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1.15.2019

De uma vez por todas: não há colo a mais!!!

Este vai com exclamações até dizer chega: a sério que em 2019 (!!!) eu ainda leio comentários nas redes sociais, extremamente sábios, a aconselhar maior ponderação na hora de dar colo, não vá o bebé ficar mimado, viciado ou manhoso?!! Viram? Mais exclamações.

Vamos lá por partes.

- São... BEBÉS! Se não estivéssemos à espera de lhes dar colo, de os cheirar todos e de os querer engolir com beijos, teríamos adoptado um já com uns 18 anos. Ou comprado um tapete.

- Muito certo que agora nos vão cair aqui muitas histórias de bebés que não suportavam colo e que só queriam estar, no mínimo, a 12 km de distância dos pais e que a primeira palavra que aprenderam foi "larga-me", mas o mais comum é um bebé precisar do conforto do colo, uma vez que vem num estado de "prematuridade" chamada exterogestação. Há todo um trimestre cá fora de adaptação e essa adaptação não deverá ser à bruta: "chora para aí que é para não fazeres causa-efeito choro-colo que eu não nasci ontem, seu espertinho."

- O expectável é que um bebé precise de se sentir confortável, precise de colo, de embalo, da temperatura do nosso corpo e do nosso cheiro, do bater do coração. Afinal de contas esteve 9 meses todo enroladinho, embalado e quentinho e sai cá para fora, sente demasiado espaço à volta, sente frio, fome, tem cocó, cheiros estranhos, barulhos diferentes e adivinhem onde é que eles se sentem melhor, regra geral? Isso, ao colo.

Também a mim me disseram isso. Quando eu ia acudir ao choro da Isabel, tinha ela semanas, e me diziam para "deixar chorar" - porque ela não podia aprender que sempre que chorava eu estaria lá, que os bebés têm manhas -, eu ainda não tinha lido nada sobre o assunto, mas o meu instinto sempre me disse que essas teorias não fariam sentido. Primeiro porque eu a amava mais do que tudo no mundo e não conseguia estar confortável sabendo que ela não o estava; depois porque não percebia que ensinamento era esse que lhe iria passar: "a mãe não vai estar sempre que chores, faz-te mulher". Queria mesmo passar-lhe a ideia contrária, queria dar-lhe segurança: "sempre que chorares, a mãe vai fazer das tripas coração para minimizar isso. Conta comigo". E quem diz mãe, diz pai, que o David também nunca caiu nessa teoria. Claro que, se eu precisasse de tomar banho e ela estivesse ali na espreguiçadeira e tivesse de chorar um minuto, eu, a certa altura, já conseguia tirar o champô do cabelo, cantava e fazia palhaçadas, mas não saia a correr, como se o mundo fosse acabar. Ela esperava um minuto. Nas viagens de carro, igual. Mas, se eu pudesse, se eu tivesse bracinhos, saltava logo para o meu colo. 

Não acho que tenha uma filha mal-habituada, manhosa, e coisas que tais. Vejo-a uma criança querida, feliz, independente q.b. com as exigências próprias da idade. Desafiante. Curiosa. 

E se com a primeira filha dei colo o mais que pude, com a segunda filha não saiu dele, já que fiquei em casa um ano e meio com ela.* Não acredito que o amor estrague. O amor dá segurança, dá confiança, cria cumplicidade. O amor gera amor. 

Regras? Sempre.
Mas colo é amor. Não há regras para ele. Há regras para além dele.

Fotografia: Susana Cabaço
* muito babywearing: essencial.

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1.14.2019

"Se é para terem uma vida estúpida, mais vale não os terem"

A propósito do cansaço dos pais e das divisões domésticas (post aqui), recebemos um comentário que me fez pensar (apesar de o querer rebater): obrigada por isso. 

