mel (opcional)

- Colocar os flocos de aveia no fundo de um frasco, com o iogurte, a fruta, voltar a pôr iogurte (a ideia é fazerem camadas), mel (se forem como eu, gulosas, mas nem é preciso) e a bakenola (simples, de cacau, de beterraba....) e/ou sementes.

- Há quem humedeça os flocos de aveia com chá/ leite vegetal/ sumo de laranja. Eu não sinto necessidade, mas para o David pus duas colheres de sumo de laranja.

- Fechar o frasco. Deixar umas horas no frigorífico ou durante a noite. Há quem faça na hora, por gostar de sentir a aveia mais inteira e a fruta mais fresca. É como queiram :) Dá para levar para o pequeno-almoço, para levarem para o trabalho, para o lanche...



Esta fiz hoje para o David, com manga, banana, framboesas e romã. Comeu nem em 4 minutos. Ficaram convencidas?


Se tiverem receitas para a troca, serão bem-vindas!

9.16.2015

Há esperança!

Já fiz centenas de posts sobre isto (vá, sou capaz de estar a exagerar, talvez não tenham sido centenas) e que podem encontrar aqui.

Para mim, nunca foi fácil alimentar a Irene. O facto de se amamentar sem horários, mas quando o bebé pede (a chamada livre demanda) torna a coisa mais intuitiva e, por isso mais dada a "erros", para mim que penso demasiado. Devo-lhe ter tentado dar de comer umas 430 vezes (vá, sou capaz de estar a exagerar) sem que ela tivesse fome ou que estivesse a morrer de sono ou, sei lá. Porque o problema é mesmo esse. Enquanto não nos podem dizer o que sentem, nós "sabemos lá" (só me lembro do "romance" da outra, que nervos!). 



Sempre que se fala de comida com mães "de maminha" é recomendado um livro do pediatra Carlos Gonzalez "Mi ninõ no me come". Ainda não li, mas fica a dica para vocês. 

Passei por imensas fases. Desde a tristeza de lhe introduzir a alimentação complementar por ser tão mais difícil e chato que dar uma mama e já está. À frustração de não conseguir acertar com o apetite dela. A não saber o motivo da recusa. O afastar a colher da boca, o querer atirar tudo para o chão, não conseguir distraí-la. Dar-lhe de comer foi, durante muito tempo, um motivo de enorme enervamento. Já nem me lembro, mas acho que cheguei a chorar e tudo. Só mães que tenham esta... vertente cultural tão vincada de querermos empanturrar os filhos a torto e a direito (tão português) me percebem. 

Felizmente vi a luz e relaxei. "Não quer, não come" e pronto. Está bem de saúde? Está. Então, ponha-se fina. Vá à sua vida e um abraço. Além de ser um método bastante à la Disciplina Positiva (deixá-la lidar com as consequências das suas escolhas, mas ainda é cedo para ela perceber), não causa nenhum dano na nossa relação. Nenhuma das duas faz birra no sentido contrário uma da outra. 

Ainda agora não quis almoçar. Foi dormir sem comer. Pronto. Quando acordar come. São raciocínios tão básicos mas que nem sempre são fáceis. Para mães de bebés mais pequenos, ainda para mais com uma dose do tamanho dum elefante de hormonas em cima... 

Agora é um dos meus momentos preferidos. Adoro dar-lhe de comer. Fazemos desenhos (eu faço, pronto, ela rabisca), brincamos com os cubos em que atribuo um som a cada cubo e ela vai fazendo pedidos para eu repetir consoante as cores, etc. Pelo meio vai-se comendo e ela vai escolhendo que colher quer naquele momento se de sopa ou do segundo prato. 

Por isso mães que se enervam com a comida, há esperança. Vejam sempre a luz ao fundo do túnel. Tudo o que é menos agradável, acaba por acabar. As noites mal dormidas, não sabermos lidar com elas, com isto da comida...

Fica a promessa. As coisas melhoram. Tenham paciência que eles terão também. 

8.05.2015

O primeiro Calippo da Isabel




Não se preocupem, não me passei da cabeça. Não dei gelado com corantes até mais não à Isabel. Fiz sumo de laranja, acrescentei um bocadinho de água e voilà. Já tinha estas formas de silicone lá em casa há anos e nunca lhes tinha dado uso. Confesso que não me lembro onde as comprei, mas sei que há no IKEA, na KASA e deve haver em mais mil sítios. 

