7.13.2015

Ontem custou-me a adormecer por causa disto...

Ah! Fiquem a saber que a Irene voltou a dormir mal. Não tão mal como dantes (de uma em uma hora ou de duas em duas), mas já não é o festim que era a semana passada. Pronto, era bom demais!

Bom, seja como for, na mesma, custou-me a adormecer ontem à noite. Não só por causa do calor  (a nossa casa é estupidamente quente) mas também porque tenho um gato que verbaliza muito quando está escuro. O Noddy farta-se de falar, feito parvo. Começo a achar que ele é tipo morcego e que se guia no escuro com o retorno dos barulhos nas paredes. 

Isso pos-me a pensar (wow) que um dia não terei os meus animais comigo. Um dia a Bubbles e o Noddy já não farão parte do presente da família. 

Que belo post para segunda-feira, não é? Animado, isto! Não queria, de todo, por-vos tristes nem nada, mas queria partilhar isto convosco. 

Eu penso muito nas coisas por antecipação e isso faz com que depois lide melhor com elas. É como funciono. Como não consigo pensar no "presente" por ficar muito aflita ou nervosa, tento configurar o sistema antes. 

Preocupou-me a Irene ter que passar pela perda. Ainda por cima são dois. Claro que será diferente consoante a idade, mas não queria mesmo ter que explicar nada disto, apesar de fazer parte da vida, não é? 

Lembro-me de me terem dito que um familiar qualquer meu (desculpa, mãe, mas não faço a mínima ideia quem era, alguém de Melgaço, suponho) tinha atado uma corda à lua e que não conseguia voltar. 

Duas coisas: 

1 (pensamentos duma criança) - Que raio de corda tão grande era essa? E como é que ele conseguiu lá chegar na mesma? Trepou aquilo tudo? Não ficou assado das mãos? Como parava para comer e para fazer xixi? Depois o xixi caía cá para baixo e as pessoas pensavam que era chuva? Se o homem era adulto, por que raio queria ir à lua com uma corda se havia naves espaciais? Se é uma coisa que demora algum tempo, por que é que ninguém procurou por ele se a corda continuava pendurada na Terra? Por que é que não consegue voltar? Ata-se outra corda e vai outra pessoa atrás. Depois chamam uma nave espacial e vão buscá-los. Por que é que ninguém o vai buscar? Fez uma patetice e ficou sozinho? E agora morre à fome lá na lua? Vai morrer na mesma com corda ou sem corda.

2) Acho que não acreditei em nada disto, sinceramente, mas fingi que sim porque reparei que também estava a ser mais fácil para a mãe contar-me isto assim. Acho que estávamos na cozinha da casa de Oeiras, mas ela vai dizer-me que não, porque tudo aquilo de que me lembro está errado ou nunca aconteceu. Eu já sabia o que era morte. Já tinha tido cágados que tinham morrido (ou hibernado e deitados fora), peixes, familiares de amigos meus, até meus familiares quando eu era mais pequenina. 


Estou tentada em contar-lhe a verdade (quando for, claro, que parvoíce de preocupação tão antecipada, não é?) mas ela é capaz de não entender. Digo-lhe que o quê? Que o coração é uma máquina e que se estragou? 

Como é que vocês lidaram com isto? Também não quero que ela seja a miúda que vai para o infantário explicar o que é a morte a toda a gente...  Ainda chamam a assistência social! 

7.12.2015

Inventam tudo! #16 - Roupa para amamentar?

Esta rubrica nasceu para falarmos dos últimos gritos na área da puericultura. Se calhar para muitas de vocês já são gritos bem velhinhos e roucos, mas para quem entra recentemente neste mundo da maternidade, acreditem que é tudo, ou quase, novidade!

Ora, depois dos soutiens de amamentação, decidiram criar vários tops e vestidos para as mães que amamentam, dos quais destaco este modelito.




Já perguntaram no A Mãe Desbronca-se? que vestidos se leva a casamentos quando se amamenta e neste site (Milk And Baby) há algumas opções. 

