10.22.2018

Quero ficar com as paredes brancas!

Preciso da vossa ajuda: quero as paredes da minha casa limpas. Aquilo já não vai lá com CIF nem com paninhos do pó na vassoura. Também não quero arriscar numa empresa que vá lá e apareça com um jacto de areia que me tire a tinta toda e depois diga "ah, mas nós avisámos que era a areia". 

Moro em Lisboa, num T2 e quero as minhas paredes brancas (e não tenho dinheiro para mandar pintar por cima), conhecem alguma empresa com esse serviço? E que não me custe um útero e meio? 

É muito caro?  Anda a irritar-me solenemente. Principalmente quando é de dia e está ali tudo escarrapachado. É olhar para uma pessoa que nos atraia e depois faltar-lhe meio dentinho à frente ou cheirar a atum. 

Pronto. Já desabafei. Só por isto já valeu a pena, obrigada. 

Sinto que quando estiverem limpas que o meu dia a dia lá em casa vai ser assim. 



Só que sem este bom aspecto de quem ainda está na flor da juventude e um útero por escancarar. E provavelmente no meu caso teria de usar soutien, senão as tetitas apareceriam a espreitar por baixo dos rendilhados. 

Como não tenho cuecas nude de momento também se veria ali a cuequinha marcada a fazer, se calhar, as quatro nádegas. 

Como aquela música do João Pedro Pais: Nádega de Nádega. Lembram-se? 

Bom, vou tentar não me deprimir com os meus problemas hormonais actuais que, desde que tirei o DIU, a minha menstruação é a conta da EDP:  parece nunca estar certo, mas depois temos esperança que se acerte sozinho. 

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Vá um abraço. Estou só a fazer tempo para a noite chegar para entrar em casa e conseguir não me irritar a olhar para as paredes. 




Casamento: As meninas das alianças, as nossas filhas.

Ainda não tinha sido pedida em casamento e já sabia que, se casássemos, teriam de ser as nossas filhas as meninas das alianças. A festa era também delas. Eu adorava folhear os álbuns de casamento dos meus pais, ver as roupas e as pessoas e os penteados e imaginar a festa. Elas tiveram a oportunidade de nos ver felizes, a trocar alianças, e viveram o dia a correr, a brincar com os balões, a comer doces (ups!), a pintarem as caras e a dançar connosco. Foi um dia especial, mas em que fomos pai e mãe e em que tiveram a nossa atenção (mudei fralda vestida de noiva e até isso achei especial), vieram ao nosso colo durante a cerimónia, comeram do nosso prato... fizemos mesmo questão de estar lá e delas estarem connosco em (quase) todos os momentos.

Estava com algum receio de que não aguentassem a festa, já que não fizeram sesta (ainda pensei que a Luísa dormisse pelo menos na viagem a caminho, depois de almoço, mas não conseguiu) e quando chegaram estavam molinhas e a quererem "mãe". Estava a arranjar-me e elas estiveram comigo o que deu espaço a alguns mimos. Depois vestiram-se, arranjaram o cabelo e puseram a coroa, e estavam prontas. E lindas.

Foi um dia muito especial e espero que um dia também o sintam assim. Ainda falam disso (e do Benfica, a que a Isabel foi assistir no dia seguinte rrrrr ahah). E sei que fomos felizes e já ninguém nos tira aquele dia de amor e de família. Os amigos também são família.


Os vestidos feitos à medida e amorosos são da Amor comLaço, as coroas delicadas e com cores suaves da Cata Vassalo e os sapatos com lacinho e corda da Hierbabuena.

Fotografias - The Love Project

























10.21.2018

Estou maravilhada com isto!



Estou com muito menos pêlos. Podia ser da idade, mas calma, ainda “só” tenho 32. É mesmo da ajuda da Lumea Prestige, da Philips, a máquina de luz pulsada que tenho vindo a usar em casa, quando me dá mais jeito, de forma bastante rápida e intuitiva. E atenção que eu não adoro máquinas e sou um bocado info-excluída, ou só preguiçosa, mas com esta não me sinto nada burra. O manual também explica bem, assim como a aplicação para o telemóvel, a APP Lumea, que serve ainda de calendário e envia-nos notificações (falhei a uma, mas era o meu dia do casamento, estou perdoada? Fiz no dia seguinte).