Provei e gostei muito (acabei o gelado dela, claro). Ela adorou! 

Isto é mesmo uma maravilha, senão vejamos:

- são baratos (três laranjas deram para três gelados)

- fazemos os gelados em casa com sumo de fruta e escusamos de lhes estar a dar coisas processadas

- ao contrário dos outros de pauzinho, com estes eles não sujam as mãos (a não ser que decidam virá-los ao contrário e tomem um banho de sumo).

- tem tampinha, o que é mais um passatempo que eles adoram

- é bom para os dentinhos (a Isabel anda aflita e ficou toda contente)




Esta palmeirinha não é a coisa mais cómica e fofa que há? ;)



 


7.20.2015

1º bolo da Irene

O que é que vocês dão de lanche e de pequeno-almoço aos bebés? Não sou muito a favor nem das papas com açúcar, nem das papas caseiras. Tenho-lhe dado salada de frutas, mas depois uma amiga falou-me na glicémia e não sei o quê e outra falou-me de que eles precisam de mais hidratos de carbono nesta fase. Vou continuar a dar salada de frutas, mas mais intercaladamente.



Adoro o blogue Na Cadeira da Papa, já conhecem? Apesar de não ser eu quem cozinha cá em casa (até as comidas da Irene é o Frederico quem as faz) gosto de acompanhar as experiências e sempre com aquela intenção do "um dia vou fazer isto". 

Ontem foi o dia em que fiz o "Bolo de Aniversário para a T" (aqui).

Não é o melhor bolo que alguma vez comi, porque... lá está! Não é para mim, se fosse para mim não era um bolo, eram só Oreo. Este é para a Irene  intercalar com as fatias de pão, as bolachas do Celeiro e a tal salada de frutas.


Vou fazer muitas mais receitas para os lanchinhos e pequenos-almoços da Irene. Pode ser que um dia acerte na bucha (intencional). 

Esta ela gostou, mas foi até me ver a comer pão... ;) Querem partilhar receitas de bolos apropriados para bebés ou vou continuar a ser stalker do Na Cadeira da Papa






7.10.2015

Ando com uma camada de nervos em cima!

Epa. Eu sei. Que é uma fase. Que ela está bem. Que é normal. Que passa. Mas só quem tem filhos que se recusam a comer é que sabe o que se sofre com isto.
No outro dia, fui para o quarto chorar, carregadinha de nervos no corpo. Tento que a Isabel não note a minha enorme frustração e tentamos fazer das refeições uma diversão, sem impingir nada para que ela não associe as refeições a uma coisa negativa, mas... as minhas costas ficaram tensas, tensas e desabei.

Tive um flashback. Lembrei-me dos dramas da minha mãe com o meu irmão Frederico, na nossa cozinha pequenina, no nosso 6º andar.
- Frederico, come.
- Não gôto.
- Mas ontem gostaste!
- Mas não gôto.
- Senta-te à mesa, filho. A mãe não disse que já te podias levantar. Fredericooo!

Lembro-me também da minha mãe servir tomate todo o santo dia no prato do meu irmão, a acompanhar as refeições. Ao fim de muitos dias, ele lá decidiu provar. E afinal até gostava, só não sabia. Já eu sempre fui boa boca, diz a minha mãe. Acredito. Só pode. Desde miúda que gosto de experimentar tudo, adoro comer, não torço o nariz a nada. Vá, não consigo comer tripas, porque apanhei um trauma quando me engasguei e tive de ser virada de cabeça para baixo e espancada pelo meu pai para aquela porcaria sair. Lá está, estava a provar tripas em criança.

A Isabel está a sair-me a maior pisca de todos os tempos. Às vezes vai para a cama com um iogurte no bucho. Outras vezes nem isso. Anda a recusar sopa, sopa da mãe, sopa da avó, sopa mais grossa, sopa menos grossa. Recusa massa, recusa arroz, recusa feijão (que ela adorava!), recusa tudo o que possam imaginar. Fruta, que ela comia inteira, à dentada, agora, nem vê-la. Prova e cospe. É um de-ses-pe-ro! A sério. 

O que me vale? Ela almoçar bem na creche, quase sempre. Come a sopa (até pedi para filmarem porque nem queria acreditar), come o segundo muitas vezes, e come a fruta. Ao fim-de-semana não há creche... por isso, fico com as costas todas tensas e as lágrimas a quererem espreitar. 

