2.15.2015

Nunca tive tanta paciência!


marido que só vê programas de culinária na televisão 
(até o "Prato da Casa" da CMTV que tem o apresentador menos talentoso de sempre) 
livro de receitas para bebés 
querer que a miúda coma com gosto 
primeira vez que corto algo tão minuciosamente




Quando nos tornamos Mães, ganhamos super-poderes.

2.14.2015

Mousse de oreo no bucho!

Muito eu protestei, gritei e desabafei há bocado, neste post. Mas quando chego a casa deparo-me com este cenário: Isabel no chão da cozinha a brincar com as compras e o meu namorado a fazer o jantar.

Ela deu-nos uma folga e até adormeceu sem grandes protestos, ele fez um peito de pato com molho de frutos vermelhos daqui (dedo indicador e polegar a puxar o lóbulo da orelha). Claro que para a Joana Gama isto não seria grande novidade (o marido dela é um cozinheiro de primeira, pelo menos é o que ela diz e a avaliar pela fofice dela, acredito), mas cá em casa, o namorado anda a surpreender-me muito e ultimamente até tem sido ele a fazer o jantar, caso contrário parece-me que morreríamos à fome.

Não quero ser daqueles casalinhos mete-nojo, mas tenho mesmo, mesmo o melhor namorado do mundo!

Menu, como se vos interessasse: folhado de queijo cabra com mel e nozes; patê de pato e cebola roxa caramelizada (isso até fui eu que fiz num instante); o tal do pato com couscous de passas e, para terminar, mousse de oreo com morangos e kiwis.





Tudo maravilhoso. As flores não eram comestíveis, mas achei por bem tirar foto para isto ficar a parecer um daqueles blogues fofinhos.

Agora vamos ao que interessa: alguém para vir cá a casa, LIMPAR A COZINHA?! (sobrou mousse...)

Vou só ali morrer um bocadinho e torcer para que a minha mai nova durma bem esta noite, por favorrrrrrr! Eu prometo que o mau feitio me passa, não se preocupem.

Só me apetece gritar!!!

"Então e como está a correr esse dia dos namorados, Joana?", perguntam vocês imaginariamente, só para eu ter o que escrever. Para já, neste blogue têm de ser mais específicas: Joana só não chega, pela razão óbvia de sermos duas. Esta que vos fala é Paixão Brás, não porque é "bem" assinar com três nomes, mas porque não se consegue livrar do Paixão, a alcunha do ciclo. Entranhou-se.
Onde é que eu ia mesmo? Ah!, na vossa pergunta. Não perguntaram nada? Pelo menos finjam-se interessadas, por favor.

Está a ser espetacular! Não, não está.
Primeiro, tive uma noite daquelas... a desejar cama. E não, não estou a falar de sexo. Dormir, dormir, dormir. Se pudesse dormia agora mas estou armada em finória no cabeleireiro a ler revistas do mês passado e a fazer madeixas. "E ainda te queixas?", indignar-se-ão algumas. Toda a razão, sair porta fora foi um alívio daqueles e o som dos secadores está a ser terapêutico. Já adormeci, de boca aberta. Palavra.
A Isabel anda a dormir pessimamente, devem ser dentes ou o raio. Quando acordou às 07h20, (para mim foi como se nunca me tivesse deitado) levantei-me, dei 4 passos e acordei já no chão. Não sei o que me aconteceu. Felizmente, fui de rabo. A sensação que tive foi a de ter adormecido, mas não sei se isso é possível. Quebra de tensão não me parece porque sempre que tenho, tenho consciência disso e agarro-me à parede ou a algum armário. Desta vez, nada. Só senti quando o meu cóccix me doeu (e não foi pouco).
Estou cansada, muito cansada. A maternidade não são só vestidos cor-de-rosa, quartos com cavalinhos brancos e bonecas de pano, mães e filhos sorridentes. A maternidade também nos lixa muito a cabecinha. A tortura do sono pode transformar-nos na pessoa mais irritante e desequilibrada à face da terra. Tenho pena de mim, até. 
Calma, pessoas que ainda não são mães que seguem o blogue (gabo-vos a paciência de aqui estarem), nem sempre temos vontade de os mandar janela fora. A maior parte do tempo é bom. E compensa. E aqueles clichês todos, que são mesmo verdade. Mas... AAAAAHHHHH! Há dias em que só me apetece gritar! 

Fica o desabafo. Já me sinto melhor. Pelo menos até ver o que me fizeram ao cabelo. Está quase.