Estou a gostar muito. Só não adoro fazer na parte de trás das pernas sozinha, mas faz-se; de resto, trato eu do assunto sem lamúrias. Faço nas pernas inteiras, nas axilas (é tão rápido!) e no buço - neste caso com outro instrumento que se adapta à máquina [já vem na caixa]. Ainda não comecei a fazer nas virilhas e vai ter de ficar mais para o fim do ano, quando me livrar de um problemita que estou a ter [nada grave, don’t worry; a ser seguida no ginecologista]. Mas estou deserta! É onde gosto menos de fazer a depilação, sofro imenso e fica tudo num estado lastimável, seja com cera, com creme, com lâmina... quero muito começar a ver-me livre desta chatice.



Algumas de vocês levantaram algumas questões no primeiro post e eu juntei mais algumas que me surgiram, que podem bem ser as vossas também. Se tiverem mais, mandem vir.

Pode ser usado a amamentar?
Não, nem grávida nem a amamentar de deve usar métodos para tirar pelos com luz. Nunca foi testado, por isso, mais vale não arriscar. Eu esperei pelo desmame da Luísa.

Pode ser usado por homens?
Este Philips Lumea Prestige pode ser utilizado por homens. Contudo, não existem estudos de eficácia em homens, os estudos foram feitos apenas em mulheres. Deixa lá ver se o David quer ser minha cobaia e depois dou notícias :)

É definitivo?
Nada é definitivo quando se fala em depilação, pelo queo dermatologista  me explicou e algumas esteticistas. O que este aparelho, Lumea, promete é uma depilação duradoura, sem pêlos até 8 semanas. Noto que reduziu bastante os meus pêlos e os que cá estão demoram muito mais a nascer. E ainda não acabei os tratamentos sequer.

O preço compensa?
Tive a sorte de ser desafiada a experimentar e a não ter investido, sim. Sortuda, mesmo. É um grande investimento, de uma vez só, sem dúvida. Acredito que não seja para todos os bolsos, sou realistas. Mas, para quem possa, é um bom investimento. E não sou só eu que o digo, tive gente a comentar o último post que já fez e/ou que também está a fazer e está a gostar muito dos resultados. Experimentando somar o dinheiro que se gasta em depilação a cera; ou o que se gastaria em gabinetes de estética, as deslocações, o tempo perdido, para mim, compensaria. Compensa, para a minha cabeça, só depender de mim para fazer a depilação; compensa não doer nada; compensa sentir a pele mais macia, sem borbulhas, e sentir-me mais bonita. E depois só ir fazendo a manutenção, de dois em dois meses? Perfeito. Mas é a algo a ser bem avaliado, caso a caso, e depois de medir bem os prós e os contras.

Dará para o meu tipo de pele e pêlo?
A máquina dá para pêlos louros escuros, castanhos e pretos e também a vários tons de pele, desde muito branco a castanho escuro (tons de pele muito escuros não têm contraste suficiente entre o pigmento do pelo e o pigmento da pele). Para pêlos brancos/grisalhos, louros claros ou ruivos também não dá.

Dói muito?
Não é suposto doer, tal como vos expliquei aqui. Dá uma impressão, sente-se um disparo, uma picadazinha de calor, mas não mais do que isso. Se sentirem dor, têm de baixar logo o nível (eu fiz isso, há cinco níveis e comecei pelo nível 2, até perceber que o 3 era confortável). Não se esqueçam que a máquina tem um sensor smartskin que, à partida, vos diz qual a intensidade indicada!

E mais? Tudo o que queiram saber, estejam à vontade. Menos perguntas do foro ginecológico, vá. 


*Este post foi escrito em parceria com a Philips.


