2.03.2015

(O crime da) banana com bolacha

Sei que "banana com bolacha" parece o nome de mais uma loja de roupa compostinha (para não dizer betalhona) no facebook mas, por acaso, não é disso que venho falar. No outro dia, o meu marido sugeriu que desse banana com bolacha (umas Maria especiais visto que a Irene é APLV) e a miúda adorou. O problema é que não foi a única. 

Enquanto que com a sopa o meu principal objectivo é que ela coma tudo (sem birra) ou praticamente tudo, esta sobremesa veio mudar a nossa dinâmica alimentar - sempre que se usa a palavra "dinâmica" parece que tudo fica muito mais credível, não é? 

Ora, eis que me começo a aperceber que não insisto muito que ela coma a sobremesa toda. Inicialmente disse a mim própria que era porque "a banana faz prender o cocó", por isso, se ela não quer, melhor para ela". 



Depois apercebi-me que não era bem isso que estava a acontecer. Eu queria, afinal, comer-lhe a sobremesa. Se não abria a boca cheia de vontade uma vez ou duas, dizia logo: "não queres? não faz mal filha, não há problema". Zinga! Tudo para o bucho da mãe. Porquê? Porque é das coisas mais deliciosas de sempre. 

Se é ou não... agora não sei! Como estou numa espécie de dieta, até os individuais da mesa de refeições me parecem estar a piscar o olho.

O meu pai sempre me disse: "ser pai é tirar da nossa boca para dar aos filhos". Yewwww. 

No meu caso, sou mãe e tiro da boca da filha para pôr na minha, mas é porque a banana prende muito o cocó, claro.

2.02.2015

Adeus casaquinho da Zara e gorro da Benetton...

Estamos aqui reunidas para nos despedirmos, com muita tristeza, de um casaquinho da Zara que a Irene tem. Sim, ainda tem, mas ele agora vai ter que partir. Vai ser lavado, passado e posto com outras roupas que já não servem à minha filha, dentro de uma caixa de plástico grande do Ikea e arrumado na cave lá em baixo, na garagem. 

Passámos bons tempos com aquele casaquinho. Muita pêra nas mangas, sopa, bolachas, baba, pó, pêlos de gato. Muitas boas fotografias, boas sestinhas, muitas vezes que foi pendurado a apanhar um bronze na janela para ficar bem seco... Agora, tudo isso, acabou. 

Foram três meses intensos. Em que, todas as semanas, foi usado e abusado. Amado e babado. Não foi a morte que separou este casaquinho do corpinho da minha filha, mas o tempo. 

Custa. Custa termos roupas tão giras (não tão giras como as da Joana Paixão Brás, que a minha filha anda de fato de treino e de long sleeve) e irem a abrir tão rápido. Às vezes até nos armamos em parvas, queremos que voltem a servir e lá andam os nossos filhos apertadinhos durante uma meia hora só para usarem aquela roupa uma última vez, enquanto estamos a fazer o nosso luto. 

Hoje estamos aqui para enterrar este casaquinho na cave, mas já com o coração muito sofrido a pensar no gorro de ursinho que, qualquer dia, também vai "a abrir". Já corri a Benetton a perguntar se sobrava algum em todos os tamanhos acima, mas nada. Por mim, ela usaria este gorro até sair da casa dos segredos (lá usam muito os gorros, deve ser para disfarçar o cabelo oleoso ou assim). 



Mãe sofre. 

Adeus casaquinho da Zara. Vamos ter saudades tuas. Mais eu que a Irene, porque ela ainda não se lembra de nada de jeito. Agora, vou vestir-lhe a porcaria do gorro, mesmo em casa, para render mais tempo. 

Suspiro.


Afinal havia outra (#04) - "Mãe, viste o monstro azul?"

Mortinha de saudades do pai que estava longe há duas semanas – e com apenas dois anos e meio - a Maria Rita voltou-se para mim e disse: “Ó mãe, se as nuvens fossem minhas amigas sopravam sopravam sopravam e o avião do pai chegava cá mais depressa!”



Uma pessoa passa os nove meses da gravidez a falar com eles, a cantar para eles – pobres coitados! - a partilhar tudo com eles. Mal nascem, queremos contar-lhes as histórias que nos contaram em crianças e dizer-lhes tudo. Tudo! E depois eles começam a falar e nós perdemos o pio.

Quando as nuvens sopraram sopraram sopraram e o tal avião do pai chegou, houve uma tarde em que ela pediu uma bolacha de chocolate. Estávamos na cozinha e o pai disse-lhe que se quisesse podia comer uma bolacha maria – “das outras não”. Ela olhou para mim, olhou para ele, voltou a olhar para mim e disse, apontando para o pai: “Quando é que ele volta para o Brasil?”

Com quatro anos, as “saídas” dela continuam a ser espontaneamente engraçadas, mas estão cada vez mais salpicadas de curiosidade. Há umas semanas, estávamos a passear e ela perguntou-nos o que é que era aquela casa junto ao mar, que parecia um castelo. O pai disse-lhe: “Aquele era o castelo do Príncipe do Mar!”. “Então e porque é que já não é?”, perguntou ela logo de seguida. “Filha… já não é porque ele já não vive lá”. Dois segundos de silêncio: "Porque já não vive lá ou porque isto é só uma história inventada?".