Neste momento, o David está numa fase em que precisa de trabalhar mais horas (sem que isso tenha a ver com o facto de eu agora trabalhar como freelancer e não ter um ordenado fixo, só para que conste), tenho de ser eu a estar. A ser mais mãe. Com todo o lado maravilhoso que isso tem (adoro ter agora mais tempo para elas, estar com elas, conversar, abraçá-las e amá-las), também recai sobre mim gerir mais. Gerir as refeições, as compras, as guerras entre elas, as birras e até algumas decisões, que às vezes têm de ser imediatas e em que nem o whatsapp nos safa. E isto cansa, às vezes. Na minha visão hipotética das coisas o preferível seria "ambos fazem tudo" - cuidar da casa, cuidar dos filhos. Mas nem sempre isso é o melhor para a família no seu todo, ou nem sempre isso é possível: há fases e nem todos os trabalhos são iguais e têm a mesma flexibilidade, exigências, horários, turnos, etc. Não tem de ser tudo medido a régua e esquadro e as cedências também deviam fazer parte do "contrato".

O comentário:

"Todas as tarefas e despesas devem ser logo divididas como se o casal estivesse separado. Quer esteja ...ou não. A criança deve ter dois progenitores que são os dois cuidadores e adultos de referência para a criança. 
Não precisam, nem devem cuidar deles em conjunto. Devem é fazer as atividades de lazer juntos. É suposto tirarem muito prazer disso. Ora, tal não vai acontecer se estão ambos exaustos.
Ou pior ...se há uma/a claramente muito mais sobrecarregado.
Por exemplo, as mães que amamentam não deviam fazer mais nada se não cuidar de si e fazer só as tarefas leves e gratificantes com os seus filhos. O que amamentam e os outros, se os têm. 
2 Uma empregada doméstica é fundamental. 
As tarefas domesticas basicas não podem ser asseguradas a 100% por um pai e uma mãe sob pena de destruirem a sua relação como casal e pior...destruirem a sua relação com os filhos. 
Se é para arranjarem uma vida estúpida e de má qualidade para as crianças e para as mães/ pais, mais vale não os terem".

Concordo com parte da premissa, acho importante e preferencial que a criança tenha os dois cuidadores de referência a educá-la e também em momentos de lazer; não vejo que este modelo funcione com todas as famílias, há vários tipos de famílias, vários tipos de trabalhos e acho redutor que sintamos que toda a gente se deverá moldar a esta forma de pensar, que já parte do ponto de vista "privilegiado". Há uma coisa chamada "desemprego" que afecta muitas famílias em Portugal. A maior parte das pessoas, dos casais, não têm dinheiro para ter uma empregada doméstica. Só com esse critério podem ter filhos? Não. As crianças também ficam a saber, desta forma, que os pais (ou a mãe ou o pai) sabem fazer tudo, são autónomos, e que na vida há lazer e descanso mas também há responsabilidades e deveres. Que organizar, cozinhar e gerir uma casa pode ser gratificante. "Bullshit" pensam vocês. Sim, sim. Eu adorava ter alguém que todos os dias estivesse lá em casa a limpar, arrumar e a fazer as refeições, mas, nem nos tempos em que eu e o David talvez tivéssemos conseguido, antes de sermos pais, isso aconteceu. Claro que se eu tivesse alguém que me assegurasse o trabalho "de sapa", para que eu pudesse só dar banho, jantar, brincar e contar histórias, seria menos cansativo; mas também gosto que as minhas filhas saibam - a sério que sim - que podemos transformar momentos de responsabilidade em momentos felizes e de entreajuda. Ponho-as a limpar, a ajudar, a aspirar, a separar a roupa escura da clara, a cozinhar comigo (ainda hoje de manhã fizemos waffles juntas)... e consigo transformar obrigações em brincadeiras e em momentos em família! Às vezes até cantamos e dançamos pelo meio. Gosto e até acho que lhes estou a dar ferramentas importantes.

Posto isto, já aprendi que não há fórmulas únicas e taxativas e que não devemos definir o que os outros devem fazer com os nossos olhos. E muito menos sou pessoa para dizer "então não os tenham". Cada um faz o que consegue e pode, cada família luta para ser melhor e, na minha opinião, não temos de estar à espera de ter uma empregada em casa ou nem sequer um contrato de trabalho das 9h às 5h para decidirmos ter um filho.

E sim, podemos queixarmo-nos e desabafar depois, quando estivermos cansados.




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1.04.2019

Gostava muito de levá-las à Disneyland!

Neste Natal, quando o meu pai perguntou o que precisavam elas, ou o que gostariam de receber - e eu já tinha dito à sogra, ao meu irmão e à minha mãe que a Isabelinha queria o equipamento do Benfica (não se pode ser perfeito, bem sei...) e a Luísa queria maquilhagens e de resto não era preciso mais nada, a não ser pijamas e cuecas, lembrei-me: dinheiro para juntar ao mealheiro delas para irmos um dia à Disneyland.

