10.19.2017

35º dia de creche - está doente!

Eu já andava a achar estranho, quase dois meses depois, nem uma virosesita, uma constipação que se visse, uns piolhitos, nada?! Cá está ela. 

A Luísa começou a vomitar e vomitou 5 vezes esta noite. Coitadinha. Dela e de nós. Troca roupa, troca cama, lava cabelo e cara, volta a adormecer. Dormir muito ao de leve, sempre preocupada. Com vómito, com febre (vem, não vem?), com tudo.

Ia com ela ao Centro de Saúde hoje, por estar mais assadita que o normal (já experimentei uma boa dose de cremes diferentes e não estão a funcionar... e até já pus maizena, como aconselharam, mas cheira-me que já precisa de um anti-fungíco e era isso que ia lá confirmar), só que agora acho imprudente estar a tirá-la de casa: tem o sistema imunológico em baixo e ainda apanha para lá qualquer coisa pior. Vou aguardar, talvez ligar para a Saúde 24, caso não tolere líquidos e ache que possa estar a desidratar ou caso tenha febre...

É sempre uma enorme confusão, não é? Por mais que já tenha passado por estas doenças normais com a Isabel, é como se fosse a primeira vez. 

Por enquanto está tudo controlado, não a acho molinha e estou com esperança que seja algo levezinho. Por todas as razões: por ela, claro, mas também por todos nós. Tenho (ou tinha) amanhã um trabalho que não queria desmarcar. Ia, supostamente, de fim-de-semana. O primeiro sem a Luísa.
Será que a espertinha adivinhou? :) 

Por aí, como andam esses infectários?


Ontem, antes de ir para a escola <3

Sapatos - Triboo
Casaco - Zippy
Calças - Zara


 
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10.18.2017

Não queria esta família.

Mãe para um lado, pai para o outro. Nunca mais se falaram. Avó que me ensinou a amar e que falece aos meus seis anos. Avô que vai falecendo e que vou assistindo aos fins-de-semana na casa dele enquanto estava com o meu pai. Outra avó, que ainda hoje me veio a voz dela à cabeça (a forma como me chamava e me dizia olá e não só os piparotes na cabeça que me doiam por ter as unhas grandes). 

Natais em que o dia 24 era cheio de família (que grande parte nunca me senti muito ligada, antes pelo contrário) e o dia 25 que deixou de existir com o pai vá-se lá saber porquê. Aniversário do pai também desapareceu, deixei de poder estar. Só um telefonema, tal como no Natal. Dia 25 na casa da família de um pai que me acolheu. Pessoas que mal sei o nome, por não ter relação, mas que me trataram tão bem. 

Natais rápidos de muita gente que de muitas maneiras mostrava que não queria mais ou que não queria estar. Aniversários esquisitos. Páscoas desconfortáveis onde o meu refúgio - e mesmo assim, houve alturas em que me foi tirado - era o meu quarto. 

Gritos. Discussões. Eu fazer de mensageira. Indirectas. "Porque é que não pedes ao teu pai?". "A tua mãe é isto e aquilo". 

Sem relação. Sem poder quebrar por sentir que era amparada. Quando a obrigatoriedade cai, vêm os afectos, a realidade. 

E a verdade é que quem se gosta não se junta só porque tem que ser. 

Eu não queria esta família. 

Apesar. Apesar de ainda ontem ter visto no meu irmão a frescura e beleza de quem não sentiu os cortes na pele. Sorria. Lindo. Anjo de luz. A iluminar. A fazer o coração de todos a funcionar. O João, que me recebeu, que apareceu sempre no último momento. No último momento que me salvou por não ter mais ninguém. Aquele último momento onde a culpa me fazia sentir que tudo o que havia mal no mundo era por eu não ser suficiente aos olhos de quem não me parecia amar. 

Tudo o resto, injustamente mas naturalmente, enterrado algures. Enterrado com tristeza, amargura, solidão, medo. 

