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10.09.2015

Carta aos meus vizinhos

Caros vizinhos,

Escrevo-vos não por, de vez em quando, ser quase impossível adormecer a Isabel com a chinfrineira que para aí vai, mas porque temo pela vossa madeira flutuante. Foi coisa para custar uns 8 euros por metro quadrado e, parecendo que não, coisas como jogar bowling, fazer o lançamento do peso ou convidar o rancho folclórico de Vilarandelo para aí atuar, vai danificar, não as minhas têmporas nem as minhas costas, da cambada de nervos, mas sim o pavimento. Não foram derrubadas 8 árvores centenárias na Amazónia para isso.

Escrevo-vos não por considerar que o relógio de pêndulo, que toca TODAS as horas (e algumas meias horas), seja a maior aberração que se lembraram de inventar no século XVII, mas porque temo pela vossa liberdade. Deixem-se levar pelo enigma, não queiram ter o pretenso controlo do tempo e... tirem, se vos aprouver, o som dessa porcaria!

Escrevo-vos não por considerar que há horas para tudo e até para correr, mas para vos sugerir a corrida ao ar livre. Abre os pulmões, distraem-se mais e nem dão pelo tempo passar. Quando correm na passadeira, depois das 21 horas, coloco-me sempre debaixo da ombreira da porta, porque posso jurar que estou perante um sismo de 7,4 na escala de Richter. Depois, imagino um elefante a correr em cima das minha testa. E por fim, vou devorar uma caixa de oreo, porque não há paciência para pessoas saudáveis.

Escrevo-vos não por considerar que se calhar a Isabel vai conhecer cedo demais todo um abecedário de asneiras e vai perceber que lá porque duas pessoas vivem juntas, não significa que gostem uma da outra, mas por considerar que deveriam ocupar mais o vosso tempo a fazer amor. Reduzem o stress, libertam dopamina e outras coisas acabadas em "ina", melhoram a pressão arterial, perdem calorias e dormem melhor. Nós também. Ah! Mas também não é preciso ser à bruta!

Escrevo-vos não por considerar que por alguma razão, depois de inventarem a bola de futebol, algum  iluminado inventou também os campos de futebol, mas porque me parece que pode ser mais estimulante para as vossas crianças experimentarem, fora de casa, os desportos em equipa (e não me estou a referir aos dias em que há festas de anos aí em casa, mais concorridas que o Colombo ao domingo). Quanto ao arremesso dos candeeiros à parede e de panelas à televisão, dou-vos os meus parabéns pela criatividade. Aconselho-vos a registarem já essa ideia, não vá o comité olímpico apropriar-se dela.

Escrevo-vos não por considerar que arrastar móveis de manhã à noite seja quase obsessivo, mas por achar que talvez tenham errado nas vossas escolhas profissionais. Não tenho formação em psicologia vocacional, mas se andam a redecorar a vossa casa todos os dias, talvez pudessem tirar um curso de design de interiores e decoração. Isso ou estudem Feng Shui de uma vez por todas e decidam onde fica a porcaria da mesa de jantar! E não, não cabe na casa de banho.

Escrevo-vos não por considerar que agiram de má fé quando chamaram a polícia por eu e três amigas estarmos a jantar cá em casa há dois anos, mas por considerar que, quando se tem crianças em casa, quando se tem uma casa habitada e vivida, os telhados são de vidro. 

Por mim falo. E é por saber que vocês, de vez em quando, também ficarão a roer-se de raiva durante a madrugada com a exorcista cá de casa, que se lembra de chorar - berrar - durante meia hora seguida sem a conseguirmos acalmar, e por saber que daqui a uns anos será ela a praticar arremesso de candeeiros à parede ou a jogar bowling na sala, que estou apenas a escrever esta carta, sem nunca ter coragem de a pôr na caixa do correio.


A vossa vizinha,
Joana Paixão Brás
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10.08.2015

Sou muita linda!!

Sempre fui muita linda. Menos de touca. De touca sempre pareci um molusco ou, então, um jovem da Beira Interior com algum contacto mais esquisito com um gado de ovelhas (tenho lá família, posso dizer isto). 

Sempre fui muita linda, mesmo quando parti o nariz na piscina da Damaia. Quis mergulhar, na primeira aula, para mostrar aos professores que era a maior e que mergulhava muito bem e acabei por ter de ir para o hospital.