Eu fui quando tinha 11 anos, foi no verão de 1997. Foi absolutamente inesquecível. Lembro-me que os meus pais estavam a fazer um esforço grande: era a primeira grande viagem que fazíamos. Lembro-me que tinha de haver alguma contenção, que não dava para andar a comer por lá “à grande”, a fazer compras nas lojas, muito menos ficar num daqueles hotéis. O que é que isso interessa a uma criança de 11 anos que está a realizar um sonho? Zero. Nem tiveram de me explicar mais nada: eu nem pedi mais nada. Aquilo é absolutamente mágico. Até hoje me recordo de músicas que estavam a tocar, de todas as emoções e até de achar o castelo da cinderela mais pequeno do que esperava. Das gargalhadas a descer nas montanhas russas, mas também do enjoo ao sair do Space Mountain (eu sou das que enjoa imenso quando há loopings e coisas com demasiada "emoção". Mas mesmo assim... foi incrível e até os adultos estavam encantados.

Posto isto, elas adoram as princesas da Disney e os filmes da Disney no geral. Até a Luísa já chegou a essa fase. É louca pela Elsa do Frozen e agora quer andar S-E-M-P-R-E de vestido da princesa (um qualquer cor-de-rosa que nos saiu numa revista e que era da Isabel). Até dorme com ele. Por isso, e apesar de ser pequenina para andar nas atrações, acho que vai gostar muito do ambiente. Quanto à questão de não se lembrar mais tarde, percebo-a perfeitamente e até já me passou pela cabeça várias vezes... mas se ela ainda se lembra de coisas da viagem a Dublin no ano passado e se fala delas com emoção, fica lá qualquer coisa. A magia deve ficar.

Posto isto, talvez esteja para o próximo ano: uma com 3/4 e a outra com 5/6. Até lá faremos mealheiro só para isto. Contem-me coisas: agências, promoções, ficar lá num hotel ou fora, para ir fazendo contas à vida! Como fizeram?
Se calhar as prendas de anos e natal vão passar a ser dinheiro para a viagem e um livro, pronto. <3

Obrigada!


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1.03.2019

Não escolheriam outra família

Acho bonito uma mãe que diz aos filhos que vai trabalhar porque gosta e isso a faz feliz. Acho bonito uma mãe que decide abdicar de uma carreira para ver os filhos crescer mais de perto porque foi isso que sentiu que devia fazer. Acho bonito quando uma mãe vai trabalhar porque tem de ser e que aproveita todos os segundos que tem com os filhos, que deita a cabeça na almofada a achar que podia ter feito mais quando já fez tanto. Já fez tudo. Acho bonito quando uma família se une e pensa e repensa que voltas pode dar para equilibrar mais a equação. Acho bonito quando ambos trabalham no duro para poder ser um exemplo, para serem felizes, dar férias aos filhos, escolas com poucos alunos e maior atenção. E quando dão no duro para poder dar o básico então... 
Há várias formas de criar filhos. Nenhuma está certa para todos. Algumas estão certas para algumas famílias. Outras vezes não há hipóteses de mudar as regras do jogo sequer. Às vezes há oportunidades à espreita; noutras não há. Há quem tenha mais sorte do que os outros e já tenha nascido com um mar de oportunidades, há quem corra atrás e consiga e há quem corra atrás e não consiga. E há quem não corra atrás porque nunca ninguém lhe soube dizer: “corre, vai valer a pena, e mesmo que não chegues a lado algum, saíste do lugar de sempre e viste coisas novas no caminho”. Mas há até quem não possa sair do lugar nem arriscar-se a correr. E é nessas pessoas que eu penso especialmente. Ouço muitas vezes: “quem me dera poder fazer como tu, mas não posso”. Comove-me quem não pode ser outra coisa, mas que, sem saber, já é tanto. Já lhes dá tanto. Já lhes dá tudo. Tudo o que tem para dar. Arriscaria a dizer que mesmo que eles pudessem escolher, não escolheriam outra família.

Bom ano!



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12.27.2018

Aquela mãe à janela...