Não queria esta família. 

Mas.

Mas, quando entro no carro com a Irene, antes de me sentar no lugar do condutor, bafejo o vidro dela e desenho um coração como o meu pai me desenhava quando a minha mãe me levava para longe com ela, porque "tinha que ser". 

Mas, quando no outro dia olhei para a Irene vi que o nariz dela parece um bico de passarinho e, como a minha mãe me fazia, pus-lhe o dedo horizontalmente por baixo e disse-lhe "descansa o bico". 

Mas, quando ontem fui adormecê-la li o livro que a minha avó que me ensinou a amar e a brincar me deu. 

O livro em que ela escreveu uma dedicatória talvez por saber já que me ia deixar tão cedo. O livro onde até escreveu à mão os números para eu saber também como se escreve à mão. 

Que cuidado. Que carinho.










E hoje, hoje veio a voz da minha outra avó querida quando me dizia "Olá" e punha Rosa à frente do meu nome. Nunca gostei, mas hoje tive saudades, muitas. 


Pior é quando se tem saudades do que ainda existe e parece que temos as mãos agarradas ao coração que, se o largarmos, se parte. 


Não queria esta família, mas é esta família que fez com que consiga partilhar convosco o que sinto, para que todos sintamos mais, sejamos mais e percamos menos. 

Todos os dias. 

Irene
Tenho um coração onde tu cabes e onde te podes espreguiçar à vontade.

a Mãe está aqui.


Obrigada, mãe, por teres guardado o livro da avó Irene.


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10.17.2017

Já és menina.

Oh minha filha que, apesar de te chamares a ti própria de Tomás e de Rafa, te tornas uma rapariga tão crescida. 

Quando dormes na minha cama e te vejo essa coxa grande de menina atravessada ou quando tomas banho e inclinas a tua cabeça para trás sentido o comprimento do teu cabelo que, com muita vaidade tua, quase que toca nesse rabo que já só para dormir tem fralda.

Essa menina que já apanhei a ser vaidosa ao espelho. A inclinar a cabeça para se contemplar, para se sentir mais bonita. 

Essa garota que já sabe como mexer com os meus sentimentos e sabe que palavras como "é o último", "vá lá", "só um bocadinho", "eu prometo que" me derretem o coração. 

Esta miúda que já compreende muitas razões e que já sabe esperar nalgumas coisas. A garota que quer usar os ténis iguais aos da mãe mas que também quer ir de chinelos como o pai gosta de usar. 

A menina que pergunta muito porquê e que quer saber mesmo porquê. A miuda que, quando pergunto, tenta explicar o melhor que pode e até já começa frases com "imagina, se eu...". 

Eu imagino, filha. Tenho tido pouco tempo para isso no meio de tirar a carne para descongelar, preocupar-me contigo e comigo, mas eu imagino. 

Já tens 3 anos e meio e já és uma menina tão grande. O pai disse-me no outro dia que te foste vestir sozinha. 

És muito doce. Estás atenta a quem te rodeia e queres o bem de toda a gente. 

Quero ajudar-te em tudo o que puder. Quero que te vejas como eu te vejo. Esta paixão, este amor tão intenso que não muda só porque tu ou eu estamos com birra. 

Gosto muito que sejas uma menina e dou-te o colo que precisares à hora de jantar. Tenho a sorte de também me conseguires dizer o que precisas, mesmo que esteja mais desligada seja pelo que for. 


Fotografia - Yellow Savages 


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10.16.2017

Urgente! O que fazer em caso de incêndio? (ajudem-me a ajudar!)

Isto está incontrolável e descontrolado. Estamos todos loucos e de coração nas mãos. Há um recém-nascido desaparecido, pessoas desaparecidas, uma mulher grávida que morreu, homens e mulheres, por Deus! Deixem-me tentar pôr a emoção de lado, tentar acalmar o coração, deixar de morder a língua e acalmar a raiva dos discursos e aparente calma dos nossos governantes, ser prática e usar o blogue para tentar ajudar!

