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4.25.2015

As vezes sinto que não fui feita para isto.

Não é um título enganador como outros que ponho para chamar a vossa atenção. Já há alguns dias que sinto isto à hora das refeições. Já tinhamos tido uma fase semelhante que também me custou ultrapassar, mas agora estamos noutra. Sinceramente, não tenho muita paciência para lhe dar de comer quando as coisas não estão a correr bem. Não me refiro ao facto dela não querer, isso já consegui falar com a Joana em mim e consegui atenuar ao máximo essas influências culturais de  obrigar a comer quando não quer. Ufa. Ficamos as duas muito mais felizes. 

Agora, o problema - que não é problema nenhum, devia ser só motivo de orgulho - é que ela quer começar a comer sozinha. Percebo que prefira muito mais comer com as mãos em registo BLW, mas preferia que fosse aceitando umas colheres também. E que atirasse menos comida para o chão. 

Obviamente que sou eu quem está errada, estou a dar o meu melhor para lidar bem com isto. Não quero que ela se aperceba que a mãe fica enervada sempre que ela suja o chão, sempre que atira a colher porque sei que não o faz por ser mal educada. É parte do processo, mas que custa, custa. 

Está grande a minha filha. Já quer ser ela a segurar na colher, a comer com as mãos, a tirar da taça (ou malga como se diz na terra da minha família materna). Estou desejosa que esta fase passe. 

E não percebo bem porquê porque limpar não custa assim tanto, mas fico enervada e ela acaba por não comer tão bem quanto queria. 

Grrrrr. Isto é um treino para coisas que me poderiam tirar mais do sério depois. É assim que estou a ver as coisas. 

Dizer baixinho e repetidamente: "estou a crescer com ela, estou a crescer com ela, estou a crescer com ela". 

4.06.2015

Se não lhes damos sopas de cavalo cansado...

... por que razão lhes damos açúcar? Por que razão lhes damos prémios em gomas e doces, "caso comam a comida toda" ou "caso se portem bem"?


Lembro-me de pedir Capri-Sonne à minha mãe e dela não mo comprar. Que raiva que aquilo me dava. Lembro-me de lhe pedir Calippo e dela me dizer para comer antes um gelado de leite. Acabei por gostar - até hoje - de Mini Milk, do Epá e do Perna de Pau, mas o meu preferido de todos era o Pé, cor-de-rosa clarinho, de sabor suave a morango, em que eu comia dedinho a dedinho, saboreando tudo devagar.

Ainda hoje sou gulosa, apesar do bom trabalho de casa que os meus pais fizeram. Adoro comer e, azar dos azares, adoro doces. Mas a verdade é que enquanto fiz dieta, o açúcar não me fazia assim tanta falta. Foi como fazer um desmame e no, "dia do estrago", a sobremesa deixou de me saber tão bem e aquele prato mais calórico também. Fritos até me deixavam enjoada.

A minha dieta foi sol de pouca dura. Perdi o peso que queria, mas os maus hábitos mantêm-se. Não sou regrada, como muita porcaria e comida processada, como gomas, gelados e chocolates. Não tudo no mesmo dia, mas vou comendo várias vezes por semana.

Depois de ver a reportagem mais comentada e partilhada de sempre da SIC (aqui), "Somos o que comemos", fiquei mal-disposta. Já tinha lido algumas coisas sobre alimentação (para fazer tudo certinho com a Isabel), mas aqueles 42 minutos foram determinantes para definir aquilo que eu quero para a minha filha. E se quero para ela, também tenho de querer para mim, porque eles são esponjas e só lá vão com bons exemplos. Acredito no comedimento e não sou de medidas drásticas, mas acho que, devagarinho, tenho de fazer algo por mim e pelos meus.

Para quem não teve tempo de ver a reportagem, que aconselho vivamente, ficam alguns dados a reter: 

- O AÇÚCAR É O MAIOR VENENO QUE DAMOS ÀS CRIANÇAS. Pois se nos preocupamos tanto em pôr protecções nas portas para eles não se meterem a beber Skip líquido, por que não encaramos isto como um problema urgente e grave?

- O açúcar causa dependência, como o tabaco ou o álcool (o álcool vem precisamente do açúcar). Se não lhes damos sopas de cavalo cansado nem lhes pomos um cigarro na boca, por que lhes despejamos pacotes de açúcar goela abaixo?