Espreitei e vi. Lá em cima, num segundo andar, ela estava com um bebé, que imaginei ser uma menina, ao colo. Pequenina, pequenina. Tinha dias. Haviam chegado a casa há pouco. Ela pousava os lábios nos poucos cabelos, sentindo-lhe certamente o cheiro, aquele cheirinho incomparável, a bebé. Olhava para a rua. Tinha luzes de Natal ao seu lado, nem sei o que brilhava mais. Tinha um olhar tão doce, tão meigo, tão maravilhado com tudo. Era mãe. Estaria a cantar-lhe uma canção? A fazer-lhe uma promessa? A dizer-lhe que foi tão mas tão desejada que nunca mais iria largá-la? Que a iria engolir com beijos?

Aquela mãe tinha um olhar tão mágico. Estava tão feliz.



E eu voltei aos primeiros dias das minha primeira filha. Aquele bebé quentinho no nosso colo, aquele futuro todo por viver, aqueles sons e esgares, tudo tão desejado, mas ao mesmo tempo tão assustador. Não posso precisar, mas acho que alternei entre um olhar que assegurava plenitude e outro que revelava medo. O orgulho e a insegurança. A felicidade e a dor, física, mas não só. Não tive o David ao meu lado o tempo que precisei. Foi só uma semana e uma semana é pouco. Chorei copiosamente mal ele fechou a porta. Fiquei sozinha com uma bebé que eu ainda não conhecia bem, da qual nem sempre compreendia o choro, e nem sempre tive a certeza de que eu bastava para ela. Foi um processo que me fez crescer, ganhar calo e também criar uma relação forte, tão forte, com ela. Teve de ser. Já nem sei se a memória me falha, mas agora acho que me safei bem. Demorava horas para sair de casa. Lembro-me de uma vez em que telefonei ao David, já desesperada, porque não conseguia fechar o carrinho, estava eu num parque de estacionamento ao pé da praia, ela no carro a chorar e... daquela vez em que o cocó dela me sujou a roupa toda e eu não sabia que era preciso andar sempre com uma muda também para a mãe, na mala. Foram os 3 meses mais intensos da minha vida. E, afinal, passaram a correr. Quando eu já estava a começar a saber dançar aquela dança, tive de voltar ao trabalho, o David estava fora de Portugal e aí é que senti o que eram dificuldades: ela deixou de querer mamar, demasiado habituada aos biberões na minha ausência, eu com as mamas a rebentar porque nem sempre conseguia tirar leite durante as horas de trabalho; as saudades dela; as saudades dele e a falta dele para me ajudar nas más noites; as consultas; a gestão de tudo... não foi fácil. Não foi. Fez-se. Já passaram 4 anos, quase 5. Voltei a ser mãe. Voltei a casa e estive um ano e meio com a minha bebé. Voltei a trabalhar, mais um ano. E agora voltei novamente a casa. Descobri que vamos alternando sempre entre a confiança em nós e o cansaço, as dúvidas e medos. Que não há fórmulas certas, só um coração cada vez mais cheio e, às vezes, apertado.


Não sei que planos, que contas e que expectativas tinha aquela mãe à janela com o bebé ao colo. Nem sei sequer se estava plena, tranquila ou se, às vezes, se sentia assustada. Mas tinha um brilho único. Era mãe. Era mãe para sempre. 

12.17.2018

O presente ideal neste Natal é...


Meninas, eu sei o que querem ter no número 1 da cartinha ao Pai Natal. 
Atentem no que vou aqui fazer.

Meninos que nos leem só porque as vossas esposas, namoradas, companheiras, mães dos vossos filhos, amigas coloridas partilharam este post. Não foi engano nem para verem a colcha da cama. É uma maneira subliminar de vos dizer “QUERO PARA O NATAL!”. Pronto. Vejam lá o que fazem à vossa vidinha, façam-nas desembrulhar à frente de toda a família aquele trem de cozinha com panelas em aço inoxidável que é vê-las meter o melhor sorriso, o número 31, e depois logo veem se não vos aparece, como por magia, uma malinha à porta no dia seguinte. Posto isto, só têm de ir aqui a este linkzinho da Lumea Prestige, da Philips e já ficam a saber o que está no topo da lista, sim?  

