8.10.2015

Fui apanhada



Passei pelas brasas. Assim, dentro de água, a agarrar a borda da piscina. Acho que ser mãe me treinou para adormecer em qualquer lugar, em qualquer circunstância e para readormecer com muita facilidade (depois do treino da amamentação e de chegar a ir ao quarto dela 8 vezes por noite). Não há tempo a perder.

O marido achou giro tirar-me esta foto sem eu dar conta. E depois? Depois senti uma coisa a cair ao meu lado, a molhar-me toda. O meu coração disparou como nunca. Pensei que era a Isabel a cair à piscina (apesar de estar sempre um de alerta). Saltei dali num ápice, pronta a ir buscá-la. Não. A Isabel estava na cadeirinha. Era o tonto do pai da criança. Todos os nomes do mundo.

Er... alguma especialista?

Ontem a Irene e eu fomos ao Jardim Zoológico. Devo contar tudo no post da noite (que agora estou podre de sono e não consigo que o meu cérebro escreva mais do que algumas linhas sem dar de si). 

A ir não chegámos a apanhar o comboio porque, por ser domingo, iria demorar muito tempo a chegar (tinha acabado de partir um), acabámos por ir de txi, já que estamos a menos de 10 minutos do Zoo.


Alguém sabe como funciona o transporte de crianças pequenas no taxi? Fiquei impressionada pelo taxista não me saber dizer. "Aí está uma boa pergunta! Se forem pequeninas vão ao colo da mãe e pronto". Não me parece bem. É isto? Num país civilizado? Tanta coisa para as crianças andarem contra a marcha e com cintos e não sei quê e depois, nos taxis, vai ao colo da mãe e pronto? Não sou física mas, em caso de acidente, parece-me que a criança deverá assim até amparar alguns golpes à mãe e acho que seja o desejável.

Criminalmente quem seria o responsável? O taxista por não ter transporte adequado para as crianças, a mãe por não levar ou a mãe por, mesmo assim, ter decidido ir de taxi?

Não acho possível que todos os taxis tenham uma cadeirinha, não. Até porque estava o sr a explicar-me que "roubaria lugar de passageiros ou de bagagem", mas poderia haver os taxi com possibilidade de transporte de crianças e outros que não. Tal como há com o multibanco. Se calhar até há, há?

Sabem de alguma coisa? 

Sei que não é normal andar-se de taxi frequentemente mas os acidentes nem sempre acontecem pela frequência, certo?

8.09.2015

As 22 melhores coisas da maternidade

Depois de ter escrito este post (as 22 piores coisas da maternidade), surgiram várias propostas para enumerar as 22 melhores coisas da maternidade.


Cá estão. Tenho a certeza de que muitas vão ter de ficar de fora. Sim, porque a Isabel ainda não disse "gosto muito de ti, mãe". Quando disser, vou chorar. De certezinha!

Acrescentem as vossas! :)



