9.04.2018

A entrada na creche com ou sem período de adaptação?

Com. Não tenho dúvidas nisto. Pelo menos no nosso caso.
Com, se os pais estiverem disponíveis para que isso aconteça (com a Isabel não o pude fazer, por exemplo, e ela foi com 5 meses e meio).

Com a Luísa, que entrou com 18 meses, não o pude fazer, não por falta de disponibildade minha, mas porque a escola não deixava: nem entrar na escola, nem reduzir as horas - tinha de se habituar desde logo à rotina. E lá estava eu às 16h15 e lá estava ela com os olhos inchados de tanto chorar e a fazer-me queixinhas à minha chegada. Não comia nada de jeito e chegou a adormecer de cansaço de tanto chorar (contavam-me tudinho como se fosse normal e passageiro).

Eu senti que era anti-natura. Andei semanas à espera do dia que ela ia com vontade e não começava logo a chorar no carro ao aperceber-se de que iria para a escola. Demorou. E mudámos de cidade e de escola.

Na escola para onde foram, foi tudo muito diferente. Fez a adaptação com o pai. Duas horas num dia (com ele lá), duas horas no outro, mais umas quantas no terceiro, já ficou a dormir e... foi uma diferença enorme. Avisaram sempre que se achassem que estava triste ou que chorava muito, nos ligariam. Isto sim, fez-nos sentido.

Não temos de pensar todos da mesma forma, acreditar todos no mesmo, claro que eles se adaptam mais tarde ou mais cedo a tudo... mas acho que devia haver um maior encontro com as necessidades da criança e da família. Ficámos todos mais calmos com esta abordagem e também por isso, foi tudo mais fácil.

Na escola onde elas andam (que é Movimento Escola Moderna), os pais fazem parte da escola, podem entrar e sair quando assim o desejam e podem até assistir e participar. Essa relação é estimulada.

Para mim, nestas idades, faz sentido este envolvimento. Se possível por parte dos pais (nem sempre o é e, não havendo, também não faz sentido continuar a remoer o assunto). The Kids Will Be Alright.


Mães que estão agora a deixar os filhos pela primeira vez na creche ou no infantário: FORÇA!






Isabel fofinha no primeiro dia de escola <3

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9.03.2018

Fomos a um casamento, a um mês do nosso!

Sábado foi dia do casamento da Joana, minha amiga da adolescência, e do Pedro. Foi lindo!

As miúdas também foram e divertiram-se muito também - a Isabel andou a fazer slime (eu nunca tinha mexido naquilo) e a Luísa dançou com as sevilhanas (aquela miúda adora dançar - vejam aqui nos meus highlights do instagram a dançarina que ela me saiu). 

Estava tudo bonito, toda a gente divertida, os noivos muito relaxados - quero tal e qual. Até no número de convidados vai ser parecido: famílias mais chegadas e amigos mais chegados. E já falta só 1 mês!!! Isto passa tudo pufffff. Já tenho quase tudo tratado - o mais importante está, por isso é ir resolvendo as coisinhas que faltam mas sem stressar. :)

Cá estão as nossas fotos de sábado.
E muitas felicidades aos noivos que estão agora no bem-bom. Bem merecem. <3













O meu penteado foi obra da Manuela do Nela Cabeleireiros - adorei! <3

A roupa das miúdas é da Chicco e sapatos da Hierbabuena.




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Um ano em casa com os filhos... é boa ideia?

Neste momento, 3 anos depois de já não estar em casa com a Irene (depois de ter estado durante um ano e meio), só me apetece dizer-vos "fujam!!!!". 

Não houve nada mais desgastante pelo qual tenha passado e de que tenha memória. Foi duro. Foi mesmo muito cansativo e uma prova de... amor passada juntamente com uma prova de sanidade mental não passada. 

A privação de sono, a aventura da amamentação (que começou pessimamente e torta andou durante para aí os primeiros 5 meses, podem ler aqui em "As minhas maminhas e da minha filha"), a responsabilidade que sempre me pesou tanto nos ombros que me anulava, etc. Decidi, para justificar ficar em casa sem ganhar, dispensar a nossa empregada e, para além de ser mãe, também achei que poderia ser dona de casa - afinal... ia estar tanto tempo sem fazer nada... Não.