No outro dia, sentei-me no chão com ela e comecei a comer. Disse-lhe "não, é da mãe". E lá veio ela, provar. Psicologia invertida, com esta idade? Pois, lamento. Vale tudo já. Eu, a mãezinha anti-comida-processada-e-doces e não sei o quê, já me vi a dar-lhe a porcaria de um croquete!!! Já lhe dei daquelas coisas de fruta moída (num dia quis, no seguinte já não). Já atrasei jantares para ver se ganhava fome. Já fiz trinta por uma linha. Ultimamente temos tentado estar à mesa com ela, dar-lhe colheres e por-lhe a comida à frente, deixo-a comer com as mãos (sempre deixei, mas dantes corria bem e agora só esmaga a comida e manda para o chão). Nada. Não vai nada para aquela boquinha pequenina.

Quando chegou o cabaz de legumes e fruta que encomendamos uma vez por semana, deixei-a explorar. Até me comovi quando a vi ir buscar uma ameixa e trincar aquilo. Depois pediu-me para tirar a pele e comeu. Comeu a segunda. Era isto. Era isto, todos os dias. Só que não é.


A pedir-me para lhe tirar a casca












Para quem quiser saber, esta delícia de legumes e fruta é do Cabaz Natura. Vale cada cêntimo. E o queijo e a broa de milho... não estão bem a ver!

6.27.2015

E os desejos?

Esta a falar disto com uma amiga minha (a minha vizinha com quem voltei a falar recentemente) e ela disse-me que, quando estava grávida, tinha imenso desejo de couratos!!!

Diz-se (e acredito) que costumamos sentir desejos por aquilo que nos faz falta no organismo, portanto, isso dá-me a crer que tenho sempre muita falta de Chocapics e Oreos.

No meu caso, não tive grandes desejos. Houve uma vez que me aproveitei de estar grávida para "obrigar" o Frederico a ir buscar McDonalds. 



De resto, tive uma tara enorme por clementinas. Só isso.

E vocês? Há mesmo grávidas que tenham vontade de comer terra dos vasos e assim? 

6.26.2015

a Mãe desbronca-se (#13) - Quando voltei à minha forma.

Gosto tanto que nos façam perguntas. Pessoalmente, faz-me sentir tipo um comentador de telejornal, que sou uma espécie de opinion-leader ou maker, apesar de não ter um rabo de interesse para vos dizer nas coisas que me perguntam. 

Se me fizessem perguntas sobre bowling. O melhor peso da bola para vocês, como fazer um bom lançamento ou um strike triplo, agora fazerem-me perguntas sobre emagrecimento é o mesmo que me perguntarem o que acho dos subsídios para a experimentação no campo do audiovisual. Hã? Pois.

Ora, apesar do "a Mãe desbronca-se" ser aqui e não no instagram, decidi na mesma dar atenção a esta leitora, toda das tecnologias que até tem um instagram e tudo (wow!). 





Ora, com a gravidez numa perdi a minha forma: a de um bacalhau. Sempre fui normal (para o mini cavalona por causa da natação) da parte de cima, mas chega à parte da barriga e parece que alguém me fez respiração boca à boca mas sempre a expirar e que, portanto, o ar nunca saiu.  

Mesmo assim mando grandas pernas e um rabo que sim senhor. A gordura vai toda para a barriga. Toda. 

Fui uma grávida muito elegante porque até o bebé foi só para a barriga. Não engordei nada a não ser na papada. Fiquei mais redonda na cara que um "esférico" do Estrela da Amadora (ainda existe?). 

Acho que cheguei a pesar 82 kg. Sendo que peso e pesava 68/70, nada mal! Ah! Meço 1m e 64cm não sou a torre que é a Joana Paixão Brás que, mesmo corcunda, consegue ser mais alta que 80% das pessoas que têm pipi. E 60% das que têm um pipi para fora.

Com a amamentação rapidamente foi tudo ao sítio (sabiam que é a melhor maneira de recuperar no pós-parto?) Com a falta de tempo para comer também. A Irene queria sempre mamar à hora das refeições (no fundo, queria sempre mamar, como deve ser em livre demanda) e o meu marido é que me dava a comida à boca enquanto eu tinha a mama de fora. Isso contribuiu e muito para que não comesse tanto. Bebia também muita água (ou tisanas) porque morria de sede sempre que estava a dar de mamar. 