Afinal havia outra (#07) - A descoberta

Descobri recentemente que a minha pancinha, proprietária de um carismático pneuzinho desde tenra idade, é lar de um bebé. Estou grávida de 9 semanas! Descobrir foi um episódio engraçado. Eu e o meu marido tínhamos estado 2 semanas em Portugal para o Natal. Ah. Moro em Zurique, esqueci-me de dizer. Um mês antes, pensámos: olha, a partir de agora, quando calhar, calhou? Certo. Teca teca porque assim não nos pressionamos, teca teca porque o destino tem as suas manhas, teca teca porque podemos esquecer-nos de ver se o momento é mais, menos, extremamente, super fértil ou não. E não é que calhou logo? Não tive aquele tempo de espera e de preparação, de pensar ai será que é agora? Será que ainda não é? Quando dei por mim, estava a ver a minha app para o ciclo menstrual e a pensar "um dia de atraso não é nada, toda a gente sabe que o Natal dá nervos nas pessoas e uma pessoa come sempre bastante". Dois dias, três... "oh, isto quanto mais o tempo passa, mais me enervo à espera, por isso é que nada acontece". Comprei um teste. A senhora da caixa olhou para a minha mão à procura da aliança e como a encontrou, sorriu. O que foi estúpido, mas o alemão também soa a estúpido e tenho que viver com isso. Fiz o teste. Apareceu um tracinho. Eu fiquei sem reacção, a pensar como é que o tracinho tinha lá ido parar, para além do facto de o ter afogado num copinho de xixi (sou fina e sem pontaria, ok?). Sorri muito a senti-me idiota. Sorria porque se deve sorrir, e eu sorria, à espera de sentir assim algo mais avassalador. Resolvi que não ia só dizer ao meu marido. Fiz um cartãozinho, aliás dois. Um a dizer "mamã" e outro a dizer "papá". Ele chegou com o carrinho das compras (nesta terra é fashion e prático usar carrinho, não é preciso ter-se mais do que 65 anos) e eu estava sentada na cama. Ele vem ter comigo e entrego-lhe o cartão. Ele abre-o, lê, e diz Ahhhhhh até perder ligeiramente o fôlego. Eu mostro-lhe o meu. E ele riu-se, mas ele ri-se sempre que fica nervoso. E eu desato a chorar e a primeira coisa que lhe digo é "eu estraguei-te a vida, perdoa-me!!!!". Não sei o que me deu, pronto, mas era só nisso em que pensava. Era a minha forma de lhe dizer o quão gosto dele e da ideia de irmos ter um filho. Felizmente ele fala o meu hormonal-language bastante fluente e entendeu. Ficámos imensamente parvinhos. E eu no dia seguinte fui 10 dias para fora em trabalho. 10 dias de reuniões. 10 dias em que estava sem ele, apenas eu e os meus pensamentos, e muito trabalho. Não sabia como digerir isto tudo. Não ia acrescentar um slide extra nas minhas apresentações a dizer "ahh já agora podemos debater isto?...". Passei o tempo todo a tentar descobrir como me sentia. Fisicamente sentia-me igual. Ou seja, não sentia nada. E isso perturbava-me e sentia-me anormal. Sempre achei que se sentia uma epifania cá dentro. Mas não só não sentia nada, como havia bastantes momentos em que me esquecia. Esquecia-me! Quando me voltava a lembrar sentia-me muito culpada. "Se não sou capaz de me lembrar que estou grávida, como é que um dia vou ser mãe de alguém? Se calhar não tenho instinto, o meu avariou-se. Se calhar o meu bebé não vai gostar de mim nunca porque já sabe que eu me esqueci que existia". Fui, voltei. O corpo foi compreensivo e resolveu enviar-me sinais. Pega lá umas mamocas doridas. Pega lá enjoos. Afinal parece que já sinto qualquer coisinha.

Joana Mesquita

a Mãe dá (#07) - Coffrets Mustela

Temos aqui um a Mãe dá muuuuito, muuuito suave e bem cheiroso.
Como já repararam, fazemos parte da família Mustela. São mesmo os nossos produtos preferidos!

Para mim, são tão o cheirinho do bebé que, antes de estar grávida, fui cheirar um Musti (refiro-me à água de colónia da Mustela) a uma loja, às escondidas (porque iria parecer esquisito entrar só para fazer isso) para me sentir mais perto de ser mãe.
Tenho alguns problemas de cabeça, sim, mas estava desejosa de engravidar e as coisas já estavam a levar demasiado tempo, hehe. 
Bom, chega de falar de mim (será que consigo?).

Vamos falar dos coffrets Mustela que temos para oferecer. Temos, para dar: dois coffrets exclusivos da Mustela que vêm com o perfume e com o Musti em azul ou cor-de-rosa.

Olhem aqui a fotografia, que bonitinhos: 

Visto que está aí o Carnaval, achámos que seria giro enviarem fotografias dos vossos bebés com uma máscara de Mustela: um coração na bochecha com creme, uma bolinha no nariz... Mostrem-nos as vossas criaturas para depois, quando divulgarmos os vencedores (que, apesar de serem escolhidos aleatoriamente, não deixam de ter o envio da foto como requisito de participação) termos umas fotografias queridas para mostrar. 



Para participar é preciso:
1) Fazer like na página d'a Mãe é que sabe (mas isso já está, não é?)
2) Partilhar publicamente este link no perfil do Facebook
3) Enviar, por e-mail (amaeequesabeblog@gmail.com), a tal fotografia do vosso bebé "mascarado" com creme na cara, com o assunto MUSTELA, com NOME (do participante e da criança), MORADA e link do Facebook.

Condições:
O vencedor será anunciado dia 21 de Fevereiro, sendo aceites inscrições até às 23h59 min do dia anterior.

Os vencedores serão escolhidos aleatoriamente através de random.org.

Só é válida uma participação por endereço de e-mail.


2.13.2015

Inventam tudo (#08) - Bonecas "reais"

O projecto Tree Change Dolls  é das ideias mais fantásticas que vi nos últimos tempos e está a fazer tanto sucesso que transformou a vida da Sonia, uma mãe australiana. 

Recupera bonecas (Bratz) em segunda mão e abandonadas e transforma-as em meninas, sem toda aquela carga sexualizada a que estamos habituadas: sem maquilhagem, sem lábios com botox, e sem roupas a la Casa dos Segredos.