É uma missão incrivelmente difícil. É cansativa. Mexe com o que há de mais primário em nós, não vos sei explicar. Sei que voltaria a fazê-lo de novo, mas agora tudo com outra atitude (depois, já sem estar privada de sono é tudo muito simples). É normal que pareça que "tudo vai pelo cano abaixo". 



Confesso que conheço mães muito mais relaxadas que eu e para quem, estar em casa, é menos "estar em casa" do que o que senti e é tudo muito menos horrível. 

Compensou? Sim. Se teria sido engraçado e positivo caso não tivesse ficado em casa? Sim, acho que talvez tivesse sido melhor para a minha cabeça. Voltaria a fazê-lo, mas de maneira completamente diferente. A sério.

Lembrei-me disto porque encontrei algures na internet que "Ficar em casa com os filhos é mais desgastante que trabalhar fora" - a "notícia" é tão simples e pouco fundamentada que é claramente para partilha desenfreada (o que não tem mal, só faz quem quer). Não sei o que custa mais, não sei o que cansa mais porque depende de muita coisa: como ficamos depois do parto, do sono, da ajuda, da ansiedade, do tipo de trabalho... 

Seja como for, vocês que estão em casa com os filhos, muita força, mesmo muita força. Lembrem-se que tudo é uma fase. 

Para quem não tenha tido essa sorte, acreditem que há coisas boas em não ficar em casa durante um ano ou ano e meio ou três ou quatro. Tanto para vocês, como para eles. Como em (quase) tudo. 

Já tinha escrito sobre isto há uns tempos, se quiserem ler mais um bocadinho aqui em "Se me arrependo de ter ficado um ano e meio em casa com ela?"

9.02.2018

Quero ser mais feliz que isto (#03) - Nunca mais tenho férias só no Verão!

Epá, miúdas... Importam-se que vos chame "miúdas"? Não é que não seja miúda como vocês, é precisamente pelo contrário. Acho que somos todas umas miúdas e que vamos ser para sempre. Mesmo as avós que andam para aqui a ler umas coisinhas - só não digo que são mais "que as mães" porque seria parvo. 

Já viram a diferença que nos faz termos férias? Fazermos uma pausa? Bem sei que nem toda a gente tem a minha sorte de poder ter 25 dias de férias por ano e de poder escolher quando as tira, mas têm visto como tudo muda? O sol, o bom tempo ajuda, mas... acima de tudo acho que é parar e "sair". Quebrar a rotina. 

Nem tudo tem que ser caro. Não precisamos de estourar um ordenado num hotel. Ou de ir para o "estrangeiro". Há amigos que têm casa em sítios, sei lá. É termos a lata de pedir a chave para um fim-de-semana. É roubar a tenda a alguém e ir acampar para outro concelho, é... irmos ter com alguém algures e ficar acordados até tarde. Muitas de vocês já devem fazer isto e já descobriram "o caminho para a felicidade", não era o meu caso.  



Tenho deixado as minhas férias todas e a mentalidade "de férias" para as férias. Não pode ser. Tenho de pausar. Tenho de deixar mais férias para o resto do ano, para irmos. Só. Irmos. Para desaparecermos um bocadinho e voltarmos a nós. Especialmente eu. A diferença em mim quando saio da "roda de hamster" é... incrível. 

Temos todas - principalmente as que sentem, como eu, que "andam a mil" - de ser mais espertas e ver como podemos quebrar esta sensação de urgência constante que tão nos maltrata e aos mais próximos de nós. 

Recebi uma mensagem de uma amiga e leitora na semana passada a pedir-me o contacto de uma psicoterapeuta (eu faço terapia e já falei disso aqui no blog aqui em Faço Terapia) e pulei de felicidade (parte do motivo de ir às consultas é este meu histerismo - ahaha brincadeira) por saber que há mais uma pessoa a "acordar" e a ter vontade de "Ser mais feliz que isto". Não tem necessariamente de passar por terapia para toda a gente (para mim é importante que tenho... muitos sentimentos reprimidos, muita história por desconstruir e muita... dor por arrumar), mas acho que uma das coisas que temos de fazer é esta: parar mais vezes. 

Conseguem já não andar sempre "a mil"? 

Tenho andado a repensar coisas, fica aqui a lista do que já partilhei convosco: 


Ainda engravidamos mas é as duas.

