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12.29.2014

Larguem-me o puto, pá!

Epá, mas porquê? Porquê? Se somos portugueses, por que é que gostamos de ver tudo "à espanhola"? 

Até quando temos alguma amiga com maminhas novas  temos vontade de ir lá mexer (às vezes nem temos, mas elas parece que querem muito que se mexa), mas aí não tem mal. Pode ser só um bocadinho pouco católico e talvez um prazer enorme para algum ser (daqueles que demoram uma eternidade na casa de banho a fazer o número dois) que acidentalmente passe por lá, já que acabou de ouvir a palavra "mamas". 



Vamos lá a ver se a gente se entende e isto é válido para familiares "mais afastados", conhecidos, estranhos, velhotas queridas, outras mães, etc: 

LARGUEM-ME O PUTO, PÁ!

  • Já sei que o meu filho é muito lindo ou muito querido, mas ficava bem melhor se não lhe enfiasses as patinhas cheias de tabaco em cima. Se não é tabaco, pode ser de uma chamuça que tenhas comido minutos antes. Não mexe!
  • Já sabemos que ele tem umas pernas muito gordinhas ou fofinhas, não é preciso ir lá mexer. Creio que ninguém gosta que se lhe faça o mesmo. Além de dizer que a outra pessoa está gorda, ainda vai para lá amarfanhar a carne, sem a conhecer de lado nenhum, mas o que é isto? Cheira-me a assédio. Larga, pá!
  • O bebé não sofre de miopia, podes falar um bocadinho mais longe da boca dele ou vais dar-lhe um linguado? Fala fora do carrinho, ele ouve-te. E mesmo que não te oiça, também não faz assim tanta indiferença. Por que é que não vais falar tão de perto para cima de um bonsai? Seria óptimo para o regar devagarinho. 
  • És cabeleireiro? Então para de tentar pentear o meu filho. Primeiro, estás a violar a sua aparência individual, estás a pô-lo penteadinho como os outros. E, depois, gostarias que alguém bem mais velho que tu que não conhecesses, te acachapasse os cabelos no escalpe? 
  • Estás doente? Por que é que estás a falar comigo? Por que é que estás no mesmo elevador que eu se viste que eu tenho um bebé no carrinho? A tua ideia é que pareces menos doente se pegares a toda a gente? 
  • A sério? É giro pegar em bebés que mal conheces ao colo? Tens uma tendência pequenina para o rapto? Não? É que é isso que alguns bebés podem sentir. Tira-os do colo da mãe porque te apetece ter um no teu, se ele gosta ou não, é indiferente, não é? Há que pedir à mãe se pode ir ao colo. Até eles terem uns 30 anos, somos nós quem sabe em que colos (do útero) andam metidos (literalmente, no caso dos rapazes) ou em que colos se andam a sentar (no caso das raparigas). Eles sentem-se bem ao pé das pessoas que conhecem. Seria giro tirarem-te da cama e porem-te no meio de uma palestra sobre fenícios sem te perguntarem nada? Seria desconfortável, triste e imbecil. Pois. Está dito. 
O melhor é largar. Só se faz com os bebés o que se tem confiança para fazer com os pais. 


Qualquer noção de que possa ser misofóbica ou hipocondríaca está assustadoramente perto da verdade, mas só desde que fui mãe. 

*imagem do site We Heart it. 

12.23.2014

A arte de mudar fraldas a dormir.

Claro que o título se refere a quando os bebés estão a dormir e não nós. Nós sabemos perfeitamente como mudar fraldas a dormir, basta que lhes tentemos mudar uma fralda às 2h da manhã ou às 5h ou... 

Aqui entre nós, só vou à parte "deixa ver se é a fralda", depois de já ter experimentando tudo o resto. É muito arriscado, durante a noite, estar a mexer-lhes muito, estar a por-lhes a fralda e eles com as pernas ao léu. É um pânico terrível.

