Mostrar mensagens com a etiqueta Joana Gama. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Joana Gama. Mostrar todas as mensagens

11.25.2016

Eu sou o Marcelo só que ninguém sabe (#04)

Nem sempre temos a história antes de dormir. Às vezes a história é enquanto está sentada na sanita ou à hora de jantar ou, então, nem sequer há história porque "está muito tarde". Este livro é muito importante para nós, para a família. Quando a Irene ficou em casa connosco, foi-nos acompanhando ao longo do dia e a maior parte das refeições. Temos um carinho especial por ele. Lembro-me do dia em que o comprei, etc. É daqueles livros que, mais tarde, quando doar os livros a alguma associação ou amiga, irei guardar dentro do armário. 

Além dos desenhos serem amorosos e de dar para adaptar para várias idades, o pai até já criou histórias extra as que lá estão. Tanto que o livro é diferente quando é contado pelo pai e quando é contado pela mãe (o pai é bem melhor nisto). 

Com este livro começou a aprender o aqui e ali (o acolá... dispensamos um pouco), "em cima", "em baixo", "contente", "triste", as cores... Está tudo aqui. Depende só de quem lê. 



Só para verem quanto gostamos deste livro, limpo logo com um paninho húmido quando fica um bocadinho sujo de sopa! Aconselho... Vivamente. Não o meu, no meu não tocam. Ai, no da Irene ;)

Sigam-nos no instagram aqui 
a mim também aqui e à outra Joana aqui.
O nosso canal de youtube é este

11.24.2016

Somos uma família de 7.

JG: Fomos passar o fim-de-semana juntos. Confesso que, apesar de estar entusiasmada por ver a Joana, o David, a Isabel e a Luisinha que nem por isso me apetecia muita criançada.

JPB: Ai, filha. Nem sei como arranjaste homem sempre com essa disposição! Você é mãe, tem um blog de maternidade e vem para aqui dizer que não lhe apetece muita criançada? Isso é o mesmo que eu dizer que me quero casar, mas que não quero cá cerimónia, que o que interessa é estarmos juntos. Por favor!!

JG: Vá, agora vamos falar do nosso fim-de-semana em família no Vila Galé Évora. Vai-se a ver se foi só bom estarmos todos juntos! A Luisinha é mesmo uma bebé de sonho (apesar de estar sempre embrulhada em coisas de croché, 'tadinha) e a Isabel é um mimo. A Irene e a Isabel ficaram apaixonadas uma pela outra.

JPB: Até demasiado que houve chochinho. Foi muito giro vê-las a correr juntas, a brincar às escondidas, a partilharem os bonecos, a roubarem cereais... 

JG: Nunca a tinha visto a interagir com uma miúda exactamente da idade dela e fiquei toda comovida com o clima de best friends forever. Começamos logo a pensar nas próximas férias que vamos fazer juntas e que isto, por nós, se tornaria num hábito.

JPB: 'Miga, por mim, até se me oferecerem uma estadia na minha própria casa eu fico entusiasmada. Só a palavra estadia me faz descer o leite! 

JG: Não sentiste que somos uma família de 7? Os homens ficaram a ver o Benfas (odeio esta expressão) juntos, eu peguei na Luisinha enquanto acabavas de comer (que nunca mais acabavas, Jesus!) o Frederico brincou às escondidas com a Isabel e com a Luisinha... ?

JPB: Não houve cá tablets, nem brinquedos de luzinhas e sons... Entretiveram-se apenas com elas próprias, ali uns bebés para darem colo e um puzzle de madeira. Senti que houve mesmo oportunidade para vivermos esta experiência com os pés assente no presente, ou deverei dizer com o "coração" no presente? 

JG: Isto não é um post só teu! Não tornes isto tudo lamechas, sff, senão saio já! Sim, sempre que as adormecemos sentimos que aproveitamos cada minuto sem elas ficarem ali tipo veados encadeados com os vídeos de abrir ovos no youtube e dos fingers. Criamos memórias, brincamos a sério.

JPB: E do que vi, porque não pude estar tão disponível por causa da Luisinha, vi-te a ti e ao Frederico a voltarem a ser crianças.... corriam e riam e... 

JG: Sim, nós próprios acabamos por nos desligar mais do telemóveis... acho que foi mesmo uma "lição". Contemplei a Irene em vez de só a ver. 

JPB: E foi maravilhoso não ter que estar a pensar na quantidade enorme de coisas que tens de fazer em casa... Os senhores do hotel que me desculpem o estado em que viram as minhas coisas, mas não podia querer saber menos! 