Se repararem bem, a Sonia não quis tapar por completo os rabiscos de caneta - incorporou-as na boneca, para lhe dar mais personalidade. E porque nós não somos perfeitas.






E estas roupas? Não se aguenta!!! Lindas!

Bonecas de molho, à espera da rehab :)


Toda a história aqui: 


Simplesmente maravilhoso, Sonia! (como se ela um dia fosse ler este post hehe)

Em breve, estarão à venda online. Não são o máximo?!

a Mãe sugere (#01): Autocolantes Ardósia

Acho que isto é giro para as mães mais práticas como eu e para as mães mais pipis com a decoração como a outra Joana. Acho que pode ficar giro no quarto deles com pequenos recados, na cozinha (como é no meu caso), na sala, etc. Juntos de maneira a parecer um quadro grande ou separados. Direitos ou tortos, sei lá.




Comprei isto há alguns anos para pôr na cozinha e para me deixar recados motivacionais. Escrevia coisas como: "Disseste que ias correr, gorda de merd*", "escreve mais stand-up!", "compra bolachas", etc. 

Agora, já que tenho uma vida menos triste, decidi dedicar os quadros à família. Pelo menos até a senhora que me ajuda a passar a ferro me esborratar aquilo tudo com a camisola. Enfim, escrevo outra vez. 

Não acham giro? Acho que dá para matar um pouco aquela "tesaneira" que tinhamos de ir ao quadro quando éramos mais novas e queríamos escrever tudo direitinho. Era só eu? Não, pois não?

Pronto. Dei-me ao trabalho de virar umas quantas páginas num site para ter aqui o link direitinho dos autocolantes. Só porque vos amo. E porque a miúda está a dormir, claro. Senão estaria a borrifar-me para vocês. Com muito carinho, claro.

Está aqui o link. 

Alguém gostou da ideia? Não tenho jeito para estas coisas de decoração, mas sei lá. Pode ser que alguém goste. 

2.12.2015

Todas nós nos passamos com isto ou não?

Simples:


É quando estamos a embalá-los,

eles estão finalmente a adormecer

e temos uma valente comichão no nariz.


É isto.

Bom dia.




Já somos famosas (#04)

Joana Paixão Brás (JPG) - Controla-te um bocadinho, Joana. Pareces uma pita aos saltos. 

Joana Gama (JG) - E sou, mulher! Acho cá uma graça a isto!!!

JPB - A isto de irmos ser entrevistadas para uma revista?

JG - A isso e à palavra marisco. Já viste que não tem nada que ver com aquilo que é? Marisco. Ainda por cima dava um bom nome para um dentista: Dr. Marisco Pires. Não achas? 

JPB - És tão cansativa. Começo a achar que não tiraste uma licença sem vencimento mas sim que o teu local de trabalho quis uma pausa de um ano... 

JG - Vamos ser entrevistadas, pá!! Não é o Alta Definição (a JPB trabalha "lá"), eu sei, mas já é grande cena!

JPB - Grande cena é o meu buço que tenho de ir fazer rapidamente por causa desta brincadeira.

JG - Eu não vou fazer o meu. Por um dia fora de casa? Peço para me tirarem fotografias à sombra. Tu sempre ao sol e eu à sombra. Aquilo dói, pá! Fazer o buço é como dar chapadas a mim própria nas mamas. Dói. 

JPB - E esse cabelo?

JG - Eu sei que parece só um, mas podias fazer o esforço de falar no plural sobre ele. 

JPB - Tu é que devias fazer um esforço para que parecesse o cabelo de uma pessoa normal.

JG - Olha, estou a fazer agora. Gostas? Está melhor?

JPB - Estúpida. Bem, viemos partilhar convosco a boa notícia: vamos ser entrevistadas para uma revista de tiragem nacional e com direito a fotos!

JG - E fotos nossas! Não vão tirar fotos a cedros e pôr a nossa entrevista ao lado, não é bom?

JPB - "Por" já não tem acento.

JG - Não me enerves, menina dos 19 na faculdade e que ficava triste por não ter 20.

JPB - Não tens sopa para ir fazer?

JG - 'Tá, 'miga.

JPB - Recebemos o mail a perguntar se queríamos ser entrevistadas para a tal revista (depois contamos tudo heheh), a JG ligou-me e depois foi isto no WhatsApp:









JPB - No "Viking do Cais do Sodré"... O que eu tenho que aturar!

JG - Óptimo sítio para fotos amorosas, nem sei como ainda não organizaram para lá um "Mercado da Carlota". Perfeito. 

JPB - Joana!!! Não cries inimizades aqui também. Argh. Sou mãe de uma Isabel de 11 meses e de uma Joana de 28...  Estamos a brincar mãe da Carlota, não ligue, não ligue. 

Eu, tu e todas as coisas bonitas que vivemos - SUGESTÃO DIA DOS NAMORADOS

Não sou de achar grande piada ao dia da árvore, ao dia dos afónicos nem ao dia dos namorados. Mas este ano apeteceu-me celebrá-lo. O dos namorados. No nosso dia, ele não estava. Esteve fora, em trabalho, durante quase um mês. E este ano, faz mais sentido do que nunca. Somos três. As coisas bonitas que vivemos mais do que triplicaram.

Quis fugir ao relógio ou à camisa. Procurei uma coisa simples e inesquecível, daquelas que vamos revisitar ano após ano. Um álbum, um álbum especial.