Meninas, dei o meu melhor. Pelo sim, pelo não, é ir fazendo um mealheiro e, se não for neste, fica para o próximo Natal, de vocês para vocês. 

[E quando eles nos perguntam o que queremos de presente e dizemos “oh amor, deixa lá, não quero nada” e eles acreditam mesmo?] 

Aconselhei e não paro de aconselhar esta maquineta, a Lumea Prestige, da Philips, porque estou mesmo, mesmo contente com os resultados. Já fiz as sessões todinhas e estou que nem posso com estas pernocas macias e sem pêlos. Agora é só ir fazendo manutenção em casa e pronto: acabou-se o stress de passar a lâmina a correr ou de marcar depilação para não conseguir ir e ter de desmarcar. Para quem não tem vida e tempo para gabinetes de estética, esta solução é a ideal. Não é barato, mas o barato às vezes sai caro e, por vezes, mais vale investir em algo que nos traga conforto e que seja mais duradouro. (Isto se acharem que é algo de que precisam mesmo e em que possam investir).


Coisas a saber:
- não doi ou não é suposto doer (se estiver a doer, não devem estar a usar a intensidade adequada)
- tem um sensor smartskin que indica qual será, à partida, a intensidade indicada (dá para pelos louros escuros, castanhos e pretos e também a vários tons de pele, desde muito branco a castanho escuro)
- também dá para fazer depilação no buço e traz um acessório diferente para essa parte do corpo
- é relativamente rápido (15min a fazer as duas meias pernas por exemplo, axilas e buço é ainda mais rápido)
- é bastante fácil e intuitivo de usar e de posicionar no corpo
- tem uma APP que serve de calendário e que nos envia notificações com os agendamentos das sessões


Algumas de vocês levantaram algumas questões no primeiro post e eu juntei mais algumas que me surgiram na segunda vez que escrevi sobre o assunto. Podem ler aqui. Se tiverem outras dúvidas, digam.

*Este post foi escrito em parceria com a Philips.

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12.13.2018

Despedi-me.

Depois de um ano a trabalhar numa agência de comunicação, despedi-me. 

Foi um ano maravilhoso, em que aprendi muito, em que cresci imenso (e já tenho 1,74m). Foi, acima de tudo, e depois de ter estado em casa um ano e meio com a Luísa, uma oportunidade para sentir que ainda estou no mercado, que posso dar as voltas à vida que quiser, que se me esforçar posso aprender a fazer outras coisas... enfim, senti-me reconhecida. Fiz amigos. Conheci gente boa e excelentes profissionais.

Entretanto, andava-me a custar bastante chegar à escola delas às 19h00 todos os dias. Eram sempre as últimas a sair, às vezes estava a chover e apanhava trânsito e sentia-me impotente, nervosa e triste. Saía às 18h30 e não havia grande margem. A funcionária que ficava com elas chegou a perder o autocarro à minha conta. Se por um lado, sabia que elas estavam muitas horas na escola, por outro tentava desculpabilizar-me/nos: é a vida. Nem toda a gente tem avós que possam ir buscar. Nem todos saem às 17h. Tem de se fazer pela vida. A vida é como é. 

Só que eu precisava de fazer isto. De mudar, mais uma vez, de vida. De tentar outras coisas. 

E agora estou a trabalhar a partir de casa. A fazer consultoria. A escrever para o blogue. A gravar vídeos. A fazer locuções. E a preparar coisas novas. Vamos lá tentar ter os meus próprios horários, gerir o meu tempo, ir buscá-las bem mais cedo, a ter uma folha de papel em branco onde tudo começa do zero. 

Com todos os riscos, a ansiedade e o stress de não ter um ordenado fixo no final de cada mês. Com incertezas. 

Com (alguma) coragem. Já sei que sei fazer outras coisas. Já sei que posso sempre voltar a um ttrabalho mais convencional. Tenho duas mãozinhas. Adapto-me ao que tiver de ser. 

Mas agora sou eu. 

Vamos a isto. (Wish me luck!)





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12.11.2018

Estivemos juntas e...

queremos saber.

Queremos saber o que querem saber de nós. Do que querem que falemos. Que perguntas têm para nos fazer. O que mais vos apoquenta? Que temas gostariam de ver debatidos? O que querem que exploremos?

