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12.08.2019

O que esta blogger quer para o Natal.

Não era isto que estavam à espera num blogue de maternidade, não é? Bem sei. Eu própria ia escrever sobre os melhores presentes para os miúdos (e ainda vou), mas ganhei aqui balanço a pensar também no que gostaria de receber. Pode ser que também tenham ideias para vocês ou, então, que as agências de comunicação, em vez de enviarem pensos para as perdas de urina (não quero lidar já com isso), enviem coisas que até quero receber, eheh.

Aqui vai a minha lista para o Pai Natal:


Blusão de ganga carneirinho.

Está mesmo com o ar de quem sabe que vai ser paga a 90 dias pela sessão fotográfica.

O blusão de ganga é daqueles casacos que combina com tudo (menos com ganga, na minha opinião) e, se for quentinho, escuso de ficar frustrada quando tento vestir camisolas por cima daquele que já tenho e ficar a sentir-me como se estivesse a passar por 10 TPMs.


Um sítio que tenha aulas de dança porreiras durante o dia. 




Quando fui a Cabo-Verde em Março e fui desafiada para dançar, fiz questão de não me esquecer da sensação que tive. Adoro dançar, adorei. Quero mesmo dançar (mas durante o dia, enquanto a miúda está na escola). Mais do que fitness, acho que me iria fazer bem a vários níveis. Infelizmente só encontro sítios com horários em pós-laboral. Conhecem algum com horários “diurnos”?

Aulas de Piano.



Sou apaixonada por violino. Calma, sei que é Piano que está escrito ali em cima. No entanto, falando com alguma malta da área, disseram-me que o violino é extremamente difícil para quem não tenhas formação musical. Acho que vou começar pelo piano e até já tenho contacto de um professor. Também terá de ser durante o dia e sempre ponho outras áreas do meu cérebro a funcionar. E, quem sabe até, incorporar mais tarde num espectáculo de comédia meu.


Atelier de Pintura (ou um cantinho na sala, pronto). 



Tenho de investigar. Por acaso, apesar de estar sempre muito disponível para aprender, para fazer cursos e tal, não me apetece ter formação em pintura. Apetece-me estar à vontade e pintar o que me apetecer, fazer o que me apetecer. Se calhar, dava era jeito saber que materiais a ter para que, por exemplo, quando pintar na tela, as cores não desapareçam.

Querem dar-me conselhos? Quero um cavalete, uma paleta e uma bóina.


Fatos-de-treino bons. 





Estou a transformar-me numa soccer-mom, bem sei. Estou cada vez mais fã de fatos-de-treino. Com uns bons ténis e cara, safa-se bem o look, além de ser super confortável. Arrisco-me sempre aos comentários da minha mãe que fica extremamente desiludida, mas deixo-os para dias em que saiba que não me vou cruzar com ela (ou levo-os de propósito, eheh).


Claro que não digo que não a viagens, fins-de-semana em hóteis e coisas do género. Contudo, acho que estas coisas me deixariam mais satisfeitas a longo prazo e até me fariam bem. :)

E vocês? O que almejam? Não se armem em Miss Universo e digam sem merdunfas.

12.04.2019

10 maneiras de estragar a vida com uma criança.

Como está aí o Natal, senti-me inspirada a escrever algo amoroso e apropriado para a época. Querem adicionar coisas à lista? Sintam-se à vontade. Nesta lista não há slimes, nem plasticinas que depois vamos ter que raspar do chão com uma faca de sobremesa.





1 - Termos as expectativas completamente desalinhadas. 

Se acharmos que ter uma criança vai mudar a nossa vida SÓ para melhor, vai ser tudo muito mais violento. Ou, vá, pode ser bem mais violento. Claro que há crianças que foram enviadas por anjinhos e adormecem melhor que uma mãe solteira ao final do dia, mas há outras que não. E que falam alto e que adoecem e que não sei quê. 

2 - Querermos ser as melhores mães do mundo. 

Ainda que querer ser a melhor mãe possível seja saudável, ser a melhor Mãe do Mundo é uma real chatice. Não que se veja como uma competição, mas não somos solidárias connosco e não conseguimos falhar sem nos sentirmos um grande pedaço de cocó após a ingestão de sopa de peixe (e nós sabemos que sim, são os piores cocós do Mundo). 

3 - Não querermos que eles se sujem.

Ainda que não seja o exemplo perfeito de sanidade mental (quem é? - não, ninguém me bateu à porta e respondi por escrito), lembro-me perfeitamente dos calores com que se fica quando sujam a mesa ou o chão com alguma coisa que, ainda por cima, nós tenhamos comprado. Sabem porque é que me lembro como se fosse ontem? PORQUE FOI ONTEM. Queremos que as crianças se comportem como a Lilibet do The Crown e não se sujem mesmo ao ponto de terem de engolir o próprio vómito, mas a realidade não é essa.

4 - Acharmo-nos o centro do universo. 

Se a nossa principal tendência for a culpabilização, preparem-se para um babyblues que vai durar a vida toda, caraças. Se a criança não dorme e a culpa foi nossa porque acendemos uma vela do Continente ou porque temos a cama virada para sul ou porque abanámos demasiado a franja quando respirámos fundo, vai ser uma longa e cansativa corrida - mais além do necessário. Se a criança chora porque a mãe é rasquinha, se não chora porque a mãe é rasquinha... que opções nos estaremos a dar para que as coisas corram bem? 