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10.18.2018

Eu juro que tentei não chorar... [Vídeo do Casamento]

Eu juro que tentei não chorar, mas não deu. Saí, de braço dado com o meu pai, já a chorar. Depois limpei as lágrimas, para voltar a chorar pouco tempo depois. Quando li os meus votos, quando o David leu os dele. Quando os meus padrinhos o fizeram, quando os padrinhos dele disseram coisas que tocam, bem lá dentro. Quando me surpreenderam com um vídeo, já depois do jantar... Eu sou assim e não há nada a fazer. E que mal tem, ser sensível? Nenhum. Já faz parte de mim. Aceito. 

Confesso-vos que o vídeo foi a última coisa a fechar... e nem tínhamos bem a certeza se queríamos, até nos termos decidido. Estava errada, tão errada. E percebi isso logo no dia. Quero voltar a ver tudinho, voltar a ouvir tudo, voltar a sentir tudo. O dia passa tão depressa e de forma tão intensa... que depois, no conforto do sofá, queremos voltar àquele dia.

O vídeo é da autoria da QFILM, que eu adorei conhecer no dia, e que agora dão mais uma vez mostras de serem mesmo bons profissionais. Espero que fiquem também com a lagriminha quase à espreita com este excerto... Eu estou em pulgas de ver o vídeo todinho! <3 



Leiam o post completo do casamento - aqui.


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A minha filha rejeitou co-sleeping!

Como é que é possível? Desta é que não estava à espera. Depois de uma adolescência e vida adulta em que sempre acreditei que toda eu sou um bem irrecusável, uma companhia a não desprezar na arte de estar na horizontal (para dormirrrrrrr), eis senão quando é a minha própria filha que me rejeita! 


Não estava à espera desta (mas estou tão orgulhosa!). 


Continua a ser muito complicado gerir os níveis de energia da Irene ao final do dia por causa da questão das sestas... ontem, ao jantar, que já foi às 6h30, deitava-se na cadeira e queixava-se de estar cansada. A verdade é que eu também estava de rastos. Estou. Doente, mas sabemos como é "The show must go on", mesmo que a mãezinha esteja tão cansada e rebentada que mais parece um smartie pisado. 

Como sabia que ia desmaiar enquando adormecesse a Irene, propus que dormissemos as duas juntas. Ela costuma adorar quando é dia de dormirmos juntas (faço-o quando ela está doente ou pontualmente como "dia de festa"), mas ontem, depois de um primeiro entusiasmo, sugeriu "quero dormir na minha cama como todos os dias". 


Fiquei parva - as haters aqui pensam "ficastes?" - mas a rebentar de orgulho. A minha miúda está cada vez maior e nem quer dormir na cama da mãe. Estamos as duas a fazer um óptimo trabalho. 

Tudo acontece no seu tempo e, quando assim é, parece que sabe melhor a toda a gente. :)

Agora, quando quiser dormir comigo, faço-lhe o manguito, ahaha. 


Fotografia Yellow Savages


10.16.2018

Esta é uma das minhas 3 coisas preferidas.

Isto podia ser um título de um post num blog de beleza e lifestyle, mas não é o caso. Hoje, quando recebi as fotografias da minha última actuação de stand-up, olhei para elas e apercebi-me: sou muito, muito feliz a fazê-lo. Isto mesmo que nos dias antes praticamente não durma com nervos ou antes do espectáculo só me apeteça fugir. Talvez por ser tão importante para mim que corra tudo bem. 


Fotografias por Tiago Cruz. 
Bem sei que poderá ter sido um frame antes de espirar e de agora estar a olhar para a fotografia como se fosse um momento de gratidão pela felicidade que estava a sentir.



Que me tenha apercebido, foi a primeira vez que duas leitoras do blog foram assistir a uma actuação minha - deixou-me ainda mais nervosa. É costume a Joana Gama (Freire) estar toda partida e no blog ser uma pessoa, nas actuações ser outra, no trabalho ser outra, como mãe ser outra, com o pai em pequenina ser uma, com a mãe ser outra, mas estou a tentar juntá-las.