Foi impossível responder a este desafio sem me emocionar: condensar em 45 fotografias todas as coisas bonitas que vivemos. Dei o meu melhor, mas muitas ficaram de fora. No entanto, as mais simbólicas e que arrastam centenas de outros momentos estão cá. O que nos fez rir, a maior aventura das nossas vidas, aquilo que nunca esqueceremos. Fotografias mais estudadas e outras desfocadas, espontâneas. Em seis anos mudámos muito, mas o que nos juntou continua imutável. 

É um agradecimento à pessoa tímida, generosa, de gargalhada fácil e que me faz sentir especial, todos os dias. Um agradecimento a quem me dá tanto e me deu o melhor que a vida me podia ter dado: a Isabel.










 
[Agora é rezar para que ele não veja este post (trabalho ao lado dele, aproveitei uma ausência dele e tirei-lhe o like da nossa página do FB para não receber notificações hehe). Nem que nenhum amiguinho dele estrague a surpresa.
Queria mesmo dar-vos esta ideia, se não souberem o que oferecer. Comprei o álbum numa lojinha no primeiro piso do Saldanha Residence (chamada Tell me a Store), em Lisboa, mas deve haver em mais sítios. Podem levar as fotos numa pen e revelar numa Worten ou Fnac (nunca tinha experimentado e foi um instantinho! Vão a tempo! Boraaaaa!)

Ah! E sim, a minha mesa está toda suja e manchada, mas gosto assim e não me consigo desfazer dela: era da minha querida avó Isabel]

Como é que se enfia o supositório?

Aiiiiiii!!!!!

Odeio quando acho que já estou esclarecida em relação a algo e depois me trocam as voltas!

Afinal, como é que se põe o supositório?

Ponho-lhe sempre com a parte em ogiva primeiro. Achei que assim deve magoar menos, até porque tem a forma de um tampão e eu não ponho a parte grossa do tampão primeiro (senão, o fio ainda me fecundava um óvulo).  Sim, sei que estamos a falar de orifícios diferentes. Não lhe ando a empaturrar o pipi de ben-u-rons.

Desculpem lá a imagem estúpida, mas no Wikihow dizem que é assim: 



Li há há pouco tempo no blog da Caco de Mimo que, afinal, não!

"6 - Os supositórios enfiam-se com a parte mais grossa primeiro;

Passo a explicar o ponto 6: os supositórios são mais finos numa extremidade do que na outra. Eu sempre coloquei a parte mais fina primeiro, mas o correcto é a parte mais grossa, de maneira a que depois custe menos a entrar. Foi uma enfermeira que me disse. Já testei e funciona. Fui mais clara, agora? :-)"

A minha questão é: por que é que isto não vem com livro de instruções, pá? Especialmente se é uma coisa para por no rabo da minha criança, gostaria de saber como é. 

Até está aqui a porcaria da bula para verem como é (que não traz desenhos, se é que me estou a explicar). 

Encontrei depois outro blog E os filhos dos outros que cita literatura científica e ainda traduz e explica (ainda dizem que blogs não são serviço público - não sei quem, mas alguém a de já ter dito isso):
"Encontrei a teoria da introdução invertida do supositório, inclusivamente, defendida por outros enfermeiros. Mas, porque raio as farmacêuticas continuavam fabricar os supositórios tal como os conhecemos? Parte fina e de ponta lisa para a frente que vai ficando mais larga, de forma abrir delicadamente o ânus, seguido de uma diminuição do diâmetro até até um corte súbito. Fui à literatura científica e desfiz o mito.



«Historically suppositories were inserted pointed end first but the publication of one study (Abd-El-Maeboud et al, 1991) changed nursing practice overnight. The authors suggested retention is more easily achieved if suppositories are inserted blunt end first because the squeezing action of the anal sphincter against the apex pushes (sucks) them into the rectum. (...) However, there has been a lack of critical appraisal of this research, which has never been replicated and has the limitations inherent with any small study. The research analysis used simple descriptive statistics, which further brings into question the validity and robustness of the research and the conclusions drawn. (...)In the absence of conclusive evidence to recommend one particular method of suppository insertion, it seems that a common-sense approach is required (Bradshaw and Price, 2006).»



Conclusão: houve gente que acreditou que a porção fina virada para baixo ajudaria a que o supositório fosse mais facilmente 'empurrado' para cima pelo próprio esfíncter anal. Eventualmente faria sentido, quando era o próprio a colocar. De qualquer forma, essa hipótese nunca foi provada, pelo que deve imperar o bom senso. E, para mim, bom senso parece ser colocá-lo como o fabricante preconiza, isto é, como mostra a figura.

"



Um bem haja ao "João Moreira Pinto. Marido, pai, cirurgião pediátrico. Entre casa e o hospital, a ver crescer os meus dois filhos... "(é assim que está descrito no seu blogue) por me ter desfeito esta dúvida sobre como introduzir algo no recto da minha filha. 

2.11.2015

Mania de lhes impingirmos tudo!

- O meu filho é louco pelo Pluto. Mesmo, mesmo fã! 
- Mas tu ainda só estás grávida!

- A Isabelinha é maluca por fofos com folhos cor-de-rosa. Quando lhe visto um fato de treino, chora angustiada!
- Com 10 meses?
- Sim, sim! E já me pede laços na cabeça, não sai de casa sem um!

Mães, sejamos sinceras: nenhum bebé de 3 meses é fã de Pluto nenhum. Nem com 6 meses o é, de livre e espontânea vontade.