5 - Querermos que a vida se mantenha totalmente igual. 

Dá para vê-las por aí, nos primeiros tempos, as mães que não aceitam irem-se abaixo ou que ainda não conseguiram encaixar que a vida anterior acabou. Não quer dizer que tenha ficado pior, apenas que tenha mudado. Ainda ontem vi no instagram uma citaçãozinha fofa que dizia "Your new life is going to cost you your old one" e faz todo o sentido. No início, muito até por pressão dos amigos ou de quem quer que seja para que não nos vamos abaixo, sentimo-nos inclinadas a lutar contra o cansaço e o desnorteio e apresentarmo-nos flawless ao mundo mantendo as combinações e as saídas. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. A vida mudou. É preciso fazer um luto da anterior e aceitar com calma e paciência (tanta quanto possível visto que... saiu um ser vivo do nosso pipi) que as coisas já não vão ser as mesmas e que só quando tiverem 20 anos é que vão ficar parecidas. Isto se não se tornarem na Greta porque depois andam em catamarans a viajar e deve-se ficar com o coração nas mãos.

6 - Sermos LOUCAS por rotinas.

Ai filhas, ainda a lidar com esta. A partir do momento em que me disseram que ter rotinas fazia com que a criança se sentisse mais segura... (e a mim também) fiquei ou piorei da minha obsessão com as horas. Reparei que ela adormecia bem melhor se fosse sempre pela mesma ordem e aos mesmos minutos. Chamem-me de maluca - são só mais umas - mas como sair desta bolha óptima de que podemos facilitar a nossa vida se não a complicarmos? Fica só o aviso: serem loucas por rotinas pode custar-vos a vossa sanidade já que... tudo o que implique uma mudança, implica desconforto e... sair para jantar fora faz bem à cabeça de toda a gente ainda que roube uns minutinhos de sono.

7 - Não saber lidar com a desarrumação.

Acabou, gente. Acabou aquele controlo hermético da nossa casa. Podemos estar a fazer xixi e a ouvir uma caixa de legos a ser vertida para cima do tapete que tinha sido acabado de ser aspirado e que já tem em cima as botas que há minutos pisaram lama à saída da escola. Esqueçam o controlo. Esqueçam ter a casa, a cozinha arrumada. Temos de sair daquela noção de casa Pinterest para conseguirmos relativizar o facto de termos criado um mini tornado naquela noite em que talvez até só tenhamos feito amor para não ficarmos semanas sem fazer e criar problemas na relação? O quê? Eu? Não.

8 - Não nos informarmos. 

Há imensas mães que fazem dos médicos autênticos deuses até para questões que têm 0 a ver com medicina. Médicos que nem são pais ou que poderão ser pessoas completamente diferentes de nós e, por isso, as visões que têm do que está certo a nível comportamental não se adequem à nossa identidade e ao que queremos da nossa família. É muito perigoso termos como referência uma pessoa que nos parece certa nuns assuntos e extrapolarmos para o resto. Manter sentido crítico é essencial e... façam como fazem quando procuram doenças na net: mesmo que encontrem a pior resposta possível (cancro), continuem a ler até que encontrem uma resposta que vos seja mais conveniente. Claro que os médicos se devem ocupar da saúde, mas talvez nem todos saibam se é melhor deixar a criança chorar antes de lhe pegarmos ao colo ou não. Não deixam de ser pessoas e, por isso, cuidado com as opiniões alheias. Leiam e sintam-se à vontade para seguirem o que mais vos fizer sentido.




9 - Informarmo-nos demais.

Pooooois... Também é um perigo. O excesso de informação... principalmente num assunto que nos traga tantas inseguranças. Talvez das coisas mais importantes no processo (sabemos lá quando acaba) é aceitarmos que a tentativa e erro não só faz parte como também é desejável. Não se nasce a ser boa mãe - acho eu - e os miúdos não esperam por nós para crescerem. Por isso, sejamos misericordiosas connosco e aceitemos que vamos errar nalgumas coisas e que vamos acertar noutras. O importante é que estejamos sempre disponíveis para melhorar, certo?

10 - Compararmo-nos às mães do instagram.

Vamos sempre projectar os nossos piores receios nas outras pessoas. Aquilo que nos deixa mais inseguras vai ser o que sentimos que as outras pessoas não estão a viver. Aconselho vivamente a deixarem de seguir malta "perfeita" no instagram porque acaba por ser doloroso. Também essas mães passam por dilemas - se calhar até mais do que nós e daí terem a necessidade de também mostrar só o lado bonito - e vão sempre fazer-nos sentir que estamos a errar algures. Questionem-se da utilidade das pessoas que seguem e vêem no dia a dia nas redes e estejam atentas também ao tom das conversas que as outras pessoas têm convosco. Podem ter a intenção de vos ajudar mas, por causa dos seus próprios assuntos por resolver, acabem por fazê-lo de uma maneira tóxica.