JG: Já disse que gosto muito de vocês? 

JPB: Obrigada.

JG: Que má onda! Ah! Obrigada Imaginarium por esta experiência, por nos terem dado esta oportunidade para voltarmos a brincar, para nos desligarmos dos tablets e telemóveis, acho que fizemos aquilo que tanto se fala agora do mindfulness. Desligamo-nos dos aparelhos e ligamo-nos mais uns aos outros. 

JPB: Foi um fim-de-semana cheio de amor, tal como eu gosto. E vocês que nos estão a ler cheias de inveja do nosso fim-de-semana, fiquem a saber que durante o mês de Dezembro (de 1 a 20), na compra de brinquedos da Imaginarium, recebem uma experiência REAL para gozarem com todos os sentidos.

JG: Que pode ser desde uma escapadela em famíla, aventura ou atelier artístico. Ou seja, momentos para criar memórias e não simples "passares de tempo". 

JPB: Quem é que está a ser lamechas agora? Olha, pões aqui tu as fotografias que eu tenho de ir dar maminha?

JG: Espero que seja à Luísa e não ao David, senão dizeres isso aqui fica um bocadinho esquisito.

JPB: Já volto! Também gostamos de vocês, vá! 

JG: Awwwwwwwwwwww! Só por isso não ponho fotos em que se note que o teu cabelo já teve melhores dias!




















Sigam-nos no instagram aqui 
a mim também aqui e à outra Joana aqui.
O nosso canal de youtube é este

11.23.2016

Somos como a Cristina Ferreira.

Também temos as nossas biografias. Não lançamos foi um livro com isso, mas ainda vamos a tempo.

Fotografia do nosso fim-de-semana no Vila Galé Évora.
Joana Gama. A mãe que queimou as pestanas de tanto ler livros mas também porque apagou uma vela demasiado perto. A mãe que acha bimbas as coisas queridas, mas por não ter jeito nenhum para combinar roupas. A mãe que demorou meia hora para perceber que o frasco se abria no sentido contrário (é burrinha, sim), talvez tenha sido por parte do cérebro ter ido no parto e a outra ter sido queimada por estar um ano e meio em casa com a Irene. Para já não quer mais filhos porque está a gostar de ter tempo para ir ao ginásio e daqueles 10 minutos no sofá à noite antes de começar a babar aquilo tudo. 


Joana Paixão Brás. A mãe calma e da paz. É tão tranquila que a Isabel chora em mute ou chorava. Agora a cantilena é outra. Agora é a Luísa, a irmã da Isabel que é muito calminha até porque tem sempre a mama da mãe na boca. Apesar da Joana já ter feito o desmame dos folhos da Isabel, já conseguiu repor o seu vício com a Luísa que só falta um pedaço de salsicha para parecer um folhado. Depois de ser produtora de televisão, de momento dedica-se à produção de miúdas em Santarém. Muitas apostas são feitas pelo concelho de que virá aí um terceiro. E é bem capaz. Sempre tem mais festas de aniversário para planear e fotografias amorosas para editar. 

Mais diferentes, só se uma de nós fosse um pinguim.

11.21.2016

Não tenho instinto maternal.

Foi algo que me disseram nos primeiros meses da Irene (não foi nenhuma de vocês, claro) e imediatamente me apeteceu chorar como uma criança a quem disseram que, por exemplo, a Disneyland tinha morrido. 

Senti que foi um golpe filho da mãe. Uma expressão nojenta e que vai muito além das palavras. Com uma intenção de besta e que, ainda por cima, foi dita como verdade. 

"Só lês muito porque não tens instinto maternal". 

Já estamos minadas o suficiente pelas nossas próprias armadilhas. Os nossos passados, os nossos sentimentos e nossos sonhos por desvendar e decifrar. Se juntarmos a isto uma espécie de terceira guerra mundial sentimental é um crime. É feio. É um nojo. 

As piores ofensas são aquelas que repetem os nossos receios. 

Esta foi horrível. Ainda hoje sinto as réplicas deste terramoto. Sempre que estou insegura em relação a uma decisão, essa frase surge como se fosse eu a dizê-la a mim própria todos os dias, baixinho, até explodir. 

Não sei se isso do "instinto maternal" existe tal como nós imaginamos - ou talvez seja eu só a dizê-lo a mim mesma para calar aquela voz de besta. 

Sei que amo a minha filha acima de tudo e todos e que todas as decisões que tomar são por amor. Se houver instinto é isso: o resultado de amar tanto, a consequência. 