Senão vejamos aqui os nossos principais inimigos

  • Luz. Parece que não há uma luz indicada para que consigamos ver bem o que estamos a ver e que não os desperte. Vou pegar na venda que temos ali no quarto e pô-la na Irene. O quê? Eu disse que temos uma venda no quarto? Ah. É porque o estore está estragado e eu não consigo dormir com luz (serviu?). 
  • Frio. Quanto mais frio, mais enchouriçado está o bebé, mais roupa temos que despir e mais briol apanha quando tem as pernas cá fora. Se, ao menos, houvesse uma maneira de por uma espécie de tubo na fralda, aspirar e não ter que os despir... Hã? Óptimas ideias aqui para vocês. Se me aparecem no Shark Tank com isto, dou-vos uma murraça.



Ora aqui vão (e de graça) algumas dicas que eu cá aprendi por sentir que estou sempre num campo minado, quando lhe mudo a fralda à noite (evitei ao máximo mudar-lhe fraldas durante a noite, sob aquela máxima do "mas na caixa diz que aguenta até 12 horas", a questão é que há mesmo uma altura em que se torna inevitável, por muito que tentemos negar e, acreditem, tentei): 

  • Mudar a fralda na cama. Ter tudo à mão, claro. Não nos podemos dar ao luxo de, ainda por cima, termos que mudar os lençóis por ficarem sujos. Temos de ser rápidas como os chefs quando cortam vegetais daquela maneira sexy. Os especialistas dizem que o caldo está entornado (para voltarem a adormecer) se os pegarmos ao colo, por isso, visto que dá para mudar a fralda na cama...
  • Não usar babygrows armados em finos. Quanto mais práticos forem os babygrows, melhor. Se forem daqueles com molinhas no rabo, é complicado porque temos de os virar do avesso para por as pernas de fora.  Pijamas. Os pijamas são nossos amigos. É só baixar as calças e já está. Estou há meia hora para pegar na última frase ("É só baixar as calças e já está) e acrescentar-lhe a seguir: "mais ou menos como comer a - inserir nome de porca famosa aqui -", mas não tenho coragem. Até tenho, mas um dia, sei lá, posso vir a trabalhar com elas, sei lá. Pronto. Fica Elsa Raposo.
  • Tirar o bolo e pronto.  Temos de pensar que eles já têm muita sorte em que estejamos a arriscar a nossa vida (noite) em lhes estarmos a mudar a fralda. Por isso, não hão de falecer se retirarmos só o "bolo" e trocarmos a fralda (por "bolo", entendam "cocó", acho que mais vale explicar do que acharem que guardo um mil folhas nas fraldas da Irene). Sinto sempre que ela desperta com o facto das toalhitas estarem frias. Eu sei que existem aquecedores de toalhitas, mas por favor, já comprei um aquecedor de biberões à parva, já chega. 
  • Guardar a fralda suja no dia seguinte. Se tiverem um cesto do lixo com tampa no quarto, não arrisquem. Enrolem a fralda e arrumem-na de manhã. Ninguém falece por ficar ali encostada a um canto (desde que fechada). Quanto menos barulho, melhor.
  • Tentar não ter as mãos muito frias. Eu berraria se, a meio da noite, me passassem uma posta de pescada congelada nas pernas. Deve ser isso que eles sentem.
  • Fazer tudo com o mínimo de luz possível, se chegar a luz do despertador do quarto do bebé ou da luz de presença, melhor.  Eu sigo-me pela luz do intercomunicador (que só usamos durante o dia), nem preciso de mais nenhuma. 
  • Por-lhes o dou-dou (aqueles bonecos para dormir, tipo umas fraldas com cabeças de bonecos) nos olhos. Se não conseguirem fazer tudo quase às escuras, experimentem por-lhes o coelhinho ou o boneco com o qual eles dormem, em cima dos olhos. Pode ser que adormeçam outra vez ou, pelo menos, ganham tempo em que eles não estão a levar com a luz nas trombas e tentam ser supersónicas a mudar-lhes a fralda. 
Fica aqui tudo o que aprendi na arte de mudar fraldas à noite nos últimos nove meses. Temos de ser umas para as outras! Depois digam que se funcionou ou se "rebentou a bolha"

Querem que a primeira palavra seja mamã?