A dúvida fica no ar, para dar trabalho à imaginação – à dela, desassossegada por natureza, e à nossa também. Como daquela vez em que entrei na sala e ela perguntou se eu tinha visto o monstro azul. “Monstro azul, monstro azul… mas que raio?!” Eu juro que pensei em bonecos, livros, puzzles e até roupa com estampagens de um monstro azul, mas nada. Na minha cabeça, só princesas da Disney. “Monstro azul, filha? Não sei do que é que estás a falar…” “Ah, esquece mãe, claro que não viste porque assim que tu entraste ele escondeu-se debaixo do sofá!”

A imaginação das crianças não conhece limites. Inventam jogos, canções, palavras, tudo e mais alguma coisa. Tanta coisa que eu dou por mim a invejar o “disco rígido” delas. Dava-me jeito na altura de responder a saídas do género “estava aqui a imaginar que amanhã não tinha escola e estava a ser tão bom!”. Não estamos preparados para isto e muito menos para conversas sobre namorados:

Eu: então, o teu namorado ainda é o Vasco?

Ela: sim, ele não mudou de nome...

Eu: pois, eu sei, mas podia ser outro, tipo o Rodrigo ou o Martim...

Ela: achas mãe?! O Rodrigo e o Martim portam-se mal e não comem o almoço todo!

Eu: e o Vasco porta-se bem é?

Ela: também não, mas é o mais bonito...


Catarina Raminhos
mãe da Maria Rita, de 4 anos, e da Maria Inês, de 2 anos

Colo? És a minha mãe, por acaso?

Eu sabia que este dia ia chegar. No fundo, no fundo, eu sabia. Durante 9 meses, a Isabel ia com todos, salvo seja. Família, amigos, amigos dos amigos, o colinho de todos era bem-vindo.


Agora? Parece que está a ser raptada. Colinho só o da mãe, do pai, da avó Béu e das educadoras. Ui, ui, que ela vira fera! Agora já faz uma selecção apertada, consoante o vínculo que criou com as pessoas. Claro que depois os outros avós e os tios ficam cheios de pena, mas é a vida. Assim à distância está tudo muito bem, sorri para todos os desconhecidos que se metam com ela, mete-se com toda a gente, agora confianças dessas? Nem pensar. Só ao fim de umas boas horas de ambientação é que a conseguem conquistar e nem sempre!

Não sei se são como eu, mas adoro que a minha filha seja sociável, que digam que é simpática e sorridente. Sinceramente, custa-me ver as reações das pessoas e ter de estar a justificar "ela faz isso com toda a gente agora, não é por seres tu". Por um lado, adoro ver que é em mim que ela confia e que é de mim que ela precisa, mas espero que ela não esteja sempre de volta das minhas saias, porque acho um piadão a crianças bem-dispostas, dadas e cheias de lata.

Espero que isto, tal como todos dizem - e os livros -, seja apenas uma fase, um marco no desenvolvimento psicológico e emocional da Isabel. 

Também acontece(u) convosco?

2.01.2015

PPP - Preparação para o Pai

Olá, Pai.

Quero só dizer-te umas coisas, pode ser?

1 - Dá muitos beijinhos à mãe porque ela anda com mil e tal coisas na cabeça por minha causa. Além de andar super inchada e com os pés todos gordos, não consegue dormir bem durante a noite (por culpa de alguém que não vou mencionar hehe) e por ter sempre muito xixi. 

2 - A mãe sempre gostou de ouvir que é bonita mas, se puderes, diz-lhe mais umas vezes. Mesmo que ela pareça um McBacon, se ela se sentir bem com ela própria, vai ser ainda mais queridinha contigo. E vais ver que, como que por magia, vai ter menos desconforto, mesmo que já esteja grávida de 15 meses e meio. 



3 - Pai, mesmo que não entendas que a mãe quer comprar uma lima, um corta-unhas e uma tesoura, já que todos servem para o mesmo, deixa-a estar. Ela precisa de tudo o que vai comprar, nem que seja para não ficar nervosa a pensar no que lhe falta. 

4 - Eu percebo, pai. Eu não vou sequer reparar que estou num quarto nos primeiros meses de vida, para quê a pressa? A mãe quer que eu tenha o quarto mais bonito do mundo. E, se pensares bem, mesmo que dê muito trabalho andar a pintar paredes e a colar autocolantes, não é uma vontade muito querida da parte da mamã?




5 - Se é estúpido falares para uma barriga insuflada? É, mas isso descansa a mãe e também faz com que me habitue à tua voz. Descansa a mãe porque te vê a seres (já antes de eu nascer) o pai mais querido e dedicado do mundo (mesmo que seja parvo o que ela te pede) e é bom habituar-me à tua voz, para ser mais fácil acalmar-me contigo quando estiver cá fora. 