Se nem sempre todas as decisões que tomamos estão certas? Claro que não. Somos videntes? Não. Fazemos o melhor que fazemos com o que temos e com amor. Mesmo que saia errado, não era algo que pudéssemos fazer melhor.

O melhor presente que podemos dar a nós próprios e aos nossos filhos é isso mesmo: amar.

Se lhe querem chamar instinto, se lhe quiserem chamar Zé, tanto me dá.  

Sei que amo como nunca. E que, afinal, nunca amei antes. 

Fotografia deste fim-de-semana no Hotel Vila Galé Évora. 
Sigam-nos no instagram aqui 
a mim também aqui
O nosso canal de youtube é este

11.17.2016

"Mais um jogo, mãe!"

A Irene anda a dar sinais de que precisa de mais atenção nossa e isto de só termos umas horinhas para ela ao final do dia é novidade para a família, ainda estamos a descobrir como organizar as coisas de maneira a termos tempo de a ouvir a falar enquanto a olhamos olhos nos olhos. É desde cozinhar de manhã para ficar pronto ao jantar, deixar a máquina a lavar, ter de comprar uma máquina de secar e poupar-se tempo a estender e recolher roupa, é dar banho dia sim dia não à Irene e nos dias em que não damos, aproveitar para brincar mais. 

Ontem, mesmo não havendo sopa feita, convidei o pai a borrifar-se para isso e a sentar-se connosco no corredor do hall enquanto a Irene estava a fazer palermices. Ficamos uma hora na brincadeira, a deixar tudo o resto atrasar, mas a ter o mais importante como importante. 

Fizemos alguns jogos que fizeram sentido para a idade dela. Somos os três criativos (tenho muito orgulho nisso, heheheheh grande moral): 

Surgiu a ideia de nos sentarmos os três em cima da cama e de tentarmos dizer palavras da mesma categoria, dando um toque na perna da pessoa que queremos que fale a seguir. 

Agora, cores! "Amarelo, verde, roxo, castanho, catorze..."

Agora animais! "Girafa, mosquito, cão, cabelo..."

Números...

Ela divertiu-se muito (e nós também), mas tivemos que ir mudando para não se cansar. 

"Tarde" perfeita. 

PS - Telemóvel a apitar lá ao fundo na sala e eu não podia querer saber menos...

Sigam-nos no instagram aqui 
a mim também aqui
O nosso canal de youtube é este

11.16.2016

Fui. Não arranjei desculpas.

Já somos crescidinhas para não esperar pelo ano novo para fazer grandes mudanças ou para nos enchermos de esperança de que, desta vez, estamos a falar a sério e "desta vez é que é" e "vamos mesmo fazer isto". 

Ainda não consigo controlar a alimentação a 100% (incorporando alguns deslizes neste 100%, claro). O cansaço e a necessidade de me sabotar e afins são coisas que ainda tenho de trabalhar, mas ninguém me tira o prazer do treino. Ninguém.



Tenho estado a adorar, a amar e a delirar com ir ao ginásio. Os resultados têm chegado, mas não ando a trabalhar activamente para eles. Ando mesmo feliz por treinar, tal como já vos fui falando por aqui

Ontem, pela primeira vez, tive vontade de ir treinar duas vezes hoje. Apeteceu-me ir de manhã e outra vez à hora de almoço. Não seria algo para manter e fazer para sempre, mas queria desafiar-me, queria sentir que estava no "poder" e outras bimbalhadas que ditas parecem ainda piores. Não fui porque não tenho mensalidade para isso. Tinha treino com #omelhorptdomundo à hora de almoço e, a ter que escolher, não iria escolher o treinar sozinha a ouvir Linkin Park outra vez. 

Fui. Não arranjei desculpas. Já na sexta-feira passada não ia conseguir fazer o terceiro treino da semana e fui na hora de almoço. Consegui. Não falhei.


Hoje também não. E, aliás, estou a ficar mais forte. Fiz coisas que tentei fazer há um mês (por piada) e eu própria notei a diferença. 





Ando toda vaidosa com isto. Adormeço ainda mais cedo à noite no sofá, é um facto, mas no dia seguinte tenho vontade de ir outra vez.

Estava aqui a pensar e o que acham se pedir ao #omelhorptdomundo um treino para irem fazendo em casa para se mexerem um bocadinho enquanto não conseguirem organizar a vossa vida? Querem?

Gostaram das fotografias do Pau Storch? Eu também ;) 

Sigam-nos no instagram aqui 
a mim também aqui
O nosso canal de youtube é este

11.15.2016

Que doçura.

