3.17.2015

Alguém tem de o fazer



Já que a minha mãe me faz umas comidas de bosta e o meu pai só sabe ir buscar sushi, alguém tem de cozinhar nesta casa.

Mesmo que seja vestida à dançarina de can-can e com um laço maior que a minha cabeça - a minha mãe ainda não percebeu que é por causa do peso do laço que eu vou tantas vezes com a cara ao chão e até já entortei um dente - eu tenho muito estilo a cozinhar e dispenso aventais. Ouvi a minha mãe dizer que só me pôs estas meias até ao joelho aqui em casa porque temos o aquecimento ligado, espero bem que ela não se ponha a inventar e não me leve para a rua nestes preparos.
Das duas uma: ou eu me transformo numa Liliane Marise e vou adorar estes folhos e laços ou então nunca mais a vou perdoar por me vestir assim. Vou andar de calças largas e pullover até aos meus 80 anos, que ela vai ver.




Apetecia-me esconder-me dentro da gaveta, mas não estou a conseguir.









Este foi o presente do meu primeiro aniversário e finalmente vou passar a alimentar-me decentemente nesta casa, mas terem-me dado esta cozinha ou um penico era quase igual. No entanto, a minha mãe não resiste em encher o meu quarto de tralha cor-de-rosa e tenho a certeza de que estava já a pensar nestas fotos quando a comprou.

Vaidosona ela? Nãaaaao, que ideia!

Como as bloggers à séria fazem 
(que, ao contrário da minha mãe, são espertas e pinga na conta bancária delas): 
cozinha Imaginarium
 tapa-fraldas INNY - Kids Wear
laço Little i

3.16.2015

Ter a criança como fundo do telemóvel significa que...

Confesso que, antes de ser mãe, achava um pouco bimbo e parvinho ter a fotografia das crianças como fundo do telemóvel (achava mais esquisito quem põe as suas próprias fotografias, uma selfie qualquer em frente ao Padrão dos Descobrimentos, por exemplo, mas isso continuo a achar). 

Agora, claro que penso ao contrário (não sobre as selfies como wallpaper).  Assim que tiro uma fotografia bonita à Irene, vai logo para o fundo do telemóvel. Acho que quer dizer que não nos queremos nunca separar deles. Que são o que mais gostamos na vida. É como se estivéssemos grávidas outra vez e, assim, eles andassem sempre connosco. E também, sejamos sinceras, é uma espécie de "fotografia da carteira": quando for preciso mostrar o bicho, está logo ali à mão.

Tem só o inconveniente de às vezes levarem com o icon do Facebook e do Whatsapp na testa, mas às vezes até lhes pode ficar bem. A Irene como tem uma testa enorme, até dá para pensar numas tatuagens giras para fazer. 

Já no Whatsapp não consigo usar a foto dela como fundo porque mal se vê com tanto texto por cima e, por isso, aproveito esse pequeno espacinho para fazer um make-over à Querido Mudei a Casa (mas sem o tipo que agora é muito coach da vida, por ter tido uma epifania qualquer depois, claramente, de ter feito parte da boyband) ao telemóvel. 

Andei à caça e encontrei estes. Dá para guardarem no telemóvel (se tudo correr bem) e porem logo a seguir ;) 

Depois digam o que escolheram!













O meu nosso dia 16.



Dia 16 de março. O dia que marca para sempre a minha vida. O dia em que te ouvi chorar pela primeira vez. Em que senti o teu corpo quente junto ao meu. Em que te ofereci mama e ficámos ali, juntas, unidas para sempre. Tu e eu. As duas, a olhar uma para a outra. O som da minha voz a acalmar-te. Nada pode ser mais perfeito. Nada. É algo que me ultrapassa, que me leva para outra dimensão. Chamar-lhe magia é pouco. É amor. Um amor que faz engolir em seco quando não temos a certeza de que estamos a fazer bem. Um amor que acelera o bater do coração e que nos faz estar alerta dia após dia. As minhas noites nunca mais vão ser iguais. Porque tu existes, Isabel, e basta um esgar diferente que o meu coração dispara. Quero sorver tudo. Quero decorar cada linha do teu rosto, cada expressão, cada som. És a minha filha. Filha. Filha. Tenho de repetir para acreditar. Filha.


Dia 16. O dia em que chorei assim que te vi pela primeira vez no colo do teu pai. Isabel, tens muita sorte. Temos muita sorte. O teu pai ama-te tanto! Chama-te filhota, diz-te que és a melhor coisa da vida dele. Foi ele quem te deu o primeiro banho, mudou a primeira fralda e todas as outras! Tanto mimo, tanto amor... e só agora começou!...