6 - A mãe às vezes é parvinha. Não lhe digas que te disse isto, mas é verdade. Ela às vezes faz birras por coisas estúpidas e muito mais agora que anda cansada e enervada. Não é que tenhas de deixar que ela ganhe, mas pensa que as coisas não estão propriamente a ficar mais fáceis para ela e que tu e eu beneficiamos dessa vitória de a deixares ficar com a bicicleta. 




7 - Sei que andas muito preocupado que me venha a faltar alguma coisa. Não te preocupes muito, vamos sempre safarmo-nos. Há várias maneiras de fazer cada coisa e temos só de fazer algumas escolhas. Aquilo de que realmente precisamos já temos: amor. Parece conversa parva, mas é verdade, pai. Se houver e se se puder, porreiro, senão acredita que vamos ser a melhor família do mundo e vou fazer-te super orgulhoso.

8 - Aproveita agora para namorar. Não que a mãe vá desaparecer, mas sou eu quem vai mandar durante uns tempos lá em casa. Apesar de ires ter saudades dela, preferes que seja assim, não é? Depois devolvo-ta e ainda mais bonita porque, além da tua namorada, é também a mãe do teu filhote. 



9 - Quando eu nascer, não tenhas medo de me tocar. Preciso muito, muito de ti. Quero cheirar-te, sentir o teu calor, tudo. Lá por não ter morado em ti durante meses, vou morar contigo durante anos e amar-te durante toda a minha vida. Mexe em mim, estás naturalmente equipado também para me manusear. Eu sou o teu bebé.

10 - Não te esqueças: posso ainda não estar cá fora, mas já és o meu pai. Estes 9 meses são também para aprenderes a ser arrebatado por tantos sentimentos, para depois não explodires quando me vires pela primeira vez. 

Afinal havia outra - Quem quer escrever para nós?


Claro que não vão escrever com uma pena, isso seria parvo. Queremos que nos contem uma história, a vossa história. Ou que divaguem sobre um tema que vos agrade. Óbvio que não será sobre a extinção do bacalhau, nem sobre a tão aguardada separação do Clooney. Desde o cocó às creches, dos babygrows às doenças, do tempo que demoraram a engravidar (não queremos saber pormenores, se é que me entendem...), do vosso amor pelos filhos, todo o universo da maternidade pode ter lugar no nosso blogue.
Os melhores textos vão ter lugar na nossa rubrica Afinal havia outra. Sim, sim, têm de estar à altura da nossa Catarina Raminhos, da Leididi e da Célia Alves.

Regras:

- O texto deverá ser enviado para amaeequesabeblog@gmail.com

- Deverá ter no título "Afinal havia outra"

- Não há limites de caracteres mas, pelo amor de deus, não escrevam um guião para o Benur

- Se quiserem anexar fotografias das vossas crias ou algo alusivo ao tema, be our guests. Agora, se forem boazonas, nem pensem em enviar fotos do vosso belo corpinho para nos fazer inveja, são logo corridas daqui!
 

Aceitam o desafio?

Que grande bronca!

"Que grande bronca" - era o que me passava pela cabeça enquanto me partia a rir e também, confesso, me caiam algumas lágrimas de orgulho, de amor. 




Não tinha lido o mail todo em que diziam para levar uma muda de roupa, nem que devia ter levado uma toalha ou uma tela para depois ficar "com uma lembrança". Pensei só: "tenho de levar a miúda ainda em horas mais ou menos decentes por causa da sesta da manhã e o telemóvel para as fotografias e vídeos". 

Nunca pensei que nos fossemos divertir tanto. Sim, as duas. É um privilégio podermos presenciar os momentos de descoberta dos nossos filhos. É bonito irmos desvendando a personalidade deles e, quando num momento social (que, para a Irene, é raro), apercebemo-nos das suas características mais únicas. 



A Irene é, decididamente, a palhaça e enervada. Faz sentido. Sai aos dois. Daí ser, corrijo: muito palhaça e muito enervada. Palhaça porque está mesmo deliberadamente a fazer toda a gente rir (é o que fazemos com ela o dia inteiro, 'tadinha). Enervada porque é assim que ela reage a coisas novas: fica com o corpinho todo tenso, aperta muito as mãos e num misto de riso e de "yeeeww o que é isto?" dá uns berrinhos. 





Vê-la ser e vê-la brincar foi um prazer maior que mamar agora uma taça de Chocapics (estou de dieta há demasiado tempo, já). 

Bom o que é isto, afinal? Fui ou, melhor, fomos a uma actividade gira de pinturas para bebés e crianças com tintas caseiras e comestíveis e foi óptimo! Recomendo e muito! Principalmente aos bebés "de casa" para socializarem, para terem novas experiências que não as que têm todos os dias perto deles em "casa".

Começaram por dar farinha aos bebés.





E depois as tintas (cenoura, beterraba, alface...). Em copinhos e espalhadas pelo "chão" à frente deles. Com pincéis também para os pais decentes que leram o tal e-mail e levaram uma tela. Que nervos.




O resultado? Um "grande dia" ainda antes da sesta da manhã (que durou apenas 10/15 minutos até chegarmos a casa para levar um banho daqueles). 

                        


O início de muitos, muitos, muitos dias em que vamos fazer destas coisas juntas. Com todo o gosto. 