Façam todas as perguntas. Vamos responder a uma delas... ou a várias já no próximo vídeo. JUNTAS!






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12.09.2018

O Pai Natal veio cá a casa!

Não sei quem ficou mais eufórica: se eu, que sabia da surpresa e que lhes andava a a anunciar que íamos ter uma visita especial, se elas, quando viram que ele existia mesmo. 
O Pai Natal veio cá a casa... e foi a Um Dia de Magia que organizou esta grande surpresa. 


Primeiro estranharam, depois já só queriam conversar com ele e mostrarem-lhe que eram fãs. A Isabel mostrou-lhe a carta que tínhamos escrito e clarificou bem os presentes que queria, não fosse haver algum engano. A Luísa ia buscar os brinquedos preferidos dela, a Isabel tudo o que tivesse a ver com o Natal: até apareceu na sala de Rufolfo e tudo e acabou por me dizer que tínhamos de ir buscar cenouras para dar às renas. (-"onde estão as renas, Pai Natal?" -"estão lá em baixo" -"quero ir ver!" [aaaaaaaa.... pois.] -"estão num jardim um bocado longe para não se assustarem com os carros") Pelo meio, ainda se lembrou de ir buscar o livro sobre o nascimento de Jesus (que amor!). 











Foram minutos mágicos, sem a confusão de um centro comercial (nunca as tinha levado), em que se sentiram em casa e em que pudemos deixar mais uns pózinhos de perlimpimpim no ar. Tão bom!







Vestido e túnica - Phi Clothing
Se também quiserem fazer esta surpresa aos vossos filhotes, netos, sobrinhos, já sabem: a Mafalda e a Luciana da Um Dia de Magia trazem-vos o Pai Natal até à vossa porta. Vale muito a pena! 



Ah! E este Pai Natal é muito divertido e tem muito jeito para eles e eu acho que isso fez mesmo a diferença!


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12.03.2018

As minhas estrias, as minhas cicatrizes, a minha história.

Tinha 14 anos quando reparei que tinha estrias. Nos joelhos. Nos joelhos? Como? Andava toda contente porque as minhas colegas já tinham ou no rabo e nas ancas e eu nem vê-las e afinal… ali estavam elas, num sítio tão improvável. Depois delas, veio a celulite (e eu a pensar que escaparia). E novas estrias, desta vez nas mamas. Nem imaginam a injustiça que eu senti ao ver aqueles rasgões nas minhas maminhas. Sim, maminhas, tão pequeninas e com estrias, como se tivessem crescido tanto que a pele se vira obrigada a ceder. Só voltariam a crescer na gravidez.

A minha sorte, dentro do azar, era que, depois do choque, depois do tom rosa avermelhado, ficavam brancas e fininhas, ou pelo menos era o que me parecia. E eu encolhia os ombros, desvalorizava, e seguia com a minha vida. Contentava-me saber que não estava sozinha. E que pessoas que eu considerava lindíssimas, como a minha mãe, também as tinham e que não era por isso que deixavam de ser mulherões. 

Até chegar aos vinte e seis, engordei e emagreci e engordei e fiz dieta e ganhei estrias nas pernas, na zona interior, compridas. Ia pondo para trás das costas. Mas quando engravidei, comecei a olhar mais para o meu corpo, capaz de gerar vida e de me fazer a pessoa mais feliz do mundo, e tive vontade de cuidar melhor dele. Cremes nas zonas mais propícias a novas estrias (e uma grande dose de sorte, hidratação e genética?) fizeram com que, desta vez, nem uma ficasse para contar a história. Ou então nem reparei. 


Segunda gravidez e uma operação de urgência, logo após o parto, fez com que ficasse com uma grande cicatriz. Inesperada. A minha primeira, “à séria”, que me faria lembrar, para sempre, do maior susto da minha vida – uma atonia uterina que só parou depois de 6 horas de muitas tentativas, transfusões sanguíneas e medo. Está cá para que nunca me esqueça de que sobrevivi e vivi, após tudo o que me aconteceu, com ainda mais vontade, força e amor. Não gostei dela sempre. Sentia que algo tinha falhado. Tinha estado a um passo de ter o parto dos meus sonhos, pouco instrumentalizado, em que puxei a minha filha para o meu colo e, sem pontos, ia ter uma recuperação muito fácil, para poder dar atenção às duas filhas. Aquela cicatriz significava dores, dificuldade em levantar-me e levava-me àquele hospital e àquela sensação de impotência. Achava-a feia. A enfermeira do centro de saúde recomendou-me que espalhasse e massajasse com Bio-Oil e, com o tempo (terão sido meses?), aquele vermelho foi começando a perder a nitidez. Ainda cá está. Acho-a bonita. Relata uma história com final feliz.