E não uma com a outra. A Joana Paixão Brás tem o seu David, ser esse que atura três pipis em casa e continua com um sorriso saudável nas fotografias. Parece inclusivamente estar a gostar. Ainda no outro dia a Joana fez um post a dizer que a ver fotografias da Isabel com a Luísa lhe davam uma traulitada no relógio biológico (leiam aqui em Tenho o relógio biológico todo atrofiado) e eu... nestas "férias de Irene" olho para bebés com vontade de lhes dar uma trinca. 

"Pior": no outro dia, a Irene pediu para ver vídeos de quando era bebé (outra vez) e lá fomos. Digo sempre que sim porque é uma oportunidade muito importante de lhe contar como foi desejada e amada pelos dois pais desde que nasceu, fazendo-se sentir especial (ainda mais) por ter - além da sua própria experiência - uma outra garantia (as vezes que forem necessárias) que a mãe e o pai e os avós a amam profundamente. 

Ao mesmo tempo que parece que foi ontem que ela gatinhava mediocremente (nunca chegou a gatinhar como deve ser, ahah) e lambia os pés das cadeiras (há sempre uma altura em que os bebés lambem ferro, não é?), em que encaixava num braço apenas e... acima de tudo, em que ela adormecia no meu peito, verticalmente, depois de mamar quando a punha a arrotar....  já passaram 4 anos. 


Só devo ter um segundo filho quando tiver feito as pazes comigo pela experiência de parto que tive, pela forma como me lembro de quando a Irene tinha meses... Ainda me parece ter sido tudo um terror, mas cada vez menos. É até me esquecer. Depois aí, é aproveitar os dias em que não esteja "com os copos" (porque Estou a usar um copo menstrual neste momento) e, zinga, ter mais um bebé.  Quero redimir-me e quero que a Irene tenha irmãos. 

Agora que já me separei, agora que volto a estar feliz (e tanto), sinto que voltei à idade que tinha antes de ter a Irene - 27 anos. E que, como tal, sinto que quero viver o tempo com tempo. Não consigo ainda ter força e vontade para malabarismos e para escolhas que, para mim, são difíceis.

A maternidade em mim é a minha força e também calcanhar de Aquiles. Diz-me muito ou praticamente tudo. Puxa o meu perfeccionismo, ansiedade, ambição, total atenção, coração inteiro. Cansa-me e completa-me. Ter um outro filho agora seria como ter dois empregos (que muita gente tem, bem sei), mas não consigo ter força. Ainda nem consigo sentar-me no sofá quando chego a casa. Quero também dar tempo à Irene para me ensinar mais. Ainda preciso. 

Um dia será. Já olho para bebés. Já me apetece trincá-los. Sou cada vez mais feliz e é quando estamos felizes que devemos pensar em bebés. 

Posto isto, queria só dizer-vos que se estiver a olhar para os vossos bebés e a sorrir ao mesmo tempo que não os vou meter no bolso. Ando com esse olhar assustador a resolver coisas em mim enquanto o meu coração cresce e a minha cabeça tenta sintonizar com ele. 

Se me perguntarem, acho que a Joana aqui na loucura do casamento e da lua de mel, ainda leva o David para mais uma aventura, ahah. Vamos abrir um site com apostas? Quem vai ao próximo primeiro? ;)



8.30.2018

As coisas que mais me irritam em mim

Eu sei que sou para lá de espectacular (é esse exercício de amor-próprio que faço todos os dias) mas há coisas super irritantes na minha pessoa. Super não, calma. Um bocadinho, vá. Passo a enumerar:

- digo a toda a gente que entra no meu carro que tenho de o lavar (ando há meses - 1 ano? - a dizer o mesmo e a repetir até para algumas pessoas. Aquilo está uma pocilga. Protelo, protelo, protelo).

- estou sempre a mexer na cara. Queixo-me que tenho borbulhas, mas estou sempre a mexer e a espalhar a infecção por todo o lado. É involuntário, acontece-me a ver um filme, a trabalhar em frente ao computador, "apanho-me" e lá está a minha mãozinha marota

- faço resoluções várias vezes e nunca cumpro tipo: "Depois das férias, acabou-se o açúcar, os fritos, o vinho". Sim, sim. Zero disciplinada neste momento (nuns dias cumpro, noutros não); vou ler um livro por mês; vou fazer assim e assado.