Sempre fui muita linda, mesmo quando tinha um bigode tão grande que, na escola, tinha de me desviar da luz porque sabia que se notava. No trabalho, quando tenho o bigode grande, chamam-me Cantiflas.

Sempre fui muita linda, mesmo quando espetava meio frasco de Betadine no cabelo para ficar com umas franjinhas de fora do rabo de cavalo, mais loiras. Giro também quando saía da piscina com o cabelo a pingar uma cor esquisita e ninguém me dizia nada. Lamento, pessoas que andavam comigo na Escola Náutica de Paço de Arcos.

Sempre fui muita linda, mesmo quando andava de aparelho e pedi para pôr as cores vermelha e verde intercaladas e só depois me lembrei que era capaz de parecer um bocadinho ou tanto patriótica demais. 

Sempre fui muita linda, mesmo quando na faculdade, num dos primeiros dias, quis experimentar cera no cabelo e pus tanta que parecia que tinha apanhado uma molha o dia inteiro.

Sempre fui muita linda, mesmo quando me diziam "o que é que o jovem quer" no café do Bowling do Colombo ou quando o meu pai e eu comprámos uns bilhetes para andar no teleférico da Expo. Talvez fosse por usar um boné preto da Nike e ténis bota da Nike também. Se calhar pelo bigode também ou pela t-shirt do Songoku.

Sempre fui muita linda, eu e a minha unha pequena do pé direito que, durante uns 10 anos era verde e parecia feita de calcário. Tinha vergonha de andar de pés à mostra e nada parecia resultar com a porcaria da unha.

Sempre fui muita linda, mesmo quando, por causa dos complexos com o bigode, fiz o bigode com gilete e andei um mês em pânico a achar que ia ficar a parecer uma púbis de uma senhora idosa.

Sempre fui muita linda, mesmo quando a minha pele foi violentamente comida por trás por uma doença chamada rosácea e agora parece que apanhei um escaldão todos os dias, mas só no focinho.

Quando vi estas fotografias pensei: sou muita linda. Sem ses. Têm edição? Têm. Têm base e baton da sephora (muita giro)? Têm. Não deixo de ser eu. Eu e o bigode refundido, o nariz com assinatura da piscina da Damaia, os dentinhos do aparelho, o cabelinho com um toque de descolorante para não parecer que as minhas sobrancelhas são de outra pessoa, o meu bracinho de pré-obesa e a minha papadinha que, aqui, maravilhosamente, devia estar ocupada com outra coisa.

Não é meu costume (ao contrário aqui da outra sócia da gerência) fazer sessões fotográficas profissionais, mas esta valeu. Valeu porque hoje acho que sou mesmo muita linda, apesar de cheirar a sopa de legumes do joelho que caiu enquanto  estava a dá-la à Irene.

E se vierem com coisas a dizer "ah granda moral e não sei quê", acho que estou no meu direito porque já foram feitos mais de uma dezena de posts em que estou com pior aspecto que um pãozinho com bolor (aqui, por exemplo).

Pronto. Agora "chupem" com 200 fotografias minhas em bom.

Alguém disse uma piada ou será que me comecei a rir à parva? A segunda hipótese.

Segunda hipótese. Com sorte ainda vêem um bocadinho de Oreo que comi antes de sair de casa.

Pareço dona de um restaurante aqui, mas daquelas que comeu o restaurante todo. Estou com um ar de quem vos está a dizer "têm de provar o carpaccio". 

Ai que belo banho de sol que estou a apanhar junto a um menir.

Ai... não era suposto partilhar o meu protagonismo neste post com mais ninguém. Enganei-me.

Agora sou mãe - diz o meu braço.

"Ai que maroto que és." 

O quê? Como assim não acreditas nos benefícios da amamentação prolongada? 

Que belas férias que passámos ali em Olhão, não foi?

A fingir que não tenho 29 anos e que quero que o meu pai me dê uma consola. É este o ar.

Eu fazia-me toda aqui. É só o que tenho a dizer. 

Vamos ignorar a marca do baton na testa? Vamos.

Fotos: Love Lab 
(obrigada, Joana. Fazes magia!)

10.06.2015

Que facada nas costas!

Adoro que o pai da minha cria adore participar em tudo o que diz respeito à educação e à vida da filha, mas boicotar assim a minha paixão por fofos e tapa fraldas não se faz! E ainda por cima usa bem a terminologia, o chato (até parece que estudou bem um dos nossos posts - glossário de roupas betas, parte 1 e parte 2).