1. Acordar bem cedo e ser recebido por um bebé sorridente, que só tem olhos para nós.

2. Ouvir "mamã".

3. Receber o melhor dos abraços.

4. A primeira gargalhada. E todas as que se seguem.

5. Dar-lhes colo. Beijar cada dedinho, cada refego.

6. Amamentar e sentirmo-nos umas super-mulheres.

7. Dar-lhes leite no biberão e ver aqueles olhos brilhantes, apaixonados por nós.

8. Esforçarmo-nos, todos os dias, para sermos pessoas melhores.

9. Comprar roupinhas em ponto pequeno.

10. Quando nos começam a dar beijinhos.

11. Quando partilham a comida connosco.

12. Quando fazem gracinhas para nos conquistar e fazer rir.

13. Reaprendermos brincadeiras e canções da nossa infância.

14. Tornarmo-nos palhaços, dançarmos em qualquer lugar, sem vergonha, só para os fazer rir.

15. Passarmos a dar prioridade àquilo que a tem. Passarmos a colocar tudo o resto em perspectiva.

16. Redescobrirmos lugares, jardins, voltarmos ao Zoo e ao Oceanário.

17. Quando chegamos a casa ou à creche e vêm a correr e a dar gritinhos de alegria.

18. Ver chover, ver as árvores a dançar ao vento: olhar para tudo como se fosse a primeira vez.

19. Vê-los gatinhar. Vê-los dar os primeiros passos. Vê-los comer a primeira sopa. Vê-los crescer.

20. Tê-los a dormir aninhados a nós, serenos, perfeitos.

21. Amá-los todos os dias, mais e mais. O nosso coração é elástico.

22. ___________________ (complete).




Nem sempre é fácil, mas ser mãe é MESMO a melhor coisa do mundo!

Promessas falhadas.

Oops... em dois dias foram duas, mas não foram de propósito. Dou o meu melhor para ser coerente. Se digo que "vamos lá" a seguir é porque vamos. Se dou as chaves de casa, depois de fechar a porta, dou. Senão não digo que vamos depois ou que depois dou. Não faz sentido mentir porque também não quero que ela venha a mentir também. Ou redirecciono ou faço-a esperar um bocadinho. Vai saber que a mãe é de confiança. 

Infelizmente em dois dias, duas promessas falhadas. Duas coisas que eu contava que fossem acontecer não aconteceram e, por acaso, a miúda reagiu bem, claro. Passado 10 segundos já não se lembrava, só eu. 

Uma era que íamos ao jardim e que íamos brincar com a Joana. Ela está lá sempre, não têm noção. Das 48 vezes que fui àquele parque, não houve uma única vez que não estivesse. Ontem que disse "vá, quando acordares vamos ao parque brincar com a Joana", o raio da miúda não estava lá. 

Outra foi que hoje íamos à rua (tinha de ir à farmácia) e que passávamos pelo gatinho da mãozinha (aqueles gatos chineses que abanam uma pata para cima e para baixo). Foi o caminho todo a falar disso. A manhã toda até. Quando chegamos lá apercebi-me que nem loja dos chineses, nem farmácia: hoje é domingo.

Bom, sempre deu para brincar com uns azulejos a que achou piada.

A minha filha vai de body para a rua ;) 


Para a próxima vou dizer "podemos tentar ver se está lá a Joana" ou tentar lembrar-me que dia da semana é. Agora ela nem reparou, mas tenho que ir treinando estas coisas para quando importar ainda mais. 

8.08.2015

Pergunta para queijo...

A que é que a Irene chama um "já sei"?

1) a uma sopa japonesa esquisita que temos por aqui e que se chama "xôsê", mas sai-lhe assim.

2) ao chassi dum carro, mas a tentar pronunciá-lo em inglês: "chássey".

3) a uma tortilha porque houve um dia que não parava de me chatear para lhe dar alguma coisa e eu gritei "já sei" e dei-lhe um pedaço de tortilha.

a resposta está depois de carregarem no "ler mais" (se eu souber fazer isto)


Crianças Felizes, o livro de Magda Gomes Dias.



A especialista em blogues aqui do nosso estaminé é a outra, a Joana Paixão Brás. Ela é que sabe quem são as pessoas, sobre o que escrevem, etc. Eu não faço a mínima. Desde que temos aqui o a Mãe é que sabe tenho feito um esforço, por achar que tenho de estar a par "do meio", mas somos mais que as mães e confesso que nem sempre sei distingui-las. Tenho o mesmo problema com celebridades. Confundo-me com todas. 

Bom, isto para dizer que não conhecia o blogue da Magda. E até me convém dizer isto pelo nome do nosso blogue ser parecido com o dela. Por acaso, na altura, nenhuma das 5 a quem propus o nome se lembrou disso, por isso foi mesmo por acharmos que fazia algum sentido. 