- esqueço-me de coisas com muita frequência. Hoje vesti um macacão que me fica lindamente. Só que hoje estou com o período e não é nada boa ideia estar de macacão quando tenho de ir mil vezes à casa de banho. E eu já sabia disso. Mas esqueci-me.

- adoro petiscar. Devo causar uma péssima impressão, mas eu aceito tudo o que me oferecem: seja bolachas, seja cenouras, seja um bocado de hambúrguer seco. Eu simplesmente não resisto e não consigo dizer que "não". 

Tenho mais umas quantas, mas estas são as que me recordo para já. Vou ali adormecer as miúdas e já volto (se não adormecer por lá, um clássico). Comentem lá os vossos pontos fracos, não me deixem na mão :)


Fotografia: Susana Cabaço

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8.29.2018

Estou a usar um copo menstrual neste momento.

Ahahah. Não vejo posts mais pessoais do que estes em que falo das minhas entranhas. É o que se passa: estou a usar um copo menstrual neste momento. Tenho ouvido falar muito do assunto por colegas minhas no trabalho, vejo anunciado nos sítios onde faço compras ou encomendas (compro muito coisas orgâncias e bio), mas a verdade é que não tinha período! Usava DIU e tal, antes com a frequência com que amamentava a Irene também não tinha período e, por isso... ainda não tinha tido oportunidade. Agora não quero mais hormonas e não preciso do Diu... como escrevi aqui, se quiserem ler. 

É muito tempo a falar da minha vagina, não é? Pronto. Aqui vai mais um bocaidnho.

Então... no outro dia quando estava no Algarve, vi que havia lá no supermercado uns copinhos menstruais e que tinha de comprar o tamanho maior por já ter parido (que desgraça, não queria assumir que tinha um canal de banda larga, hahahaha) e experimentei.



Ora, não é como um tampão. Claro que cada uma tem a sua, mas nunca sofri muito a usar tampões. Até me esquecia que estava com ele. E não, não sou daquele grupo de pessoas para quem se escreveu aquela mítica frase do folheto que diz: "antes de colocar um novo tampão, não se esqueça de tirar o anterior". Mas não dava muito por eles. Sou abençoada por não ter grandes dores de período e, por isso, sempre foi mais ou menos tranquilo para mim...

Portanto, voltado.. à "vagina fria"... Isto sente-se a por. Tem que se dobrar para por. Não é como um anel vaginal (contraceptivo), é mais duro e mais robusto. Calculo que talvez também estivesse um pouco tensa por ser a primeira vez. Lá pus e assim foi. Depois não se sente, tal como idealmente com um tampão. Para tirar faz um bocadinho de vácuo e é preciso fazer força (não convém), então aconselho pressionar-se um pouco com o dedo para sair o vácuo e depois puxar. 

Do que me apercebi até agora, o ideal será fazer as trocas no banho ou na casa de banho em casa. Na casa de banho no trabalho ainda não arranjei uma técnica para estar 100% confortável, mas também escrevo-vos no meu primeiro dia e primeira troca. 

Gosto disto porque é mais ecológico, porque é melhor para o meu corpo e porque é mais barato. Não fazia questão de ver o meu próprio sangue e de o despejar e tal, mas calculo que, de alguma forma, isto fará parte. Terá sido mais uma coisa nossa, enquanto mulheres que "escolhemos" negar por algum motivo, quando isto é natural e faz parte de nós. 

Estou fã. 

Nenhuma marca em particular. Nem reparei. 

Vocês? 



Já consigo ter um antes e depois para vocês!!

Meninas, a minha sensibilidade, medo, vontade e necessidade de auto-controlo reflecte-se muito na maneira como como e, por isso, desde que me lembre (não ajuda ter uma família que fala muito do "peso" e aponta muito o dedo a isso e sem grandes tactos), que lido com algum descontentamento com a minha imagem (não façamos isto com os nossos filhos, pff). 

Passei por uma fase de amealhamento de gordura e estou pronta para a perder. E hoje, quando vesti as mesmas calças que usei em Junho, reparei a diferença. Querem ver? 