Nunca conheci tão bem ninguém como vou conhecendo a Irene. Talvez porque nunca antes tivesse estado tão interessada em absorver e observar. Maioritariamente interessei-me por pessoas para que estas me fizessem sentir abraçada, em vez de ser para as abraçar. Com tempo, maturidade e assim que vou resolvendo coisas minhas, abraçar é cada vez maior. 



A Irene não gosta de adormecer com meias. Odeia. 
A Irene gosta muito de roçar com o coelhinho dentro das orelhas dela e fecha os olhos por ficar relaxada. Por gostar, tenta fazer-me o mesmo. 
A Irene adora fazer rir e que as pessoas à sua volta estejam felizes. 
Também gosta de roçar o coelhinho nos pés descalços enquanto mama antes de dormir. 
Quando está contente dá uma tapinha com a mão na pessoa. 
O entusiasmo dela mede-se pela rapidez com que vai mostrar algo a alguém. 
Quando está contente já grita "à creche": ehhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
Fica muito feliz se o "braço da mãe não estiver cansado" e a puder abanar o rabo e cantar até ela adormecer. 
Acha que fica mais bonita de tranças e, apesar de não adorar vestidos, gosta muito de usar collants como a mãe. 
Gosta mais das pessoas que mostrem gostar mais dela. 
Às vezes diz que algumas pessoas não gostam dela. 
Dá beijinhos de bons dias aos gatos. 
Adora dar comida. 
Adora tomar medicamentos, como os crescidos e gosta de dar os medicamentos ao pai, a doutora Necas. 
A Irene não se esquece das promessas e consegue ainda esperar por "um dia".
Adora pequenos-almoços em hotéis e ir às compras. 
É determinada e quer fazer tudo sozinha para ficar orgulhosa e para que fiquemos contentes por ela.
Não gosta de ter nódoas na roupa, quer sempre assoar-se imediatamente e é muito sensível.
Sensível aos sons altos. 
Sensível a quem está triste.
Sensível a quem chora, a quem esteja doente. 
Não é algo que lhe tenha ensinado, espero que não seja algo que a vida lhe tire. 
Tudo é ritmo. 
Qualquer objecto é um óptimo tambor. 
Adora cantar e fazer as suas próprias músicas. 
Desde que sabe andar que anda à bailarina. 
Adora a Dra. Marta e diz que é "Doutora Necas". 
Não gosta que lhe chamem de Irene, é a Necas. 
Quer toda a gente de pé quando é para dançar e distribui a atenção de forma equilibrada entre os presentes. Entrega uma viola também ao avô ou, se dá um beijinho ao pai, também dá à mãe.
É desafiadora. 
Quer saber porquê. Quer saber até onde. Quer saber se o que digo hoje é o mesmo de ontem. Quer saber se a mãe concorda com o pai e vice-versa. 
Faz queixinhas. De si também.

Tão complexa, tão bonita e tão primária ao mesmo tempo a minha... Necas.



Sigam-nos no instagram aqui 
a mim também aqui
O nosso canal de youtube é este

11.14.2016

Ela só pode estar a fazer isto para chamar a minha atenção.

A Irene anda numa de fazer coisas más e de me perguntar a seguir se estou contente ou triste, sabendo perfeitamente que se "portou mal". Quando digo que não, ela fica muito triste e desata a chorar. Tenho tentado diversas abordagens: desde dizer que não fico triste e aproveitar para lhe apresentar outras emoções, mostrar-lhe a minha frustração, ensinar-lhe a diferença entre portar bem e portar mal...

Todas as fases têm os seus desafios, é o que tenho vindo a reparar, mas esta tem-me deixado de pulga atrás da orelha, exactamente por parecer que ela fazer o contrário daquilo que quer como resultado. Se me quer agradar, porque é que se porta mal? 

Ecoou na minha cabeça, numa dessas vezes, a palavra "atenção" - "ela só pode estar a fazer isto para chamar a minha atenção". Claro que, por um lado, poderá sempre ser aquele sentimento de "culpa" por ter feito máquinas de lavar roupa em vez de ter estado a brincar aos cabeleireiros com ela, mas sinto que faz sentido. 

Creio que talvez ainda não nos tenhamos adaptado ao novo registo de ter a Irene na escola. Ela continua a precisar de nós, não é por andar feliz a brincar de um lado para o outro que depois não precisa do olhar da mãe e dos abraços do pai. 