- 8 em cada 10 mortes na Europa devem-se a uma má alimentação e à ausência da prática de exercício físico

- A pediatra aludiu a um caso de um bebé de 10 meses com 21 quilos. SIM, isto existe e em Portugal

- Há crianças e adolescentes com doenças que dantes atribuíamos aos mais velhos: diabetes, hipertensão, colesterol elevado

- Os alimentos que ingerimos (cereais, fruta, leite e derivados) já têm o açúcar necessário e importante para a nossa vida; tudo o resto é dispensável (até o fiambre tem açúcar!...)

- É urgente aprender a olhar para os rótulos e não basta encontrar a palavra "açúcar": glícidos, dextrose, maltose, frutose, xarope de milho - todas estas designações acabam por ser sinónimos, não havendo "açúcar", mas açúcares

- Vários tipos de CANCRO, uma das principais causas de morte no mundo, pode ser evitado com uma boa alimentação, assim como com a prática de exercício físico

- As crianças portuguesas consomem açúcar desde os 12 meses e aos 4 anos mais de metade bebe refrigerantes açucarados e 65% come doces todos os dias

- Os pais não devem ficar descansados só porque o filho, apesar de comer doces, é "magrinho", porque há doenças que não se vêem, mas estão lá


Entre muitas outras dicas, como reduzir o consumo de iogurtes açucarados, de pedaços líquidos, queijinhos e suissinhos (carregadinhos de açúcar), leites de "crescimento", nada de pão de forma embalado (antes pães escuros), água e mais água às refeições... e - muito importante - não ir na cantilena do "coitadinho do menino".

Eles só sentem falta daquilo que conhecem. É nisto que penso mil vezes antes de dar porcarias à Isabel, que tirando uma bolacha Maria por dia, não come mais nada processado com açúcar (e experimentou no outro dia uma bolacha da Irene do Celeiro, sem glúten e sem açúcar e gostou). 
Até o iogurte que come dia sim, dia não, é natural, sem açúcar. "E ela consegue?", "Não é azedo?" perguntam vocês. Consegue, não conhece outros. E eu já vou começando a conseguir também, porque é tudo uma questão de hábito.


3.31.2015

Comer à grande e à francesa


Cá em casa é assim todos os dias. 
Babete de folhos imaculado, calçada com os seus melhores sapatos, 
a comer sozinha e nem um grão de arroz no chão.





Acham mesmo? Esta cara diz tudo! 
O babete foi só para vos mostrar (sim, porque tenho babetes bonitos só para fazer número na rua e outros à séria para usar em casa) e, escusado será dizer, ficou todo cagado. 

A sopa, não somos assim tão malucos, somos nós que lhe damos. E já é o que é, com VRUUUMS e mãos que passam e esfregam tudo nos olhos e nos cabelos.




A colher, lá a vamos dando para a mão para ela ir fazendo experiências e 
ora come com as mãos, ora manda comida para a cadeira, para o sofá, para o chão. Tem tempo. Temos tempo.


O chão da sala fica assim. 


E ela sabe que sim.

Sacaninha.


Apesar de tudo, vale a pena.
E nem sempre come à grande e à francesa.
Mas damos o nosso melhor para que ela goste do momento das refeições.

3.17.2015

Alguém tem de o fazer



Já que a minha mãe me faz umas comidas de bosta e o meu pai só sabe ir buscar sushi, alguém tem de cozinhar nesta casa.

Mesmo que seja vestida à dançarina de can-can e com um laço maior que a minha cabeça - a minha mãe ainda não percebeu que é por causa do peso do laço que eu vou tantas vezes com a cara ao chão e até já entortei um dente - eu tenho muito estilo a cozinhar e dispenso aventais. Ouvi a minha mãe dizer que só me pôs estas meias até ao joelho aqui em casa porque temos o aquecimento ligado, espero bem que ela não se ponha a inventar e não me leve para a rua nestes preparos.
Das duas uma: ou eu me transformo numa Liliane Marise e vou adorar estes folhos e laços ou então nunca mais a vou perdoar por me vestir assim. Vou andar de calças largas e pullover até aos meus 80 anos, que ela vai ver.




Apetecia-me esconder-me dentro da gaveta, mas não estou a conseguir.









Este foi o presente do meu primeiro aniversário e finalmente vou passar a alimentar-me decentemente nesta casa, mas terem-me dado esta cozinha ou um penico era quase igual. No entanto, a minha mãe não resiste em encher o meu quarto de tralha cor-de-rosa e tenho a certeza de que estava já a pensar nestas fotos quando a comprou.