Foto de Hélio Madeira, bombeiro da unidade especial dos Canarinhos, em Vieira de Leiria

"S.F.F. DIVULGUEM os PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA (URGENTE):

Se o incêndio estiver perto da sua casa...
Avise os seus vizinhos.
Corte o gás e desligue a corrente eléctrica.
Molhe as paredes e os arbustos que rodeiam a sua casa de forma abundante.
Se tiver animais, solte-os porque eles saberão o que fazer para se salvarem.
Esteja pronto para abandonar a sua habitação.
Ligue um rádio a pilhas e esteja atento a todas as indicações difundidas.
Proceda apenas à evacuação da sua casa quando as autoridades o recomendarem ou quando a sua vida correr perigo.
Obedeça sempre, e rapidamente, às autoridades.
Em caso de evacuação:
Tenha em conta que as autoridades não recomendam que abandone a sua casa se a sua vida não correr perigo.
Quando estiver a proceder à evacuação da sua casa ajude os que mais precisam como as crianças, os idosos e os deficientes.
Não leve consigo objetos pessoais desnecessários.
Depois de abandonar a sua casa, não volte atrás até ordem em contrário.
Se ficar cercado por um incêndio:
Tente sair na direção contrária à do vento.
Caso tenha de se refugiar, procure uma zona com acesso a água e com pouca vegetação.
Enrole-se em roupas molhadas, não esquecendo de cobrir a cabeça.
Fique agachado para respirar junto ao chão, evitando inalar fumo. Se possível, coloque um lenço molhado a cobrir o nariz e a boca.
Se não conseguir abandonar a área onde está, aguarde o auxílio dos bombeiros.
 

Texto de Isabel Almeida
Bombeiros Portugueses"



Mapa de fogos ativos: seguir www.fogos.pt

Linha de apoio 24h da Proteção Civil: 800 246 246




Todos os que quiserem ajudar, estão a fazer recolha de bens essenciais HOJE no Parque Eduardo VII das 18h às 22h para levar para Oliveira do Hospital amanhã e ajudar quem mais precisa.



Bens a recolher:
- Soro Fisiológico
- Compressas esterilizadas e não esterilizadas
- Água oxigenada
- Ligaduras
- Compressas e lençóis para queimados
- Máscaras de proteção individual (fumos)
- Luvas de látex
- Pomadas para queimaduras
- Água/água com gás
- Sumos individuais
- Barras energéticas
- Alimentos não perecíveis
- Leite



Soube agora que no TagusPark - Oeiras [na empresa OutCome] também estão a fazer recolha de bens para a zona de Arganil.


Em VISEU - Hospital de São Teotónio - há necessidade de doação de sangue para os queimados!!!

Vão até aos Bombeiros da vossa região, vejam o que faz mais falta ou se vai sair um carregamento de coisas em breve para as zonas afectadas, levem água, barras de cereais, compressas...

Por favor, digam aqui o que mais se pode fazer e como se pode ajudar, quais as necessidades dos bombeiros e das pessoas evacuadas.

OBRIGADA!

Dia 11 de novembro: pinturas faciais, mascotes e pipocas! Festejá!

É aquela trilogia que nunca falha numa festa infantil e que também não vai faltar dia 11 de novembro: pinturas faciais, mascotes e pipocas. Os miúdos adoram! E se a isso, de forma totalmente gratuita, quiserem acrescentar uns workshops porreiros na área das festas e dos eventos e quiserem conhecer o que de melhor se faz nesta área, com algumas das melhores empresas lá representadas, é irem até à Estufa Real, no dia 11 de novembro, ao Festejá
a primeira grande feira de negócios voltada para o mercado de festas infantis

E, quem sabe, não poderá ser aquele empurrão que faltava para quem gosta da área e tem receio de avançar? Perceber de perto o que já há, o que se pode fazer de diferente, conviver de perto com fornecedores... óptima iniciativa.