Se eu acho muito necessário tudo isto? Não acho. Nunca precisei de roupa especializada para amamentar, ia de camisa para cima ou top para baixo em qualquer lugar e siga. Se até o Papa Francisco veio apoiar a amamentação durante as cerimónias da Igreja, não vamos ser mais papistas que o Papa. A propósito, recomendo este vídeo, com 4 razões para NÃO se amamentar em público. Hilariante.



Mas se a roupa prática, as fraldas de pano, os aventais de amamentação, for o que necessitam para se sentirem mais confortáveis a amamentar em espaços públicos e a não sentirem necessidade de se enfiar numa casa-de-banho, vamos a isso! 

Vesti um vestido! Wow!

Num dia destes fomos passear, comer um gelado. Sempre odiei as pessoas que usam esta expressão para combinar coisas e a minha melhor amiga era uma delas. Aliás, são duas expressões: "anda daí comer um gelado" e vou passar por lá "para dar um beijinho". Não gosto de "dar um beijinho", é horrível. Ou se está ou não se está, mas isso sou eu e que no outro dia fui dar um beijinho à Joana Paixão Brás quando ela estava em recuperação eheh. É diferente! É diferente!

Fomos a Belém à geladaria italiana no Altis e adorei os gelados. Como como sempre os mesmos sabores em todo o lado (banana e stracciatella) consigo ter bons termos de comparação e os gelados são mesmo bons. Claro que nunca como o meu gelado em paz. A Irene ou quer fugir ou lamber cadeiras ou quer comer o nosso gelado, já sabem como é. "Comer um gelado" é uma ficção e uma birra. Eu nunca chego a aproveitar, o gelado, claro. A companhia sim. Não há nada melhor do que quando saímos os três. Em família. 


Este é o meu borracho. O fecundador. O Frederico. Toda a gente diz que a Irene é a cara chapada do Pai. Ainda bem porque gosto muito dele. Espero é que ela depois acerte melhor a barba. ;)


Tem de estar sempre a comer para se calar um bocadinho com o gelado que queria comer. "Quer maçã? Quer maçã? Ai tão bommmm, olha a maçã!"


Já repararam como a miúda está linda? Betinha e arranjadinha? Claro que o vestido foi oferta da Joana Paixão Brás. O que ela faz para tornar o mundo num local mais bonito e lavadinho. Até nos compra roupas. Sempre que vou ter com ela agora vou de fato-de-treino para ver se também me começa a oferecer coisas. Foi prenda de aniversário e é lindo, Joaninha. O meu vestido preferido até agora. 




Aqui estão as inseparáveis! Pelo menos até Outubro, sniff. Vou ter tantas saudades disto. De andarmos sempre coladas e de, todos os dias, irmos fazer qualquer coisa. Comer pedras ao jardim, por exemplo. Sei que o tempo, mais tarde, vai passar mais rápido e não queria. Bem, já vi que tenho aqui tema para outro post. 


Sim, eu sei o que parece. Parece que tinha mesmo de fazer xixi e agarrada à Irene, mas não. Mesmo assim, nesta foto, ainda pude esconder os boxers do meu marido que levava por baixo por causa das ventanias e porque, sejamos sinceras, o vestido é muito curto para o meu porte. Coube nele é o que interessa. Grande missão de pós-parto (sem fazer nada, só dar de mamar e comer muitas bolachas milka xl à noite).


A ideia era estarmos as duas a saltar para a foto, mas... há uma questão: a Irene não sabe saltar. Tentámos.

Vestido da Irene - Não sei mas é lindo
Ganchinho da Irene - Claire's 
Sandálias - Igor

Agora eu (como se alguém quisesse saber)

Vestido - Springfield (de há 3 anos ou 2)
Sandálias - Hunter (prenda do dia da Mãe do ano passado)

Das únicas pessoas a quem confio a Isabel.