                                       


1.31.2015

Sintra a três

Recebi uma mensagem dele. "Vê onde vamos passar o fim-de-semana." Perguntei: "a fingir ou a sério?" "A sério", respondeu. Era uma imagem do Hotel Tivoli Palácio de Seteais. Que sonho!
Sempre adorei Sintra, um sítio romântico, óptimo para um passeio a dois, mas nunca esperei viver o verdadeiro conto de fadas. Sintra a três fica ainda mais bonita.


O hotel era de sonho, senti-me no século XVII, mas com aquecimento, claro. Estávamos os três tão, mas tão felizes que a Isabel não chorou nem um segundo nesses dias. Adormeceu no meu colo e ficou a dormir comigo até à meia noite. Depois deitei-a e só acordou às 7h da manhã. Dormiu a noite todinha (e como eu já tinha saudades disso).
No domingo, fomos passear até à vila, passámos na feira de São Pedro, nas lojas de antiguidades e enfardámos, claro, travesseiros e queijadas como se o mundo fosse acabar. Foi bom. Tão bom.


a Mãe dá (#05) - Livros Joana Gama - Vencedoras

Tomem lá com a descrição do livro outra vez para quem não ganhou pense em encomendá-lo para a Irene ter dinheiro para mais roupinhas. Se comprarem 2000 deve dar para lhe comprar um gorro na Primark.




Estou toda grávida - Crónicas de uma vida anunciada" é a perspectiva de uma outsider sobre algo que está a acontecer inside her.


A maria-rapaz lá da escola que nunca quis ter filhos está agora ansiosa por ter um e está a ver a sua barriga a crescer.

É o crescendo de uma mentalização, o derreter de um cubo de gelo e um escorregar emocional no que é a maternidade. Isto, pela miúda que usava um boné da Nike quando queria estar bonita para ir para as aulas.

"Irrita-me a forma como falam com as grávidas no sites e nos livros. Tratam-nos como se fossemos uma espécie de Carris metal: somos úteis para transportarmos pessoas, mas suspeita-se sempre de um atraso."

"Na última consulta, a Dra. tinha dito que era uma menina, mas que só tinha 80% de certeza. Agora vimos o pipi! Não da Dra., claro."

"Estou a adorar estar grávida! A ver se não me afeiçoo muito a este estado de graça, senão depois passo os dias a ver se consigo voltar a pôr o miúdo ao pé das minhas trompas."



Ora bem! Agora que já levaram com a publicidade (parece o Youtube), vamos lá ao que interessa (pelo menos à Ana Sofia da Costa Sampaio e à Vânia Cristina Correia Janeirinho):


As vencedoras são....


Ana Sofia da Costa Sampaio e Vânia Cristina Correia Janeirinho!

Que surpresa! ;)

Enviem, por favor, asap, um mail para amaeequesabeblog@gmail.com com a vossa morada que, para a semana, quando for ao alegro vos envio o livro :) e autografado (mesmo que não queiram, lamento). Se for para darem a outra pessoa, digam para essa pessoa não levar com o vosso nome! ;)

1.30.2015

Já os enfiamos dentro de um saco e tudo!

Tal é o nosso desespero maternal com as temperaturas que até já os enfiamos dentro de um saco e tudo quando vão dormir.

Não sei mesmo o que fazer.

Se ligo o aquecimento central, fico a achar que, no mês seguinte, vou andar também a leite materno por não ter mais dinheiro (blergh).

Se lhe ponho um pijama mais felpudo, pode ter frio durante a noite e já não a posso enfiar dentro do saco, senão ainda derrete (ela destapa-se toda com mantas e coisas desse género).

Se lhe ponho um pijama dos fininhos, tenho medo que fique com frio a meio da noite, mesmo que os aquecedores estejam ligados.

Se quando lhe quero vestir o pijama felpudo ainda não tiver desligado os aquecedores e quiser mamar, fica logo a suar e não consegue adormecer.

Já pensei em ligar só o aquecedor do quarto dela mas parece que arranja maneira de fazer barulho todo a noite se for o único que estiver ligado.

Já pensei em comprar um aquecedor a óleo só para o quarto dela, mas ficará ainda mais caro?

O pior de tudo isto é que vivo esta paranóia todos os dias. Parece que não me consigo decidir. Todos os dias arranjo uma teoria diferente e um tipo de pijama diferente para vestir.

Isto é só o primeiro Inverno, não é? Depois já me estou a borrifar e ponho-a a dormir automaticamente com uma coisa qualquer, certo?

Já agora, aqui ficam os saquinhos de dormir da Irene que comprei no Ikea:



Devem ter os habituais nomes de um velho com catarro a tossir.  




Dúvidas na Gravidez (#03) - Quantas fraldas e de que tamanho?

Eish! Lembro-me tão bem de querer fazer um stock de fraldas até ela ter 18 anos (podia precisar, sei lá) e querer aproveitar todas as feiras do bebé e afins para nos embucharmos disso. 

Agora sei várias coisas: 

- As fraldas do tamanho mais pequeno não são necessárias durante muito tempo, se é que são necessárias de todo. É o tamanho certo para levar para a maternidade (a não ser que dêem à luz a um homenzinho de 10 kg), mas não duram muito mais. Apostem o vosso dinheiro no tamanho a seguir. 