Vaidosona ela? Nãaaaao, que ideia!

Como as bloggers à séria fazem 
(que, ao contrário da minha mãe, são espertas e pinga na conta bancária delas): 
cozinha Imaginarium
 tapa-fraldas INNY - Kids Wear
laço Little i

3.12.2015

Mães esmeradas, enfiem-se num buraco

A sério. Há por aí mães muito, mas mesmo muito esmeradas e mais vale nem entrar em competição com elas. Acho até um crime desfazer estes lanches e almoços e a verdade é que a velha máxima de que os olhos também comem nunca fez tanto sentido.
Uma mãe de 5 filhos (neste site) prepara-lhes, todos os dias, estes manjares e ainda manda mensagens e adivinhas em bilhetinhos. Acho que se fosse criança iria estar todos os dias em pulgas para chegar à hora das refeições e, como mãe, sinto-me inspirada para tornar a hora da paparoca divertida e entusiasmante, sem o recurso a tablets e afins. Haja tempo, haja criatividade, haja dedicação.

 
Que maravilha!

3.04.2015

Odeio! Odeio dar-lhe de comer!

Estive em negação muito tempo. Não queria mesmo admitir, nem a mim mesma porque achava que era de "má mãe" - tenho muito isso. A verdade é que odiava dar-lhe de comer. Não sei se será um fenómeno normal entre mamãs que gostam muito de dar mama, mas achava tudo muito pouco prático. 

Além de que a miúda fechava a boca quando não queria comer ou por graça, não sei. Eu desesperava. Dava-lhe brinquedos para a mão. Sempre tive aquela ideia do "tem de comer a sopa toda" e media a sopa que punha em cada tupperware dela. Depois tive uma epifania e tentei relaxar. Epifania graças ao meu marido, vá. Não quer comer, não come. Se calhar não tem fome. Se calhar não gosta. Se calhar tem muito sono. Porquê impingir? Como já disse num post também sobre comida e/ou sono: os bebés são pessoas. Lá por não comerem não quer dizer que nos estejam a desafiar. Simplesmente não querem comer. Nós é que lidamos mal com isso e "amuamos". 

Deu para relaxar. Deu para pensar em dar-lhe mais livros que ela constantemente atirava para o chão. Ficava ainda mais enervada. Não comia a sopa por gozo. Borrifei-me para as quantidades e compensava com mama. Quando me comecei a borrifar as coisas começaram a correr melhor. Passei a divertir-me e ela também. Ah! Tirei-lhe também o tabuleiro da cadeira e juntei-a à nossa mesa.  Assim as coisas que usamos para "brincar" já não caiem tanto. 

Comecei a ter vontade de cozinhar melhor, de fazer experiências de lhe dar mais coisas para a mão, de fazer as receitas do livro para bebés e, de repente, tenho uma bebé que come muito bem. Não, nem sempre, mas já não conto essas vezes. Não come agora, come depois. Para quê stressar? 

Um truque que já reparei que resulta é não lhes enchermos o estômago todo com a mesma comida. Vamos variando: come a sopa até querer, depois damos-lhes carne picada e arroz e depois pêra. A brincar a brincar até deve ter comido mais que o costume, do que se só tivesse oferecido um prato. 

Agora adoro dar-lhe de comer. Adoro. Adoro cozinhar para ela. Preparar o pratinho. Dançar com ela, fazer truques de magia (que incluem amachucar um guardanapo de papel e dizer que é  um peru), etc.

É mais um momento de amor, não é como a mama, mas é mais ou menos. 

Fotos tiradas pelo meu marido! ;) Tão querido! 

Ah! Se o meu texto vos parecer um bocadinho nervoso, a forma como eu lidava antes com a alimentação dela é porque sou ansiosinha e tal piora com coisas da Irene, claro. Estou a curar-me com ela aos poucos. A aprender. Espero que vocês também. 





2.24.2015

Come a bolonhesa, Irene come a bolonhesa

E não é que é desta que vou começar a cozinhar?

Pelos vistos, já deveria ter introduzido a segunda parte da refeição da Irene e "ninguém me disse nada". Sei que não há timings perfeitamente certos para estas coisas, mas o facto de ela nunca estar entusiasmada com a sopa pareceu-me ser um sinal e, realmente, tem comido muito melhor.