Quero que conheçam a Dulce. A Dulce é uma lutadora, uma mulher coragem, daquelas postas à prova dezenas de vezes na vida e que ultrapassa agora mais um obstáculo. Não verga. Sorriso rasgado, sempre disposta a ajudar, sempre afável e doce. Como se tudo tivesse sido fácil. Como se a vida lhe tivesse sorrido sempre. Humilde, generosa, um anjo que apareceu nas nossas vidas. A Dulce é uma apaixonada pela minha filha. E a Isabel sabe-o bem. É das poucas pessoas a quem confio a Isabel. E dos poucos ombros nos quais a Isabel deita a cabeça, para se deixar levar pelo sono. Das poucas pessoas a quem dá um abraço, maior do que ela. Amigas para a vida. Tenho a certeza.










Dulce, pode enxaguar as lágrimas. Merece estas palavras e muito mais. Obrigada, pelo seu amor abnegado pela minha filha, mas sobretudo por ser para mim um exemplo de força e coragem.

7.11.2015

Ajudem-me nisto, pff!

A Irene ainda só mede à volta dos 74 cm e não tem 10kg, mas eu estou a embicar com a questão do espaço que ela tem na cama. Dantes, quando lhe dava mama e ficava só paradinha na cama, não havia problema, mas agora que tenho de vê-la a rebolar-se toda de um lado para o outro, a bater com o pé nas grades, a ir com a testa contra o contorno de berço da cabeceira, começo a pensar se ela não seria mais feliz numa cama para crianças. Não digo uma cama de solteiro que isso é muito alto para ela, mas uma cama daquelas do Ikea.

Tenho imensa vontade de fazer um quarto montessoriano (tipo isto) para ela, mas tendo sempre o chão da nossa casa com imensos pelos de gatos (são dois e deitam imenso pelo), não sei porquê sinto que ela cuspiria bolas de pêlo numa semana ou duas. 

Tenho, por hábito, dar-lhe coisas demasiado cedo... Tentei tirá-la do ovinho muito cedo, dei-lhe brinquedos antes da idade própria... Não por ser louca pela estimulação, mas porque me parece fazer sentido (muitas vezes... engano-me).

Não tenho medo que ela caia do berço, nem nada. É só mesmo bater com os pés nas grandes e ouvir barulho que me faz confusão. 

Quando é que vocês passaram os vossos e como correu?

Vida chata!

Chata, chata, como se pode ver pelo nosso ar enfadado. 

Foi a primeira vez que a Isabel andou de barco. Adorou ver a água debaixo dos pés, viu os peixinhos e quis saltar para a água, pois está claro. Houve até direito a birra, que a menina não gosta de ser contrariada. O que vale é que lhe passa rápido.

Adorámos o convite da Polaroid Sunglasses para este passeio no Tejo. Venham mais, que o que a gente gosta é de laurear a pevide (e agora está a dormir ferradinha e eu vou aproveitar também para passar pelas brasas).



















Não lhes cortem o cabelo, pá!

A Irene tem muito cabelo desde sempre. Estava eu na sala de partos (a parir - que é mesmo assim ;)), quando a enfermeira disse: "ela está mesmo aqui, eu consigo puxar-lhe o cabelo e tudo!". "Ai sim? Então não puxe que isso dói!!". 

Sempre adorei o cabelo dela, mas já no Verão passado a fazia suar imenso e ficávamos cheios de pena. Vai daí, (já não sei de quem foi a ideia, mas como sou eu a escrever aqui e foi uma má ideia, foi do Frederico, pronto), lembramo-nos de lhe cortar o cabelo. Não íamos a um cabeleireiro com uma bebé de 4/5 meses (ou lá o que era), pareceu-nos estúpido. WRONG!

Este é o aspecto normal da Irene, com a boca suja de bolacha do Celeiro e tudo (fotografia tirada ontem ao final da tarde): 


Agora vejam esta beleza. Parece que teve um ataque de stress intenso e que começou a arrancar cabelo a si própria. Ou então aquelas velhotas que começam a fazer um corte masculino.... Fica o conselho: não lhes cortem o cabelo. Vão a especialistas!