Isto são 10 maneiras que partilho convosco de como estragarem a vossa vida com uma criança. Só sou mãe há 5 anos, mas garanto-vos que penso bastante no assunto. Espero ajudar-vos a poupar algum tempo e dor e que também poupem às vossas amigas ao partilharem este artigo. Não tem a ver com o blog ter mais views ou não que, sinceramente, hoje em dia, patrocinar uma publicação com 5 euros resolve o problema. A verdade é que tanto a Joana Paixão Brás como eu queremos muito que o maior número de mães possível (e famílias, claro) seja feliz.


12.02.2019

As melhores séries de sempre.

E quando nos tínhamos de sujeitar às séries que havia a dar na televisão? Quantas vezes teremos visto as mesmas coisas todos os anos? Ou, pior, quando ficávamos com imensas cassetes em casa e com multas por pagar por não as entregarmos a tempo ao videoclube? A Netflix veio mudar isso e... ainda bem! Mas, para não andarmos todos a ver as mesmas coisas ao mesmo tempo e aproveitando o nome do nosso blog, confiem na Mãe. Porque sabemos perfeitamente quais são aquelas em que nos fica a doer o coração se adormecermos logo no final do episódio.

Olhem aqui uma montagem tão fofa, semelhante àquela que as miúdas faziam  na escola com aqueles dossiers plastificados. Só que esta não tem fotografias nossas com os nossos ex-namorados. 

Conseguem saber quais são? 


Fica aqui o nosso podcast da semana, para ouvirem no regresso a casa ou para porem agora nos headphones no trabalho para não terem de ouvir os comentários sobre o futebol ou não sei quê dos casados (se ainda estiver a dar):


Também podem ouvir aqui nos Apple Podcasts. Comentem e deem estrelinhas, não é isso que nos vai pôr comida na mesa, mas gostamos de receber o vosso amor de volta ;)
Outra novidade: associámo-nos à Science4you para vos trazer um desconto de 10% em tudo o que comprarem por lá com o código AMAEEQUESABE, sendo que recomendamos encarecidamente as estufas de morangos, melancias e meloas. Uma prenda educativa, sustentável e comestível. Além de servir para os vossos filhos no natal (e sobrinhos, etc) ou para os próximos aniversários. Podem comprar já aqui, por exemplo ;)


11.25.2019

Mais um podcast: como ser freelancer?

Já tínhamos falado sobre isto em vídeo. Acho que foi logo num dos primeiros meses! Ainda estávamos cheias de moral e de esperança que este estilo de vida fosse preencher todos os nossos maiores sonhos. Agora, um ano mais tarde, o que sentimos em relação a isto?

Aqui ainda estávamos as duas com as preocupações normais de quem tem um emprego estável. 


Estes bichos doidos da comunicação são freelancers há um ano. Ou perto, vá. Conseguimos usufruir da nossa liberdade e almoçar a meio do podcast, esperamos que não se importem (muito). No entanto, talvez tenhamos ajudado a construir um cenário mais realista para quem esteja na dúvida ou precise de um último empurrão para seguir em frente com os seus sonhos. Ou então, talvez os derradeiros testemunhos para se deixarem estar no quentinho do vosso contrato de trabalho. De nada, Mundo.


Também podem ouvir nos podcasts da Apple mas sou azelha e não consigo retirar o link direito para pôr aqui. Não vai ser por isso que não vão ouvir, pois não? Nãaaaao!
Se quiserem ver o vídeo em que ainda estávamos com cara de quem estava confortável na vida, está aqui: 





Todos os domingos temos um vídeo novo para vocês. Continuámos com o jogo das perguntas da semana passada e, desta vez, o alvo foi a Joana Paixão Brás. Querem ver? 




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Ainda não estou preparada para falar disto, mas...

Hoje foi o Dia Internacional da Violência Contra as Mulheres e passei-o na Conferência da Associação Corações com Coroa na Gulbenkian. Já não é a primeira vez que colaboro com a associação, a Joana Paixão Brás e eu já participamos e foi muito agradável e produtivo (podem ver aqui o vídeo).

Desta vez, fui eu e a Rita Camarneiro. A ideia era pegar numa campanha sobre os ditados populares pela Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género e ser um comic-relief a meio da conferência. 

Claro que sabíamos que não íamos exactamente para um bar fazer comédia, mas também não estávamos à espera de sermos atropeladas por tantas emoções. Enquanto esperávamos e ouvíamos os testemunhos de várias vítimas auto-empoderadas a partilharem os seus testemunhos de enúmeros tipos de violência e discriminação ficámos sem ar, chorámos e sentimo-nos minúsculas. Senti-me também esperançosa e cuidada ao saber que há quem se mova por estas causas a um nível mundial e tão individual ao mesmo tempo.



Custa-me que a conclusão actual seja que "o Mundo está perdido" porque o que vi hoje foi um grupo enorme de pessoas que irradia força, energia e... equilíbrio, caramba. Que bom ouvir outras pessoas a falar e tão bem, com tanta certeza... encheu-me de esperança. 

Uma das coisas em que pensei foi o que podemos fazer no nosso dia-a-dia de forma a entreajudar-nos mais. E um dos ângulos desta campanha é precisamente questionarmo-nos sobre o que já está enraizado na nossa cultura até tendo os tais #ditadosimpopulares por base. 