Adoramos que os pais se dediquem aos bebés, adoramos que se adorem mas, por dentro, ai dos nossos filhos que não digam primeiro "mamã". 

Estou convosco, mães cujos filhos, depois de tanto mês a depender só e somente da mamã, são ingratos ao ponto de começarem a balbuciar primeiro um "papá" ou, pior, "papapapapapapapapa". Que dor. É aqui que, mais uma vez, a nossa capacidade de representação é posta à prova: 

"Oh meu amor, que querido! Fico tão contente que a primeira palavra dela seja papá. É mesmo comovente, olha para mim a chorar e tudo, amo-vos tanto." - lágrimas caem, mas de nervos e por estar a fazer um esforço enorme para não enfiar os dedos com uma camada de gelinho antiga nas pálpebras do pai





Truques para que o bebé aprenda primeiro a dizer o que interessa (mamã, portanto): 

  • Assim que consigamos perceber que gostam de nos ouvir cantar (ou a tentar cantar), cantarmos todos os dias durante meia hora a música "Mamã, eu quero" sempre no máximo da nossa expressividade e, se possível, com coreografia a acompanhar. É cansativo? É. Ouvir "papá" primeiro, depois de termos feito com que aquele perímetro cefálico saísse do nosso perímetro vaginal também. 
  • Sempre que o pai apareça ou fale com o bebé, referirmo-nos a ele como o "eutdgihfkjn". "Olha, quem é ele, é o uridfjksx, gostas do gruekjdf"? Sim, é intencional ir variando. Se a miúda nunca ouvir a palavra papá e, se o nome do pai for super complexo e for mudando, estamos a ganhar território à grande. Vale tudo, meninas. Vale tudo. 
  • Quando desconfiarem que o bebé tem fome, provoquem-no dizendo (no tom mais agudo possível, vocês sabem como é) "quer maminhas? quer maminhas?" e depois dêem-lhe de mamar. Se possível, acompanhem esta provocação sonora com o por mesmo os seios de fora. Assim, o bebé começa a associar o som "mam...mam..." a coisas que ele gosta e/ou precisa e/ou o consolam. O pai agradece mais uma oportunidade para nos ver as nossas chuchinhas (ou então, como o meu, diz que, para ele, já nem são mamas porque está farto de as ver).


Nota: Não garanto resultados, mas garanto que tentar obtê-los assim é divertido. Nem que seja para mim, deste lado, a imaginar-vos a fazer isto tudo ao mesmo tempo e com as mamas de fora. ;)

12.19.2014

Top 5 de coisinhas para os nossos coisinhos passarem a ter/fazer

Não era óptimo que os paizinhos das nossas criaturas reunissem um determinado conjunto de características que nós cá sabemos? Era tão bom. Não vou falar de abdominais e isso, até porque nunca soube o que são, sou mais redondinha que uma bola de matraquilhos. 

Ah! E é assim, suas sacanas, se me vêm dizer que os vossos maridos são perfeitos e que não sentem nada disto, leva cada uma com uma belinha e não me refiro à apresentadora da TVI, refiro-me mesmo a um calduço, mas na testa. 

Top 5 de coisinhas que os nossos coisinhos podiam passar a ter/fazer: 

5 - "Ela parece ter cocó, amor" - Pronto. Até aqui eles chegam. São capazes de avisar que o filho tem o rabo com estuque de ex-bolo alimentar enquanto o está a segurar como se fosse um estendal com uma camisa pendurada. Em vez de, depois ficarem a olhar para nós, que tal se tentarem chegar à parte útil da questão? Fica aqui a sugestão: "Ela parece ter cocó, amor. Sabes o que vou fazer? Não, não vou voltar a pousá-la no parque para o cocó ficar tão espapassado que quase que volta para o duodeno. Vou sim, mudar a fralda espontaneamente".