Não gosto que o "castigo" que lhe esteja a dar sejam as minhas emoções. Gostava que ela não fizesse coisas "más" por saber das consequências, mas nem todas as consequências parecem dramáticas o suficiente para que ela as compreenda. Nem tudo é "sujar tudo" ou "queimar" ou "dói-dói". Às vezes é só pedir para ela evitar andar a baloiçar com a colher na mão que ainda está suja de arroz ou que não repita tantas vezes o som de bater com uma caneta na outra.

Sentindo-me perdida, pedi ajuda a uma amiga que é psicóloga. Ela deu-me a perspectiva de que a Irene está a passar por uma fase muito intensa. Deixou de ter os pais 90% disponíveis para ela, para umas curtas horas, depois de passar imenso tempo na escola em que não é filha, mas uma "criança de bibe" (expressão minha). Dantes assistíamos a todas as conquistas dela, reforçávamos, elogiávamos... Agora é diferente. 

Sugeriu que lhe dissesse que a amo em qualquer circunstância e que separarasse as emoções do momento de amor incondicional, dar nomes às emoções (às dela e às minhas) e perguntar-lhe o que podemos fazer quando estamos zangados ou tristes. 

Claro que, dentro de mim, irei chegar às melhores soluções possíveis, mas sinto que tenho uma pessoa pequenina com quem ainda não posso falar como os crescidos e que também já não posso não falar sobre coisas importantes, só por ser pequenina. 

São desafios atrás de desafios. Acima de tudo quero viver isto de forma consciente e estou contente por estar a fazê-lo. A seguir a este desafio, virá outro e nunca serão mais fáceis. 


Ainda hoje de manhã me disse "a mãe depois vai buscar a Necas à escola ao colo?". Quando digo que sim, ela parece ficar mais calma e aceitar melhor que vai para a escola. O colo... 

Sigam-nos no instagram aqui 
a mim também aqui
O nosso canal de youtube é este

11.13.2016

Assim já não me passo com ela!

Isto deve ter começado assim que comecei a usar sapatos abertos. A Irene começou a ver-me a pintar as unhas dos pés e começou a pedir. Confesso que, antes de ser mãe, achava pindérico as miúdas andarem cheias de verniz, mas a minha filha de 2 anos estava a pedir e não consegui arranjar nenhum motivo para lhe dizer que não. Arranjei um compromisso que não não agradava nem desagradava nenhuma das duas a 100% e pintei-lhe só a unha grande de cada pé. Nunca queria tirar o verniz, a não ser que fosse para trocar por outra cor. 

Pintava-lhe só uma porque achei que o verniz não deve ser a coisa mais saudável para as unhas, ainda para mais as de uma criança. 

Assim andámos até há relativamente pouco tempo em que lhe tirei o verniz das unhas e das minhas também e, por isso, ficamos iguais. 

No outro dia, a falar com uma colega minha do trabalho (abençoada seja a minha única colega que não conseguiria sair à rua só com "colinhas" e que também não sabia bem o que isso era),  ela contou-me de uns vernizes que há na Claire's e que são à base de água. Que mesmo que vão para o tapete que dá para tirar tranquilamente e dos dedos também que ficam tipo "cola". 

Dito e feito. Ontem, quando fomos ao cabeleireiro (cá em casa, isto é, o momento em que corto as unhas todas e fazemos tranças), foi ela quem pintou as suas. Já saiu tudo durante o sono e estamos as duas bem com isso. 

Tentem não ir à loja com eles porque aquilo está feito para comprarmos coisas super bimbas e horríveis e que não queremos em casa passados 15 dias mas que, na altura, parece ser imprescindível. 

 
Sigam-nos no instagram aqui 
a mim também aqui
O nosso canal de youtube é este

11.12.2016

Eu sou o Marcelo só que ninguém sabe (#03)


Ando sempre à procura de livros "fora" para a Irene. Visto que ainda não está na idade de conseguir prestar atenção às coisas durante muito tempo e gostaria muito que ficasse amiga dos livros, este foi mais um que não me poderia escapar. Sim, é para mais de 3 anos e ela ainda só tem 2 e meio, mas nem sabem o que aconteceu.

Tento dosear as novidades. Posso ter uns 10 livros para estrear no mesmo dia, mas vou pontuando quando lhos ofereço ou lhes conto as histórias. Este livro ficou perdido pela sala de jantar. Num destes sábados (ou domingos, não sei), a Irene ficou a fazer a sesta com os avós enquanto fomos almoçar. 