Depois acho que andei duas semanas no Centro Pré e Pós Parto de Entrecampos, mas sentia-me a mais gorda e a mais desajeitada do grupo, além de que como não dormia bem, não achei que a minha prioridade fosse estafar-me mais para ficar elegante, mas sim DORMIR. Eram super amorosas comigo, principalmente a Patrícia que tinha imensa esperança em mim e que ainda hoje paira no meu Facebook. Chegou a oferecer-me um bolo depois de uma aula. É um amor, amor. Aliás, acho que a principal razão para ter desistido foi porque, aos 3 meses, a Irene e eu tivemos um desentendimento grande com a mama (crise dos 3 meses) e isso consumiu-nos de uma tal forma que nem saía de casa. 


Até pus o step à frente porque ainda nem conseguia encolher a barriga. Ahah


A do meio é mesmo a Joana Paixão Brás. Já não nos largávamos nesta altura. Awww. E a outra é a nossa amiga Cristina que é a gaja mais boa no pós parto que alguma vez conheci. Odeio-a. ;)

Acho que não foi isso que me emagreceu, foi só mesmo dar mama. Hoje em dia tenho uma elíptica no quarto que uso não para emagrecer mas para fazer um bocadinho de cardio porque não tenho uma vida muito activa e não quero começar a definhar. De resto, ao jantar como saladas, mas depois empanturro-me com bolachas, por isso... não sou exemplo para ninguém.

Sendo honesta: com isto da gravidez fiquei mais flácida na barriga (mal se nota, porque já era antes). Ficar em casa durante este tempo todo é que me está a engordar ;)

Esclarecida, Joana? ;)

6.22.2015

Temos abóbora mágica?

Para as mães que só chegaram agora e que não leram o nosso post matinal, aqui vai o link do mesmo e, já agora, um resumo: 

A Irene dorme mal. Uma amiga foi a uma loja que lhe disseram que se desse uma abóbora especial o miúdo dela ia dormir imenso. E dormiu. Comprei a abóbora e... o que terá acontecido?



Eu acho sinceramente que temos (uma abóbora mágica), mas com a Irene não resultou. A minha fé (baseado no que aconteceu com o filho da Renata e que agora, sem abóbora, voltou a dormir a treta do costume) diz-me que não terá resultado por duas coisas importantíssimas: 

- o senhor meu marido não fez o que lhe mandei e diluiu a 'tadinha da abóbora num tachão enorme de sopa. Nem um clonix faria efeito diluído naquele bidão.

- a Irene tem uns 42 dentes e meio a nascer e (a não ser um clonix, lá está hehe) não seria certamente uma abóbora, por muito mágica que fosse, que lhe fizesse diferença.

Por isso, alinham numa experiência? Vamos tirar isto a limpo? Eu irei, em breve, quando passar a fase destes dentes mais manhosos, buscar mais patisson e dar-lhe aquilo quase puro para a miúda cair para o lado com os poderes da abóbora. Até lá, vocês podiam ver se resultava convosco. Se resultar, pode ser que tenhamos aqui uma cena revolucionária. Como fizeram crer que a baba de caracol era e... os sais do mar negro e o aloé vera... e... 


Eu não entendo nada destas coisas biológicas, sei que comprei a patisson na loja biológica de Benfica, a Stevia, como vos disse no post anterior. Nunca vi isto em supermercados, por isso não sei em que mais sítios se comprará isto. Quem souber e for encontrando vá dizendo aqui às outras mães. Ou as mães entendidas, digam já ;)

Sem ser "diz que disse", vamos tentar ter aqui uma amostra razoável para saber se isto resulta ou não e ajudarmos todas as mães que dormem mal e porcamente (e os seus filhos, claro, até devia ter falado disso primeiro, é verdade) voltem a estar sãs da cabeça!

Quis drogar a minha filha!

(a quem não lhe apetecer ler este bacalhau de texto, vá para o que "interessa" que é o que está a bold)

Sou o Correio da Manhã dos títulos dos posts, eu sei. A verdade é que tratei deste assunto exactamente como se estivesse a drogá-la. Acho que temos de ter muito cuidado, nunca se sabe. Mesmo com a questão dos produtos naturais... nem tudo o que é natural, é bom? Há coisas naturais que eu não quereria que a minha filha fumasse ou assim. Acho que já me fiz entender! 

Posto isto, reatei uma amizade antiga. A Renata foi minha colega há muitos anos num campo de férias (APCC no Mosteiro de Vairão - na altura foi muito giro, se se mantiverem como estavam ou melhor, recomendo muito) e ficamos "manas". Éramos as melhores amigas, inseparáveis até que nos separámos e não faço a mínima ideia porquê. Não andávamos na mesma escola e isso era complicado, provavelmente foi isso. 