Dia 16. O dia em que fui mãe. Já o era, mas agora sinto-o nas entranhas. O papel mais difícil da minha vida começou. As dores da amamentação, as dores da recuperação, as dores de não conseguir descortinar logo as tuas dores. A recompensa no teu ar sereno, a dormir aninhada e a sentir o bater do meu coração. A recompensa no som que fazes enquanto te alimento. É música para os meus ouvidos!

Dia 16. O dia em que trouxeste a felicidade contigo. Pai, mãe, avós, bisavó, tios: todos a terem mais uma razão para sorrir e para viver. Uma família que se torna ainda mais família, unida pelo amor a um ser tão pequenino. Um ser que nos ensina tanta coisa!

Dia 16. Uma vida a três. Melhor do que a dois.

[texto escrito a 22 de março de 2014, 6 dias depois da Isabel nascer]

A Isabel já tem 1 ano!!!

Sim, isto só lá vai com exclamações! Muitas, muitas! Hoje é um dia mágico, emocionante. Já andava lamechas e chorona desde sábado, a comprar a prenda de anos e a preparar alguns detalhes da festa de anos, mas hoje é O DIA!

Para marcar esta data, fiz sessão fotográfica com a Rita Ferro Alvim, um ano depois da sessão da gravidez (Nunca estive tão bonita).

 O resultado foi este:









Um sonho de fotografias e uma recordação fantástica!
O bolinho foi aqui a mãe quem fez, para a menina fazer gato sapato dele, mas qual quê. A minha filha é uma lady, não há cá mãos e cara cheias de bolo. Cada vez que punha lá a mão, era um choro sem fim. Desistimos, claro.



As fotografias ficariam lindas só com ela, mas os penetras entraram em acção.


A filha não quis besuntar-se de bolo, os pais, que não têm juízo nenhum, fizeram-no por ela.


Obrigada, Rita! Adorámos o resultado. Para o ano, há mais!


3.15.2015

13 coisas que ADOREI na gravidez

Vá, para que as grávidas não fiquem só assustadas com as nossas queixas. ;)


1 - Adorei ter umas mamas tipo silicone 

nada estrábicas, nada caídas, sempre todas rijas que mais pareciam o rabo de uma ginasta, mais diferentes das dos meu marido.

2 - Adorei ter cabelo de princesa da Disney

impecável! Sempre todo farfalhudo e parecia que se mexia em uníssono como, lá está, essas pindéricas da Disney que têm sempre um cabelo maravilhoso.




3 - Adorei não ter que encolher a barriga nas fotografias 

esquecer-me de um hábito que tive durante 27 anos é maravilhoso. Estar a borrifar-me e poder sorrir genuinamente para a fotografia em vez de ter ar de quem quer dar um pum por me estar a encolher toda foi óptimo.

4 - Adorei não ter que me baixar para fazer nada 

nunca mais tive de ser eu a ligar para o senhores do MEO e ser eu a "ir ver lá atrás se os fios estavam ligados" ou nunca mais tive de apanhar coisas do chão, mesmo que não me fizesse diferença.




5 - Adorei nunca mais ter que levar sacos das compras para cima

0! 0 de levar sacos! Só tinha de ajudar a pôr as coisas dentro deles na caixa do supermercado e, mesmo assim, não tinha de o fazer porque o meu marido gosta de organizar tudo por categorias nos sacos e eu juntava os cotonetes com a picanha (terá sido de propósito?)

6 - Adorei não ter peso na consciência por não andar no ginásio

Não convém fazer grande exercício no princípio da gravidez, depois não nos apetece porque não sei quê e, no final, tal e tal. Esquecermo-nos das nossas obrigações desportivas é das melhores coisas de sempre. 

7 - Adorei poder usar roupas justas ao corpo

sem ser claro o bikini ou o fato de banho. Tão bom andar tranquilamente com aquelas camisolas justas à barriga e até usar riscas horizontais sem parecermos uma cadeira de piscina.




8 - Adorei ter mais apetites...

sim, principalmente esse, mas também andei a comer maçãs e tangerinas que nem uma estúpida.

9 - Adorei sentir-me merecedora do meu marido sair de casa para me ir comprar batatas ao McDonalds.

quase que não me senti mal por pedir. 



10 - Adorei nunca me sentir sozinha

sentia que tinha sempre um segredo comigo e que falava com ela nos meus pensamentos. 

11 - Adorei ganhar o dom da relativização

por não me poder irritar, aprendi a não me irritar tanto



 12 - Adorei que as pessoas achassem que a minha pele oleosa era o "brilho da gravidez". 

época aurea, minhas amigas, aproveitem. 

13 - Adorei nunca mais ter que tratar da areia dos gatos.

quero ter um segundo filho só por causa disso. 9 meses santos sem cocós de felinos. E, vá, outros três depois da miúda nascer.  


Epá, gosto mesmo de vocês! :)

Gosto mesmo, a sério. 