E agora? Tenho de ter outra filha?

A partir de que idade é que elas já não ficam bem com estas roupas (não vale dizer nunca!)? Estou em negação. Tinha sido tão mais fácil nunca ter gostado delas! Não me conformo. Que facada nas costas, que drama! Livrem-se de lhe dar razão!!!

Agora a sério, tenho ali dois de inverno que lhe devem estar bem este ano... vai ter de levar com eles, ai vai, vai!

E como é que eu vou resistir a estas coisas lindas?


2 -  Coobie
3 - Coobie

Isto não devia ter vindo parar a um blogue de maternidade..

... mas fez-me rir.


 

Hahahaha

10.05.2015

Há 9 tipos de PAIS



Adoro fazer estes exercícios parvos
e com muito pouco rigor científico de catalogar e categorizar (e adoro ler listas, assim que vi este texto no Up To Lisbon Kids, soube que tinha de dedicar uma lista aos pais) e o meu poder de observação e a minha língua destravada não me deixam ficar caladinha. Vejam lá se reconhecem alguma destas alminhas - para o bem e para o mal - aí em casa.


1. O paissurdo.
É uma patologia muito comum, que começa com a gravidez e que se vai agravando progressivamente. Manifesta-se principalmente no período nocturno. Ainda não foi descoberta a cura, mas dizem os médicos que uma almofada pelas trombas às vezes ajuda a desentupir os ouvidos.

 
2.  O paijola.
É o pai cool, para quem está sempre tudo bem, que bebe uma mini a ver o Benfas enquanto o filho está a passar a ferro, a emborcar CIF Lixívia e a desenrolar 5 quilómetros de papel higiénico. 




3. O pairadical.
É o pai que leva o filho de duas semanas para o topo do Everest, que o põe a correr a maratona de Nova Iorque com dois meses, que o inscreve no rafting com dois anos e que põe a nadar com tubarões com três. Adora a aventura, a adrenalina e... deve beber coisas que não água.

4. O paicanojo.
É aquele pai para quem "dar almoço sim senhor!", dar banho "ainda lá vai", agora não lhe peçam para mudar a fralda com cocó que ainda lhe provocam o vómito. É o enojadinho que anuncia a medo que a criança tem presente, quando muito pega-o ao colo, mas passa rapidamente a batata quente, sem resolver o assunto. Para isso teria de ter, no mínimo, um fato de astronauta em casa.



5. O paimaspouco. 
É o pai que sabe o nome dos filhos mas que nem sabe de que desporto gostam. Oferece um cheque presente no Natal e a frase que mais usa é "pergunta à mãe". Acha que a função dele está em pagar a creche e em fazer chegar pernas de frango ao frigorífico.



6. O paimanteiga.


É o pai meloso, que se derrete com os olhinhos de Bambi dos filhos, que lhes morde os dedinhos dos pés, que beija cada refego e que adora adormecer com eles por perto. É o pai mariquinhas que fala com eles bebezês e que quase chora quando eles dizem uma palavra nova.



7. O painãosabe.
Ele não tem culpa, 'tadinho, ele não consegue. Não sabe fazer o jantar, não sabe fazer a cama, não sabe que as peúgas usadas se põem no cesto de roupa suja, não sabe dar banho ao filho, vai-se a ver e tem mesmo grandes falhas cognitivas. Bullshit, é "o paisabe-atoda".

8. O paicriança.
Podemos apostar três dedinhos em como quando chegarmos a casa, depois dele ficar responsável duas horas pelos filhos, vamos encontrar um cenário de guerra. Água do banho até à cozinha, almofadas a servirem de muralhas, cabos de vassoura a servirem de armas. No fundo, é o nosso filho mais velho, mas com mais pêlos.

 
9. O paimãe.

Com maminhas mais ou menos salientes, este pai é aquele homem que parece ter mais sinapses do que os outros todos e consegue perceber que a tábua de passar não o vai engolir, que a mãe também precisa de descansar e que o filho precisa de mais do que um pai com o rabo a ganhar bolor no sofá.


10. O paiperfeito.

Não existe. Ver as restantes 9 opções.


Aqui em casa há um mix do 1, do 6, do 9 e do 8! E por aí?

10.03.2015

O meu marido estará maluco?