Ai garotas, para celebrar, hoje vou à Brasserie (não ponho o link que apesar de ser a minha amiga Renata quem me vai pagar o bife, não é a Brasserie a oferecer), mas vou só cheirar as batatas. O que faço agora é cheirar o que não quero comer... (ou que quero muito, vá, depende da perspectiva), esta é a minha relação actual com pizza:




Claro que não tenho feito isto sozinha (apesar de me saber muito focada e determinada quando quero muito alguma coisa - resvalo para fundamentalismos, infelizmente, tenho de ter cuidado), tenho tido ajuda da Carina e da Mahima do Chama a Sofia (professora de Pilates e PT e professora de Yoga, respectivamente). 


Estão aqui os meus valores e objectivos... estão comigo? 


Olhem para aqui eu a rebentar o instagram com a minha sensualidade toooooda!. Nope. Not true. Isto é a vida “instagram“ (que by the way, decidi passar a vê-lo no máximo duas vezes por dia e escrevi sobre isso hoje no blog, este post foi agendado. Buuuuuu! ). A vida real está na fotografia a seguir onde vos mostro as minhas medidas e peso actuais. Hoje começo a levar isto mais a sério. Tenho feito tudo devagarinho para não serem mudanças mais bruscas, mas chegou a altura de definir objectivos. Tudo isto por ter chamado a Sofia (conhecem? @chama_a_sofia ) e por ter conhecido não só a incrível @carinacarvalhogoncalves mas também a Mahima ( @ganapatiyogamahima ). Torçam por mim porque vou fazer medições de mês a mês (ou mês e meio) e o objectivo é chegar a Novembro mais perto daquilo que desejo para mim. 💪 Atenção que o peso poderá ser indicador de excesso de gordura, mas já viram a quantidade de coisas que se mede no corpo? O peso é apenas uma delas e nele junta-se o peso dos nossos órgãos, ossos, músculos, água... Guiem-se por medições mais exactas, até para terem maior satisfação com os resultados, mesmo que a balança vos dê a entender que não fizeram nada. Eu já tenho notado diferenças impressionantes em mim, mas agora vou ter a certeeeeeza 😎
Uma publicação partilhada por Joana Gama Freire (@joanagama) a

Estou a fazer isto de uma maneira muito calma e saudável. Estou a comer bem, a reeducar-me a comer e tentar separar a tristeza e a ansiedade da comida, lidando com elas de outra forma... 

Também acho que tenho de aceitar que o meu equílibrio é feito de momentos de desequilíbrio, não tem mal. Cansa é mais, acho eu :)

8.28.2018

Tenho o relógio biológico todo atrofiado

Só pode. Eu culpo as hormonas. Eu não posso estar com bebés filhos de amigas sem sentir esta sensação. Hoje o Facebook mostrou-me esta publicação de há dois anos e eu fiquei: "oinnnnnnnnn que lindas, que coisa boa, quero mais". Esqueço-me logo do trabalho que dá, de quando uma morde na outra e a outra responde com um pontapé, de quando se desafiam para fazer disparates juntas e quando não se sincronizam nas birras e parece um espectáculo de variedades. Parece fácil. Não é.

Calma gente, tenho DIU que é para não haver cá surpresas. O David não quer ir ao terceiro, eu, pelo menos por enquanto também não - se for a pensar de forma racional. Mas é mais um quer-não-quer, uma coisa sem explicação. Daí culpar as hormonas, só pode ser disso.

Em conversa com uma amiga que já tem três e que ainda ia ao quarto (e não é a divisão da casa), chegámos à conclusão que só podemos bater mal da mona. Queixamo-nos da falta de tempo, dos gastos, de estarmos, devagarinho e finalmente a recuperar alguns dias só com os maridos (e ainda vai melhorar) e depois, no fundo, até nos atirávamos de cabeça, se fossemos a obedecer ao diabinho que paira ali no ombro esquerdo. 

O que é que se passa connosco? Há acumuladores compulsivos de lixo e depois há potenciais acumuladoras de filhos? Só pode...

Mais alguém que padeça desta espécie de doença?



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8.27.2018

Uma semana sem ela... vou sobreviver?

Tenho estado sem ela um pouco aqui e outro ali, mas nunca uma semana. Há abertura para que seja menos tempo da parte do pai, mas acho importante que ela passe a semana inteira com o pai, para que tenham contacto continuado  nas rotinas durante uma semana, mesmo que de férias. 