Se é verdade que temos de respeitar a privacidade uns dos outros, também é verdade que devemos zelar uns pelos outros e até que há várias formas de o fazer. Entre marido e mulher não se mete a colher?

Após uma breve pesquisa, deparei-me com o site da APAV que fala dos "sintomas" a que devemos estar atentos nas pessoas que nos rodeiam que poderão indiciar uma situação grave: 


Apoiar um amigo, amiga ou um familiar

A ajuda inicial de um amigo ou amiga ou de um familiar pode ser crucial para que a vítima de violência doméstica fale e peça ajuda para tentar sair da situação de violência em que vive e com que tem de lidar sozinha.
O silêncio facilita a existência e a continuação da violência. O papel do/a amigo/a ou do familiar pode ser o início do fim da violência.
Tome atenção aos seguintes pormenores:
Se o/a seu/sua amigo/a ou familiar está...
  • anormalmente bastante nervoso/a ou deprimido/a;
  • cada vez mais isolado dos amigo/as e familiares;
  • muito ansioso/a sobre a opinião ou comportamentos do seu/sua namorado/a ou companheiro/a;
  • com marcas não justificadas e mal explicadas, por exemplo, de nódoas negras, cortes ou queimaduras;
Ou se o/a namorado/a ou companheiro/a do seu/sua amigo/a...
  • desvaloriza e humilha o/a seu/sua amigo/a à sua frente e de outras pessoas;
  • está sempre a dar ordens ao/à seu/sua amigo/a e decide tudo de forma autoritária;
  • controla todo o dinheiro e os contactos e saídas sociais do/a seu/sua amigo/a.
Podem indicar que o/a seu/sua amigo/a pode estar a ser vítima de violência doméstica. Contacte a APAV: 116 006 ou através da Rede Nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima ou apav.sede@apav.pt


Poderá também ser interessante visitarem o site para saberem o que não fazer quando falarem com uma suposta vítima e também tentar perceber qual a posição das mesmas nas relações para terem cuidado com o vosso julgamento. 

Confesso que é sempre mais óbvio e directo empatizar com a situação da vítima, mas apelo também a que todos consigamos perceber que o que nos leva a termos comportamentos sociais inaceitáveis são deficiências sociais, educativas ou personalísticas. Importante, digo eu, tratarmos deste problema como um problema de todos (e todas as vertentes do mesmo) e de uma perspectiva profilática e não só (embora crucial) imediata. O apoio psicológico, a saúde mental deveriam ser uma das maiores prioridades para garantir que não há tantos humanos a viverem nestas condições em que se vêem inevitavelmente colocados numa posição de vítimas de agressão ou de agressores. 

Ajuda-me também reflectir o que quero passar à minha filha com isto. Quero que ela seja segura, confiante e que tenha um significado muito saudável e positivo do que é amar e ser amada. Quero que ela não acredite em príncipes encantados que nos tragam a salvação mas que ela sim, é a responsável pela sua própria felicidade e que poderá encontrar alguém com quem a partilhar e que a abrilhante. 

Acho que a missão começa muito em nós, mães. Mães de rapazes, mães de meninas (pais, também, claro, mas reparem no nome do blog, vá haha) que temos o peito cheio de amor para dar e que temos uns bons anos repletos de oportunidade para ajudarmos à construção de indivíduos construtivos, empáticos e confiantes para este Mundo. 

Somos todos tão importantes e podemos ser ainda mais. 


11.17.2019

Chamei o 112 e não sabia se podia sair de casa.

Não se ponham com "ai, lá está a Gama com os títulos sensacionalistas" porque foi mesmo o que aconteceu. Confesso que só agora, passado uma semana, consigo escrever sobre o assunto porque tive ainda de me reequilibrar. Perdi um bom pedaço do sentimento de segurança relativamente à nossa casa e acho que só agora estou a recuperar. 

Ora, só para que tenham uma noção, era uma da manhã. Aqui a gorda já tinha adormecido a ver uma série da Netflix e comido meio kg de amendoins. De repente, ouve uma explosão. Acorda um bocadinho, mas pensa "caramba, os meus sonhos estão a ficar mesmo vívidos..." e manteve-se deitada. Vou só parar de falar de mim na terceira pessoa, vá. Depois, começou a cheirar-me a bolo (??) e a borracha queimada. Por acaso - não é meu costume levantar-me - levantei-me para ver o que se passava e, quando fui à cozinha, já não conseguia ver nada. Estava tudo cheio de fumo e tornava-se impossível respirar. Corri para fechar a janela oscilo-batente e também fechei outras janelas que estavam assim para arejar a casa.

Reparei que a loja do r/c estava a arder. E apressei-me a ligar para o 112. Disse onde era o incêndio e perguntei se podia sair de casa e o técnico disse-me que não sabia. Irritou-me na altura porque "é esta a utilidade do serviço de emergência??", mas depois lembrei-me que o senhor sabia lá como é que estava a minha casa, se era um prédio ou não ou o quer que fosse. Antes assim do que me mandar sair e ficarmos as duas fritas à saída do apartamento... 