Tomei contacto com o trabalho da Magda num programa de televisão. Acho que foi na Grande Tarde da SIC (nem podia eu dizer que era de outro canal porque a Joana trabalha nesse). Fiquei um bocadinho de pé atrás por ser um pouco preconceituosa com pessoas que dêem palestras, façam coaching ou "sessões de aconselhamento". É um problema meu. Associo muito isso a cultos, seitas. Não sei se sempre convidarão as pessoas a reflectir ou se apenas é para criar um grupo de seguidores fazendo alguns trocos (se calhar vi muito a série The Following). 

É óbvio que a Magda faz dinheiro com o que faz, é o trabalho dela e acho muito bem. É como as pessoas que julgam as bloggers que recebem dinheiro para fazer publicidade... Toda a gente deve ser paga pelo trabalho que faz. Toda a gente. 

Mudo, muitas vezes, de opinião em relação aos livros, assim que me vou informando. Tal como mudei em relação aos livros do pediatra Mário Cordeiro. Quando não sabia nada, quando ainda não pensava muito e só absorvia informação sem espírito crítico, parecia-me a última Spur Cola no deserto, mas rapidamente me vim a aperceber que não me identificava com várias questões. Um dia falarei sobre isso. Tenho é de arranjar uma maneira elegante de dizer que não concordo com muita coisa que o "pediatra em que os portugueses mais confiam" e nem sempre é fácil porque mexe com questões estruturais da minha pessoa e da vossa, claro. Se nos cingirmos àquilo que perguntaríamos a um pediatra e que um pediatra estuda, sim senhora, acho eu que não sou médica, claro.

O prefácio ser do Dr. Mário Cordeiro deixou-me muito de pé atrás. Como escolher para um livro de parentalidade positiva um homem que advoga a palmada e também que "quando os miúdos choram a comer, veja pelo lado positivo que até abrem mais a boca para comer" (algo do género). Depois pensei: okay, assim é capaz de chegar às mesmas pessoas que confiam no Dr. e lhes faça pensar de maneira diferente. É uma jogada de marketing penso ou, então, até uma provocação para o Dr. pensar diferente. Não sei. Tentei ignorar "a capa" e julgar pelo conteúdo. 

Li ontem o livro quase todo. Faltam-me 4 páginas porque, quando dei por mim já tinha os óculos no bigode e já estava a babar-me toda. E adorei. Mais o livro do que me babar toda. 

É um livro que convida a fazer diferente e identifiquei-me muito com ele. Como pessoa que já está curiosa o suficiente por esta nova "escola de educação" (praticamente a oposta da maior parte dos nossos pais") sinto que este livro compila de forma muito eficaz as várias teorias e pontos a que devemos dar mais atenção se quisermos criar uma relação de respeito mútuo com os nossos filhos e de cooperação em vez de incutir medo para serem obedientes, sem compreenderem por que é que lhes estamos a mandar. Nisso do medo estão incluídos os gritos por sistema, os castigos, as palmadas.

A verdade é que muitos de nós queremos fazer diferente dos nossos pais mas não sabemos exactamente como fazer. A Magda dá óptimas sugestões. Explicando-nos o propósito de cada uma e dando exemplos. Já estou a ler o livro há uma semana. No dia seguinte a ler umas folhas, aplicava sempre algo à Irene e resultava. Não são coisas que a Magda inventou, são coisas que ela aprendeu, compilou e arranjou uma maneira simples de explicar a pessoas que não sejam neurologistas, psicólogos, etc. Até tem um capítulo em que explica de forma muito sucinta (mas tão eficaz) o cérebro dos nossos filhos. Gostei. 

É uma óptima introdução a todos os temas que temos de aperfeiçoar caso queiramos criar o tipo de relação que falei ali em cima. Há pessoas que o fazem naturalmente por terem crescido em famílias que o fazem assim inconscientemente ou conscientemente e estes livros são apenas uma descrição do que já sabem. No meu caso são ideias, são sugestões, são chamadas de atenção e tudo isso sem termos técnicos puxados, sem estar sempre a cuspir nomes de autores. 