Ter-me pedido em casamento é bem capaz de ser o primeiro sintoma. 

Agora, ele diz que as fraldas com xixi da Irene lhe cheiram a pão!

Confesso que venho em busca de um fenómeno em que todas vocês digam: "ah! o meu já disse que cheirava a Opel Corsa", "o meu, vejam lá que engraçado, diz que cheira à ponta de um chavelho"...

Mas não, pois não?

É só o meu que andou a comer pão estranho quando era criança... 

9.29.2015

Como fazer uma sessão fotográfica bem pirosa

Nada como uma sessão fotográfica caseira para termos, aqui em casa, um belo de um fartote de riso. Apontem bem as seguintes dicas, se quiserem alcançar um nível de bimbalhice fotográfica nunca antes vista.


1) O vosso bebé tem de ficar em tronco nu. Só porque sim.



2) Espetem-lhe um gorro na cabeça e umas meias. Sim, porque faz todo o sentido estar de tronco nu mas, de resto, bem protegido contra o frio, não vá constipar-se.




3. Arranjem objectos com um toque vintage, como um telefone antigo. Se tiverem uns colares de pérolas aí por casa, também serve. 




4. Depois peçam-lhes para fazer um ar de "o telefone não toca. Estou à espera da chamada da minha vida. Ai (suspiro)."



4. Decidam trocar de gorro, só porque querem variar, e decidam-se por um que fique com um ar ali a puxar para o arrumador de carros ou, já sei, para os ladrões do Sozinho em Casa.




5. Como se os adereços não bastassem, arranjem mais. Umas flores, com mais plástico que um pneu, compõem muito bem o cenário. 




Não sei o que nos passou pela cabeça, mas ainda bem que isto aconteceu, há um ano. E sim, na altura eu tinha noção da bimbalhice que para aqui ia, mas divertimo-nos. (Um enorme beijo de saudades, Sofia!). Só espero que a Isabelinha nos perdoe.

9.28.2015

Antes de ser mãe não imaginava...

Antes de ser mãe não imaginava...





  • que fosse adorar o cheiro a cocó do bebé. - Sim, do bebé. Importante dizer de quem, para não haver mal entendidos. Não ficamos loucas por cocó no geral. Não começa a ser um fetiche e começamos a querer chafurdar-nos nuas na areia dos gatos. Gostamos quando eles fazem cocó (já sei que nem todas) e, principalmente quando não comem peixe e ainda estão a leitinho, o cheiro é bom. Cheira a iogurte.

  • que me passasse o mau feitio de ser acordada tão cedo. - Ser acordada às 5h da manhã e não ser mais ordinária ainda que o Fernando Rocha? Ou ter uma cara de tão mau feitio quanto o Miguel Sousa Tavares quando lhe falta o tabaco? Só mesmo com uma criança e minha. Se fosse a criança do vizinho, talvez me tentasse espetar contra os botões do fogão.

  • que fosse passar a adorar andar. - Eu? Andar? Ui. Até no trabalho designávamos uma pessoa para ir buscar o almoço de todos ou, então, eu nem ia almoçar só para não ter que andar uns metros. Agora é maravilhoso. Calma, não "maravilhoso" como aquela primeira sensação de que emagrecemos quando experimentamos umas calças de ganga e nos ficam mais largas, mas aquele "maravilhoso" de... "olha... não morri!".

  • que fosse passar a ter tanta fruta e vegetais em casa. - As minhas refeições resumiam-se a cereais (porquê "cereais" e não assumir logo Chocapic?) ou a Bolas de Neve ou a um bife de frango/perú (nunca os consegui distinguir até estarem descongelados) com imensa massa. De repente, tenho pêssego, manga, courgete, abóbora, gengibre em casa. O meu frigorífico está em choque.  Não tanto quanto todas as esteticistas nacionais com o bigodinho da Mariana Mortágua (e não é que também se nota no cartaz? É um statement? Percebo pouco de política...).

  • que achasse graça ter alguém a chamar o meu nome 43 vezes num minuto. - Ui! Se fosse um colega de trabalho a fazer-me isso, era espetar logo com metade de um bloco a3 de papel cavalinho pelo esfíncter anal (ou outro qualquer à escolha) acima ou abaixo, depende se estiver a fazer o pino ou não. 