Os bombeiros chegaram rápido, ainda que me tivesse parecido uma eternidade. A minha querida vizinha veio bater-me à porta quando acordou para me avisar do incêndio e acho que aí saí "do choque" e apercebi-me que tinha de tomar decisões. Acordei a Irene e pu-la na casa da vizinha a brincar com a filhota bebé (acho que acabou por não ser grave para nenhuma das duas visto que puderam brincar enquanto os adultos se esvaiam de pânico). Depois fui fazer uma mala com o mínimo indispensável: documentos, carregador telemóvel, medicamentos para as convulsões da Irene e ténis para ambas. 

Ficámos à espera de saber se o fogo tinha ficado controlado. Os bombeiros depois vieram com uma ventoinha gigante ventilar a nossa casa, mas era impossível dormir aqui durante mais de um par de dias. O ar estava irrespirável. E ainda bem que a vizinha nos deu guarida. Afinal já eram praticamente 4 da manhã. 

Na manhã seguinte, reparo que a casa continua sem condições para ser habitada e que tinha de ser feita uma limpeza a fundo, assim como pintar as paredes. Assim foi. Mas, como vos disse, só agora, uma semana depois é que estou a voltar a sentir-me segura aqui, por muito tonto que isso pareça porque seria altamente improvável voltar a acontecer o mesmo. 

Lado positivo? A relação com os vizinhos ficou mais próxima, fomos dormir a casa do meu pai e foi uma noite gira, a Irene passou o dia com a avó e foi ao cinema e eu passei a dar ainda mais valor ao conforto que temos por termos uma casa porque foi terrível não ter onde estar durante esses dias. 

Já passou. Já está. 

Entretanto, sabem que temos um podcast? Chama-se "a Mãe é que sabe", mas é onde falamos sobre tudo menos maternidade. Só para desenjoar um bocadinho. Podem seguir-nos no SpotifyApple PodcastsSoundCloud e Anchor FM. Talvez sejamos boa companhia para o final do dia no carro a caminho da escola deles, por exemplo. ;)

Podem subscrever no nosso canal no youtube aqui ao lado e ainda podem fazer parte do nosso projecto "a Mãe é que sabe ajudar" em que vamos a casa da família vencedora, damos uma ajuda no que for preciso e levamos bens connosco para dar um fôlego nalgumas necessidades e conforto. Se quiserem entrar em contacto connosco, têm o nosso e-mail aqui


Para além disso, associámo-nos à Science4you para vos trazer um desconto de 10% em tudo o que comprarem por lá com o código AMAEEQUESABE, sendo que recomendamos encarecidamente as estufas de morangos, melancias e meloas. Uma prenda educativa, sustentável e comestível. Além de servir para os vossos filhos no natal (e sobrinhos, etc) também serviria para encherem a vossa casa com umas 10 caixas e ficavam já despachadas com prendas para os próximos aniversários sem terem de ir aos poucos ao centro comercial aflitas. Podem comprar já aqui, por exemplo ;)

11.11.2019

Namorado aos 5 anos?

Hoje fui chamada à casinha (até gosto do nome, apesar da piroseira) para me ser comunicado que minha filha teria iniciado a sua primeira relação amorosa. Não só que tinha acontecido como que tinha sido ela a tomar iniciativa. 

Achei amoroso, claro. Especialmente porque sempre tive cuidado de não empolar o lado romântico na Irene. As crianças devem ser crianças e sinto que não se deve espevitar o "já tens namorado?" e a questão do casamento e família. Já chegam as imposições da sociedade - umas mais silenciosas que as outras - e haverá sempre tempo para lidar com elas. No entanto, ela convive com os amigos, há de ver desenhos animados em que tal acontece e, por isso, "limito-me" a oferecer o contraditório. Falando da importância da amizade, tentado explicar o que é o amor e como devemos tratar os outros e sermos tratadas. 

O namorado "emprestado" da minha filha - porque "não damos beijinhos, mãe, por causa dos micróbios" - ofereceu-lhe hoje umas cartas Pokémon e ela tem o desenho de retribuir com uma carta de amor que escreveu sozinha - com tantos erros, que amor - para ele: "Crido XXXX, cria faser esta carta namorado". E amanhã lá vai ela entregar-lhe. 


Giro que quando ela lhe pediu em namoro, ele primeiro disse que ia pensar e só depois voltou com a resposta afirmativa. Disse que passaram o almoço todo a chamar-se namorado um ao outro. 

Claro que me ri, claro que dei a devida importância que isto tem para ela. Dei o meu melhor para não empolar, mas para pegar na situação e explicar-lhe mais algumas coisas, nomeadamente que, se o namoro um dia acabar, que é importante e possível que os dois fiquem amigos tal como a mãe e o pai ficaram. 

"Ou namorados para sempre como os avós", disse ela. 

O pai, ao telefone, quando ela lhe quis contar depois também frisou que ela deve ser sempre tratada com carinho e respeito e ela disse que já sabia. Além de lhe ter perguntado se o rapaz não teria a idade do pai só para ficar descansado, ahah. 

Pelo que, venha o que vier, seja lá o que for, a Irene sabe que antes do namoro vem a amizade e que durante o namoro e depois também. E que, tanto na amizade como no amor, o carinho e o respeito são o mais importante. 

Apetece-me ir coscuvilhar com os pais do rapaz, mas ainda me acham casamenteira, ahah. 