Quem quiser saber mais terá de ler mais, mas para quem nada saiba ou pouco sobre esta área é, até agora, um óptimo livro em português para começar e perceber a necessidade que temos de sermos pais duma forma mais consciente e presente. Até esta temática muito na moda do "mindfullness" (apesar de ser tão estupidamente antiga) é subtilmente abordada. 

Tem também algo que me vai dar muito jeito quando a Irene for para a creche que são algumas dicas para sairmos de casa a horas e sem discussões de manhã. Dicas óptimas que demoraria muitos meses a lá chegar, visto que tenho o pior dos feitios de manhã e não ser a pessoa mais paciente. 

Para terminar, acho mesmo que o título do livro é justo. É um amuse-bouche para criar crianças mais felizes, verdade. O resto terá de ser feito por nós. Tudo o resto. Somos nós os pais.


Conceitos que irei aprofundar depois deste livro: criação com apêgo, parentalidade positiva, disciplina positiva, comunicação não violenta, escuta activa, mindfullness. 

8.07.2015

O balão.


Sabem aquele arrepio que percorre as costas todinhas de cada vez que eles têm um balão nas mãos e ainda os esgravatam com as unhas, que por sua vez ainda não conseguimos cortar-lhes?
Sabem aquele piscar de olhos mais prolongado de cada vez que o balão salta das mãos deles, podendo ir embater numa pedra ou numa saliência qualquer e REBENTAR? Fui eu quem lhe tirei estas fotografias, mas nem sei bem como. Dá-me coisas estranhas. Fico com o coração mais acelerado. Por mim e por ela. Cheia de medo que ela se assuste muito.

Mas não. Rebentou, como eu esperava. Nem piscou os olhinhos. Só apontou para o balão. Ficou triste mas não assustada. Consegui fazer um mini balão com os restos.

E as fotografias ficaram bem giras.













Todos os recém-nascidos gostam disto!



Não estava a falar de dormir (isso gostamos nós, pobres mães Hehe).

Estava a falar do Swaddle, ou do Swaddling, que é basicamente enrolá-los bem num pano/ manta fininha/ fralda de pano maior. Passaram 9 meses bem aconchegados e protegidos na nossa barriga, sem grande liberdade de movimento e, de repente, o facto de terem demasiado espaço à volta pode ser assustador. É uma óptima forma de os acalmarmos e/ou ajudarmos a adormecer e se a isto juntarmos o ruído branco (white noise) como o Shhhhhhhh, embalando-os no nosso colo é, normalmente, tiro e queda.


Com a Isabel nem sempre resultava, mas chegou a resultar várias vezes. Deixo-vos também um vídeo com explicações e que demonstra como fazê-lo (método, segurança, cuidados): aqui


Algumas notas:

- Há várias formas de enrolar os bebés, deixando as mãos perto da cara ou com mãos totalmente presas ao longo do corpo (no vídeo acima ensinam pelo menos três formas).

- Atenção que nem todas as mantas dão para isto, há que ter cuidado com o peso da mesma e com o possível sobre-aquecimento do bebé (eu, por exemplo, usava uma fralda de algodão XXL).

- Cuidado para não deixar pontas soltas do tecido perto da cara, para não correr nenhum riscos de asfixia.

- Se o bebé se demonstrar desagradado com a técnica, não insistir nesse momento.

- Não aplicar o swaddling muito tempo por dia (eles também precisam de ter liberdade de movimento).



Tive a Isabel em março, por isso assaltou-me agora uma dúvida. Será que os recém-nascidos de verão também se darão bem com o swaddling?


* Imagens We heart it

Sugestões de coisas giras. E úteis.