Para as leitoras que dizem que se identificam mais com o meu tom sarcástico e humorístico, ele existe e até é aquele com o qual me identifico mais, mas estou a tentar perceber se ele tem espaço aqui ou se sou eu que não tenho espaço aqui para ele.



Adoro falar em público, especialmente fazer rir. Adoro quando corre bem. Sinto que estou a fazer o que é suposto para mim. 

As leitoras não sairam tão chocadas quanto eu achava que iam sair da actuação e ficaram a saber, se calhar, mais de mim do que alguma vez conto aqui. Se calhar, para quem diz que não é assim tão afectada pelos comentários ou pelas opinões dos outros... o que provavelmente quero dizer é que isso não me impede de continuar ou de dormir, simplesmente deixo de dar o que tenho de "mais meu". 

Isto é, a relação continua, mas vou brincar para outro sítio, ahah. 


Quanto às outras duas coisas que mais gosto de fazer na vida, ainda estou a tentar percebê-las. Brinquei no instagram a dizer que uma delas é estrear cadernos novos (adoro), mas ainda tenho que estar mais atenta. 

Claro que amo a Irene, mas ela não é para aqui chamada ;). 

10.15.2018

Raio de tecnologia... tenham muito cuidado!

Estou doente (nada de grave, don't worry) fui ao hospital de manhã e, quando voltei, ao estacionar na garagem, houve um momento tipo "The Walking Dead" em que me apareceu alguém com um ar super desesperado à frente do carro à pedir-me ajuda, ainda nem tinha puxado o travão de mão. 



Era a minha vizinha do lado, mas que nem percebi na altura tal era o stress. Estava em pânico a dizer que a filha dela de dois anos tinha ficado fechada dentro do carro há uma hora e como a chave ficou dentro do carro, assim como o telemóvel, não tinha maneira de pedir ajuda.

A única pessoa a "chegar" a casa fui eu e que sorte: liguei para o 112 e aguardamos pela polícia e pelos bombeiros. Optámospor não partir o vidro do carro porque tínhamos receio de atingir a criança ou algo que não devêssemos. Tanto a mãe como a criança estavam em stress. Na prática, não havia nenhum motivo, a miúda não estava com falta de oxigénio, mas nem imagino como deverá ser angustiante esta situação: ter a filha do outro lado do vidro, sem lhe conseguir explicar que está tudo bem, sentir-se impotente e desamparada e compreensivelmente incapaz de se manter calma.

Só me lembrei do post que a Joana Paixão Brás fez há uns tempos quando o aconteceu o mesmo à Isabel. 

Acho que as consegui ajudar, dentro do possível. Disponibilizei-me para aspirar o carro e ainda fiz um bom trabalho de artes manuais no vidro ('tadinha da vizinha que não vai com ar sério a lado nenhum, não tenho fita-cola de gente crescida, o que querem?). 




As haters vão pensar que é publicidade paga ao Continete, ahahah.

Esta táctica do carro se trancar sozinho quando a chave está lá dentro (ficando lá também o telemóvel), compensará assim tanto os contras? A favor é só não termos que carregar no botão de trancar o carro, é isso? 


Dicas: 

Ligar o 112 imediatamente.

No caso da criança ou o animal de estimação já mostrar sinais de não estar bem, a partir um vidro do carro, que seja o mais longe. E lembrar se a porta não está protegida com o fecho para crianças. Senão, tem que se partir os vidros das portas da frente. 

Tentar (reparem que eu nunca conseguiria) mantermo-nos calmas durante o processo para que a criança não meça o pânico da situação pelo nosso desconforto. 

Evitar vestir crianças com kispo na cadeirinha (ainda hoje fiz isso com a Irene para depois não apanhar chuva a vesti-la) porque com a temperatura, desidratação, o desconforto... aumenta substancialmente. 

A Joana Paixão Brás disse que ia passar a andar com a chave numa fita ao pescoço, não sei se ajudou, mas temos de arranjar maneira de nos protegermos destas coisas, caramba.