No outro dia, à saída do jardim, encontrei a Renata, espetei-lhe logo dois beijos na focinheira e e não é que também já se tinha casado e era mãe? Fiquei tão contente! Começamos a meter a conversa em dia pela net e, eis senão quando, chegamos à brilhante conclusão de que somos vizinhas. Sim, no mesmo empreendimento. Claro que ficámos histéricas (não sei por que é que estou a falar por ela... eu, pelo menos, fiquei). Ah! Esqueci-me de dizer que ela também vai estar até Setembro/Outubro como eu a tomar conta do filho o dia inteiro. Só ficámos tristes de não termos sabido disto antes porque teríamos feito muita companhia uma à outra. Que amorosa que eu estou, não é?

Pronto. A Renata sempre foi um pouco pseudo natural. Usava daquelas roupas hippies e fitas que se compram naquelas bancas ao pé das praias. Tinha uma amiga igual a ela também toda... agora não me lembro do nome que dávamos às pessoas como ela... ah! Freak! Comecei a imitá-la, comprei umas saias para usar por cima das calças e tal... Pronto, agora ela já se veste normalmente, até porque tem uma profissão de gente séria, mas continua com a mania das coisas naturais e biológicas (principalmente por causa do miúdo). No outro dia, ela foi ao supermercado biológico de Benfica (eu sabia lá que existia tal coisa) e a senhora lá da loja (já vos falo mais dela) recomendou-lhe abóbora patisson para que o miúdo dormisse a noite inteira.



A Renata deu isso ao filho e ele que só costumava fazer sestas de 45 minutos, passou a fazer de duas horas e, nessa noite, dormiu das 21 às 8h só tendo acordado uma vez. Claro que fiquei cheia de piquinhos no pipi (perdoem-me a expressão, mas era mesmo esta que queria usar) e lá fui investigar sobre isto da abóbora patisson. 

Ao que parece (até depois de ter falado com o meu pai, que é químico), não tem problema nenhum usá-la. Por isso: CLARO QUE VOU ENCHARCAR A IRENE DISSO.

O que diz a net da patisson (aqui)? Vejam lá se quase não dá vontade de abraçar a porcaria da abóbora: 

"Esta abóbora, por ser branquinha, é baixa em oxalatos, o que faz dela um legume de excelência para dar a crianças, jovens e adultos hiperactivos, com comportamentos do espectro do autismo, epilepsia, perturbações do foro neurológico ou com dificuldade em dormir à noite."

Pronto. Vai daí fui ao STEVIA (que eu até já sabia que é o correspondente do açúcar para pessoas magras e felizes e saudáveis), que é o tal mercado biológico de Benfica e fui a babar-me até à patisson. Tinha mesmo de experimentar naquela noite, queria dormir uma noite em paz. Lá meti conversa, como não podia deixar de ser, com os donos daquilo e apaixonei-me pela Sra. Isabel. É daquelas senhoras que só dão vontade de dar beijinhos. Tem daquela pele que parece acabadinha de passar com o pano do pó, sabem? Fresquinha, lavadinha, como nova, coisa que normalmente as dermatologistas têm. Super amorosa a mostrar-me todos os produtos entusiasmadíssima, mesmo depois de eu ter dito que não faço parte desta religião das coisas biológicas e saudáveis. Não me tentou converter, mas mostrou-me um mel biológico da Guarda (da zona de Pinhel, tenho família de lá) e sal dos Himalaias que não resisti trazer. Eles têm facebook e a senhora é mesmo, mesmo amorosa. Como estão agora a começar, estive lá perto de meia hora a dar-lhes ideias para refrescarem o negócio. Fica aqui o Facebook deles. 

Bom. Trouxe a abóbora para casa. Cozemos aquilo e juntámos à sopa. Infelizmente o Frederico não fez o que lhe pedi e juntou ao tachão enorme de sopa que já tinhamos feito e a concentração da patisson não foi tão grande como eu gostaria. Queria mesmo que ela ficasse K.O. 

Demos-lhe a Patisson e...

Será que resultou? ;)

Venham daí esses bitaites.



Nota: Apesar de estar a tecer milhares de elogios aos senhores, não há aqui nenhum género de parceria, ninguém me ofereceu nada, nem sabiam que eu ia escrever isto.  Têm mesmo que os visitar se forem da zona.