Já vos tinha falado deste tapete-que-é-saco da Bica Kids há uns tempos, neste post. Do quanto ele ajudava a manter a minha sala minimamente arrumada. Resolvemos trazê-lo de férias. Foi ideia do David. Uma boa ideia. Acaba de brincar, fecha-se e põe-se num canto da sala.




Uma boa ideia seria também a Isabel deixar-me pôr-lhe uma bandana ou lá como se chamam estes lenços grandes, mas nem 10 segundos. Já fez um grande progresso com os óculos de sol - quase 30 minutos seguidos com eles - qualquer dia já vai aguentar isto. Espero.




Queria mostrar-vos esta almofada nuvem da By Mom que tem um padrão de se comer (adoro esta expressão beta Hehe). A Isabel adora almofadas, gosta de se deitar nelas e fecha os olhos a fingir que está a dormir. Só falta imitar o pai a ressonar. 



O cestinho para arrumação (de brinquedos, de cremes, do que quiserem) também é da By Mom.


A mala de cartão e o coelho grande branco são da Zara Home, a almofada do passarinho da Laracol Baby.

Mas vamos ao que é gritante nesta foto: nota-se que ela estava muito aflita dos dentes, não? Anda nisto, tadinha. Nem sei como é que as noites têm sido tão calmas...

8.06.2015

10 perguntas sobre a gravidez.

Ou até antes. Estou a tentar viajar no tempo, para quando o Frederico, no inicio do nosso namoro, me perguntou: "... mas queres ter filhos? É que se não queres, não posso perder tempo, não quero ser pai velho". Disse-lhe que sim para se calar e depois acabei por querer e muito.  Raio do velhote! Útero 0 - Velhote 1. 

Quando pensava na gravidez e no parto, vinham-me algumas perguntas à cabeça. Pode ser que algumas de vocês sejam tão totós como eu e também tenham algumas na cabeça. 




1 - O pipi volta ao normal?

R: Acho que nalgumas volta ao normal. No meu caso, como tive de ser cosida (ai que bom), o sacana do Frederico até mandou a piadinha do "se puder dar mais um pontinho..." e foi o que aconteceu. Fiquei com um pipi mais... Não quero falar mais disto, que vergonha! Mas, pronto, perceberam!

2 - As mamas ficam muito grandes na gravidez?

R: Imaginem o que é olharem para as vossas mamas como balões e alguém vos estivesse a soprar no pipo. Ficam insufladas ao máximo, mas não "maiores". Só vão até onde a vossa pele permitir. Até se costuma dizer que a gravidez é "o implante dos pobres". 

3 - Vou conseguir fazer amor durante a gravidez?

R: Não só vais como te vai apetecer muito. Há vários casos de mulheres (as que não sofrem horrores com enjoos e náuseas) que até têm mais líbido e andam loucas a querer afagar os maridos a tempo inteiro. O Frederico achou que eu tinha feito uma asneira qualquer e estava a tentar compensar ou a distraí-lo, não está habituado a esse tipo de atenção. Aconselho a posição perú assado ou franguinho, como preferirem.



4 - Dói muito o parto?

R: Está tudo muito bem feito quando corre bem. Dói, claro, mas já estamos tão fartas de estar grávidas que até aceitamos as dores com algum agrado. Mesmo eu que tive 24 horas nisso. O pior é o "toque", quando têm que ver se estamos dilatadas e nos verificam os intestinos pelo pipi. No meu caso foram demasiadas vezes. Sendo que só uma já era demais. 

5 - Vou andar muito enjoada?

R: Não necessariamente. Há mulheres que, como escrevi ali em cima, sofreram muito com isso, há outras que só quando o marido fazia bochechas de porco com vinho tinto. Depende, mas é normal haver enjoos. Não sempre matinais. 

6 - O meu cabelo vai ficar maravilhoso?

R: Vai ficar melhor. Maravilhoso... não sei que não sei como é que isso está, mas é provável que sim.




7 - Vou ficar com a barriga toda escarafunchada?