Bio-Oil faz parte dos meus dias, desde então. Daí que o desafio em falar deste óleo, que marcou uma das fases mais duras (mas também mais mágica) da minha vida, seja tão especial. E não é por acaso que é o produto mais usado em estrias e cicatrizes em todo o mundo: é porque resulta. Não apaga nada, mas disfarça. Além de hidratar profundamente, reduz a aparência das estrias, cicatrizes, manchas e também do envelhecimento da pele. Também já experimentei na cara (duas gotinhas, não mais) e, ao contrário do meu receio (mito a abater), a pele não fica nada oleosa – pelos vistos, o PurCellin Oil deixa a fórmula mais leve, não fica gordurosa e a pele absorve-a de forma rápida. 


E vocês, que histórias contam? Sofreram ou sofrem ainda muito com marcas e estrias?
Já se aperceberam de que somos muitas?


*post escrito em parceria com a Bio-Oil

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Não há brinquedos de menina ou de menino cá em casa!

Hoje a Isabel pediu ao Pai Natal um equipamento do Benfica para poder jogar à bola. Ou (mais) um robot. Ou um microfone. A Luísa brinca com tudo o que lhe puserem à frente. Hoje quis vestir um tutu em cima das calças de ganga. Têm alguns carros, bolas, bebés. Há plástico e madeira. Livros de princesas, de animais, de tudo e mais alguma coisa. E eu achava que até lhes dava acesso a tudo, mas, quando me explicaram que aquele brinquedo ali atrás desenvolvia a percepção espacial, que era algo mais explorado e incentivado nos rapazes, apercebi-me de que, afinal, ainda tenho, temos, muito a fazer. 

Pus-me a ver um documentário (aqui) sobre o tema e é incrível como, apesar das descobertas mais recentes apontarem para cérebros idênticos, continuamos a perpetuar estereótipos parvos. As miúdas, de 7 anos, tinham menos auto-estima que os rapazes. Os rapazes tinham dificuldade em expressar sentimentos, além da raiva. As miúdas eram “bonitas” e os rapazes “espertos”. Ambos achavam que os homens eram melhores do que as mulheres. Ambos atribuíam as profissões de maquilhador(a) e dançarino/a a mulheres. Mecânico teria de ser um homem. A surpresa deles quando lhes apareceram à frente profissionais de género inesperado (e o giro que foi a interação entre todos).



Aos 4 anos, sei que a Isabel já tem as suas percepções de género, impostas pela sociedade, mas ainda não tem este discurso. Ainda. No entanto, não quero limitá-las. Corrijo algumas coisas que ouço dizerem. Que não há brinquedos de menina. Que o rosa não é uma cor de menina. Digo-lhe que é bonita, sim, mas também lhe digo que é curiosa, esperta e tento elogiar ou descrever o que faz e não só o que é. Isto é um processo, também para mim. Nem tudo está enraizado. Nem tudo é espontâneo. Mas é o que (me) faz mais sentido. E não, não tem de ser tudo acético. Nem tudo tem de ser posto em causa. Não é preciso mandar queimar as histórias da princesa à espera do príncipe, que a salva. Mas podemos (todos) abrir mais o leque. Pensar mais um bocadinho. E sentir, com o coração e com o corpo todo, que o mundo é grande e que o podemos dar, inteirinho, aos nossos filhos. 

Estes blocos de construção, que estimulam a percepção espacial, noção equilíbrio, etc, dos miúdos são da Hape e estão à venda cá em Portugal, por exemplo, na Maria do Mar



Próximo documentário que vou ver: The Mask You Live In (sobre o conceito de masculinidade e a forma como o "faz-te homem", "porta-te como um homem" e tudo aquilo que é expectável de um homem, está a fazer aos meninos, homens e à sociedade)

Apoquenta-vos este assunto? Querem partilhar coisas giras que tenham lido ou visto?

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