Já repararam que saiu um novo episódio do nosso podcast? Desta vez falamos do que é preciso fazerem para terem um blog de sucesso (grande moral, bem sabemos!). Está disponível no Spotify, SoundCloud, Achor FM e iTunes, ok? ;)



Para além disso, se continuarem nas maratonas de aniversários ou não quiserem ter um enfarte em Dezembro a tratar das prendas de Natal, aproveitem o desconto AMAEEQUESABE nas lojas Science4you. Têm 10% em toda a gama de brinquedos, hã? Claro que recomendamos as estufas que são os nossos brinquedos preferidos, os que têm o nosso endorsement. ;) São óptimas actividades para aprender, esperar, observar e comer. Tudo em família ;)

Caso não vos apeteça ir a um centro comercial em breve, ficam aqui com a loja online para despacharem o assunto não só para os vossos mas para todos os aniversários até Dezembro de 2024. 


Se calhar fomos longe demais...

É possível porque nos pusemos a dizer o que seria necessário para ter um blog de sucesso. E, por isto, quer dizer que tivemos de comparar o que fazemos com outras pessoas. Nada contra, mas há práticas com as quais não nos identificamos e também temos as nossas opiniões. 

Para vocês que estejam a pensar em ser bloggers ou algo do género, pode ser que seja interessante pensarem nestas coisas.




Já subscreveram os nossos podcasts nas nossas redes? ;) Deviam! Falamos de tudo menos de maternidade (só para desenjoar).


Também está disponível nos podcasts da Apple, claro ;)


 

11.10.2019

5 anos!

5 anos disto. 
5 anos e picos de uma amizade que deu nisto. 
5 anos em que, tu, Joana Gama, tiveste de levar com a montanha russa que eu sou, ora lá em cima e motivada, ora frustrada, desanimada e a sentir-me paralisada. 
5 anos em que tu, Joana Gama, nem sempre escreveste coisas com as quais eu concordava, mas era isso que nos distinguia e que sempre deu força a este blogue: a tua paixão e garra.
5 anos a rir-me muito com os teus textos e a reflectir e a aprender com quase todos. 
5 anos de desabafos, de disparates, de fotos de cara lavada e até de pijama. 
Sem ter medo do que os outros pudessem pensar.
A partilhar casos, histórias de outros, dores de várias mães.
A responder a e-mails de leitoras que procuravam palavras amigas e de compreensão quando mais ninguém à sua volta parecia tê-las.
A fazer rir, a descomplicar, a partilhar coisas tão íntimas que faziam com que quem estava do outro lado se sentisse normal. 
Copo menstrual, sexo pós-parto, divórcio, guarda, partos, cansaço, psicoterapia, sonhos e desilusões.
Mudança de vida.
Reações inesperadas, desabafos e partilhas que faziam com que 
sentíssemos que o que fazíamos aqui até era especial.
Um convite para escrever um livro, para idas à TV, para entrevistas, para embaixadoras de projectos e até de marcas.
Nãos, bastantes nãos, quando não consumíamos nem confiávamos em algum produto. Alguns sins que faziam sentido que nos pagavam para que pudéssemos ter tempo para escrever sobre tudo o resto. Mais que justo.
Projectos que desenvolvemos por nós, começados por ti, e nos quais sempre confiei e aos quais
me entreguei.
Dicas de viagens, restaurantes ou de consumo, mas principalmente dos valores em que acreditamos, de livros, museus, espectáculos, atividades, disciplina positiva e aquilo que uma escola deveria ser.
Textos, vídeos e depois podcast, para falarmos de tudo o que tem a ver com a maternidade e tudo o que não tem. Tudo o que somos e tudo em que pensamos.
Já errámos, já fomos intempestivas ou dissemos disparates, já nos arrependemos, já mudámos de opinião e mantivemos tantas outras. 
Mas, sobretudo, já ficámos felizes por algo que parecia tão pequenino ter chegado ao coração de tanta gente (e se só ao de uma pessoa que fosse não teria sido em vão).

Quantas vezes já chorámos com comentários muito desagradáveis? (fui só eu?)
Quantas vezes já soltámos uma gargalhada? 
(e um pum? - é retórico, não respondas Joana Gama, pleaseeee LOL)
Quantas nos orgulhámos do que andamos aqui a fazer?

Já te disse que me orgulho muito de nós? E que sinto que te tenho de agradecer muito, mesmo muito?

Obrigada, Joaninha. Companheira de blogue, mas também de vida.











Obrigada a todos os que connosco já embarcaram nesta aventura:
 à Marta, que aqui estava há 5 anos; 
à Sara-a-Dias, que nos desenhou logo de início;
- à Joana, à Inês e à Susana, que nos têm vindo a fotografar e a acompanhar todas as nossas fases; 
- à Maria que nos deixou este cantinho também muito bonito; 
- a todas as pessoas que estão nas agências, marcas, editoras, revistas, programas que um dia viram algo especial em nós e decidiram dar-nos voz e apostar em nós.

Mas principalmente a todos os que nos seguem há 5 anos (alguém ainda? ahah), mas também a quem chegou mais recentemente. 
A quem nos ajuda a crescer, quem nos abraça e quem nos questiona. 
Quem quer o melhor para nós e para as nossas filhotas (não em conjunto, embora às vezes pareça). 
Tem sido bom, muito bom!