Vejam que stands e que workshops vão acontecer por lá, aqui: Festejá.



Parabéns, Maa - Que seja doce -  pela iniciativa! 
Boa sorte!

Esta carrinha pão-de-forma giríssima da Imagine Love Photo também vai lá estar!

 
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Quando é que isto pára??????

Muita  força muito grande para todos aqueles que estejam a sofrer com os incêndios (estamos todos mas, caramba,... ). 

Só de relembrar: 

800 246 246 é o número da Protecção Civil para informação sobre os incêndios. 

A Segurança Social informa que dispõe de locais onde disponibiliza apoio psicossocial direto, de emergência, às populações afetadas pelos incêndios :


Postos de apoio:

· Viana Castelo
o Monção – no Pavilhão Gimnodesportivo de Monção

· Guarda
o Seia – nos 2 Pavilhões Gimnodesportivo de Seia
o Gouveia - no Pavilhão Gimnodesportivo de Gouveia e no Seminário de Gouveia

· Coimbra
o Vila Nova de Poiares – Irmandade Nossa Senhora das Necessidades
o Lousã – Quartel dos Bombeiros da Lousã
o Penacova - no Pavilhão Gimnodesportivo de Penacova

Poderá ainda ser contactada a Linha Nacional de Emergência Social (LNES), através do número 144, gratuito, para informação acerca destes locais onde está a ser prestado o apoio.

*Não ponho fotografias. Não é preciso.

10.15.2017

Não há lobos maus, Irene. Os lobos têm é fome.

Tenho-me vindo a aperceber (através de vários inputs) que o ser humano vai naturalmente pelo caminho mais fácil - não necessariamente o que lhe trará os resultados que ele precisa. Vai por aquilo que lhe parece apetecer ou por aquilo que lhe parece verdade. 

Só que já estamos emoldurados pelas molduras dos nossos pais que foram as dos nossos avós ou que, então, foram precisamente o contrário.

A minha cabeça funciona por gavetas: a do bom e do mau, a do melhor e do pior, a do a favor e contra, a do branco e preto, a do rico e do pobre, a do gordo e do magro. Tanto quanto me tem parecido, é assim que a maior parte de nós funciona também. 

Parece que nos facilita trabalho, mas só complica. 

Complica porque quando falhamos, achamos que somos uma porcaria. E quem é uma porcaria nunca é bom. É horrível porque quando reparamos que não somos magras, achamos que somos gordas. É uma tristeza porque também o somos assim com os outros depois. 

A Irene perguntou-me ser era má e eu respondi-lhe que toda a gente é tudo. 

Tal como o lobo mau só tem fome, gosta é de comer porquinhos. 

Aquele menino que te deu uma palmada não é mau porque te bateu, tem o "senhor medo e o senhor zangado" na cabeça tal como tu e eles falaram muito alto. Tu também já bateste nos teus amigos e não és má por isso. 

Isso não faz com que deixe de doer. Dói quando se recebe uma palmada e não se deve magoar ninguém. 

Dói quando a mãe grita por estar zangada, não é? A mãe não é má por ter gritado, mas como sabe que te dói, tenta não o fazer ao máximo. 

Bom, não lhe disse tudo isto. Tenho vindo a dizer consoante as oportunidades.

Reparo que até a comida como por partes (a carne toda primeiro e só depois o arroz...) e que um dos meus maiores fascínios são artigos de papelaria, organizar coisas. 

Nem tudo tem de ter uma gaveta, não somos uma coisa ou outra. Somos tudo, vamos sendo.

E o que sofremos com as etiquetas, até só na nossa cabeça...? Ao ponto de as impingirmos aos outros? E quanto disto se reflete naquilo que vivemos enquanto somos mães e nos dedos que apontamos às outras?

Unir.


 


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10.14.2017

As Mães também podem amuar? Hoje amuei.