Podemos querer muito que o sejam (não percebo muito bem a necessidade) mas temos de admitir que nós é que temos uma grande panca pelos bonecos e os impingimos!

Claro que os influenciamos com os nossos gostos e eles são esponjas, mas por que é que os queremos moldar à nossa imagem e semelhança?

"O meu filho só gosta das fraldas amarelas, com as laranja recusa-se a defecar."
"A minha Mariana só adormece com luz de presença. Tem 3 meses."

Vamos lá a ver: não seremos nós que queremos arranjar explicação para tudo para nos sentirmos mais seguras? Definir-lhes padrões e personalidades conforta-nos mais e dá um sentido a tudo. Queremos sentir que estamos a fazer tudo certo e que eles ficam felizes com as nossas escolhas.

Na altura de decorar o quarto dela, lembrei-me de algo que li em algum lado (ou vi no Querido, Mudei a casa, sei lá): tentem criar um ambiente simples, acolhedor, de cores suaves. Quando eles tiverem gostos e opinião, deixem-nos ser eles a decidir que animais querem ter na parede."

E isto aplica-se um bocadinho a tudo: por enquanto sou eu quem escolhe tudo na vida dela, desde que música ouve, a que roupas veste. Um dia, há-de ser ela. E aí sim, vou poder dizer: "a minha filha é louca pelas princesas da Disney" e "odeia os fofos que eu lhe vestia". Oh não!

*imagem do site We Heart It

Mete medo ao susto!

A expressão dos bebés quando ficam sem luz, quando passam por túneis, mete medo ao susto. hehehe

Eu já me tinha apercebido disto sempre que fechava os estores. Realmente, faz sentido, não faz?

Se querem ver melhor, têm que abrir mais os olhos, óbvio.

Por acaso, em crescidos, fazemos o contrário. Semicerramos os olhos para focar. Porém, esta é a lógica (até em fotografia): para entrar mais luz, tem que se abrir mais ou durante mais tempo.

Ficam tão fofinhos e, ao mesmo tempo, assustadores para caraças!

No prédio onde moro, apesar de há ter pedido há 40 meses para porem luzes novas, o hall antes de se entrar na garagem está completamente às escuras e, por isso, a Irene faz sempre estas caras.

A Joana (a outra) acabou de se lembrar que já me tinha enviado um vídeo da Isabel a fazer o mesmo hehe :) (em Novembro, eishh)

 
               


Também têm videos dos vossos?

Agora fica aqui a compilação de bebés queridos e amorosos mas, de vez em quando, uns que parecem um pé. E sim, a música parece de um filme porno.

Pelo menos, foi o que me disseram. Um abraço.



               

Acabou-se a mama

Foi bom. Foi mau. Foi assim-assim. Foi terrível. Foi das melhores coisas de sempre e chegou ao fim.


Amamentar foi das melhores experiências da minha vida. A primeira vez foi mágica. Assim que puseram a Isabel da minha maca, a minutos de ter nascido, ela soube logo o que fazer. Fomos juntas até ao nosso quarto, unidas. Foi a mamar, timidamente. Os dias que se seguiram foram de preocupação na hora da mama. Adormecia. Molha pé, despe, aperta pé, mexe na orelha, mexe no queixo. O sono falava mais alto. Perdeu algum peso. Ainda no hospital, a médica que lhe deu alta sugeriu suplemento. Tive dúvidas, mas quis confiar em mim, no meu instinto. Não dei. Estava bem, não parecia ter fome. 

Já em casa, a subida do leite. Horrível. Dores e mais dores. Parecia que ia rebentar e ela não dava vazão. Vidrinhos no peito, dores lancinantes quando mamava e antes e depois. Pedia ao pai da Isabel para me apertar um pé com toda a força possível. Só queria deixar de sentir aquelas dores. Podiam ser outras. Aquelas não. Experimentei todas as mezinhas, o saco quente, o banho, a massagem. Depois o saco frio, creme, o próprio leite, a bomba. Fiz de tudo. As dores eram enormes. Ninguém me tinha avisado que podia ser assim. Não sabia. Doeu mais do que o parto. Chorava a dar de mamar. Aquele momento supostamente tão lindo, tão próximo, era um inferno. Mas ia passar. Tinha de passar. Eu só perguntava "isto vai passar, não vai?". "Vai, isso passa", respondiam. Um mês. Um mês inteiro com dores na mama esquerda. Naqueles momentos lembro-me de pensar nas mães que desistiam. Percebi. Percebi tão bem. 

Passou.
Um mês depois, amamentar era bom. Era um momento só nosso, mágico. As dores tinham ficado no passado. Valeu a pena. A satisfação dela a mamar compensava tudo. Finalmente tudo corria bem.

Depois vieram as cólicas a mamar ou o que era aquilo. Contorcia-se, chorava, tinha fome mas causava-lhe dor. Até parecia que ouvia o som do leite que lhe chegava ao estômago. Foi difícil. Tinha de me levantar, tentar distraí-la e lá ia mamando. Malditas cólicas. Passaram as cólicas. Voltou a mamar bem. Mas foi sol de pouca dura.