Quando voltamos a avó, assim que teve oportunidade, com os seus olhos que sorriem mais do que 20 bocas juntas quando estão felizes, disse-nos "aquele livro das mãos é mesmo muito giro". Ainda tinham estado pouco tempo juntas. Menos de uma hora  e ainda com tempo de fazer piquenique pelo meio (estender um cobertor no chão e comerem pão com manteiga, sendo que é a Irene a barrar no pão dela) e já tinham ido direitinhas àquele livro. Ambas as meninas gostaram. A Avó ficou surpreendida por ser tão giro e a Irene adorou aquele momento com a avó e em que, além de ter começado a olhar para as mãos de outra maneira, teve um estímulo enorme para ver as coisas "para além do que parecem". 

As próprias mãos podem ser um brinquedo para horas, sendo elefantes, girafas...




Foi um livro que se tornou num abraço entre avó e neta e também numa descoberta criativa das suas próprias mãos. Afinal, a Irene está sempre acompanhada de coelhinhos, elefantes, cães e sapos... basta querer que eles aparecem. 

Sigam-nos no instagram aqui 
a mim também aqui
O nosso canal de youtube é este

11.10.2016

Passados dois anos...

E continuamos aquele blog que nunca se mostra no seu pior (até porque ele nem existe):

 

 

Que só vos mostra e escreve coisas mesmo muito interessantes:


 


E isto. E são ambos exemplos do mês que passou. Maravilha.


Que nunca é "too much information": 

Mamas. 

Rolhão mucoso. 


Naaaada lamechas: 

A Mãe que cresce em mim.

Ela pediu-me um irmão.


E sem piada nenhuma: 

10 coisas que gostava que a minha filha compreendesse.

As mini-me.


Digam o que disserem (coisas boas e coisas más) fazemos filhas do caraças e somos uma equipa maravilhosa. Mães, bloggers e bffs nascidas praticamente ao mesmo tempo, os três papéis indissociáveis. 

Não poderia ter encontrado ninguém melhor para partilhar um blog comigo. A Joana, além de ter uma escrita encantadora, é extremamente perfeccionista, criativa, ponderada e verdadeiramente sincera nas partilhas que faz de si e da sua visão do mundo. É muito apaixonada, é desorganizadamente muito organizada e um dos vários dons que tem é o da visualização - consegue construir tudo na cabeça com quer que seja e qual o caminho até lá com uma facilidade que só uma beta consegue. Gosta de dar o seu melhor em tudo, o que nem sempre faz com que os seus dias fossem tão fáceis como deveriam, mas quem ama tudo com o corpo todo é assim. 

Joana, além de te querer dizer que estou verdadeiramente grata por trabalharmos juntas, fico feliz por termos embarcado neste projecto que nos obriga a manter contacto, porque uma química como a nossa, a nossa daquela noite em que fomos o marido uma da outra quando eles foram sair, não pode ser desperdiçada. 

Temos um bebé juntas e não tivemos de marmelada uma com a outra. Apesar de eu saber que estás desejosa, mas tens de ter calma que isto não é assim. 

Um brinde aqui ao estaminé. Um brinde (de água que estamos as duas a dar leite pelos tetos) à nossa amizade e parceria. Um brinde a quem nos lê e gosta de nós. Um brinde a quem gosta imenso, mas que só escreve coisas más por ter coisas por resolver na sua vida (giggity).

É amor. Amor é o tema deste blog. Amor e parvoíce. E Manteiga.











11.09.2016

Tenho as minhas mamas de volta!

Nunca gostei muito das minhas mamas. Aliás, nunca gostei muito de nada no meu corpo. Consigo reparar (grande moral) que tenho uns olhos bonitos, uma boca gira e um sorriso encantador, mas a nível físico, o corpo e eu só agora é que estamos a fazer uma espécie de pazes com a questão de eu começar a fazer as coisas que devo fazer para ter os resultados que quero: melhor alimentação e exercício físico - acho que ouvimos tantas vezes esta cantilena que não nos apercebemos mesmo do quanto é importante, ficamos anestesiadas. 

Por isso, quando decidi amamentar e fiz tudo o que consegui por isso (um testamento que escrevi aqui), o estado em que iriam ficar as minhas mamas não era nada que me preocupasse. 

Aliás, até ganhei algo muito giro com isso: mamilos. Dantes tinha os mamilos perfeitamente lisos (até acharia que poderia dificultar a amamentação mas que, afinal, não constituiu obstáculo) e agora pareço aquelas boazonas que "ai #freethenipple e não sei quê, estou aqui de fato de banho, mas não reparei que tenho isto tudo evidente".