4 - "Olha, acordou!" - A sério? Vocês acham mesmo que ouvem que os miúdos acordam primeiro que nós? Só se estivermos no estado actual do Walt Disney e, mesmo assim, duvido. (In)felizmente ser mãe é ficar com uma ligação tipo apito de cães e cães, só que com os miúdos. Uma pequena sugestão que, lá está, passa pelo mesmo: e que tal levantares esse esfíncter do sofá e seres tu a ir buscar a catraia?

3 - "Acho que ela tem fome!" - Se não for hora de sacar da tetinha para fora (tetinha da mãe, claro, se fosse a do pai, a miúda era capaz de ficar baralhada, apesar de achar que a Irene, com a gana que tem para comer, tanto lhe faria) e se a bebé tem fome... Olha e não é que o frigorífico está à mesma distância dos dois? E não é que o microondas não se arma em esquisito se fores lá tu a por a sopa a aquecer? Experimenta lá, só para ver o que acontece! Ah! Não posso, aqueceu na mesma!

2 - "Não queres sair com as tuas amigas que eu fico a tomar conta dela? Estou cheio de vontade!" Hmmm... Só de escrever isto, senti o mesmo que quando estava a ver o filme "A Vida de Pi". Isto é só impossível de acontecer e só alguém com muito ácido na testa é que imaginaria isto. Era giro que não tivéssemos de ser nós a pedir, não era? A verdade é que, se calhar, também não lhes dizemos isto, não é? Eles partem do princípio que... podem sempre

1 - "Está bem, eu falo sobre isso com a minha mãe, não precisas de ser tu!". As sogras de vez em quando fazem das suas e é delicado para nós falarmos com elas (a minha não, a minha é uma fofa... não vá ela arranjar internet ;)). Se os filhinhos delas ganhassem uns mm de saco escrotal e fossem falar com elas? Sem dizerem que foram a nosso mando, não era giro? "Acho mesmo que devias parar de dar Toblerone à Irene se ela só tem 3 meses, mãe". Será assim tão complicado?

Mais uma vez: se têm maridinhos perfeitos, não apregoem por aqui porque, há cabras em todo o lado! Estou a brincar... 

Estou? 

Estou! 

Quem fala? 

12.01.2014

Glossário de roupas betas

Não é novidade nenhuma que as roupas betas para criança estão na moda.
Eu confesso: adoro ver a Isabel de folhinhos, rendinhas, meias até ao joelho, laçarotes, mas atenção, convém serem usados de forma comedida, o que às vezes é difícil. Apetece enchê-las de folharecos e frufrus e elas às vezes ficam a parecer um embrulho de Natal, com laços maiores que as cabeças, pobrezinhas.

Mas, regra geral, gosto, dá um bom ar, acho que os miúdos ficam com um ar querido. Gosto pouco de ver os miúdos de fatos de treino do Mickey e de ver as miúdas de 3 anos com casacos leopardo, blusas com brilhantes e saltos altos. Acho que há tempo para tudo e enquanto eles não nos pedirem essas bonecadas e enquanto elas não quiserem parecer stripers é usar e abusar de roupinhas clássicas, românticas e fofinhas.

Mas vamos lá ver se nos entendemos. Dá para pararem de inventar nomes para as roupas betas? (pronto, vão-me responder que já existem há séculos e que ninguém está a inventar nada. Mas não dá para simplicar?)