Lembram-se daquele livro da alimentação infantil que demos um a Mãe dá há uns tempos? Este? Deicidi dar mais uma vista de olhos, sem ser para as sopas e decidi fazer a bolonhesa que há lá nas receitas dos 9-12 meses. 

Muito aldrabada, claro, porque me faltavam alguns ingredientes. Curiosamente, o mais esquisito era o que eu tinha: aipo. Coisas do meu marido. Ter aipo. Nem sequer sabia que isso existia. 

Quando era solteira, o meu jantar resumia-se a Coríntias e Chocapics (e não me custava muito hehe).

Agora dou por mil a fazer imensas sopas (para a míuda) e a tentar fazer comidinhas para ela. Gosto tanto. Odeio cozinhar, mas gosto imenso de vê-la a comer o que cozinho ou preparo. Já percebo as mães. 







Já que me estava a sentir toda super-mãe decidi experimentar pôr o resguardo da mesa no chão e ver como é que ela se entretinha a comer com as mãos. Valente estúpida (eu, não ela). Claro que a primeira coisa que fez foi virar o prato ao contrário.

Agora que penso nisso: qual é o problema? Que parvoíce. Devia tê-la deixado fazer um chavascal enorme. Era para isso que tinha lá a porcaria do resguardo... Grrr!!! Nós e a mania das limpezas. Ainda por cima com um resguardo!! A sério que só me apercebi disto agora. Bem, não é grave. Amanhã é outro dia e visto-lhe um bikini. 

Outra: já viram a quantidade de comida que lhe pus no prato? Ahah! Às vezes a minha cabeça não funciona. Ahah Aquilo é quase uma refeição normal para nós. 

Enfim. 

Mais comidinhas virão! 

Algumas receitas giras que os vossos miúdos com esta idade gostavam?


2.18.2015

Não come, não come...

Tirando os dias em que não lhe apetecia mamar e em que fazia uma fita enorme, a Isabel sempre comeu bem. Tirando os dias de birra ou de sono, sempre gostou de papa, de sopa, de iogurtes naturais, de pão. Odiou a primeira vez em que tocou em bróculos. Às vezes cerra a boca à terceira colherada e temos de fazer um espetáculo de circo para que ela coma mais. Mas é raro, muito raro.

No outro dia não quis comer. Nem uma colher de sopa. Deixei arrefecer, nada. Fui aquecer de novo, nada. Fruta, nem vê-la. Ok, vai de leite. Nada. Achei estranho, muito estranho. Estaria apaixonada?... Durante a noite, não quis leite. Começámos a ficar apreensivos. Na manhã seguinte, nada, nem papa, que ela adora, quis. Mau Maria, tu queres ver que está a chocar alguma? Dei-lhe muita água e fiz um esforço racional para não me preocupar.

Ainda bem. À noite já quis picar comida (damos-lhe comida aos bocadinhos no tabuleiro). Bebeu três biberões de leite durante a noite. No dia seguinte já quis a sopa e o segundo. À noite, devorou árvorezinhas, que é como quem diz bróculos. Nunca mais tinha experimentado dar-lhe e correu tão bem. Comeu massinhas e frango. O chão também comeu. Depois, dei-lhe sopa a achar que não ia comer nada e comeu tudo. Ainda tive de ir buscar mais. Já não quis a fruta, tudo bem.

Resumo da história: é normal eles às vezes não terem fome. É normal não terem apetite, tal como nós. Quantas vezes não nos apetece comer? Sei que a Joana Gama não sabe o que isso é, mas é normal. 

Como é convosco? Também stressam com as faltas de apetite deles?



2.15.2015

Nunca tive tanta paciência!


marido que só vê programas de culinária na televisão 
(até o "Prato da Casa" da CMTV que tem o apresentador menos talentoso de sempre) 
livro de receitas para bebés 
querer que a miúda coma com gosto 
primeira vez que corto algo tão minuciosamente




Quando nos tornamos Mães, ganhamos super-poderes.

2.10.2015

Jurei nunca bater na minha filha...

... e vou manter. A sério que sim. Claro que não falo de dar uma sapinha na mão. Isso acho que deve ser dado quando necessário.

Porém, a miúda anda a tirar-me do sério. Está naquela fase de atirar tudo da cadeira de alimentação abaixo, mas já há imensos meses. A sério.

E nem é tanto a questão de atirar as coisas para o chão. É que ela atira-as com um desprezo... Nem é atirar, é deixar cair, como se fosse uma princesa e os livrinhos que há 2 segundos a estavam a fazer tão feliz, agora lhe metem nojo.