As mães também podem amuar. Também podem chorar baixinho. E alto. E ficarem zangadas. E ralharem. E desejarem que algumas coisas fossem diferentes. E queixarem-se. 

As mães podem tudo isso. Não têm de ser sempre adultas, sempre ponderadas, sempre equilibradas, sempre fortes. 

Hoje estou zangada, amuada, frustrada. Uma coisa pequenina, talvez sem importância, de que amanhã provavelmente me irei rir. Talvez. Mas hoje teve e deixou-me com um nó na garganta. Desejei que fosse mais fácil, que fosse diferente.

Hoje ia ao cinema com o David. A condição era deixar a Luísa já a dormir. Não consegui, não a consegui adormecer a tempo de ir ao cinema. E eu queria tanto ir ao cinema com o David. Chamem-me infantil, chamem-me fútil. Venham dizer-me que se tivesse problemas a sério é que queriam ver. Estejam à vontade para não sentir empatia. Hoje não aceito sentir culpa.

Hoje amuei. Desejei ter uma filha diferente, que me desse uma folga, que não fosse tão exigente para dormir. Que não dependesse tanto de mim [como se isso não fosse o esperado de uma bebé, eu sei, eu sei tudo isso, conheço a teoria toda.] Na prática, gostava que, de vez em quando, fosse diferente. Que hoje tivesse sido diferente. Que me surpreendesse. 

É pedir muito? Pedir que não demore uma eternidade a adormecer, que não acorde de novo passada uma hora, que não acorde de hora a hora durante a noite? É ser muito exigente? É queixar-me de barriga cheia porque há quem esteja pior? Não quero saber. Hoje não aceito a culpa de me estar a queixar. Hoje quero desabafar, quero amuar, quero sofrer acompanhada. 

[Já tenho consulta marcada para tentarmos melhorar a nossa vida. Recuso-me a aceitar isto como algo "natural" porque já não me está a fazer bem].

Amuem, amuem à vontade. Desabafem. É libertador.

[Obrigada por me ouvirem].





 Fotografia - The Love Project
Cabelo e maquilhagem - Cut by Kate

 
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10.13.2017

Quando és Mãe...

... ficas inebriada com o cheiro dos teus filhos

... aprendes a ser melhor com eles

... não tens vergonha de dançar no meio da rua

... não te levas demasiado a sério e brincas ao que calhar

... ficas ali a noite toda ao lado e mal pregas olho quando estão com febre

... não te chateias se se sujam porque sabes que faz parte (e é importante)

... derretes-te com coisas mínimas que eles façam ou digam, que são tudo

... dás um passeio sem eles e ficas cheia de saudades

... dás um passeio sem eles e queres repetir

... não dás nenhum passeio sem eles porque queres tê-lo(s) sempre contigo

... baixas-te para ouvir e tentas ir à velocidade deles

... não mexes no telemóvel e ficas só a ver as gracinhas que te querem mostrar

... vais às compras para ti e sais de lá com (mais/só) coisas para eles

... dás por ti a fazer o prato preferido dele(s) só para os ver surpreendidos

... dás por ti a fazer coisas que não fazias antes, mas que afinal descobres que até gostas

... não dormes grande coisa mas sobrevives (e nunca pensaste que isso fosse possível, tu que dormias até ao meio dia de sábado e ainda era pouco)

... tocas em cocó sem que isso te provoque um vómito, nem te faça grande confusão

... tentas memorizar todas as expressões e refegos e sons dos teus bebés

... nunca amaste ninguém como os amas e, por mais que o dissessem, nunca sonhaste que fosse tão incrível

... queres construir uma relação de confiança e de empatia com os teus filhos, que eles te vejam como um porto de abrigo, te respeitem e que não tenham medo de ti

... revês os filmes da Disney com nostalgia e cheia de alegria

... choras muito mais vezes e tens muitos mais medos

... ficas mais forte

... apesar de não teres férias-férias, não trocavas a confusão por nada deste mundo

... tens conversas com outras mães no parque sobre os filhos (e juraste que não o farias!)