- Não vale a pena andarem loucas a aproveitar as promoções de fraldas de todos os tamanhos. Da minha experiência: está sempre a haver descontos e não se muda de tamanho tão rápido (a não ser que o vosso bebé aumente 2kg duas vezes por semana - é impossível, acho eu)

- Para quê fazer stock de fraldas como se nunca mais fossem sair de casa? Até podem não sair durante imenso tempo (no meu caso a pedi recomendou que a bebé não saísse muito de casa até ter as vacinas), mas a comida tem de continuar a aparecer em casa, não é? Compras online, avós a trazer, mandar o marido ir... seja como for, as fraldas vão continuar a aparecer, não precisam de se abrigar como se o mundo fosse acabar. 

- De vez em quando mudam a estrutura das fraldas e os químicos. Querem mesmo ficar cheias da "fórmula" anterior? E se, depois, afinal, até preferem as de outra marca qualquer? 

Quantas fraldas e de que tamanho?

Resposta aqui da campeã: Não se preocupem com isto. Comprem uma embalagem média do tamanho mais pequeno e depois duas grandes do tamanho a seguir e siga para bingo, a vida não pára e são dois dias e... "inserir mais frases clichés aqui". 

Filha gaga ou ciciosa?

Quando estava grávida, dava por mim a imaginar vezes sem conta a carinha da minha bebé. A sonhar com o cheiro, a pele quentinha. Tinha curiosidade em saber como seriam os olhos dela, a boca, o nariz, a cor do cabelo.

Mas uma das maiores pulgas atrás da orelha era a de como seria a voz da Isabel.
A primeira vez que chorou, foi das coisas mais lindas de sempre, e tal como num filme, acalmou com o som da minha voz.

Nos primeiros meses, parecia um ratinho, tal era a suavidade dos esgares e do choro.

Depois, ouvi a primeira gargalhada. A primeira foi a dormir no meu colo, uma emoção sem igual. Na segunda vez (e a que conta) estava com a Joana Gama e as miúdas na piscina e até chorei.

Com uns 5 meses, já "cantava" quando eu cantava e imitava as minhas expressões, coisa que derrete qualquer coração. Tenho gravado, um dia mostro.

Agora palra imenso mas ainda não consigo perceber bem a sonoridade da voz... Será calminha e doce? Ou forte e despachada?

Agora o que gostava mesmo de saber é se irá herdar alguma das deficiências de fala dos pais. Ainda estava grávida e a brincar dizíamos que a Isabel ia ser gaga e ciciosa, o melhor de dois mundos: a mãe é gaga, o pai é cicioso. 

Que eu saiba, a gaguez não se "pega", mas a verdade é que a minha melhor amiga da primária andou uns tempos gaga à minha conta. Já ser ciciosa, duvido. Só se for de vez em quando, para gozar com o pai, como eu.

Se tiver estes ou outros problemas de fala, das duas uma: ou aprende a conviver com eles e fica desinibida e descomplexada como os paizinhos dela ou vai para a terapia da fala. Fiz terapia uns longos anos e melhorei imenso (sim, eu era gaga ao ponto de precisar de bater com a mão na perna para a palavra sair). Verdade, verdadinha.

Como será que vai ser a voz dela? E será que vai ser afinadinha? Queremos tanto que fiquem bebés no nosso colo para sempre mas queremos tanto vê-los crescer! Que esquizofrenia!

1.29.2015

Sim, vou deixar-te morrer

Aviso desde já que se vai falar de morte. Quem teve um dia mau, quem se quiser rir e esquecer dos problemas, clique na cruzinha do lado superior direito (ou do esquerdo, se for sortudo e tiver um Mac). Ou vá ler este texto da Joana Gama. Vá ver um filme, vá ver uma série.
Aqui vai falar-se de um dos textos mais bonitos e mais tristes que já li. Este (no Público). "Sim, vou deixar-te morrer" é um murro no estômago e faz-nos pensar na eutanásia, nos cuidados paliativos, no sofrimento de algumas mães confrontadas com o sofrimento, em vão, dos filhos. 

Começa assim:
"- Que Deus ilumine as pessoas que estão a criar esta lei da eutanásia para crianças e as faça desistir - pediu o padre.

- Não, meu Deus, não posso desejar isso. O que mais lamento é que o Tomás tenha sido obrigado a passar por aqueles três últimos dias - pensou para si.

Num destes domingos, no final da missa, Vanda voltou a recordar o dia em que levou o filho ao hospital para morrer. Sabia que aquele bebé de um ano e meio, a quem já nem sequer podia pegar ao colo, não era mais o seu Tomás. Olhava e via um corpo minúsculo e inchado, pálpebras fechadas, deitado numa maca, a gemer sempre que lhe tocavam e com dificuldade em respirar. "Nunca mais acordou, nunca mais abriu os seus olhos grandes, nunca mais sorriu. A dor já tinha tomado conta dele. Se logo nesse dia tivessem dado alguma coisa para ajudar o meu filho a partir... Foram mais de 48 horas. Ouvia as máquinas constantemente a apitar e só tinha vontade de puxar aqueles fios todos para que tudo acabasse o mais depressa possível." A médica já estava com uma injecção na mão quando o coração de Tomás bateu pela última vez. "Sabia que era proibido, mas ia ficar só entre nós. Acabou por não ser preciso".