São 5 anos, caraças!



11.05.2019

Temos de parar de fazer isto.

Temos. 
Talvez nem toda a gente veja o que eu vejo, mas acho que se nos debruçarmos um bocadinho na questão, talvez consigamos sentir o que eles poderão estar a sentir. 

A criança chora. 

Aqui abre-se espaço para imensas reacções da nossa parte. 
Suponhamos que vivemos uma vida que consigamos ter um pouco de disponibilidade emocional para ter empatia pelos nossos filhos, embora numa situação com a qual não nos consigamos relacionar. 

Exemplo: 

A criança começou a usar o tablet. 
A mãe avisou que seria só enquanto ela fazia o jantar e que depois teria que o desligar. 
A mãe volta da cozinha e retira o tablet. 
A criança chora. 
A mãe fica irritada porque já tinha exposto a situação e comunicado as regras. Sente que não foi ouvida e sente-se frustada porque já adivinhava que podia ser esse o resultado e assim aconteceu. 
A criança chora. 
A mãe não consegue ir além dos seus sentimentos e o choro escala. A criança está incapaz de ouvir. 
A criança que, tal como conseguimos imaginar por também ser uma pessoa, teve um dia que a deixou cansada. Correu, brincou, geriu frustrações com cerimónia ou com as ferramentas que tem ao seu alcance tendo em conta a sua maturidade e experiência. 
Continua a chorar. 
A mãe não sabe o que há de fazer. 
Olha-lhe nos olhos e imita-a a chorar. Gozando com o choro. 
Não quer que ela se sinta pior, mas só quer que o choro pare. 
Não pára. 
O choro escala. 
A mãe finge chorar ainda mais alto e, sem se aperceber, gozando com a criança. 

Hoje ouvi uns vizinhos meus a fazerem-no. Já vi amigas minhas também a terem esta tendência. Lembro-me de me sentir muito sozinha e até mal-tratada por pessoas que supostamente seriam aquelas que me deveriam apoiar e ajudarem a acalmar-me. Sentia como se fosse um murro na barriga depois de mostrar que estou doente. 

Será que podemos parar com isto? 

Será que conseguimos olhar para as crianças como sendo pessoas ainda que possamos ter que admitir que não temos as ferramentas necessárias para sermos sempre a solução? 

Será que conseguimos perceber que, no meio da nossa indisponibilidade - à qual muitas de nós estamos sujeitas sentindo que não existem outras hipóteses - não são as crianças que devem pagar o preço? 

Será que embora não consigamos perceber as razões que levam a uma criança a explodir numa reacção semelhante podemos sentir empatia relembrando-nos das vezes em que já estivemos no lugar delas quando éramos mais novas? Ou até mesmo quando no dia-a-dia nos sentimos incompreendidas, desabafamos e não queremos receber "gozo" de volta? 



Talvez o equivalente numa relação adulta fosse: 

- Sabes, Sónia, ultimamente sinto-me perdida, que a minha vida não faz sentido. 
- Ai, Madalena, lá estás tu com as tuas merdas. És sempre a vítima, sempre a vítima. Não consegues só deixar-te de te queixar e de seguir em frente? Que chatice!

Não é isto que procuramos, precisamos ou devíamos obter quando partilhamos sentimentos (tendo em conta as várias formas e desenvolvimento emocional de cada um). Ainda que a Sónia não tenha tido uma educação baseada na empatia e no amor ou mesmo que a Sónia tenha tido um dia péssimo. 

Don't kick them when they're down. 

Don't kick them at all. 

Não sou psicóloga, não sou orientadora ou qualquer uma dessas profissões que, por terem um lado académico, também nos transmitem mais confiança, mas já fui criança e sou adulta. 

Talvez não consigamos reagir logo. Talvez não tenhamos nada de bom para dizer. Talvez precisemos de nos acalmar um pouco ou talvez precisemos de rever a nossa vida ao máximo para que consigamos ter mais disponibilidade mental para que, nestas alturas, não falhemos com quem convidámos a que viesse habitar este mundo connosco. 

Estou zangada, sim. É uma tristeza primária que se apoderou de mim para escrever este post, mas talvez ajude a que mais gente se lembre de quando era criança. Ou apenas da última vez em que esteve triste. 





10.31.2019

Odiamos viver.

O quê? As bloggers não têm direito a não querer viver? Têm, têm. Não é por termos recebido um presskit na semana passada de pensos para perda de urina e, em tempos, nos terem oferecido um kg de queijo que não nos vamos queixar como as pessoas normais. Era o que faltava. Apesar desta nossa profissão de deusas também temos momentos em que odiamos viver. 

No dia de gravação deste podcast estávamos as duas piursas e fizemos questão de vos brindar com a nossa alegria.

Fotografias de quando estávamos felizes e tesudas. 


Domingo contem com um vídeo novo no nosso canal de youtube (já seguem?) como é costume ;)


Também está no Apple Podcasts ;)

10.22.2019

E os filhos que se portam muito pior com as mães?

Tenho ouvido isto a torto e a direito. E quando morava com o pai da Irene também reparei que acontecia entre nós. Hoje fui pesquisar se havia um motivo e claro que a internet tem imensas respostas para tudo - ainda que a maior parte seja cancro. 