Biberão. Esse grande "aliado" quando fui trabalhar, no dia em que fez três meses, revelou-se o maior inimigo da amamentação. Deixava leitinho e bebia no biberão. Acontece que se começou a habituar ao facilitismo do biberão, a mama dava muito mais trabalho... Prestes a fazer 4 meses, preferia o biberão. Pedi conselhos, liguei para o SOS Amamentação, pediatra, tudo. As reservas de leite congelado estavam a acabar. Sabia que se não mamasse, dificilmente a bomba iria ajudar tão bem na produção de leite. Comprei suplemento, pelo sim, pelo não. Não queria deixar de ter leite. Não depois de tanto esforço. Não depois de ser o nosso momento. Uns dias a tirar pouco, a tristeza a apoderar-se. Mamava bem durante a noite e de manhã. Às vezes à tarde também. Fiz de tudo. Comecei a conseguir produzir mais leite para ela mamar e para guardar. Dei-lhe algumas vezes suplemento, porque tinha fome e descongelar ia demorar muito tempo. Chorar com fome, não! Queria ouvir aqueles sons de prazer a mamar, qualquer que fosse o leite.
Até que fui à clínica Amamentos pedir ajuda. Tinha ela 4 meses. Melhorou. Ficou a mamar muito melhor. Estava fartinha da bomba, mas continuei a tirar leite mais um mês para a minha ausência. Por ela, tudo. 


Até aos 9 meses mamava de manhã e à noite e ao fim-de-semana sempre que queria.


Aos 9 meses e 3 dias foi a última vez. Ausentei-me um fim-de-semana e quando voltei ela não quis. Não conseguia. Pareceu-nos doente, fomos ao hospital: pneumonia. Internada 5 dias e sempre a recusar a mama. Tentei tirar leite, mas nada de jeito.

Nova consulta com uma especialista, procurei ajuda, comprei uma máquina nova. Banhos com ela, pele com pele, danças, brincadeiras e nada. Não consegui fazer com que ela quisesse mamar de novo.

E esta semana decidi: chegou ao fim a nossa maminha. Foi bom, não me posso esquecer daqueles olhos a olharem bem nos meus, daquele mimo todo, daquela cumplicidade. Foi também mau, mas consegui superar sempre as dificuldades.

Decidi não continuar a tentar, bem comigo e até com um certo alívio porque não vou arrastar mais esta situação. Pus definitivamente um ponto final. Uns dirão que foi cedo, outros que já foi muito bom. Para mim, nem sempre foi bom, foi bom, foi mais ou menos, foi das melhores coisas e já tenho saudades. Pode ser que com um(a) maninho(a) ela queira voltar a mamar, quem sabe? Não me importava mesmo nada. 

Entretanto, e como a amamentação não é tudo, vou continuar a ser tão boa mãe como fui até aqui. E não sou mais nem menos do que quem amamentou 30 meses ou do que quem amamentou apenas um. Nem mais nem menos do que quem odiou e desistiu, nem mais nem menos do que quem teve a melhor das experiências. Amor e cumplicidade entre mãe e filha há-os de várias formas.

 *imagem we heart it

2.10.2015

Jurei nunca bater na minha filha...

... e vou manter. A sério que sim. Claro que não falo de dar uma sapinha na mão. Isso acho que deve ser dado quando necessário.

Porém, a miúda anda a tirar-me do sério. Está naquela fase de atirar tudo da cadeira de alimentação abaixo, mas já há imensos meses. A sério.

E nem é tanto a questão de atirar as coisas para o chão. É que ela atira-as com um desprezo... Nem é atirar, é deixar cair, como se fosse uma princesa e os livrinhos que há 2 segundos a estavam a fazer tão feliz, agora lhe metem nojo.

Juro que o meu instinto é dar-lhe uma lição das boas. Não é bem dar-lhe uma sova, mas sei lá. O problema é que acho que faz parte do desenvolvimento deles, estão a aprender a permanência das coisas quando desaparecem da vista. A minha questão é: aos quase 11 meses também?

Não quero nada seguir aquelas teorias de que os bebés são uns monstros que fazem birras porque isto e aquilo. Ela não está a fazer isto para me testar, pois não? É que eu nem os apanho. Será para quê?

Qualquer dia já não tenho coisas para lhe dar para a mão enquanto ela está a comer - faço isto durante a sopa porque não come muito sofregamente e, com livros, sempre que viro uma página, ela abre a boca (vá-se lá saber porquê). 

Isto tudo porque ainda finco pé em não a por a ver televisão. Para quem não saiba, durante um ano, serei mãe a tempo inteiro e se a habituo a ver televisão acho que os nossos dias pioram de qualidade de convívio num instante, além de lhe piorar o sono, etc. E... "nós" não queremos isso, de certeza! Ou queremos? Ando a ficar cansada de ter que montar uma feira do brinquedo à hora das refeições maiores... grrr. 

Truques? Sem ser tv ou ipads e afins? 

Solário dos pobres

Os pobres também têm direito a solário.

Não gosto de fotografias de bebés a chorar porque sinto sempre que quem tinha a câmara na mão estava a achar piada ao momento e eu nunca consigo, seja por birra ou não.

Agora, fotos a levar com o sol nas trombas?

Adoro!!!

Uma hora pequenina!!!

O caraças!

Quem inventou esta frase ou teve uma experiência como esta (aviso já que este vídeo não é para meninos porque mete um parto num carro! WOW!) ou então tinha os relógios todos avariados.

Não desejem mais isto, pá! Acho que de tanta gente a desejar-me uma hora pequenina, aconteceu um sumatório dessas horas pequeninas todas. Das 13h e tal às 02h48: buaaaaaaaa! Mas lá por terem sido umas quantas horas não me pareceram assim tão extensas. Foi "uma hora grandinha" mas boa e apenas 10 minutos na sala de partos até se dar a desova. 