Ainda estão aí? Já sentem um nó na garganta e vontade de chorar? Pois, comigo foi igual. 

Vanda Alcobia, portuguesa, emigrou para a Bélgica há 15 anos. Na Bélgica, a lei da eutanásia foi recentemente alargada a menores de 18 anos, sendo que o pedido tem de partir do próprio, conscientemente, e cumprir apertadas regras. 

Mas a história de Vanda e de Tomás não é a única a deixar-nos comovidos. Izabela, de 18 anos, "deverá morrer quando desabrocharem as primeiras flores da primavera". Com poucos meses de vida, alimenta-se através de dois tubinhos ligados ao estômago. Deixou de andar e de falar, mas consegue comunicar com a mãe, que diz, "a minha filha está consciente". Em breve "vai começar a tomar morfina porque as dores são cada vez mais fortes". Para esta mãe a eutanásia não é uma hipótese. Mas já falou com a filha sobre isso: "Achas que é bom ou mau?", perguntou-lhe. "É mau", recebeu como resposta."

A mãe de Rafael também é contra a eutanásia. "O meu filho nunca me disse que queria morrer e fomos tão felizes naquele mês de Dezembro. Vivemos coisas juntos que nunca irei esquecer". A mãe, Elsie, vendou um pequeno apartamento em Bruxelas e no último mês de vida, Rafael concretizou os seus sonhos possíveis, entre eles, ir à Eurodisney.  

Depois, morreu em casa. "O meu filho morreu no nosso ninho, nos meus braços, ao pé dos seus brinquedos; nem se pode comparar este conforto com a frieza de um hospital."

Na Bélgica, um menor que esteja a ser acompanhado pelos cuidados paliativos pode escolher morrer em três sítios: no hospital, em casa, ou num dos centros de repouso para crianças. 

A realidade portuguesa é outra. "Em Portugal, os cuidados paliativos funcionam muito mal, para menores e adultos. Morre-se mal aqui. As crianças morrem nas instituições de saúde onde estão internadas ou em casa. Tudo dependerá da sorte que tiverem. E é isso que está mal: ser obrigado a depender da sorte para ter uma morte menos má, seja-se adulto ou menor", critica Laura Ferreira dos Santos, professora da Universidade do Minho, que estuda há vários anos questões relacionadas com a eutanásia.

Muitas são as vozes que se ouvem nesta reportagem: mães, técnicos de saúde, especialistas, professores, políticos. Diferentes os pontos de vista. E no meio disto tudo, ficam as dúvidas, perante as histórias mais tocantes que alguma vez li sobre este tema. As dúvidas e os medos. 

Agora, que sou mãe, sinto tudo de maneira diferente e imagino-me a ter de fazer escolhas. Não consigo. Não quero.

A jornalista Sofia da Palma Rodrigues ganhou um prémio com este trabalho. É fácil perceber porquê. Arrepiante, do início ao fim. Vão ler a reportagem. Vale muito a pena.

O pai perfeito

Desde a infância que sonhamos com o "foram felizes para sempre" e presumo que a maioria de nós queira mais do que um sorriso pepsodent e uma conta recheada num homem. Procuramos o homem perfeito: o melhor namorado, marido e, se não for pedir muito, o melhor pai para os nossos filhos. 
Queremos o príncipe encantado, bonito, musculado e detentor de uma espada, mas isso só não chega e acabamos por preferir que seja um Shrek: trapalhão, mas um bom pai de família. 



Segue-se uma pequena lista que condensa o que queremos num pai (dos nossos filhos):

1) alguém que não tenha medo de por as mãos no cocó 
Mudar a fralda é das coisas mais fáceis do mundo. Se eles vos dizem que não têm jeito (desculpa a ver se pega) façam-nos treinar num nenuco. Se é difícil no início, esperem para ver quando eles se tornam nuns leões indomáveis ou até mesmo quando começam a comer peixe na sopa (mola no nariz).

2) alguém que os adormeça 
Contar uma história (mesmo que as personagens tenham nomes como Lisandro López, Artur e Ola John), fazer quilómetros a balançá-los no colo, dar-lhes festinhas e aconchegar na caminha é coisa de pai, tanto quanto de mãe. Isso e quando os filhos acordam a meio da noite, essa não é tarefa exclusiva da mãe, espertinhos!

3) alguém que lhes dê colo 
"Está a chorar" é a frase que não queremos ouvir. Até porque não somos surdas. O pai da criança tem de saber levantar o rabinho do sofá e ir confortá-la, mimá-la e acalmá-la.

4) alguém que lhes dê banho
Tirando as primeiras vezes em que eles são tão pequeninos que por pouco não escapam por entre os nossos dedos, não há nada que saber - o pai da Isabel teve de lhe dar banho logo no primeiro dia que até andou de lado. Remédio santo.