Juro que o meu instinto é dar-lhe uma lição das boas. Não é bem dar-lhe uma sova, mas sei lá. O problema é que acho que faz parte do desenvolvimento deles, estão a aprender a permanência das coisas quando desaparecem da vista. A minha questão é: aos quase 11 meses também?

Não quero nada seguir aquelas teorias de que os bebés são uns monstros que fazem birras porque isto e aquilo. Ela não está a fazer isto para me testar, pois não? É que eu nem os apanho. Será para quê?

Qualquer dia já não tenho coisas para lhe dar para a mão enquanto ela está a comer - faço isto durante a sopa porque não come muito sofregamente e, com livros, sempre que viro uma página, ela abre a boca (vá-se lá saber porquê). 

Isto tudo porque ainda finco pé em não a por a ver televisão. Para quem não saiba, durante um ano, serei mãe a tempo inteiro e se a habituo a ver televisão acho que os nossos dias pioram de qualidade de convívio num instante, além de lhe piorar o sono, etc. E... "nós" não queremos isso, de certeza! Ou queremos? Ando a ficar cansada de ter que montar uma feira do brinquedo à hora das refeições maiores... grrr. 

Truques? Sem ser tv ou ipads e afins? 

2.09.2015

Fiz caca.


Isto era, se bem me lembro, chalotas (achava que eram cebolas, mas não, são primas), aipo e... qualquer outra coisa.

Queria que ficasse tudo muito bem cozinhado para a Irene e parece que consegui.

Ela, por acaso, adorou! Como é que é possível?



A sério? Acharam mesmo que tinha dado isto à miúda? Numa de "não se deita comida fora"? ;)

A bolonhesa de que vos falei tinha corrido tão bem que fiquei cheia de moral e aventurei-me... 

Porque é que os dotes de dona de casa não vêm com com o parto também?

Aposto que vocês são todas perfeitas e daquelas que fazem as bolachinhas de gengibre para dar às educadoras e ainda aproveitam e fazem uns lacinhos!

Se vocês não existissem eu não me esforçava tanto e espetava uma lasanha do Lidl à miúda!

Estou a brincar, pessoas da assistência social que possam estar a ler isto. Não me levem a Irene. A não ser quando ela está birrenta. Aí podiam ir passeá-la algures. 

2.06.2015

a Mãe dá (#06) - Bomba de leite Bébéconfort®

Ahhhh! Saudades que pingassem coisinhas para as nossas mães preferidas (que não as nossas)? Nem por isso, não é? Pois. Somos muito fofas (eu até um bocadinho demais, mas já ando a jantar só salada - se calhar, convém dizer que é a Joana Gama que está a escrever, que a outra não merece este tipo de comentários).

É mesmo de "pingar" que vamos falar, mas de pingar leite. 

Não sei se sabem (deviam), sou muito muito fã da amamentação (quase todos os meus posts têm sempre uma notinha sobre isso vejam lá aqui). 

Ora, como queria continuar a amamentar a Irene quando voltasse ao trabalho (pus uma licença de 5 meses mais um mês de férias), tinha de fazer um bom stock de leite materno para que nada faltasse. Se foi difícil? Foi. Tirar leite e armazenar é um processo que custa muito ao início.

Não porque doa, mas porque parece que as mamas ignoram a nossa intenção e a nossa pressão psicológica não ajuda o corpo a relaxar. Investiguem um pouco sobre isso na net para ser mais fácil para vocês. Demorei um mês a tirar leite depois de todas as mamadas, para aumentar a minha produção ao ponto de conseguir tirar quantidades visíveis. Aconselho a que comecem a fazer o stock de leite assim que a vossa produção esteja estabilizada para não terem pressão de andar a tirar leite todos os dias à noite enquanto estiverem a trabalhar ou terem que levar a bomba para o trabalho. 

Posto isto, houve várias coisas que fizeram com que tirar leite se tornasse desagradável (além de ter que esperar pelo hábito do corpo), uma delas era o barulho. Tínhamos que ver programas com legendas enquanto eu tirava leite porque não conseguíamos ouvir nada do que diziam na Casa dos Segredos (não estou a gozar, vemos e adoramos ver a Casa dos Segredos - também só se estraga uma casa, não é?).