Portanto, o tamanho não interessa. Das horas, estou a falar das horas, por quem me tomam?


As vossas foram pequeninas? As horas, estou a falar das horas!


2.09.2015

Mães que tudo sabem (#05) - Joana Paixão Brás

Já que andamos a entrevistar mães para o nosso blog, que tal também darmos a atenção devida à nossa betinha aqui do pedaço? Também é mãe, também "sabe tudo", ela é: Joana Paixão Brás!!

Aplausos moderados, sff, que isto não é uma tasca, senão não estava cá a Joana. A outra, claro.



1) Já disseste várias vezes que gostavas de ter "para aí uns 8 filhos". Agora que a Isabel tem quase 11 meses, manténs ou ganhaste cabecinha?

Hahaha mantenho, porque está no terreno do sonho. 8 não, credo!, 4 adoraria. Mas acho que vou ficar pelos três. Ou pelos dois, quando chegar aos dois e achar que estava era maluquinha de ter pensado em quatro.

2) Tu és muito visual, sonhas muito acordada, muitas vezes estipulas objectivos com aquilo que consegues pintar na tua cabeça (salvo seja, não literalmente que não és indígena). A maternidade está a ser tal qual imaginaste?

Está, está a ser melhor até. Era mesmo isto que eu queria, uma bebé calminha que me faz rir muito, um pai e namorado muito presente, um amor sem fim... e vou parar por aqui porque senão isto fica lamechas.




3) Que cuidados tiveste/estás a ter com a Isabel que o irmãozinho ou irmãzinha dela já não deve ter direito por já teres mais "andamento" nisto da maternidade?

Sinceramente, acho que já não vou estar a ler este mundo e o outro de cada vez que o irmãozinho der um pum. Vou confiar mais em mim. Talvez não tenha tanta preocupação em não o deixar ver TV. E muito provavelmente vai de boiões com mais facilidade quando tivermos de sair e pronto. Ah! E as fotografias e os vídeos... talvez não tenha tempo para fazer tantos e queira aproveitar estar mais com eles em vez de estar sempre atrás da lente.

4) O que te faz querer ser mãe tantas vezes? É para teres mais gente ainda a gostar de ti? É para poderes vestir todos com jardineiras da Osh Kosh de igual e tirar fotos? É porque gostas de uma casa cheia? Se for a última, podes sempre morar num atelier que, assim, já fica cheia só com a Isabel.

Hahaha É só para fazer fotografias em escadinha, com eles todos de gola e meias até ao joelho, claro. Estou a gozar. Sempre quis ter muitos filhos porque acho que os irmãos são mesmo o melhor que podemos dar aos nossos filhos, os maiores companheiros (aproveito para mandar um beijo grande ao meu), adoro famílias grandes e unidas, confusão q.b. à mesa, a fazerem teatros para a família no Natal, miúdos a brincarem e a partilharem e, claro, a meterem a mesa e a ajudarem. Lá estou eu a ser romântica e visual.




5) E tu como mãe? Surpreendeste-te contigo de alguma forma?

Eu sempre achei que teria jeito para ser mãe e quero acreditar que sou e vou ser uma boa mãe. Só me surpreendi com o bom humor com que às vezes fico depois de uma má noite. Sempre adorei e precisei de dormir, mas não é que fico mesmo feliz por ela existir e não me apetece mete-la num caixote do lixo?

6) O que é que a Isabel te tem ensinado? Sim, que não são só eles a aprender...

Tem-me ensinado a ser mais organizada, a gerir melhor a minha vida, a ser menos perfeccionista em algumas coisas e mais prática e, claro, dar mais importância ao que a tem e a fazer escolhas, a não querer ir a todas, a não fazer fretes. A respirar fundo, a tentar ter calma. Não vou sequer falar do amor incondicional que nunca antes tinha sentido e de ela me ter ajudado e ensinado a ser mãe. Ah, já falei.




7) És uma mãe muito activa. Gostas imenso de sair para passear, estar com os amigos, de vida louca, citando Fanny. Tem sido difícil para ti moderar? Ou não tens moderado de todo? Sentes falta da tua vida dantes?

Tenho moderado, combino muito menos saídas, já não consigo (nem quero) ir a tantos aniversários nem jantares, mas de vez em quando sabe-me bem! Vou-me revezando com o pai dela porque acho que nos faz falta estar com amigos, longe dos compromissos e da rotina. Mas muito pontualmente, só para manter a sanidade mental. Tento combinar mais lanches onde possa ir com a Isabel e combinamos almoços ou jantares em casa uns dos outros, para ela poder dormir as sestas dela. Ah! E já sabem que eu não tenho horas de chegada, é quando a princesa acordar das sestas! Disso não abdico.

Não sinto falta da minha vida anterior porque adoro esta e acho que consegui encontrar um equilíbrio, deixo-a com a avó para ir ao cinema uma vez por mês e já a deixei um fim-de-semana para ir passear a dois e soube-nos muito bem. Mais tempo que esse por enquanto não consigo, nem quero. Incrível como isto está tão bem feito que essas coisas deixam de ser importantes e passamos a gostar mais de outro tipo de programas e passeios a três.

8) Muito do que és enquanto mãe foi por teres sentido tanta coisa boa da tua ou estás em freestyle e, por acaso, sai-te tudo bem?