5) alguém que lhes dê a papa 
Tirando os 6 primeiros meses de amamentação exclusiva, os pais não se devem acanhar na hora da papa. Têm tanto jeito como nós para cantar, fazer aviões ou até mesmo fazer o pino para eles comerem.

6) alguém que faça sopa 
Mesmo que vos perguntem 10 vezes o que leva a sopa, repitam 10 vezes, encorajem-nos, digam-lhes que se safam muito bem. Os tempos do homem que se sentava à mesa e era o primeiro a ser servido pertencem, e ainda bem, ao passado.

7) alguém que os vista  
Mesmo que conjuguem riscas com bolas, rosa com vermelho ou que ponham um bolero por cima de um pullover, a iniciativa deve ser elogiada. Eles vão lá. Ou não, mas não faz mal, até tem graça.

8) alguém que tenha paciência
Paciência é palavra de ordem. Paciência para os filhos e para as mães, mas ai deles se nos dizem alguma coisinha. "Estás impossível" é coisa para verem os nossos dentes cerrados nos próximos séculos e terem direito a cartão vermelho. Querido, não sei se reparaste mas acordei às 06h30, fui trabalhar, fui buscá-la, dei-lhe banho, ela fez birra, pu-la a dormir, limpei a casa toda, fiz o jantar, estendi a roupa, ela acordou, perdi o apetite e tu chegaste só agora. Parece impossível, mas estou impossível, estou. 

9) alguém que seja um exemplo
Não é novidade que os filhos são esponjas e um reflexo do que veem. A forma como se trata os outros e como se lida com os problemas, o amor e o carinho que se transmitem, a humildade, o exemplo de esforço e dedicação: tudo isso está sob o  olhar deles.

10) alguém que não cumpra estes 9 requisitos, mas que se esforce para tal
Ninguém é perfeito, por isso não há pais perfeitos: até o Shrek é feio e porco. Mas há uma enorme diferença entre tentar e estar-se a marimbar. Um pai perfeito é um pai imperfeito que quer ser o mais perfeito possível.


*imagens We Heart It

A miúda vai estatelar-se toda!

Estou calmamente em pânico. Sei que vai acontecer algo de mal, muito mal, mas ainda estou estupidamente em negação. Não sei porquê, não entendo como é que o meu cérebro funciona (se é que... enfim). 




Não tarda, a miúda vai conseguir por-se sozinha em pé em cima da cama e estou cheia de medo de vários acidentes: 

1 - que ela bata com o focinho na grade da frente sempre que perca a força nas pernas

2 - que ela bata com a cabeça na grade de trás sempre que perca a força nas pernas

3 - que ela se atire lá para baixo!

O estrado não dá para ir mais para baixo. O meu marido já anda, discretamente a por o tapete mais para ao pé do berço para, no caso dela cair, não abrir a cabeça, mas não sabemos o que fazer, dentro do aceitável e não comprar um colchão de casal para forrar o chão do quarto dela


Os bebés atiram-se mesmo para fora da cama? Ou só conseguem fazê-lo já com uma idade aceitável para ir para uma cama de gente? 

Help!


1.28.2015

buáaabuáaaBuáaaBUÁÁÁÁ! (Intercomunicadores)

Praticamente todas as que estamos aqui ganhamos um super-poder (entre muitos outros) quando passamos a ser mães. (In)felizmente acordamos sempre que os nossos bebés fazem um barulhinho  que seja (a não ser que estejam a dormir na casa dos hóspedes, no caso de serem muito finas.

Ficamos sensíveis a cada barulho. A cada segundo em que não estão a respirar, por causa da respiração deles ser tão inconsistente nos primeiros dias (e, aliás, foi por causa disso que a Irene foi despachada para o quarto dela logo ao segundo dia de vida, como expliquei num post - foi há muito tempo, não me apetece ir ver onde está, mas procurem que vale a pena, eheh).

A verdade é que quando estamos a dormir, acordamos com eles. E se eles estiverem acordados, não conseguimos dormir em condições, a não ser que arranjemos maneira de nos fecharmos num bunker. 

Para o que é que precisamos de intercomunicadores?

No meu caso porque sou muuuito preocupada em acordá-la e, por isso, adoro poder fechar a porta do quarto dela (no início também fechava com medo dos gatos, mas injustificadamente) e poder estar mais à vontade no resto da casa. 

Depois porque podemos ter pessoas em casa e termos volumes mais altos à nossa volta e não estarmos sintonizados no bebé e, neste caso, não há que correr riscos.

Podemos também, sendo assim, fechar também mais portas (da cozinha, por exemplo) e desempenharmos outras tarefas muito barulhentas (passar sopa, fritar bifes, etc.). 

Não senti e não sinto necessidade de ter um intercomunicador com vídeo. A bebé, se precisar de mim, chora ou chama ou eu oiço quando ela se mexe. 

Quando for mais velha, se calhar sim, para ver se está mesmo a dormir e fingir que tenho super poderes e que adivinho o que ela anda a tramar.

De resto, fica aqui a minha experiência para as outras mães. :) 

Ah! Confiem em vocês! Acordamos mesmo com eles e, se não acordarmos, eles choram mais alto, muito antes de falecerem ou de sentirem que foram abandonados! 