  • que fosse por as minhas mamas de fora na rua. - Nunca tinha feito topless, muito à conta de ter umas mamas assim para o feiosas. Digamos que não me punham num calendário do barbeiro sem ser vestida com um kispo da Duffy. Agora, não quero saber. Mesmo quando a Irene não está em casa, faço questão de andar com as mamas de fora, fico mais fresca. A verdade é que, amamentando, não sinto que esteja a despir-me, sinto que estou a alimentar a minha cria. Nem me lembro que são as minhas mamas. Até porque já não o são. Digamos que são... as suas vizinhas de baixo. Muito de baixo.

  • que fosse ter sempre uma pessoa a todas as horas na minha cabeça.  - E que essa pessoa não fosse a filha da "dona" da Zara que deve ter um armário do caraças. Passa a ser uma constante no nosso cérebro. Somos nós mais um bocadinho, não parece ainda ser separado de nós. É incrível. É como se fosse um furúnculo, mas mais amoroso e sem nada a ver. 

  • que voltasse a querer estar grávida um dia. - Mesmo depois das últimas semanas tãaaao chatas do final da gravidez, mesmo depois de estar prestes a rebentar, das dores, dos xixis, das contracções, do parto, das noites mal dormidas, das preocupações, do cabelo a cair, dos pontos no pipi, do baby blues, das crises de choro, das crises de cansaço... querer repetir tudo e acreditar ser capaz de ser ainda mais feliz. 

O resto já imaginava. Não tão bom, mas imaginava. :)

Nãoooooooooo!!!

1ª parte do não: 

Sonhei que partilhava o Angélico com a Rita Pereira. Éramos amigas e tudo e ela deixava-me ver o ipod dela. Tínhamos custódia partilhada do menino. Perdoem-me as fãs, mas nunca fui de achar o senhor muito sexy, não sei por que é que sonhei isto, mas pronto. Tenho de actualizar os meus sonhos que a Rita Pereira já não deve usar ipod (e o Angélico também não, de certeza). 


2ª parte do não: 

Tenho de ir dar as vacinas dos 18 meses à Irene. Andava a protelar outra vez (uma semana). Não gosto nada de ir. Ainda por cima agora que ela fica a tentar perceber o que aconteceu.  É sempre menos mau do que o que eu imagino, mas... ninguém gosta...

Num mundo onde já há tantas inovações, a serio que ainda não arranjaram maneira de tornar isto menos invasivo? Ou até as análises ao sangue? 

É assim tão notório que estou traumatizada? Pois (percebam porquê aqui). 

Para vocês é "na boa" porque sabem que estão a fazer "o bem"? 

9.24.2015

A Isabelinha anda a curtir com um palhaço


E eu não me quero meter nas escolhas dela. Já tem idade para arcar com as consequências das suas escolhas. O pinguim tinha dificuldade em bater palmas e ela fartou-se. O panda não andava a portar-se bem porque andava a ser catrapiscado por dezenas de miúdas e miúdos, que ele não é esquisito, e ela queria exclusividade. Virou-se para o Gymbo. Pelo menos namoram às claras, sempre à minha frente, e ele é bastante respeitador. 

O romance acontece nas aulas de ginástica/música/motricidade do Gymboree Play and Music Carnaxide, que já vos tinha explicado como funciona aqui e aqui (vejam-me só a diferença na Isabel desde fevereiro!!!)


Estávamos aqui a magicar um passatempo para oferecer vouchers (no plural, para fazer mais mães e filhos felizes) para um mês gratuito no Gymboree e queria saber: há interessadas desse lado?

9.18.2015

Inchaaaaaa!! Embrulhaaa!!!

Fiz um post sobre a chucha da Irene onde mostrava o urso da Imaginarium e vocês todas cheias de moral: "ai ai não é um urso, é um rato". Sabem que mais??????? Uma de vocês é muita porreira, já trabalhou numa Imaginarium e resolveu este grande celeuma! Agora, finalmente, já podemos dormir bem (ahah não fossemos nós mães - siiiim já sei que alguns dormem muito bem! Xô!)



Estamos juntas, Ana Raquel! É assim mesmo!! Contra a corrente! 




Rakelekas!!!! Obrigada por teres dado um novo alento à minha vida. :) Eu sabia, bem dentro de mim, que aquilo era um urso!!

9.17.2015

Foram enganados pela Joana Gama.

Com que então acharam mesmo que a Joana Gama era este pedaço de mau caminho?