Eu tenho a custódia da Irene, não é o cenário mais frequente actualmente (do que dizem), mas é o que se adequa melhor ao nosso cenário. 

Esta semana vai-me custar tanto como, provavelmente saber bem, mas... tenho o coração apertado. Ainda para mais, depois de termos passado tantas férias juntas agora no Verão, o meu corpo parece ainda mais colado ao dela para adormecer, para tudo. 

Ela tem de crescer, ser de mais mundo e, neste caso, nem é "mundo", é o Pai. Vai para uma casa fantástica com o Pai e com os avós, vai ser só fabuloso. A mãe também vai aproveitar o fim-de-semana ali pelo meio e esticar a perninha na praia, mas... ahhh...

Quando ela voltar já vem mais crescida e não vi! 

Alguém que me perceba? Ou vou só receber comentários de mães a dizer que sou isto e aquilo porque não se quê?




Já agora, tudo o que tenho escrito sobre divórcio, aqui e aqui


Vocês deixam que eles ganhem?

Andei a ler sobre isto. Calma, andei a ler porque tenho um blog e porque, vá, sempre me interessei por questões de ordem "psicológica" (vá se lá saber porquê...). No outro dia, fomos passear a Monsanto - amo, amo - e a Irene quis fazer uns sprints comigo (para quem não saiba, neste caso, fazer "sprints" é por a mãe a suar das axilas e a ficar assada entre as coxas para correr muito rápido). 

Aceitei porque ando a dizer muitos mais "sins" que "nãos" (parece os sins melhoram muito o dia das duas, desde que com razoabilidade e não por preguiça de sentir um pouco de desconforto) e também porque sempre gastava mais umas calorias extra. Ela corre rápido, mas ainda corro mais do que ela. Sublinhe-se o ainda, porque tenho noção da vida.

Na altura tive de me perguntar se a deixaria ganhar ou não. Porque a verdade é que eu ganharia sempre que quisesse, mas também não me pareceu útil. Então, instintivamente, o que fiz (depois de dois ou três sprints em que o soutien desceu demasiado e fiquei com as malfadadas quatro mamas) foi combinar com ela um avanço por ela ser mais nova. A Irene nem sempre lida bem com o facto de ser ela a criança e de eu ser adulta e achei que este reforço seria justo. Por ser mais pequena, ter pernas mais curtas, leva um avanço (um bom avanço que torne e competição quase renhida). 


Agora vou ler sobre o assunto, para ver se tenho de pensar mais um pouco nisto ou se tenho algum útil para vos apresentar, volto já. 

um artigo giro que diz que o  "que importa não é se ganha ou se perde, mas como". 

- É útil que os nossos filhos assistam a como lidamos com as derrotas e com as vitórias para terem um bom exemplo; 

Tento muito não me esquecer disto. Mais do que "conversa", é o exemplo que se dá. Quero que ela tenha bom ganhar e bom perder, até para que se foque nas coisas mais interessantes da vida e não fique frustrada ou motivada com coisas pequenas (como... a mãe muitas vezes, hahah, mas xiiiuu). E, já agora, aproveitar o exemplo para gerar empatia pelas pessoas que não ganharam. Claro que isto não é tudo aos 4 anos, mas a mãe assim já aprendeu - nem que seja também um bocadinho pela internet. 

Quando os deixamos ganhar (este artigo começa assim), temos de ter noção se eles se estão a aperceber que lhes estamos a fazer um favor e que estamos a alterar as regras, ensinando, então, que as regras não são assim tão importantes... E esta das "regras" tem-me dado jeito para acabar várias conversas e perguntas. Convém mante-las intocáveis qb... ;)

Este artigo, diz uma coisa gira: quando os miúdos estiverem a fazer uma birra, tentemos afastar-nos um pouco e imaginar que é o filho de outra pessoa, para tentarmos responder menos emocionalmente e de forma mais objectiva para lhes ensinar algo. O que acham disto? Por acaso, faço-o. Já via estas oportunidades como pseudo-didáticas e tento (ocasionalmente, porque raramente estou descansada ao ponto de querer provocar birras, confesso) deixá-la perder.

Quis partilhar convosco, agora nas férias (quem ainda as tenha), quem tiver mais tempo livre para jogar e brincar com eles... fica com umas ideias para pensar e decidir o que acha por si :)

Como têm feito?