Sabem o que acho? Que as tenho de volta! Agora, depois de dois anos e meio a amamentar e procurando que aconteça um desmame natural (ela vá perdendo o interesse), olho para as minhas mamas e estão a parecer-me melhores. 

Fotografia por Yellow Savages
O que me dizem é que, com o desmame natural, as mamas recuperam devagar a elasticidade, os tecidos e afins e é isso que tenho verificado. Ainda tenho os mamilos todos tesudos (gostaram?), tenho as mamas mais pequeninas e, por isso, menos descaídas. Acho que outra coisa que tem ajudado é o voltar ao ginásio e perder gordura com #omelhorptdomundo . Gostava de vos mostrar, mas não consigo. 

Isto só para dizer que, se por acaso, um dos factores para não "quererem" tanto amamentar for o estado das mamas, é possível que muitas das mães que tenham ficado com as mamas num pior estado, talvez não tenham tido a hipótese ou vontade de fazer um desmame natural. 

Não digo que ficaram exactamente iguais, mas vivo até melhor com estas do que com as anteriores. 

E já não faço dupla-mama nos meus soutiens pré-gravidez! Importantíssimo. 



Sigam-nos no instagram aqui 
a mim também aqui.. 
O nosso canal de youtube é este

11.07.2016

10 coisas que gostava que a minha filha compreendesse

#1- Que cortar as unhas é importante. 

Não só porque pode fazer arranhões aos outros meninos, mas porque depois não combina com as roupinhas giras da Zara. Posso também dizer que está em estágio para ser o Wolverine, mas faltam os tons verdes no rosto.

#2- Que dormir é muita giro. 

E que quem dormir mais ganha. Gostava de lhe incutir este espírito de competição. Já acorda a perguntar quantas horas dormiu. A ver se consigo. 

#3- Que tirar a loiça da máquina é maravilhoso.

E que é o melhor momento do dia para ela. 

#4- Que para tirar uma caneta, não é preciso deitar todas em cima da mesa. 

Mas porquê? Eu percebo que uma pessoa desarrume tudo quando estamos nos saldos, mas aqui as canetas são todas dela e de graça! 

#5 - Que quando se diz que se vai comer alguma coisa, vai-se mesmo.

Apesar de ter graça ver o pai a cortar melancia e depois ter de a por no tupperware e cortar pêra e comer ele. Com ele tem graça. Comigo não.

8 de Dezembro de 2014.


#6 - Que se pode chorar em mute. 

Ficamos igualmente sensibilizados para a causa, mas há menos chinfrim. 

#7 - Que não se vai dizer para a escola que a mãe fez xixi no bidé. 

Teve mesmo de ser, não tinha alternativa. Ela estava a ocupar a sanita e se eu saísse de lá ela ficava sem apoio e não aguentei mais. 

#8 - Não há nada mais giro que ficar com os avós durante um mês ou dois. 

Não vá eu precisar de arejar um bocadinho ali para os lados da República Dominicana ou assim. 

#9 - Que a mãe vai, mas volta. 

Esta é a sério. 

#10 - Que lá porque a mãe tira os pêlos das pernas, do buço e das axilas,  isso não quer dizer que os dela não sejam lindos. 

A Gilette já está guardada a sete chaves, não me vá aparecer aqui como se tivesse ido passar uma tarde ao SanJam. 

           Sigam-me no instagram @JoanaGama e ao blog também @aMãeéqueSabe

11.04.2016

Ela pediu-me um irmão.

Fotografia Lovelab.

"Mãe, a Necas quer que a mãe tenha um bebé na barriga. A Necas quer um irmão.". 

Disse ela, ali, encostada à janela da cozinha, com o seu pijama da Everest e da Skye. Com aquela barriguinha que fotografo com os meus olhos desde pequena e que terá enquanto for minha, enquanto for bebé. Ali, às 7 da tarde, com aquela escuridão da mudança de hora.

Estava a preparar a comida dela para aquecer e não estava à espera disto. Muito menos nesta semana. Esta semana em que decidi pensar que talvez não quisesse um segundo filho. Por amor e cansaço, talvez não queira um segundo filho. 

Quando a olho nos olhos e vejo que lhe quero dar tudo de mim, isso não inclui dar-lhe mais alguém além de mim. Quando está birrenta, já é difícil para mim conseguir ter todas as forças que quero ter para a ver do tamanho que ela tem e o lugar que ela ocupa em mim. 

Mas ela quer. 

Ou, pelo menos, disse que sim. 