Não se deixem enganar. E não, não vou esfregar os cotovelos na parede até fazer sanguinho, já dizia a Lucy. Vou provar-vos isto que vos digo. Ora então deixa-me lá procurar aqui no meu telemóvel.

É com esta pessoa que eu divido o blogue:




Reposta a normalidade, agora sim, podemos falar da Joana Gama. O que conta é o interior.
A Joana é ser um humano especial (e com esta expressão do mais piroso que há, ela estará a vomitar. Ou então foi do Big Mac e das batatas XXL com molho e ketchup que afiambrou ao almoço). 
A Joana é autêntica, directa, inteligente, sarcástica.
Este blogue não seria nada sem ela. Seria um "a mãe sabe assim-assim", cheio de cor-de-rosa e sentimentos assolapados e perderia a espontaneidade e aquilo que nos faz rir.
Blogue à parte, sei que a nossa amizade, apesar de ser apenas de 2013, vai durar pelo menos até 2063, já bem velhinhas e um bocado carcomidas e já com os nossos netos a curtirem dançarem no Urban.

Parabéns, Joana. E obrigada. Por seres quem és. Estou a gozar, não escrevi isto. Vamos lá de novo. Obrigada Joana, por tentares ser sempre melhor e por essa loucura que fez com que me apaixonasse por ti. Isso e por seres esta bomba.


 Mas também esta...


E esta.



Sigam-me no instagram @JoanaPaixaoBras
e o @aMaeequesabe também ;)

9.15.2015

O Panda e os Caricas.

Ui. Por onde começar. Devo dizer que a culpa é da Isabelinha da Joana Paixão Brás. Nós partilhamos uma conta do Youtube e no meio das músicas que punha para a Irene aparecia-me isso do Panda. Não resisti. E entrei na seita. 

A Irene é agora mais uma fã dos Caricas. 



Claramente preferia que o nome tivesse alguma coerência com o projecto. Talvez O Panda e os saltitões ou o Panda e os personagens com síndrome de Peter Pan. Ou: mais uma maneira de vos mamar dinheiro em merchandising e festivais. Ou, esperem, esperem: como por pão na mesa vestindo umas jardineiras de pano feitas à mão. Já estou a divagar. É só porque, dito muito rápido, parece que estou a dizer o nome ordinário para pipi em criolo. São referências que eu cá tenho, não se incomodem.

O meu primeiro contacto não foi de choque. A Irene começou logo à saltar e pensei que isso era bom para lhe fortificar aquele traseiro. Aos 17 meses sofre de alguma celulite e quero já por-lhe aquilo em ordem para não te de usar daquelas calças todas push-up da Salsa (o quê? a Joana Paixão Brás tem umas? Que coincidência!). 

Devo congratular os actores pela sua entrega e ao esforço que fizeram para abolir toda a sua sexualidade. Até o pobre do Matias usa uns collants para não se ver os pelos das pernas (não fosse alguma menina ficar mais entusiasmada ou pensar que ele já não tem idade para fazer aquelas figuras). Sim, deve ser por causa da croma, mas ninguém me convence de que ele não está a gostar. Aliás, não vejo outra maneira dele saltar tão à vontade sem ter aquilo tudo arrumadinho como nós quando temos de nos enfiar violentamente dentro de collants. 

O Matias (personagem, não actor, o de vermelho) tem uma deficiência na fala? É para que as crianças aprendam a tolerar a diferença? Também pode ser aparentado do Sean Connery e parecer que tem meia gaze na boca enquanto fala por causa disso. Outra hipótese que ponho é estar a usar uma prótese. Também pode ser. 

A Clarinha (a de rosa) é aquela que os rapazes pensam primeiro em "ir lá". Perguntem lá ao vosso tipo se não era a que faziam primeiro. Ah pois! Tem aquele ar sonsinho, mas dizem eles que ou é mesmo uma bomba na horizontal ou um bacalhau e que, se for de graça, vale sempre a pena tirar a dúvida. Eu gosto dela, não brinca em serviço. Como atriz não se esquece do que está a fazer e dá para ver pela intensidade desmedida no "mais um" que grita na música da Festa: "toda a gente está feliz... [está feliz], toda a gente a cantar...". Essa, exactamente. 