"Ora a baby M. (ainda não percebi por que razão, mas as mães betas referem-se aos bebés betos só com uma letra. Pensando bem, deve ser para abreviar o nome completo Maria do Carmo de Santa Isabel Arriaga Almeida e Pires de Sousa) tem vestido um chambre de cambraia com gola de renda rosa e uns bloomers em bombazine com pintas cinzentas e folho na parte de trás." 
Oi???

"O baby A. tem um fofo em piquet com uma golinha debruada a azul."  
Tem o quê?!
Para as grávidas, para os pais e para as pseudo-betas - que é o meu caso - cá está o glossário das roupas pipis. Escusam de me agradecer.

Carneiras
Não se exaltem, não vos estou a chamar nomes. São mesmo uns sapatinhos betos com uma palas de franjinhas. (A Isabel tem umas, óbvio.)
Pé de Pato
Chambre 
No fundo, no fundo é uma camisa, normalmente de golinha (corrijam-me mães betas mais experientes, please!)
Ma Petite Pricesse
Cueiro
Peça que se usa nos primeiros tempos do bebé. Vestido comprido, até aos pés, muito fácil de vestir, porque, normalmente, tem abertura atrás.
Bloomers
Se pensarmos bem, podiam chamar-se simplesmente calções, mas para quê facilitar? Ou ceroulas, mas isso não seria um nome nada chique.
Ma Petite Princesse
Fofo 
A primeira vez que ouvimos o pai da criança a usar este termo correctamente é toda uma emoção.
Ora um fofo é um macacão a acabar no rabo, ou melhor, um vestido que fecha nas pernas, fazendo normalmente um efeito balão.
Tilly
Golas 
"Que fácil, isso toda a gente sabe, são as golas altas, para o inverno". Não, não são, caros ignorantes de roupa infantil beta. São aquelas golas de meio metro com debruados e rendas ou folhos, tudo à volta dos pescocinhos das crianças. Quando maiores, melhor. 
Maria Gorda












Qualquer semelhança com esta é pura coincidência:

 

Piquet (ou piqué)
Não confundir com piquete - c'horror! - nem com o giraço do (Gerard) Piqué. 
É um tecido que mistura algodão e poliéster com umas "microcovinhas" em forma de losango. Cá está um cueiro (ó p'ra vocês a usarem já a nomenclatura beta) em piquet:
Coobie
Tapa-fraldas
Simplifiquemos, são umas cuecas. Mas umas cuecas especiais, com folhinho, com laçarote, com frufrus. Pode usar-se por cima de um body e ficam a ver-se os refegos todos das perninhas que é uma maravilha. Se a um tapa-fraldas juntarem umas meias até ao joelho com laçarotes ou pompons, os vossos filhos ficam uns betos de primeira. E talvez rapem algum frio, mas isso é acessório.
Wedoble
[a Isabel tem um igualzinho e fica um amor]

Touca
Não, não é a touca para a piscina. É um gorro betinho, que eu adoro:
Patachoka
Mas se formos a ver bem, o que é que nos faz lembrar? As toucas dos amish!


Faltou-me alguma peça must-have (decorem esta expressão porque têm de a usar SEMPRE)?
Falta algo para completar estes kits (apontem esta, que também é imprescindível) neste glossário de roupas betas?


11.23.2014

8 coisas nojentas que as mães fazem

A maioria das mulheres é muito sensível às nojices do dia a dia. Mas parece que isso muda como que magicamente quando se tornam mães. Ainda que seja só com as nojices dos seus filhos. O resto fica tudo igual. Ai uma poça de lama, que nojo! Ai um peixe cru, que nojo! Ai um pudim de ovos, que nojo!