Gosto mesmo de sentir que andamos a escrever coisas com as quais se identifiquem, que vos façam rir, que vos faça chorar, que vos faça sentir qualquer coisa. 

Para mim rir e fazer com que não se sintam sozinhas, são as minhas reacções preferidas. 

Sempre que recebemos um e-mail com a proposta de uma parceria ou um comentário mais pessoal a algum post, vem sempre acompanhado de um elogio e isso é impagável. É impagável saber que aquilo que eu cuspo aqui no meu computador, além de chegar a imensa gente (e cada vez mais, obrigada), faz com que se sintam melhor. 

Já somos melhores que alguns médicos. E talvez bem melhores que todos os homeopatas do mundo (ler aqui). Vá, até podem dizer que foram a algumas consultas e que vos resolveu aquela dor aguda ali, a verdade é que, se calhar, até passaria sozinha ou com outro tipo de não-ciência qualquer que vos prometesse coisas. :)

Bom, voltado ao amor. Amor vos damos e amor temos sentido de volta. 

E este exemplo é tão, mas tão querido. 

Em tempos escrevi um post (aqui) a dizer o quanto estava triste pela roupa que deixa de servir à Irene. Especialmente um gorro da Benetton, este: 


Vai daí, a Anjinha Patuda (também foi essa a minha primeira reacção ao nome: "Wtf?") enviou este e-mail: 




Lá fui ver o que estava em anexo e... passei-me!!! Mesmo!!





Claro que respondi, toda derretida ;)



Obviamente que me faltou um "e" ali em cima em deixaste ;) É ou não é o gorro mais giro de sempre? 

Podem sempre fazer como nos cabeleireiros e dizer "quero o cabelo desta assim" e pedir um gorro igual! ;) Eu não me importo e a Anjinha Patuda muito menos :)

Fica aqui o Facebook dela.

E, mais uma vez, Anjinha, MUITO OBRIGADA!

3.14.2015

Carta para a minha filha




Isabel,

Quero-te para mim, mas és do mundo.

És minha, pelo menos metade, mas não és. És-me toda mas não és minha.

Quando gritei e tu de mim saíste, quentinha e enrugada, deixaste de me pertencer, mesmo sendo tão minha. 

A minha voz, que já era tua, fez-te acalmar o choro, logo, naquele segundo.

Voltámos a ser uma, ali, coladas enquanto mamavas e eu nunca fui tão feliz como naquele dia. 

Eras cor-de-rosa, morna, gordinha. Calma, muito calma. 

Hoje és ágil, branquinha, esguia. Tens a energia dos pontapés que me davas durante a noite, quando ainda me pertencias. 

E mesmo tendo saído, nunca mais saíste.

O amor que tenho por ti é maior do que alguma vez eu podia ter imaginado, até porque te amo mais do que a mim. 

A minha vida pela tua, sempre. 

E é lavada em lágrimas, cheias de nostalgia de um tempo que fugiu entre os dedos mas que fez transbordar um coração, que me dou conta de que passou um ano. 

Num ano, o que tu mudaste e o que tu me mudaste! 

Não sou a mesma, nunca mais o serei. 

Sou o melhor que sei ser, o melhor que te posso dar e muito melhor do que imaginei ser possível. 

Sou mais forte, mesmo com todos os medos que me trouxeste. 

Porque o verdadeiro amor torna-nos assim, grandes, capazes de nos superarmos. 

Por ti, tudo. 

Da tua mãe, 
Joana 

Afinal Havia outra (#14) - Nunca mais fui a mesma.

É muito estranho dizer que engravidei às 23 horas do dia 23 de Outubro de 2012. Mas foi. E no dia 5 de Novembro senti com toda a certeza que estava grávida. Toda eu era fogo-de-artifício, arco-íris e haagen-dazs de felicidade.

E depois caiu-me a ficha. Ai Virgem Santa, e agora? Não que achasse que não dava conta do recado, mas porque queria dar conta da melhor forma possível. E antes que as hormonas do sétimo círculo do Inferno se apoderassem, decidi fazer as coisas como sei: em grande.

E assim começou.

Primeiro foram os livros sobre a gravidez, daqueles com fotos de grávidas giras com ar de quem só engoliu a criança e não em modo “os meus pés só cabem em havaianas e mesmo assim…”.

Depois foram os livros da moda como o do Dr. Oz, que me dizia para comer semente de linhaça quando me apetecesse um chocolate. Foi exatamente isso que fiz. Quando comia um snickers, imaginava um campo de linhaças ao vento.

E segui com os livros técnicos de desenvolvimento psicológico, psico-motor e comportamental das crianças, com nomes esdrúxulos e impercetíveis. E com um dicionário ao lado.

E, claro, o Brazelton e o Cordeiro, que passaram a ser meus companheiros de cama e sofá. (Até hoje juro que o meu marido tinha ciúmes!)