Dúvidas na Gravidez (#02) - Coto umbilical com álcool?

Ui! Coto! O raio do coto!

Lembro-me perfeitamente da Irene ter vindo com a mola no tal coto umbilical. A mola que parecia daquelas herméticas que se compram no Ikea para fechar pacotes de bolachas ou sacos de congelação. 

O Frederico (mê marido) estava sempre doido que aquilo caísse porque dizia que a miúda ficava "horrivel assim", "parecia extraterrestre" e tinha sempre medo de a magoar. 

Nota: Aquela pele está morta. Não magoamos coisa alguma. A não ser que pressionemos a mola contra a barriga, isso deve doer. Se fizermos isso na nossa barriga com uma mola de roupa, também é normal que doa (não na minha, nem devo sentir de tão flácida que está). 

Temos é de tratar muito bem da higiene do coto por causa do pedaço de pele que está vivo e que estará na parte anterior à mola. 



Coto umbilical com álcool?

Durante muitos anos (ainda estamos num momento de viragem) a teoria foi a de limpar com algodão ou uma compressa esterilizada o coto umbilical com álcool, para evitar possíveis infecções e para queimar a pele, de maneira a que caia mais depressa. Não era um álcool qualquer, é álcool a 70% que pode ser comprado tanto nas farmácias como na secção deste tipo de coisas no hipermercado.

Agora, a teoria é outra. Diz-se que o álcool é muito agressivo e desnecessário. O ideal será lavar o coto umbilical (a parte anterior à mola) no banho (ou com as compressas, se for um banho à gato), tal como o resto do bebé, sendo o mais importante assegurar que fica muito bem seco, para não criar fungaria e coisas do género por causa da humidade. E pronto. Nada mais. Naturalmente cairá o coto umbilical.

Foi o que fiz e gostei. Com o meu irmão mais velho, fizemos com álcool e esta experiência parece-me muito mais natural e agradável. Se fosse o nosso coto umbilical com esta idade, o que preferíamos fazer? Também me parece.

É normal que nas maternidades ainda aconselhem o uso do álcool porque as actualizações do pessoal não são assim tão frequentes em relação às novas recomendações/directivas. 

Resposta aqui da campeã: Comigo correu muito bem só lavar no banho e secar muito bem. Não precisei do álcool e preferi assim. 

Conversa de mães (#03)

Então e do que falam as mães entre si? Das melhores escolas e do método Waldorf? Da importância da alimentação? Da homeopatia? Da educação positiva?

Não. Disto:
Se depois disto ainda nos quiserem continuar a seguir, gabo-vos a paciência.

1.27.2015

Quando ela for grande...

A Joana Gama lançou-me o desafio em modo de provocação aqui. Não quero que a Isabel use fofos até aos 18 anos, mas pelo menos até aos 15 vai ter de ser, temos pena... E claro, meias até ao joelho, carneiras, gola de meio metro e laçarote XXL na cabeça.
Um dos maiores desejos para a minha filha é que descubra que se recebe muito mais quando se dá.
Quero que a minha filha goste de ver chover lá fora e que queira chapinhar nas poças, com umas galochas amarelas. 
Que goste de rapar as taças com os restos de massa dos bolos até ficar com o nariz cheio de chocolate e que me ajude a fazer bolachas de gengibre. 
Que dance comigo, faça rodas e abane o bumbum ao som de músicas pirosas e que goste de cantar no carro enquanto viajamos os três. 
No fundo quero que a minha filha experimente, veja o mundo, saiba como cheira uma bugavilía e não tenha medo de apanhar uma lagartixa, mesmo que o rabo dela se separe do corpo.

Quero que a Isabel goste de se ver ao espelho e que não tenha complexos, como a mãe dela teve. 
Quero que seja decidida, mas que saiba voltar atrás e fazer de novo sempre que for preciso. 
Que não se sinta fracassada quando perde, mas que saiba erguer-se. 
Gostava que a minha filhe fosse ambiciosa e que a sua maior ambição não fosse nem ser rica nem famosa, mas sim ser uma: uma pessoa na sua individualidade, com voz crítica, criativa, diferente.

Espero que ela tenha sempre sonhos por cumprir, não para ser eternamente insatisfeita, mas para sentir que há muito mundo por descobrir e que pode ser tudo o que quiser. 
Que não seja uma totó mas que não tenha vergonha de o parecer, que saiba brincar e não se leve demasiado a sério. 
Que não perca nunca aquela gargalhada, que é o melhor som que eu já ouvi na vida.

E vocês, o que é que querem que eles sejam quando forem grandes?

Inventam tudo (#06)

Epa, giro, giro era inventarem um carrinho de bebé que se transformasse em triciclo e até em carrinho de compras! 

HAHAHA Joana, que disparate sem nexo nenhum!

Ora, baixem lá a bolinha! Comam e arrotem! (pronto, foi infantil, excedi-me um pouco)


Senhoras e senhores, cá está o BabyOom. Pelo que percebi, ainda está apenas em projecto, mas mesmo que se comercialize, cheira-me que não é para a bolsa aqui dos tugas. Cheira-me...