Fica aqui uma lista de algumas das coisas que o comum mortal acharia nojentésimo (não necessariamente por esta ordem, já que os graus de nojo variam muito de pessoa para pessoa - embora para as mães possam estar todos mais ou menos equiparados):

#8. Cheirar o rabo dos bebés: Não é porque tenhamos saudades do cheirinho a bebé, é só mesmo para confirmar se tem cocó, para podermos tomar as devidas diligências (igualmente nojentas) e limpar o dito cujo;

#7. Comer os restos da comida do bebé: Esta não só não é muito nojenta, como é extremamente prática, já que raramente nos lembramos de nos alimentar;

#6. Lavar as chuchas na boca: Caiu ao chão? O bebé está a berrar? Não há água potável nas proximidades? Então siga! Se for só porque sim também é válido;

#5. Andar cheia de nódoas: Sejam de bolsado, vomitado, ranho ou mesmo baba, quando não nos apercebemos a tempo de mudar de roupa, as nódoas são como cicatrizes de guerra que exibimos orgulhosamente! A não ser que sejam do molho do bife do almoço. Aí já é vergonhoso;

#4. Limpar macacos do nariz e remelas com a ponta dos dedos: Sim, macacos. Daqueles pegajosos e que parece que, por mais que os puxemos, não acabam nunca. E que vêm com ranho. O ranho é o fio condutor, claro, tal e qual um mágico a tirar lenços da cartola. Só que esta versão é mais monocromática, a roçar os tons de verde e amarelo;

#3. Ir à casa de banho com o bebé ao colo: Às vezes tem de ser. E o que tem de ser tem muita força, não é o que se costuma dizer? Antes isso que fazer pelas calças abaixo;

#2. Usar a unha do mindinho para tirar coisas dos orifícios: Seja para tirar cera das partes visíveis da orelha ou cotão do umbigo, a unha do mindinho é um instrumento extremamente versátil! Agora compreendo porque há homens que têm essa unha tão comprida! Blergh! Acabei de ter uma visão... Ok, vamos ficar-nos pelas nojices dos bebés, que são bem-vindas. Tudo o resto é nojento!;

#1. Apanhar vomitado e bolsado com as mãos: Esta nojice mostra também como os reflexos maternos são algo de sobrenatural. Não só não sabemos muito bem como é que conseguimos ser tão rápidas para apanhar vomitado, mas muitas vezes, depois, não compreendemos porque o fizémos. Afinal, ficou tudo sujo na mesma!;

Quem é que nunca usufruiu de um momento nojento destes com os seus filhos? Pois já usufruí de todos! Sem achar propriamente nojento. Pelo menos na altura. E com muito orgulho!

Se continuo a achar os caracóis nojentos? Pois...

11.18.2014

Os 7 Mitos (mais estúpidos) da Maternidade

"Se beberes água fria enquanto amamentas, o bebé constipa-se". Pois, está claro.
"O bebé está com cólicas? O teu leite deve ser muito gordo". É, se agitar faço chantilly.
"A bebé tem de sair da maternidade com uma peça de roupa vermelha, para dar sorte". Hã, hã.

Qual o mito mais estúpido? Venha o diabo e escolha. A partir do momento em que se engravida, várias são as crendices que as tias-avós, vizinhas no elevador ou colegas do escritório nos fazem chegar. Muitas vezes temos mesmo de fazer um esforço sobrenatural para não chorar a rir. 

Compilamos aqui os 7 Mitos (mais estúpidos) da Maternidade
(podiam ser 10, mas dentro de 15 minutos a Isabel deve estar a acordar esfomeada)


1. Sexo durante a gravidez faz mal

Ui, como isso vai... a desculpa da dor de cabeça já não chega? Salvo os casos em que a gravidez é de risco e o obstetra desaconselha, sexo faz bem e recomenda-se, de preferência com o pai da criança.

2. As meninas roubam a beleza às mães

Olha que coisa tão bonita de se dizer a uma grávida e, ainda para mais, já com as hormonas todas descontroladas. É mesmo o incentivo que uma mulher com pata de elefante e com mais 15 quilos no bucho precisa. Adoro este espírito solidário. Temos de ser "umas p'as'outras".