Além disso, eu não podia escrever nada ou mexer no computador ou no telemóvel porque tinha sempre uma mão ocupada a segurar a bomba na mama. 

Até tinha comprado uma bomba bastante cara (Tommee Tippee), confiei no preço, apesar de não conhecer a marca, mas agora estou arrependida. E porquê? Porque conheci o Extrator Elétrico Natural Comfort da Bébéconfort (acabou de sair). A sério, melga. ;)



Mesmo que esta bomba não fosse mais silenciosa, dá para usar sem mãos. Só por isso, até podia ter o barulho de uma rebarbadora que eu não me importava. 

Outra coisa óptima, que não falei ali em cima, é o facto de podermos por o disco que retira o leite por baixo do soutien. No início foi muito giro andar sempre com as maminhas de fora no sofá, até nos riamos com isso, mas depois sinto que a imagem se tornou tão comum que o meu marido já não ligava nenhuma e me via só como um instrumento de tirar leite. 

Ahhh!! Olhem, esta nem tinha experimentado quando usei a bomba, li agora e vou experimentar. Para tirarmos leite, não sei se sabem, mas convém estarmos sentadas com as costas bem direitas para as bombas fazerem um bom vácuo. Neste caso, parece que podemos estar refasteladas no sofá! Que bom! Fico mesmo genuinamente contente por quem vá receber esta máquina. Não têm noção do chato que é: nem toda a gente consegue tirar leite com grande bisga (eu!) e, por isso, todo o conforto é tão, mas tão bem-vindo. Fico contente pela BébéConfort estar a ajudar mães a prolongar a amamentação (eu disse que era fã da amamentação). 

Assim sendo, temos duas salva-vidas destas para oferecer. Vamos embora participar? ;)

Para participar é preciso:
1) Fazer like na página da Bébéconfort Portugal
2) Fazer like na página d'a Mãe é que sabe (mas isso já está, não é?)
3) Partilhar publicamente este link no perfil do Facebook
4) Preencher o formulário em baixo (o link da partilha é o endereço do seu perfil do Facebook)

Condições:
O vencedor será anunciado dia 21 de Fevereiro, sendo aceites inscrições até às 23h59min de dia 20 do mesmo mês.
Os vencedores serão escolhidos aleatoriamente através de random.org.

Só é válida uma participação por endereço de e-mail.

2.03.2015

(O crime da) banana com bolacha

Sei que "banana com bolacha" parece o nome de mais uma loja de roupa compostinha (para não dizer betalhona) no facebook mas, por acaso, não é disso que venho falar. No outro dia, o meu marido sugeriu que desse banana com bolacha (umas Maria especiais visto que a Irene é APLV) e a miúda adorou. O problema é que não foi a única. 

Enquanto que com a sopa o meu principal objectivo é que ela coma tudo (sem birra) ou praticamente tudo, esta sobremesa veio mudar a nossa dinâmica alimentar - sempre que se usa a palavra "dinâmica" parece que tudo fica muito mais credível, não é? 

Ora, eis que me começo a aperceber que não insisto muito que ela coma a sobremesa toda. Inicialmente disse a mim própria que era porque "a banana faz prender o cocó", por isso, se ela não quer, melhor para ela". 



Depois apercebi-me que não era bem isso que estava a acontecer. Eu queria, afinal, comer-lhe a sobremesa. Se não abria a boca cheia de vontade uma vez ou duas, dizia logo: "não queres? não faz mal filha, não há problema". Zinga! Tudo para o bucho da mãe. Porquê? Porque é das coisas mais deliciosas de sempre. 

Se é ou não... agora não sei! Como estou numa espécie de dieta, até os individuais da mesa de refeições me parecem estar a piscar o olho.

O meu pai sempre me disse: "ser pai é tirar da nossa boca para dar aos filhos". Yewwww. 

No meu caso, sou mãe e tiro da boca da filha para pôr na minha, mas é porque a banana prende muito o cocó, claro.

1.26.2015

Olhá magra!

Quando vejo uma recém-mamã magra com um bebé de meses ao colo, começo logo a perguntar-me se não será a irmã mais velha ou uma babysitter. Como é possível tanta força de vontade?
Sim, sim, esta sou eu, nem percebo a dúvida...
Aquela história de perder peso estando a amamentar comigo não colou. Primeiro, porque no primeiro mês só sentia fome e fazia lanchinhos a tudo o que era hora. E bolachinhas durante a noite. E torradinhas. E tostas. No terceiro mês, já estava a recuperar o peso quase todo que tinha perdido na maternidade.
A sério que vocês, magras, não tinham vontade de devorar tudo o que apanhassem pela frente? Mas quê, estavam tão exaustas que adormeciam a comer, era isso?