O Pedro (o de azul) parece o Keanu é verdade. Não tenho grandes reparos a fazer. Se tivesse de dar um bate-chapas nalgum deles era nele, mas depois de um cortezinho de cabelo. Nenhum homem que tenha de manter aquela cabeleira está pronto para amar uma mulher com deve ser. Sorte a dele de não ter pelos nos braços, senão também lhe punham uns collants como ao pobre do Matias. Gosto muito de o ver a saltar na música do Baile Olímpico (que é só o título mais imbecil de todos, supera até o "Sou uma Taça"). Parece que a sua vida depende disso. Muito magrinho, porém. Tem estrutura corporal para poder apanhar uma candidíase e ter de por uns ovinhos. 

A rapariga de amarelo (que nunca me lembro o nome porque cá em casa chamamo-la de wannabe Ana Malhoa) é aquela que o meu cérebro tolera menos. Nutro uma simpatia generosa por ser a mais badochinha e portanto "ser cá das minhas" (não é gorda, simplesmente não é esticadinha como a Clarinha, a "papável"), mas acho que é daquelas personagens a quem eu daria um soco no esfíncter anal se tivesse de lidar com ela todos os dias.  No meu esfíncter. Não no dela. No meu para ser daquelas manobras de diversão de quando nos dói a cabeça bater com o pé no móvel e, de repente, deixar de doer o que doía antes (aconselho isto a gente parva, só). Não gosto de te ver sem ser com os totós de lado, rapariga de amarelo. Quando pões aquelas pseudo-tranças ficas mais enervante, fica a dica. Quanto a deixar uma alça das jardineiras para baixo... havias de ter crescido com a minha mãe que te ensinava a usar isso bem vestido. Que cric... carica mais rebelde. Que malandra. 


Que fique claro que nada tenho contra os actores em si, que não os conheço mas, por acaso, gostaria. Adoraria ver um deles a fumar, saber que outra tem um piercing num mamilo e que um deles não tem uma placa, simplesmente faz boxe e que lhe partiram a boca toda no dia das gravações.

Obrigada e desobrigada por fazerem parte duma das coisas mais giras e piores da nossa vida familiar. 

Nota: esqueci-me de falar da falta de trabalho das letras, fica para outro post. "Pinguim, Pinguim, Pinguim, a dança do Pinguim, Pinguim, Pinguim é para dançar assim" não me parece que tenha feito valer o caché do letrista. 





9.04.2015

Estou grávida: as reações! [com VÍDEO]

Afinal consegui convencer o pai da minha criança! Hehe Quem chegou aqui agora e está a sentir-se desamparado, leia este texto. Vou mostrar-vos os vídeos que fiz na altura em que surpreendi as minhas pessoas com o meu estado de graça! Tudo mal gravado, mas a ideia era eles nem se aperceberem de que estavam a ser filmados!




Não quero ser Spoiler. Vejam lá o vídeo e depois retenham isto:

1. Primeira reacção do David foi rir-se (depois explicou-me que achou que era uma brincadeira para dar à sobrinha).

2. Um sempre romântico "ESTÁS A GOZAR?!".

3. Queixo caído de estupefação/medo/WHAT?!!!/Fizeste isso como?/ Mas JÁ?! do David.

4. Olha para a minha barriga. Não, não foi da feijoada. Foi a tua.. (tosse, tosse).

5. Fica comovido e depois não há mais vídeo. Não porque não vos queira mostrar, mas porque desliguei e ficámos no mel e no "Meu Deus!", com muitas gargalhadas à mistura, o resto do tempo.

6. A minha mãe toda derretida (pena o áudio não estar bom), abraçou-me umas 15 vezes.

7. Os meus amigos em WHAT?/Como assim?/Lágrimas/Amor.

8. A minha amiga Raquel em histéricas e em lamechas. Que coisa linda de rever.

8.25.2015

Entrou na adolescência!

Ainda não me chama parva, chata e ainda não me disse que me odeia, mas já não deve faltar muito.

A novidade agora é fechar-se no quarto dela. Não me deixa entrar. Expulsa-me. Empurra-me e fecha a porta. Pergunto se posso entrar e diz que não. Deve ir escrever no diário, ler a Ragazza e beijar os posters dos Take That, enquanto ouve na cassete dos Onda Choc "Encosta a tua cabecinha no meu ombro e chora". Debaixo da cama deve ter um Toblerone e deve andar a ver a série Riscos às minhas escondidas.

Ai espera, isso era eu, nos anos 90.