R: Sim e não. No meu caso ficou exactamente igual ao que era antes. Sem estrias. Há mulheres que ficam muitas e que ficam muito tristes com isso. Há cremes que podem ajudar, nem que seja psicologicamente, na prevenção. Aconselho um que não tenha um cheiro forte porque dá para enjoar com o cheiro do creme (dei-me mal com o cheiro do da Barral, por exemplo). 

8 - Vou ter de comprar roupa nova? 

R: Podem sempre pedir a uma amiga ex-grávida, usar de fininho algumas roupas do marido ou fazer como já vi, usar um lenço ou um cachecol à cintura para cobrir o que falta de tecido das camisolas. Eu comprei tudo novo. Confesso que esbardalhei algum dinheiro nisso. Estava toda contente por poder usar roupas justas e por assumir visualmente que estava toda grávida. Deixei foi de conseguir usar a maior parte dos meus sapatos. Sniff. 

9 - Vou andar a lamber terra de vasos e a embuchar BicMacs todos os dias?

R: Se quiseres, sim. A vida é tua. :) Quanto a isso dos desejos, diz-se que o corpo pede o que precisa. As grávidas que têm vontade de comer terra é porque lhes falta algum componente que a terra tem (não me apetece ir ver qual é). Nem todas as grávidas têm desejos (eu não tive, só me apetecia comer mais maçãs), mas vamos dizer que sim para eles irem mais contentinhos comprarem-nos coisas a meio da noite. 




10 - Vou ter muitas dores?

R: Depende. Eu sofri muito de uma coisa chamada Nevralgia. Andei semanas acamada. Ah... andei e acamada na mesma frase que estupidez. Bem, nem deitada estava bem, vá. Depois vim a saber que tudo passava com um comprimidinho. Grrr. Nunca deixem de perguntar aos vossos médicos todas as vossas dúvidas. 


Lembrei-me destas agora enquanto janto, mas grávidas, aqui somos uma família ;) Aposto que se fizerem perguntas nos comentários que haverá mães cheias de vontade de vos responder!

8.05.2015

O primeiro Calippo da Isabel




Não se preocupem, não me passei da cabeça. Não dei gelado com corantes até mais não à Isabel. Fiz sumo de laranja, acrescentei um bocadinho de água e voilà. Já tinha estas formas de silicone lá em casa há anos e nunca lhes tinha dado uso. Confesso que não me lembro onde as comprei, mas sei que há no IKEA, na KASA e deve haver em mais mil sítios. 

Provei e gostei muito (acabei o gelado dela, claro). Ela adorou! 

Isto é mesmo uma maravilha, senão vejamos:

- são baratos (três laranjas deram para três gelados)

- fazemos os gelados em casa com sumo de fruta e escusamos de lhes estar a dar coisas processadas

- ao contrário dos outros de pauzinho, com estes eles não sujam as mãos (a não ser que decidam virá-los ao contrário e tomem um banho de sumo).

- tem tampinha, o que é mais um passatempo que eles adoram

- é bom para os dentinhos (a Isabel anda aflita e ficou toda contente)




Esta palmeirinha não é a coisa mais cómica e fofa que há? ;)



 


Um jardim novo?

A Irene e eu vamos sempre aos mesmos jardins. Até porque ela já tem uma amiga num deles: a Joana. A Joana vai todos os dias ao mesmo jardim com a mãe. A mãe fica no mesmo banco todos os dias a olhar para o Jardim, enquanto a Joana vai brincando com todos os bebés que aparecem, todas as crianças. A Joana é uma menina que merecia uma dúzia de irmãos. Não sei qual das duas fica mais derretida quando se vêem. A Irene grita "manaaaaa" e a Joana pega-lhe ao colo, toda orgulhosa e mostra à mãe: "Olha, mãe!!". Depois olha para mim e diz: "ela gosta mesmo de mim!". E gosta. 