... sofres quando eles caem, quando um menino no parque não quer brincar com eles, quando os vês sofrer

... dás um valor imenso aos teus pais e passas a admirá-los ainda mais

... desejas que sejam as pessoas mais felizes deste mundo.


Também vos aconteceu desde que foram mães?




 Fotografia - The Love Project
(se querem ter "aquelas" fotografias em família, 
é chamar a Joana Sepulveda Bandeira!)



 
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Se houver tipos de mães, eu quero ser este.

Cada vez sou menos apologista - não que alguma vez tenha sido, mas vocês entendem o que quero dizer - de separar mães e tipos de mães. Porém, estes tipos parecem-me fazer sentido: a mãe que faz e a mãe que fica a ver.

A Irene gosta muito de ir ao Bounce (um sítio onde há muitos trampolins e gente querida para tomar conta dela e ensinar), foi algo que o pai descobriu e que a começou a levar e que ela adora. 

No outro dia tive oportunidade de também ir saltar nos trampolins ao mesmo tempo que experimentava o melhor soutien de desporto do mundo: o Triaction da Triumph. E não digo isto de ser o melhor do mundo só porque sim. Foram mesmo testados todos os soutiens de desporto do mundo e este é definitivamente o melhor: com melhor sustentação e respeito pelas nossas mamas. As minhas gostaram, honestamente. Parecia uma espécie de babywearing para as mamas e que elas puderam dormir enquanto me esfrangalhava toda a saltar. 

Mas, para além disso e além de ter conhecido a Catarina do Ties (que sempre gostei muito do trabalho e agora também gosto dela e queremos ir almoçar), saltei.


Saltei imenso. Brinquei. Deixei-me cair. Ouvi música enquanto fiz a aula e o meu corpo experimentou sensações novas. 

Da próxima vez que for ao Bounce com a Irene, vou ser a mãe que vai saltar com ela e não a que vai ficar a vê-la saltar. Nem sempre apetece, é verdade, mas faz uma diferença enorme (às duas). 

Queria só convidar-vos a fazerem. A estarem. A saltarem também. É sempre mais divertido fazer do que ficar a ver. 

Fotografias: Hugo Macedo


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10.12.2017

Está na hora

Está na hora.
Está na hora de parar por alguns minutos.
De voltar a mim.
De respirar e perceber o que é melhor.
Para mim, para ele, para elas.
Pesar tudo muito bem pesado.
Não podemos querer tudo.
A vida é feita de escolhas.
Nem sempre acertamos.
Nem sempre sabemos se será a melhor.
Mas vamos.
A medo.
Outras vezes com confiança.
Às vezes com brilho nos olhos, esperançosos.
Outras vezes petrificados.
Baralha e volta a dar.
Manda todas ao ar.
Umas ficam viradas para cima.
Outras viradas para baixo, sem as podermos adivinhar.
Qual o caminho?
Volto atrás?
Vou em frente?
Escuta-te.
Pesa tudo de novo.
Quando te fizeste estas perguntas, em tempos, eras outra.
Elas eram outras.
O que já fez sentido pode não fazer agora.
A vida é isto, também.
Este jogo.
Às vezes imprevisível.
Outras vezes a seguir o seu curso, calma, serena.
Encontra o norte.
Respira.
Arregaça as mangas.
E tenta.
De novo.
Tenta.




 Fotografias - The Love Project
Cabelo e maquilhagem - Cut by Kate
Relógio (smartwatch) - Fossil (este)



 
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Como dizer que não a isto?

Como dizer que não à miúda que acorda às 6h da manhã (e, portanto, agradeço continuar a dormir) e que diz: "mãe, quero ir para a tua cama?". 

Por muitos livros que leia, muitas coisas que os psicólogos, pediatras, blá blá blá digam... Não consigo.

Sim, filha, podes. 