3. Estou grávida, nada de exercício

Pois, pois, é a desculpa perfeita para não mexer uma palha, comprar um balde de nuggets e ficar na engorda a comer por dois e a fazer zapping. Se forem acompanhadas por profissionais especializados e se os vossos médicos não se opuserem, é pôr esse tutu a mexer!

4. Barriga empinada é menino, achatada é menina

Leram isso onde? Na Reader's Digest de 1922? Pois que essa relação não tem ponta por onde se lhe pegue (e aqui está pelo menos uma mãe para o comprovar. Mais alguém desse lado?)

5. Tens azia, então o bebé vai nascer cabeludo

Isso explica muita coisa... o David Luiz já revelou, inclusivé, que a mãe teve azia mesmo antes de estar grávida. Já a mãe do Nicholas Cage teve tanta azia como o filho tem bom gosto para aceitar papéis.
(Não tive azia e a Isabel nasceu mais peluda que o Tony Ramos e com um cabelo de fazer inveja ao Nuno Graciano).

6. Nunca estender a roupa do bebé à luz da Lua porque o bebé fica doente.

Lá por influenciar as marés, quer dizer que a Lua tem superpoderes para afectar os têxteis da Zara? Que mais faz a Lua? Atira búzios? Dá worshops de kizomba na Rinchoa? 

7. Se os desejos da grávida não forem correspondidos, a criança pode nascer com a "marca do desejo"

Isto significa exactamente o quê? Que o bebé nasce com um sinal em forma de brownie na bochecha? Com uma meia-laranja desenhada na nádega? Óbvio que isto foi inventado por uma mãe para chantagear o pai.

Que outros mitos vos fazem ficar de pêlos eriçados ou agarradas à barriga de tanto rir?

11.16.2014

5 dicas para recusar sexo como uma mãe.

A autoria da frase "a melhor coisa do mundo são as crianças" é de uma mulher. É a de uma recém-mãe que se apercebeu que acabou de ganhar mais umas quantas desculpas para dizer que não ao sexo. 

Eles já descobriram a da dor de cabeça por esta altura, por isso há que inovar. 


5) Co-sleeping

Somos umas queridas, não somos? Diz-se que o mais natural é dormir-se acompanhado e que os bebés se sentem mais seguros  (e nós também) se dormirmos todos juntos. É uma ideia maravilhosa. O maior argumento a favor nem é o bebé sentir-se bem nem a mãe dormir melhor. Acho que nenhum animal teria a ideia de "chega-me para cá esses cocos" com um lactente no pikolin.

4) "Cheiro a azedo".

O bom da amamentação? Não, não é ser o melhor alimento para o bebé e o mais adequado. Reforçar as defesas? Para quê? O melhor da amamentação é que, a maior parte das vezes, nos deixa sujas de leite. E o que faz o leite ao ar livre? Não, não dá um concerto de tributo aos Queen. Azeda. Alguém quer fazer amor com um pedaço de fêmea no pós parto e que fede a vómito de cria? Não, tarados. Não é um convite, era só uma pergunta retórica para explicar que... deixem estar.

3) "Ainda sinto os pontos".

Eles ficam super sensibilizados por tudo o que passámos no parto. Fez-lhes impressão passarmos por tal sofrimento. Invoquemos essa altura em que fomos heroínas para nos safarmos às investidas. Os miúdos já têm 30 e tal anos e namoram com uma porquita qualquer e nós "ainda sentimos os pontos" e o "o sítio onde me espetaram a epidural". Como é que eles hão de saber se é verdade? 

2) "A noite foi um cocó".

Só nós estamos equipadas para acordar com o choro da nossa cria ou será o segredo mais bem guardado do género masculino? Seja como for, aproveitemo-nos disso. Passe a nossa cria a noite toda a dormir sem interrupções (aquelas noites em que achamos que, na volta, estão em coma) ou tenha aquelas noites em que mais parece uma fã dos One Direction, a nossa noite foi sempre horrível, estamos sempre de rastos. Não interessa também se é verdade ou não porque independentemente disso pareceremos sempre um bife de alcatra "médio mal" o que corroborá connosco.