Encontrei esta resposta que me agradou: 

Eles portam-se pior connosco porque sentem mais facilmente o nosso amor incondicional. Somos uma espécie de depósito para todos os sentimentos maus e, supostamente, se há alguém que consiga fazê-los sentir melhor somos nós. 

Isto não é contra os pais. Há muitos pais que são mães. E há muitas mães que não o são. Há avós que são mães, etc. É quem quer que assuma esse papel, até existindo "mãe" ou não. 

É como se tivéssemos direito aos sentimentos não processados, sem medo. Além disso, na escola, estão normalmente "contidos" e, quando nos vêem, somos a almofada, o quentinho, o útero, vá. 


Na primeira escola da Irene foi doloroso. Sempre que a ia buscar, ela desfazia-se em lágrimas muito aflita quando me via. Havia vários motivos para isso, mas era uma explosão gigante de tensão. Com o pai não tinha a mesma reacção, acho. 

E ainda bem que assim é. Assim temos oportunidade de os ajudar a lidar com os sentimentos da melhor maneira. Ainda bem que não se limitam connosco. E quanto mais espaço dermos, mais naturais vão ser e, por isso, melhor os conseguimos ver. 

Não deixem que vos convençam que eles reagem pior convosco porque os estão a mimar demais. Estão a amar como deve ser. E eles sentem isso. E agradecem assim.


Embora seja tão chato depois de um dia inteiro de trabalho, não é? 




Temos novo podcast para vocês e é sobre seeeeeeeexoooooooo:


10.21.2019

Vamos fazer sexo juntas?

A Joana bem que queria (podem ver pelos stories no nosso instagram aqui), mas ainda não aconteceu. No entanto, ganhámos coragem e acabamos de publicar o episódio no podcast. Ainda não ouvi todo, por isso não tive tempo para me arrepender. Sabem quando arrumamos "de ouvido" num lugar apertado? É o que estou a fazer hoje.



Isto é um frame da nossa sextape. Fica a vossa consideração quem é a dominante ou a passiva. Ahah.

Bom, adiante. Não há maneira de se desculparem de ainda não terem ouvido os nossos podcasts. "Olhem" só ;)


 


 





Nalgumas plataformas poderá demorar mais algum tempo a actualizar o último episódio, mas nada como subscrever para ficarem a par. Ainda está disponível nos Podcasts da Apple. 


Entretanto, não sei se repararam, mas lançámos um novo vídeo de ontem. Como falam (se é que acham bem falar) sobre homossexualidade e racismo com os vossos filhos?



Querem propôr novos temas? ;)




10.15.2019

Lembram-se quando a cama tinha picos?

Lembram-se quando souberam que estavam grávidas?

Da primeira vez que ouviram o coração do vosso bebé?

Os primeiros pontapés?

As contracções? 

A primeira vez que o seguraram?

A primeira vez que o viram ao colo de quem o fez convosco?

O caminho do hospital até casa?

A primeira vez que o viram a dormir na caminha que tinham preparado?

A primeira vez que, depois do leitinho, adormeceu no vosso peito?

O primeiro sorriso? 

O primeiro piscar de olhos para vocês?

A primeira vez que lhe deram banho e se tornou uma das coisas mais giras?

A primeira palavra?

Quando começou a saber sentar-se? A mexer-se ao som da música?

A rebolar-se de um lado para o outro? 

A mexer-se de surpresa sem que estivessem à espera?

Os primeiros passos?

A quantidade de vezes que andaram curvadas a segurar-lhe as mãos para que aprendesse a andar?

A primeira vez que comeu de uma colher?

Quando experimentou pão e gostou?

Quando andou de baloiço e não quis sair?

Quando a "cama tinha picos" porque não havia lugar para dormir que o vosso colo?

Quando lhe vestiam uma roupinha nova e parecia que tinham um bonequinho?

Quando cheirar-lhe a cabeça parecia ser o melhor ansiolítico do mundo?

Quando bastava fazer um som diferente com a boca para ele sorrir para vocês?

Quando voltaram do trabalho a primeira vez e morriam de saudades dele?

Quando saiam de casa com o coração pesado por saberem que ele iria sentir a vossa falta?

Lembram-se daquela noite em que ele adormeceu rápido demais e, quando se sentaram no sofá, fez-vos tanta falta? 

Lembram-se daquela sopa que não estava maravilhosa, mas que ele comeu na mesma?

Lembram-se dos sons dos animais que ele aprendeu a fazer? 



Não é impressionante que esse bebé tenha crescido e seja esta pessoa que têm convosco? Não é impressionante que tenha saído de nós, tenha sido cozinhado em nós e que agora tenha opiniões e saiba dizer o que quer? 

Quanta sorte temos? 

É raro lembrar-me que a Irene já foi a minha bebé, mas sempre que me ocorre apaixono-me mais um bocadinho. Por ela e por mim. 

Do que têm mais saudades? 


Caramba. Que sorte.



No último podcast falámos sobre as nossas relações passadas. Sobre a Joana ter sempre namorado com a mesma pessoa em corpos diferentes, sobre eu já ter tido uma relação semi-aberta e até do meu primeiro grande amor. Oiçam, pode se que vos traga boas memórias também ;)