Preparações para o parto foram logo três. Assim de enfiada! Uma de ioga, para ela ter as energias equilibradas e porque me dava a desculpa perfeita para usar as únicas calças que me serviam. Uma aquática, não fosse a “piquena” ser meia peixe. E ainda uma teórica, onde me sentava na fila da frente, a apontar tudo com esmero e com sublinhados às cores. Sim, mesmo à totó!

E mesmo sendo naba nabíssima com as tecnologias, inscrevi-me no BabyCenter - coisa maravilhosa que ainda hoje tanto jeito me dá -, em blogs, em grupos de facebook e tudo o mais mamã-internético;

Ele foi tudo e mais alguma coisa. Papei tudo.

E quando a Maria do Carmo nasceu, a 24 de Julho de 2013, estava de facto calma e preparada. Preparada para a amamentação, para o mecónio, para as alterações hormonais e para todas as outras três mil coisas que acontecem com a maternidade.

Só não estava preparada para uma coisa: nunca mais ser a mesma pessoa.

Nunca mais ser o centro do meu mundo.

Nunca mais ser a pessoa que mais amo (imensamente egocêntrica, eu sei).

Nunca mais conseguir ver um telejornal sem chorar pelo menos 3 vezes.

Nunca mais conseguir ver qualquer reportagem sobre fome, maus-tratos ou negligência infantis. Não consigo simplesmente.

Nunca mais passar por uma criança sem lhe sorrir, meter conversa, perguntar a idade e o nome e todas as outras coisas absurdas que via os outros fazerem. Mas (ainda) não cheguei ao bilu bilu.

Nunca mais ver filmes parvos como o “Pai da Noiva” sem carpir este mundo e o outro.

Nunca mais acordar de mau humor, porque acordo com um doce “mamã” que já me faz ganhar o dia.

Nunca mais ter a mala maior quando vamos de fim de semana.

Nunca mais passar horas a preocupar-me com a nova coleção, com as tendências e com os coordenados. Pelo menos não em ponto grande…

Nunca mais ter um péssimo dia que um abraço tão pequeno não cure.

Nunca mais não ser mãe.

Felizmente.


Filipa Caroto Escórcio, mãe da Maria do Carmo, de 18 meses
Mãe Patinha

a Mãe sugere (#04) - Plasticina Caseira

Não sei se se lembram mas há uns tempos fui com a Irene a uma actividade de tintas comestíveis (aqui). Deu-me imensa vontade de começar a fazer estas coisas em casa, até porque acho parvo pagar tanto dinheiro por uma coisa que até eu consigo fazer. 

Pesquisei por plasticina caseira no Google e fui dar a um site do caraças! Não conhecia e além de ser muito giro (acho que todas vemos isso primeiro), parece-me ser óptimo! Está aqui a receita e o site. 

Tinha pedido à minha querida sogra, no dia anterior, para me trazer os corantes mas, sinceramente, acho que para primeiras experiências, eles estão a borrifar-se se a "massa" tem cores ou não. 

É tão giro vê-los a experimentarem uma textura nova. No caso da Irene arrepia-se toda enquanto faz cara de nojo. :) 

Não tinha também um dos ingredientes, aquele esquisito que só se compra em farmácias, mas também não me pareceu fazer muita falta. 

O único inconveniente é que, seguindo esta receita, é preciso por muito sal e assim não fico confortável que a Irene a coma... Que, claro, foi logo das primeiras coisas a fazer...








Vão experimentar?

3.13.2015

Inventam tudo (#10) - Colchão para barrigudas

Mas a sério? Só agora é que avisam? Isto é genial!

Ou é só parvo? Será que nos andam a criar necessidades onde elas não existem?

Bem, mas que me tinha dado jeito, lá isso tinha! Uma das coisas que eu mais gosto é de dormir de barriga para baixo. Quer dizer, neste momento, é de dormir, só, pelo que até numa traineira em alto mar e a levar com sardinhas na cara eu conseguiria adormecer.

Mas quando estava grávida, principalmente no último mês, uma das coisas de que mais tinha saudades era de me poder virar de barriga para baixo, a minha posição favorita. As pessoas bem me diziam: "aproveita agora para dormir, porque depois queres e não podes!", mas era o dormias! Insónias e mais insónias e depois no trabalho sono e mais sono. Por isso, o que quer que criem para nos ajudar a relaxar e a descansar aquele corpinho com mais uns quilos no bucho, inchado e com dores nas costas, é bem-vindo.

Esta sugestão, enviada por uma leitora (obrigada!!!), é da marca Holo, mas não me armei em detective e, por isso, não consegui descobrir se se vende em Portugal.
Se souberem, avisem, que isto no futuro pode dar jeito.

O que vos parece, hein?