Começar a trabalhar afastou-me da minha filhota, mas, graças a Deus, também me afastou da despensa (não tenho despensa, mas tenho comida). Afastou-me também da comidinha que a minha avó fazia, do arroz doce e dos chocolates. Sim, eu comia chocolate a amamentar porque fiz o teste e a filha não tinha mais cólicas à conta disso (dei-me ao trabalho de testar isto, já estão a ver o quão gulosa sou). Deu-me horários (que para perder peso é fundamental) e voltei a ter regras. A levar lanchinhos saudáveis (como cenouras, queijo Vaca que Ri light, nozes, goji e alpista, como lhe chamava) para ir picando entre refeições e nunca me dar fome ao ponto de querer devorar um hambúrguer com batatas fritas. E cogumelos. E molho para o pão. E... tenho de parar com isto!!!

Inscrevi-me na ginástica pós-parto e lá me disseram que era normal ganhar peso nestes meses em casa. Ufa, não estava sozinha. O facto de me agarrar aos pacotes de bolacha confortou-me mas não me ajudou nadinha no que à perda do peso diz respeito.
Só lá para o sexto mês é comecei a levar isto a sério. Queria perder os quilos que faltavam e, já agora, mais uns quantos e perder alguma massa gorda e a gordura visceral (que é perigosa!). E, mais importante de tudo, tentar ter uma boa alimentação porque quero conseguir dar o exemplo à minha filha. Como lhe incuto um estilo de vida saudável se lhe peço para fazer o que eu digo e não para fazer o que eu faço?

Nutricionista comigo, plano feito e, claro, nada de loucuras de fechar a boca porque queria continuar a amamentar. E porque não acredito em dietas parvas. Ganha-se o peso que se perdeu todo num instantinho e ainda mais algum. Falo com conhecimento de causa e até tenho vergonha de explicar por que é que até hoje não consigo comer maçãs... Vá, eu conto: já fiz - o mais grave é que foi já na idade adulta - a dieta das maçãs em que só podia comer, isso... maçãs. Vá, já tenho as orelhas quentes, parem lá de me chamar parva.

O meu plano desta vez era perder dois kgs por mês, nos dois primeiros meses, e depois um por mês, até chegar ao peso pretendido. Assim foi. Juro: não custou nada. Desde que comam (o truque é não passar fome), é possível! Têm é de comer coisas saudáveis e tentar ir cortando nalgumas coisas. Por exemplo, no meu plano, ao jantar, começava por um grande prato de sopa. Peixe ou carne grelhada com salada. Nada de hidratos de carbono à noite. Não é difícil, garanto! É tudo uma questão de hábito.

Agora, há nutricionistas que se opõem ao "estrago da semana". A minha não e fiz os tais estragos porque para mim era importante comer um docinho uma vez por semana e nada disso afectou a perda de peso. 

Claro que ainda há muito a fazer: desporto. Fundamental. Mas calma, magras, não me peçam tudo, isto tem de ir devagarinho. Pus-me a fazer o Treino Focus T25 em frente à Tv, adorei e aconselho, mas não tenho a força e a determinação para o exercício físico como tenho para fechar a boca.
Mas vou ter. Ai vou, vou. Que este corpo feito de gelatina vai ficar uma rocha. Ou não me chamo Joana Paixão Brás.

Ajuda, ajuda, ajuda. Digam-me que me vou viciar, que vou adorar, porque quando estou a mexer este corpinho só me apetece chorar.
(E o mais triste é que fiz desporto a vidinha toda até ter começado a faculdade. Como se uma coisa impedisse a outra... Burra!)

*Imagens do We Heart It

1.24.2015

Truques para eles comerem que nem uns bois.

A hora da refeição nem sempre é muito fácil para nós: eu preferia dar de mamar a estar a aborrecer-me a dar-lhe a colher à boca e ela, apesar de gostar de comer, acho que fica enfadada rápido de estar ali.

Como quero ao máximo evitar televisões e ipads e afins (quase 10 meses e sem nada disso, yeahh), tento sempre arranjar maneiras para lhe enfiar umas quantas colheres goela abaixo, sem que ela repare. 