7.10.2015

O macacão mais cool de sempre

Afinal não sou só a mãe das golas farfalhudas e dos tapa-fraldas cheios de rococós. Também sou uma mãe super cool e trendy (lol).
Este macacão foi das compras mais rápidas de sempre. E a culpa não foi minha. Olhei, adorei, mas segui em frente, porque a Isabel não precisa nem de mais um par de meias. Ouço a minha mãe, que vinha atrás: "ai este macacão!". Já sabia que era aquele jumpsuit (pumba, mais um termo da moda) flúor das palmeiras, nem precisei de olhar. Não me fiz de rogada, pois está claro.

É ou não é muito fofo?







Jumpsuit - Little Jack
Sapatilhas - Zippy

Ando com uma camada de nervos em cima!

Epa. Eu sei. Que é uma fase. Que ela está bem. Que é normal. Que passa. Mas só quem tem filhos que se recusam a comer é que sabe o que se sofre com isto.
No outro dia, fui para o quarto chorar, carregadinha de nervos no corpo. Tento que a Isabel não note a minha enorme frustração e tentamos fazer das refeições uma diversão, sem impingir nada para que ela não associe as refeições a uma coisa negativa, mas... as minhas costas ficaram tensas, tensas e desabei.

Tive um flashback. Lembrei-me dos dramas da minha mãe com o meu irmão Frederico, na nossa cozinha pequenina, no nosso 6º andar.
- Frederico, come.
- Não gôto.
- Mas ontem gostaste!
- Mas não gôto.
- Senta-te à mesa, filho. A mãe não disse que já te podias levantar. Fredericooo!

Lembro-me também da minha mãe servir tomate todo o santo dia no prato do meu irmão, a acompanhar as refeições. Ao fim de muitos dias, ele lá decidiu provar. E afinal até gostava, só não sabia. Já eu sempre fui boa boca, diz a minha mãe. Acredito. Só pode. Desde miúda que gosto de experimentar tudo, adoro comer, não torço o nariz a nada. Vá, não consigo comer tripas, porque apanhei um trauma quando me engasguei e tive de ser virada de cabeça para baixo e espancada pelo meu pai para aquela porcaria sair. Lá está, estava a provar tripas em criança.

A Isabel está a sair-me a maior pisca de todos os tempos. Às vezes vai para a cama com um iogurte no bucho. Outras vezes nem isso. Anda a recusar sopa, sopa da mãe, sopa da avó, sopa mais grossa, sopa menos grossa. Recusa massa, recusa arroz, recusa feijão (que ela adorava!), recusa tudo o que possam imaginar. Fruta, que ela comia inteira, à dentada, agora, nem vê-la. Prova e cospe. É um de-ses-pe-ro! A sério. 

O que me vale? Ela almoçar bem na creche, quase sempre. Come a sopa (até pedi para filmarem porque nem queria acreditar), come o segundo muitas vezes, e come a fruta. Ao fim-de-semana não há creche... por isso, fico com as costas todas tensas e as lágrimas a quererem espreitar. 

No outro dia, sentei-me no chão com ela e comecei a comer. Disse-lhe "não, é da mãe". E lá veio ela, provar. Psicologia invertida, com esta idade? Pois, lamento. Vale tudo já. Eu, a mãezinha anti-comida-processada-e-doces e não sei o quê, já me vi a dar-lhe a porcaria de um croquete!!! Já lhe dei daquelas coisas de fruta moída (num dia quis, no seguinte já não). Já atrasei jantares para ver se ganhava fome. Já fiz trinta por uma linha. Ultimamente temos tentado estar à mesa com ela, dar-lhe colheres e por-lhe a comida à frente, deixo-a comer com as mãos (sempre deixei, mas dantes corria bem e agora só esmaga a comida e manda para o chão). Nada. Não vai nada para aquela boquinha pequenina.

Quando chegou o cabaz de legumes e fruta que encomendamos uma vez por semana, deixei-a explorar. Até me comovi quando a vi ir buscar uma ameixa e trincar aquilo. Depois pediu-me para tirar a pele e comeu. Comeu a segunda. Era isto. Era isto, todos os dias. Só que não é.


A pedir-me para lhe tirar a casca












Para quem quiser saber, esta delícia de legumes e fruta é do Cabaz Natura. Vale cada cêntimo. E o queijo e a broa de milho... não estão bem a ver!