Não sou pessoa de não ter o que dizer - antes pelo contrário. Creio que pela primeira vez na vida o Frederico terá ouvido um silêncio da minha parte. Um silêncio em que, dentro de mim, estava tudo aos berros. O meu coração, a minha cabeça, as saudades da barriga de grávida, o corpo a gritar de cansaço... Calei-me para me ouvir, calei-me para não dizer nada de errado, mas aquele segundo foi passando em que a Irene ficou sem uma resposta. 

Nem me lembro do que lhe terei dito. Provavelmente o Frederico terá respondido por mim. 

Esta semana não quis ter um segundo filho e ela pediu-me um irmão. 

Também eu às vezes me peço um segundo filho, mas não sei o que me diga. Nesta semana não quis. Tenho amado muito a Irene, o ginásio, o silêncio depois dela se deitar e aquela meia hora em que, às vezes, tenho esperança que ela não volte a acordar tão cedo. 

Tenho saudades do Frederico e sinto que estamos mais perto de podermos ser um nós mais próximo de novo, embora de forma diferente. 

E, acima de tudo, o que sinto é que lhe quero dar mais mãe e menos irmão. 

Esta semana. 

                Sigam-me no instagram @JoanaGama e ao blog também @aMãeéqueSabe

Para dias em casa (#01) - A televisão




Fizemos uma televisão. Aproveitei a caixa da Bububox que recebemos todos os meses e para que ambas estivéssemos entretidas propus que ocupássemos assim o tempo. O resultado varia consoante o vosso jeito para isto, claro. Há de ser... melhor que o meu. :)



                 


                Sigam-me no instagram @JoanaGama e ao blog também @aMãeéqueSabe

11.01.2016

Aconteceu um milagre!

Este é o "coelhinho" da Irene.
Aconteceu um milagre! Faço parte de um grupo enorme de mães (aliás, faço parte de muitos) e acabei de presenciar um milagre!

Se estes grupos acabam por replicar um pouco como deveriam ser as coisas há uns cem anos, com as mães todas juntas e a partilharem conhecimentos umas com as outras, parece que também fazem com que a magia aconteça (existem lados maus destes grupos, um dia até poderemos falar sobre isso). 

Neste grupo em particular, as mães acabam por pedir dicas e ajuda para encontrar serviços, produtos, locais, etc. Houve uma mãe que, num último esforço (e numa ideia de génio), decidiu publicar fotografias do bonequinho do seu filho que tinha perdido há umas horas no El Corte Inglés. Saiu de lá sem conseguir encontrá-lo. Rapidamente voltou: uma das mães do grupo tinha encontrado e entregue a uma das senhoras que estava nas caixas de self-service. 

Todas sabemos a importância que estes bonecos têm para eles, imaginem esta coincidência. Que maravilha!

Isto leva-me a voltar a este assunto. Alguém sabe onde se vende coelhinhos destes? O raio da miúda é esperta e não aceita nenhum que seja sequer parecido. 

As avós debatem-se sobre quem terá oferecido o coelhinho, pelo que ninguém está a ser útil. Querem ajudar? ;)


               Sigam-me no instagram @JoanaGama e ao blog também @aMãeéqueSabe

10.31.2016

Eu sou o Marcelo só que ninguém sabe (#02)

Depois do sucesso da primeira edição desta rubrica, aqui vos apresento mais uma sugestão: Mistura as Cores de Hervé Tullet. 

Depois da minha amiga Eugénia que me mudou a vida toda me ter recomendado "O melhor livro de sempre (até agora)" que é do mesmo senhor, nunca deixarei de adquirir coisas feitas por ele. São sempre surpreendentes e as favoritas da Irene (durante mais tempo que o que é normal ela preferir coisas). 


Este livro poupa-nos uma limpeza de meia hora. Claro que não significa que não misturemos cores com eles noutros dias, mas o facto de ser um livro atrai-me. Quero que a Irene goste de livros e que não os veja como um objecto obsoleto, apesar de não ter grande argumento para esta minha preferência. 

Estes livros são mágicos e é isso mesmo que passam para eles. Que estamos a fazer magia e que são eles quem controla a história, enquanto aprendem acções, cores, etc. 


Com o entusiasmo, até fiz um vídeo do primeiro contacto da Irene com o livro:


  
Um vídeo publicado por Joana Gama (@joanagama) a


Se andarem numa livraria, já sabem que este é giro de certeza ;)

Ah! E sou o Marcelo porque ando sempre a namorar imensos livros de uma vez só, não porque vá nadar para o Tejo ou lá o que é.

               Sigam-me no instagram @JoanaGama e ao blog também @aMãeéqueSabe