Atenção que não sou nada a favor de lhe espetar a sopa toda só porque tem de ser, aliás, até falo disso neste post ("Come a papa, raio do miúdo, come a papa") que, não sei porquê, é tradição nossa querer que eles comam a quantidade que nós queremos quando nos apetece e eles também são pessoas. 

Mesmo assim, reconheço que às vezes ela fecha a boca e desvia a colher só porque está enfadada de estar ali e não por não ter fome. Enquanto não há birra, continua a levar com a sopa que até anda de lado (por acaso não anda, nem de lado... nem de frente, nem gatinha). 

Estes livros têm sido, nos últimos dois meses, as melhores alegrias à hora das refeições (estou em casa todos os dias com a Irene, tenho de lidar com almoço e jantar). Se ficam cheios de sopa? Ficam. Se tenho que os apanhar umas dez vezes por colher? Quase. Se vai a sopa toda sem birras e ainda um bocado da fruta? Sim senhora.

O Peekaboo é mágico. Depois de dois meses a usá-lo todos os dias, ainda ontem vi, pela primeira vez, a página de uma flor (devia estar colada a outra por ter muita sopa). O do Jardim Zoológico tem sons, o que é óptimo para ela se rir de boca aberta e espetar mais uma colher e o do Bolinha é um bocado fracote (tem poucas páginas e pouca interactividade), mas dá sempre para variar mais uma vez e entretê-la para a fruta. 

Isto é serviço público, mães. Vão por mim. 

Além de que não estamos a dar a comida feitas robôs, assim interagimos com eles na mesma e até se torna uma actividade muito divertida (bom, se calhar, tirar o muito e trocar por algo). 

Como fazem por aí? Já estão fartas disto e dão-lhes por meio intravenoso? São extremamente adeptas do BLW (temos de fazer um post sobre isto) e nem sopa lhes dão? 


12.23.2014

Inventam tudo (#02)

Se receberem, de fininho, esta prenda no Natal, guardem o talão para trocar por outra coisa qualquer. 

Quando vimos isto (o meu rapaz e eu) na internet, ficámos malucos: "Nãaaaaao! Como é que isto não é usado por toda a gente? Isto é espectacular! Percebo que ainda não tenham inventado a cura para a rosácea, tendo-se dedicado a isto!"

Parece que estávamos enganados. 

Apresento-vos a...


Colher squirt. 
Tal como o nome indica, é uma colher que possibilita um jacto. Não parece incrível e maravilhoso? Põe-se a sopa no reservatório de silicone (ou lá o que é) e, se apertarmos, a comida sai por um orifício pequenino e enche a colher propriamente dita. 

Vantagens do conceito? Todas! Não suja um prato, ficamos com as mãos livres para afastar as mãos deles da colher ou para lhes limparmos as fuças, é só por na máquina de lavar...

Vejam lá o vídeo (ou não, podem passar à frente que só serve por motivos de curiosidade): 



Afinal, cá em casa, chegámos à conclusão de que não só a Squirt não é assim tão fabulosa, como não deveríamos ter sido garganeiros e ter afiambrado logo duas pela net e, pior, nunca deveria ter convencido a Joana Paixão Brás a comprar uma também para a Isabel. 

Desvantagens: 

  • Temos de sujar um prato na mesma porque não vamos aquecer a sopa dentro da colher no microondas. 
  • Visto que é mais indicado para bebés mais pequenos dado o tamanho da colher ser proporcional ao tamanho da boca de um bebé em idade de iniciar sólidos, a colher devia ser mole. Cheguei a magoar as gengivas da Irene com isto, numa daquelas vezes com falta de timing em que a miúda abre a boca e não cheguei a tempo. 
  • Se a sopa for um pouco mais consistente, tipo puré com alguma coisa (como é suposto ser), não passa tão bem pelo orifício. 
  • É preciso espremer com alguma força quando já há menos quantidade ou mesmo sacudir a maldita colher para que a sopa chegue toda à parte do orifício. Se não o fizermos, a colher está constantemente a espirrar o puré de legumes para cima da criança. É só estúpido. 
  • É um utensílio mais difícil de manusear por ficar pesado com a sopa. 
  • Quase metade da sopa depois fica agarrada ao silicone sem descer para a colher, por muito que apertemos. Desperdiça-se comida. 
Espero não ser processada pelos senhores que fabricam a colher, mas se forem tão bons em clipping como a fazerem colheres, não terei com que me preocupar. 

Fica a dica.