Reparo agora que a Irene se lembra das pessoas. De tudo. Tem perguntado pela Inês, pela Mana, pelos avós, pelo Tio Pedro, pelo Tio Tiago, pelo Diogo (sim, o teu filho, Renata)... Gosto que ela pergunte. Sempre que saímos ela sugere que a gente vá ter com a Joana. Desta vez não fomos. Fomos com o Miguel - mais um nome do qual ela agora não para de falar - o meu "melhor amigo", aquele que conheço há mais tempo e que me conhece melhor. É um irmão. No fundo. 

O Miguel que é todo hippie e hipster e Cool Jazz e não sei quê, sugeriu que fôssemos a este jardim novo. Fomos. Lindo, lindo, lindo. Para bebés que já andem de triciclos e afins é perfeito (porque tem que se andar ainda um bocadinho até chegar ao anfiteatro propriamente dito). Um senhor disse que mais à frente até há baloiços, por isso que é de experimentar. A vista é lindíssima. E foi bom variar. 


Adoro o nosso conjuntinho. Sinto que é um quadro e que me deixa feliz. Tanto pormenor nesta fotografia que significa tanto, desde a minha tatuagem, à roupinha que visto à Irene por ser toda vaidosa, ao facto de ter ido de sandálias para um jardim por também ser vaidosa às vezes (não é meu costume). Sinto amizade nesta fotografia. Amor. Recíproco. Pronto. Eu paro.

É o problema de não posar para as fotografias. Parece que tenho mais 10 anos em cima, mas gosto da fotografia na mesma. Vinha aí um Jack Russel Terrier e estávamos as duas a olhar para ele. Entretanto, gostam dos meus calções? Estou apaixonadíssima, comprei a 10 euros na Ale Hop. Acreditam?

E pronto, fica a foto do esfolamento do outro joelho que aconteceu a caminho do Jardim. Ainda não disse qual jardim, pois não? Que bom post, sim senhora. Já digo ali em baixo em letras grandes que isto, para quem tenha problemas de vista, se não tiver os óculos, não os vê de certeza. Ah! Reparem que a menina está em cima dum tecido porque a relva lhe fazia comichão... esquisitinha ;) Repararam no copinho da Avent na minha mala? Era onde costumava guardar o leite que armazenava (rapidamente me arrependi e passei para sacos) e agora uso para guardar os kits de saída de casa (comidas variadas) para os lanches dela.

Só falta dizer uma coisa: o jardim é o do Anfiteatro Keil do Amaral no Monsanto. Depois digam se gostaram ou se já gostam. ;)

Os pais não têm que ajudar.

"Lá em casa o pai não ajuda". 

"O Manuel por acaso ajuda muito."

"Mudar a fralda, não muda, mas ajuda-me muito noutras coisas."

"Estou farta. Ele não me ajuda nada. Ando há três anos nisto sozinha."

Ouvimos isto vezes demais. Dizemos isto vezes sem conta. 



Contra mim falo. Já usei o verbo "ajudar". Mas pensemos bem: os pais não têm que ajudar. Os pais têm de ser pais. 
Se pensarmos mesmo no que isto encerra, vamos ver que estamos a alimentar uma coisa enraizada que tem de acabar (que já devia ter acabado). Muitas vezes são as próprias mulheres que perpetuam esta disparidade, como se estivesse bem assente que à mãe é que compete educar, cuidar do bebé e da casa. Há as que têm sorte, porque "eles até ajudam". Há as desafortunadas, porque eles "não ajudam nada". Aqui é que está o problema. Não é ajudar. É ser pai. É ser marido. É ser namorado. É ser companheiro. É dividir responsabilidades. É partilhar as coisas boas e más da vida. Não é um favor. Não é uma ajuda. É o papel deles.