Muito do que sou se deve à minha mãe. Queria tentar fugir ao discurso dos Óscares, mas é difícil, porque acho mesmo que o facto de ter sido tão amada e tão estimulada, de terem brincado tanto comigo e me ensinado valores tão importantes (tanto a minha mãe como o meu pai - um beijinho PAI!), me ajudou a ter auto-estima, ambição, mas também a ser abnegada. Gosto de pensar que sou assim, como mulher e como mãe, por causa deles. Agora, não acho que seja condição para se ser uma boa mãe. Felizmente muitas mães dedicadas e ternas não tiveram o melhor dos exemplos, mas aprenderam o que não fazer.



9) Em que tarefa de mãe não és nada boa? Ou, vá, menos boa porque "a mãe é que sabe".

Não sou boa a gerir o frigorífico e a planear as refeições e acho que acabo por pôr a miúda a comer a mesma sopa durante uma semana (ou quase, porque alterno com outra, mas deve ser um enjoo, pobrezinha). Não devia estar tanto tempo no telemóvel e aproveitá-la mais. Devia ser mais organizada, mas acho que estou a melhorar.

10) És mãe há praticamente um ano. O melhor ano de sempre? Ou, médio, porque agora é que vem aí a parte mais gira da Isabel?

Todas as partes são giras: a gravidez (adorei), o nascimento (tive um parto maravilhoso!), os primeiros minutos, dar mama pela primeira vez e ficarmos juntinhas, os esgares a dormir, os primeiros tudo (banho, roupinha, papa, gatinhar, dente...) mas vê-la agora a fazer porcaria, a provocar-nos gargalhadas, a dançar, a tentar falar e andar é uma maravilha! Não sei se pode ser melhor, será que pode? Há mães que me dizem que é sempre a melhorar, mas este para mim foi o melhor ano de sempre! Para o ano serão os melhores dois anos de sempre e por aí em diante.




11) a Mãe é que sabe?

Agora tenho de dizer que sim para não estragar todo o conceito do blogue, mas acho que o pai também sabe, se quiser saber. Agora, que temos um instinto de leoas único e que somos nós a ter a palavra final, não me lixem, é que somos mesmo! HAHAHA (riso tipo Cruela).



Creche? Sim, mas quando?

Acredito que a Joana Gama esteja já a ensinar o abecedário à Irene, não vá a miúda ficar menos esperta que a Isabel. Tudo porque leu este artigo do Público "Creche: Quanto mais cedo melhor?" e deve estar a panicar já.
Joana, está lá?

JG - Hello! How are you? Desculpa, enganei-me. É que agora só falo em inglês com a Irene e troquei o livro do Bolinhas pelo de Física Quântica. 

JPB - O primeiro ou o segundo volume? Lá no infantário da Isabel já vão no segundo, apressa-te!


Este seria o diálogo entre nós, caso o tivessemos. A verdade é que nenhuma das duas está muito preocupada com o tema, porque somos mais da teoria do "deixá-los crescer ao ritmo deles", com carinho, amor e com estímulos, claro. Então para que é que estás a escrever este post, sua estúpida? Porque até tenho algo a dizer.

A Isabel foi, por necessidade, para a creche com 5 meses e meio. Custou-me, achei cedo. Neste momento, já me habituei à ideia e acho que está muito bem entregue. Preocupava-me a ideia do depositório de crianças e que os bebés fossem tratados "de forma estritamente funcional - mudar a fralda, dar a papa ou o biberão - e o cuidador não estabelecesse laços afectivos com ele", de que o texto fala. Preocupavam-me as doenças contantes.

Agora vejo que está bem entregue e que tem um vínculo grande com as cuidadoras. Vejo que a estimulam e brincam com ela, que cuidam dela. Lá começou a gatinhar, a explorar e a ter contacto com os outros miúdos.

Mas sinceramente? Acho os três anos uma idade óptima para ir para a creche e tenho vários exemplos à minha volta que me dizem que as crianças podem ser tão ou mais espertas que as outras, caso tenham à sua disposição carinho, amor, brincadeiras. Nesses casos, as mães/ avós/ cuidadoras, podem tentar arranjar umas actividades com mais miúdos, algumas vezes por semana, para a tal socialização.


Creche? Sim, em caso de necessidade. Quando? Acho que nunca (muito) depois dos 3 anos.

E vocês, o que acham?

Fiz caca.


Isto era, se bem me lembro, chalotas (achava que eram cebolas, mas não, são primas), aipo e... qualquer outra coisa.

Queria que ficasse tudo muito bem cozinhado para a Irene e parece que consegui.

Ela, por acaso, adorou! Como é que é possível?



A sério? Acharam mesmo que tinha dado isto à miúda? Numa de "não se deita comida fora"? ;)

A bolonhesa de que vos falei tinha corrido tão bem que fiquei cheia de moral e aventurei-me... 

Porque é que os dotes de dona de casa não vêm com com o parto também?

Aposto que vocês são todas perfeitas e daquelas que fazem as bolachinhas de gengibre para dar às educadoras e ainda aproveitam e fazem uns lacinhos!

Se vocês não existissem eu não me esforçava tanto e espetava uma lasanha do Lidl à miúda!

Estou a brincar, pessoas da assistência social que possam estar a ler isto. Não me levem a Irene. A não ser quando ela está birrenta. Aí podiam ir passeá-la algures.