1) Estar super pronta para isso. 

Deve ser a técnica mais infalível de sempre. Haverá algo que o nosso tipo ache mais estranho do que estarmos super prontas pelo momento?

- Anda, anda fazer amor, querida. 

E dizemos isto enquanto fazemos uma "corridinha de aquecimento":

- Vamos, pá! Ganhar, ganhar! Vamos para cima deles! Até comemos a relva! Até os comemos, pá! 


Obrigada, crianças, são mesmo o melhor do mundo.








11.10.2014

Como ser violentado por uma grávida.

Há gente para tudo. Há sites para tudo. E, durante a minha gravidez, constatei que há imensa gente cujo objectivo é ser violentado por uma fêmea prenha e que faz um óptimo trabalho. Para os outros, ficam aqui as dicas:

"Engordaste tanto que pareces uma escultura da Vasconcelos ou, então, a sua autora (o que é pior)".

1) Uma grávida não deixa de ser uma mulher.

Qualquer coisa que nunca tenha caído bem a uma mulher não vai passar a soar bem a uma grávida. 
Basta ter pulmões para saber que as mulheres não gostam de comentários negativos ou dúbios sobre a sua própria aparência. Se estiverem carregadas de hormonas e ainda mais de um bebé, menos ainda. Quem quiser levar um pontapé na boca, é por aqui.


"Na minha altura, deixava o Quinzinho com as ovelhas durante o dia e hoje é super saudável e divertido. É a alma da festa!"

2) O bebé não é seu e a grávida também não. 

Sopas de cavalo cansado, mel nas chuchas, litros de Actifed na focinheira de bebés para adormecerem mais rápido, fazia-se de tudo nos tempos idos. Lá porque o seu filho está vivo, apesar de lhe ter dado um ginzinho para adormecer todas as noites, não quer dizer que todos tenham sobrevivido. A taxa de mortalidade infantil tem diminuido, há que confiar mais no que se diz agora. Se estiver louco para ficar com um olho negro, é mandar bitaites não fundamentados sobre como deverá a grávida cuidar do seu bebé. Deixe-a estar. O bebé não é seu e a grávida também não. 

"A sério? O bebé vai nascer em Março? Ui! Os de signo gambá são levados da breca."

3) É a Maya? Então... shhhhhh!!

A menor das preocupações de uma mulher que tem de fazer xixi de duas em duas horas é o que dizem as estrelas ou os planetas ou as trutas do céu ou lá o que é. Não interessam os paralelismos entre a criança e uma tia sua que tem um buço enorme por ser aquário e que não sabe fazer bitoques por ter um ascendente em presunto. Por isso, se quiser que lhe puxem os cabelos, é falar de signos e dizer que são todos "uiii... não estás bem a ver...".

"No meu parto, o bebé saiu a fazer a espargata e, portanto, estiveram um semestre a coser-me o pipi". 

4) Acha que o seu pipi daria um bom chapéu? 

Então por que é que está a metê-lo na cabeça das outras pessoas?  Da mesma maneira que não gostaria de acordar com um velhote a dizer-lhe "aproveita, cada dia é menos um para estares debaixo do chão", a grávida também não gosta de saber o final que tem pela frente. Imagine a gravidez como uma comédia romântica, toda a gente já sabe qual é o final, mas ninguém quer que ninguém fale sobre isso. Já tem um olho negro e menos uns dentes e cabelos por esta altura, não é? Então força, agora um pontapé nas costas. 


Há muitas mais coisas a dizer para ser violentado por uma grávida. Entre elas, perguntar quando é que nasce como se se interessasse realmente por isso, como se fosse mudar a sua agenda. Como se fosse lembrar-se da data cinco minutos depois. Ficamos por aqui que acho que já terá levado tau-tau suficiente, que tal?