Teve de tomar o pequeno-almoço na escola, ir no carro a comer qualquer coisa, hoje não tivemos tempo para calma porque dormimos até às 8h30, mas... sinto que quase que não há melhor que isto. 

Hoje. Por agora.



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10.11.2017

É muito cedo para escolher os vestidos para o Natal? (não sejam sinceras ahah)

Vá, eu calculo que seja muito cedo para pensar em Natal para o comum dos mortais, mas eu fiquei toda contentinha quando estava um briol ontem de manhã e pude calçar umas botas. Sim, sou meia descompensada, adoro o verão e estou a adorar estes fins de tarde maravilhosos no parque e descalças na rua a regar as plantas, mas também gosto de quando começa a refrescar e já precisamos de uma mantinha nos pés. Já comecei a pensar no Natal, o que é que querem? É a minha altura preferida do ano, só ultrapassada pelas férias de verão, mas não com muita vantagem. Só ainda não fui ajudar a minha avó a fazer as azevias porque, com tanta antecedência, chegaria à ceia com mais 20 kgs. Eu, não ela.

Já andei a espreitar as colecções e fiz uma selecção dos vestidos que achei mais giros para o Natal na Kolor Kids, um site que agrupa logo umas quantas marcas, mais "pipis" ou mais descontraídas, para todos os gostos.

Este ano estou mais virada para os azuis (no ano passado escolhi bordeaux) e, dos que vi, apaixonei-me logo pelo primeiro da primeira fila e pelo primeiro da terceira fila. Se bem que os de veludo também são lindíssimos, com aquele padrão toile de jouy ou lá como se chama (em 3 anos de golas e folharecos, uma pessoa vai aprendendo umas coisas). Mas sou capaz de pender mais para o azul escuro com o vermelho... com umas merceditas da Hierbabuena e uns laçarotes da Lemon Hair Lovers e fica o conjunto feito. Meias azuis ou vermelhas? Azuis? Uhmmm... Dilemas de primeiro mundo. :)


De qual/quais gostam mais?


Vestidos -  Kolor Kids 

 
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Vou estar em palco. Quem quer vir?


Adoro que os convidados sejam sempre especiais. Ainda estou para ver um convidado que não o seja. Vou estar em palco nesta sexta-feira no Auditório Carlos Paredes num concurso (ou lá o que é), apresentado pelo Hugo Rosa.

Quem é o Hugo? É alguém que apareceu na televisão nacional e que virou estrela da Internet, mas que, mesmo assim, morreu na praia. É o gajo dos cartazes - vejam aqui.

Para irem ou podem comprar os bilhetes aqui ou podem tentar a vossa sorte no nosso passatempo no instagram:




Querem vir?

Os outros convidados também são muito porreiros, claro. Só não conheço um, mas há de ser um porreiro na mesma, haha. 


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10.10.2017

Como assim?? Aconteceu!! Finalmente!!

Estou incrédula e o pai da Irene também! Finalmente aconteceu! 

A nossa história no que toca a adormecimentos da Irene sempre foi muito... característica. Fui sempre a única que ela aceitava que a adormecesse até vir trabalhar. A partir daí, quando não estava, aceitava o pai.

Já a avó, nem por isso. O pai ou a mãe.

Hoje foi a avó. A Irene tem estado doente, diagnóstico incerto, mas antibiótico dado num piscar de olhos e hoje ainda não era dia para ir para a escola.

Para variar, decidi arriscar (não é muito a minha onda) e pensei: "vamos a isto!". 

Correu bem. Tão bem. 

Ela dorme, tranquila, depois de adormecida por uma das avós e tanto o pai como eu estamos a trabalhar. 

"Está tudo certo". 

Não vale a pena forçar timings. Quando é para ser, é. Quando não dá, há razões para isso. 


No verão do ano passado de férias com os avós.
PS - Pior, nem precisou de lhe abanar o rabo como nós. Foi lá "só com conversa"! :) Parabéns avó Celina e Irene :)


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