Não é de um dia para o outro que esta mudança se dá. Nem é depois de se estar já habituado a chegar a casa e a ir para o sofá que de repente explodimos com um: "tu também vives nesta casa", "isto não é um hotel", "o filho também é teu". Acho que isto vem lá de trás e talvez parta muito da educação que damos aos nossos filhos, que terá de ser cada vez menos diferenciada da que damos às nossas filhas. Se calhar temos de acabar com os clichés da vassoura de brincar para as meninas, das cozinhas e dos nenucos. Se calhar os rapazes também podem e devem brincar com tudo isso. Também eles devem ser responsabilizados das tarefas domésticas de forma igual. Já são? Óptimo, talvez seja esse mesmo o caminho.

Além disso, acho que há muitas mães a não delegarem nada aos pais, umas por gostarem de ser elas a fazer as coisas, outras por acharem que só elas o fazem bem. Não os subestimem. Eles sabem fazer. Se não sabem, aprendem rápido. E gostam, vão ver. O pai é mãe, nós é que nem sempre os deixamos serem-no. Nem sempre os incentivamos. Nem sempre lhes damos espaço. Continuamos a perpetuar a ideia de que "a mãe é que sabe". O pai sabe, mães e futuras mães, o pai também sabe. Às vezes até com mais paciência e menos hormonas ao barulho. Temos de lhes dar espaço. Temos de deixá-los serem Pais. Com amor, com entrega, com algum sacrifício também, se for caso disso. Faz parte.

Pais que vieram cuscar este texto, não vou elogiar o facto de "ajudarem" em casa. Estão a ser pais. Estão a ser maridos. Estão a ser namorados.

Pais que tiveram de aprender a ser Pai e Mãe, tiro-vos o chapéu. Tal como tiro a todas as Mães que têm de ser Mãe e Pai.



Imagens *We Heart It



www.instagram.com/joanapaixaobras
a Mãe é que sabe Instagram

8.04.2015

Altamente analfabeta.

Mas sacou uma fotografia quando lhe fomos tirar o cartão do cidadão que foi uma loucura. Smize tipo Tyra Banks e até empinou o rabo, mas foi para largar um pum. 

Também têm bebés com este aspecto nos cartões de cidadão? 







Momento Mete-Nojo (#01)

Só nas férias fico bem disposta por acordar às 06h45. A vista, com verde a perder de vista, ajuda. O facto da Isabel se ajustar muito bem a novos quartos e ter dormido a noite toda também. O facto de estarmos os três juntos, num sítio tranquilo, a quebrar completamente a rotina e a dar-nos outro ritmo, também.





Estamos numa aldeia em Viseu, numa casinha apaixonante, toda em pedra. Assim que chegámos visualizei logo o pequeno-almoço digno de telenovela brasileira, na mesa de madeira, com vista para a piscina. Fiz bolo de laranja, sumo de laranja, ovos mexidos e o resto que se vê.

Depois fomos até à cidade passear. Já tinha estado em Viseu, mas em trabalho, pelo que a disponibilidade de ouvir e sentir a cidade é completamente diferente. Muito bonita e com gente muito simpática, que sabe receber, como a Sra. Cristina, dona de uma loja de artesanato, que foi logo buscar um balão para dar à Isabel.













Como estou tão feliz até me dá vontade de cozinhar. Fiz um delicioso guacamole, que se serve com tiras de milho. A acompanhar, umas quase-caipirinhas (só faltou o gelo picado).


Gelo em estrelas? Sim, sim.

Fica a receita, caso vos pareça boa ideia:

- 1 abacate
- 2 tomates pelados e sem sementes, aos bocados
- coentros picados
- cebolinha verde picada (não tinha, e ficou delicioso à mesma)
- meia cebola picada
- 1 alho esmagado
- sumo de limão q.b.(não tinha, fiz com sumo de lima)
- sal e pimenta

Esmaga-se bem o acabate e mistura-se tudo. A ideia é não ficar muito salgado, porque "vai buscar" o sal das tiras de milho. Simples e uma delícia!


Resumo destes dias: alegria.