8.23.2015

Aula de Preparação para o Parto à la Mãe é que sabe (#01)

Episiotomia, rolhão mucoso, APGAR, DPP, um sem número de termos novos que vão fazer parte das vossas vidas.

Aconselhamos aulas de preparação para o parto, aconselhamos sim, senhora. Mas quem não estiver muito para aí virado, fica com umas aulas grátis a la Mãe é que sabe, com parvoíce incluída e sem que o pai da criança tenha que adormecer ao vosso lado e fazer-vos passar a maior das vergonhas. O que não impede que os pais leiam isto, estão a ouvir?!! Também estiveram na hora H, não estiveram? Acham vocês.

Bem... vamos lá a isto.



AULA NÚMERO UM - começamos pelo fim.
Há um bebé na vossa barriga. Ou dois. Ou três. Já chega, não? Esse bebé agora está do tamanho de uma azeitona ou de uma manga. Mas quando estiver pronto a sair do forno vai estar do tamanho de uma melancia, mas com mãos e bracinhos, que no momento podem estar a dançar o Mila, do Netinho. Ora, poderão ter de levar um corte no pipi, a que se chama episiotomia. Ou apenas corte no pipi, se quiserem facilitar. Mas, na verdade, é um corte na zona do períneo, entre a vagina e o ânus.

- Os pontos caem por si, em princípio (fiquei com um a chatear mais uns tempos...)

- Vai custar-vos sentarem-se numa cadeira nos primeiros dias, ou semanas... (ajudava-me sentar-me com uma perna por baixo, tipo à chinês, mas perneta)

- Depois do banho, secar muito bem com uma toalha

- Gelo, muito gelo. O preservativo que não usaram quando estavam a brincar aos médicos e às enfermeiras, usam-no agora. Verdade! Repeti a técnica do hospital. Enchem o preservativo de água, põem-no a congelar e depois voilà. NÃOOO! Não é para enfiarem... (tosse, tosse). Acreditem que nada vai entrar nesse local sagrado nos próximos dias (semanas). Fica cá fora, mas ali coladinho.

- Se fizerem exercícios de Kegel antes do parto, ajuda depois na recuperação dessa zona - ver aqui o que são (eu já fazia anos antes, é muito importante, para prevenir a incontinência e para melhorar o desempenho sexual - nunca ouviram falar daqueles ovos/bolas de Kegel, muito popularizadas na China?)



Mães que já tiveram o prazer de saber o que é esta coisa da episiotomia, mais algum conselho?

8.20.2015

Mais uma...

Tenho partilhado convosco as minhas estupidezes. Esta acho que também é ... engraçadinha. Sai à dona. Aqui a menina, armada em hipster anda a tirar fotografias com uma máquina fotográfica analógica. Comprei a máquina numa viagem de família a Budapeste numa loja local por uns 6 euros, nunca lhe liguei muito. Agora que a minha máquina digital está a arranjar, não tenho outra hipótese. 





Primeira parvoíce: 

- A minha máquina digital é muito velha e aceitei um arranjo cujo valor é equivalente a actualmente comprar uma máquina duas vezes melhor na internet. 

Segunda parvoíce? 

- Raramente estou com a família do meu pai, estão todos espalhados por aí tipo doença venérea. Uns estão em França, outros em Pinhel, na Guarda, outros no Montijo (tudo muito longe). Eles vieram cá, estivemos todos juntos. Tirei imensas fotografias. 

- Fartei-me de tirar fotografias à Irene no Oceanário com a Avó e o Avô e o Pai que devem estar fabulosas. Maravilhosas. 

- Fui hoje ao parque e foi lá ter uma amiga minha com o marido e filho e também gostei muito de tirar tantas fotografias. Brutais, de certeza.

Se calhar não.

Quando cheguei a casa, olhei para a máquina e... o rolo tinha acabado. Pensei: "wow, que giro, mesmo quando cheguei a casa". Depois fiz a experiência de ver se dava para parecer que tirava fotografias mesmo já com o rolo acabado e... dá.

Há quantos dias ando eu feita parva a achar que estou a tirar fotografias?

QUE NERVOS!



PS - QUE COISA MAIS BIZARRA! Estava num site à procura de uma imagem de uma máquina fotográfica para publicar aqui, escrevi "analogic camera" e a primeira que me apareceu foi a "minha", a tal que comprei numa loja local de Budapeste!! Quais são as probabilidades?