Mamas. Sim, mamas. Não falta o til. (pronto, 20 leitores já ficaram curiosos).
"Seios" ou "peitos" para os púdicos das bochechas coradas.
Ou "melões", numa alusão gastronómica e, diria, pouco requintada. (20 leitores ainda estão a ler)
Ou "tetas", numa linguagem, vá, bardajona (acabámos de conquistar 200 leitores masculinos e perdemos as mulheres com classe).
É à vontade do freguês, usem a nomenclatura que mais gostarem, não queremos saber da vossa vida privada.
Agora, espantem-se, mamas todos as temos! Não! Como?! Não é possível!...
Mas as mamas das grávidas ascendem a um patamar quase intocável. Intocável em todos os sentidos. Abundantes, protuberantes, redondas, dignas de culto e adoração. Dignas de um retrato de um pintor renascentista.
Intocáveis também porque, meus senhores, são interditas! Nos primeiros tempos são proibidas! Ouviram bem? Pois que o crescimento súbito das tão desejadas mamas, se faz acompanhar, muitas vezes, de dor - como se de vidrinhos a partir se tratasse - excessiva sensibilidade ou comichão. Ora, limitem-se a contemplá-las e a fantasiar com elas. É injusto? Coitadinhos, estão ali tão à mão, não é? É como tirar o chupa-chupa a uma criança?... Temos pena, aguardem uns meses.
Depois desta fase, há um tempo em que da contemplação se pode passar à acção, mas é um lusco-fusco.
Nove meses depois de tão maravilhosa transformação, meus senhores, as mamas passam a ser cada uma de sua nação. Uma é a Alemanha e a outra o Liechenstein. Uma é o Rossio, a outra a Rua da Betesga. Eu explico: uma está cheia de leite, a outra acabou de ser esvaziada pelo bebé.
Além disso, as mamas deixam de vos "pertencer". Podem tentar arranjar um espacinho no calendário, ali algures entre as mudas da fralda e a pilha de roupa para passar, mas, acreditem, o bebé vai ter prioridade. E nem vale a pena chorarem.
Além disso, as mamas deixam de vos "pertencer". Podem tentar arranjar um espacinho no calendário, ali algures entre as mudas da fralda e a pilha de roupa para passar, mas, acreditem, o bebé vai ter prioridade. E nem vale a pena chorarem.
Um dia, terão livre trânsito novamente. Mas quando esse dia chegar, as mamas fartas e luzidias já deram lugar a uns saquinhos de chá. Murchas, penduradas e provavelmente raiadas de tanto terem esticado.
Mas é aí, meus senhores, que se vê quem é um homem a sério. Se escolhem olhar para aquele corpo como o mais maravilhoso e complexo, capaz, salvo raras excepções, de alimentar o vosso filho ou se escolhem olhar para ele como um trapo.
É aí, meus senhores, que se escolhe entre olhar para a mulher como fonte de inspiração, desejo e orgulho ou entre cair na monotonia e desejar a galinha da vizinha. Entre celebrar a vida e cobiçar a (sempre melhor) vida alheia.
É aí, mulheres e mães, que a cabeça se deve erguer. Somos mulheres. Mamas pequenas, grandes, descaídas, pingadas, com estrias: o que é que isso verdadeiramente interessa? Somos mães, damos o melhor de nós. Somos orgulhosamente mulheres.
Mamas são mamas. Mas mamas não são só mamas. São símbolos, merecedores de respeito e admiração. Respeitem as mamas das vossas mulheres. Ou os seios. Ou os peitos. Mas respeitem-nos. Desfrutem deles.
Viva às mamas! Viva! Urra! Urra!
P.S. Obrigada à Sara-a-dias pela ilustração fantástica. Tudo igual, até o tamanho das maminhas.
eheeheh, não preciso de dizer que gostei!!!! yeah!!!
ResponderEliminarbjis
Obrigada! :)
EliminarVivam os nossos bagos!!
EliminarVoces falam de mam..... de barriga cheia! Pelo que vi nas fotos de verão, ambas as Joanas estao muito bem ornamentadas!! Mulher sem classe eu, que continuei a ler este artigo depois das tetas! Eu fiquei com uns figos depois de ainda aos 26 meses dar de mamar! Nem gosto de figos!!!!
EliminarEu li até ao fim... quer dizer que não sou uma senhora com classe? :P
ResponderEliminarMuito bom, sim senhoras!
(Mariana Ricardino)
Ahahah! Totalmente sem classe! :)
EliminarObrigada!
Um dia após dar de mamar, o marido olha para as minhas mamocas, faz um grande sorriso e diz: quando deixares de dar de mamar, as tuas mamas vao ficar como (tinha a mama esquerda vazia, toda descaida, e a direita cheia de leite, toda redondinha)? Olho para ele, olho para as mamas e digo: vao ficar como a esquerda. O ar de decepçao dele foi igual a quando uma criança ve o seu brinquedo favorito partido.
ResponderEliminarAhahaha adorei
EliminarMaravilhoso! :D
ResponderEliminarMuitos parabéns pelo blog! Estou a contar com muito boa disposição. ;)
o sorriso de um leitor :)
ResponderEliminarAhahahahaha opá a sério, vocês são demais!
ResponderEliminarBom dia! A minha estreia a comentar os vossos posts (até agora apenas lia e ria bastante!), tinha que ser com um tema tão familiar, quase que chego a pensar que fui eu que o escrevi :)))) tal e qual!
ResponderEliminarAdorei, as minhas ainda estão uma grande e outra pequena, sempre com a grande sendo a preferida, e aqui vamos, segundo a Joana Gama, com o desmame natural por parte do bebé, elas voltam ao lugar, vamos aguardar!!!!!
ResponderEliminarVerdade verdadinha :)
ResponderEliminarApós 7 meses a amamentar as minhas ficaram praticamente iguais a antes, por isso, gente descontente com as suas mamas, ainda há esperança!
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