Mostrar mensagens com a etiqueta Joana Gama. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Joana Gama. Mostrar todas as mensagens

9.19.2018

Regras básicas do Whatsapp.

Gente, tendo em conta o post de ontem e depois do comentário de algumas mães (ou inimigas minhas do básico que ficavam todas roídinhas por eu arrasar em calças justas no rabo) a dizerem que o blog estava a ficar booooring, aqui um assunto que acho que nos toca a todas: o Whatsapp. 




É uma aplicação para conversar. Tipo messenger, mas sem aquele aspecto de Facebook. E que usa os números de telefone para isso e não os contactos do Facebook. O que faz com que aquele tipo que adicionaram há 7 anos e que não sabiam bem quem era, não saiba se estão online e se moram no Bairro da Boavista (mais ou menos o meu caso - agora vão lá bater à porta). 

Tal como tudo (sexo, doces, glúten), o Whatsapp é para ser usado com alguma moderação e existem algumas regras de etiqueta. Se não se importam, vou armar-me em Paula Bobone do Whatsapp.

Já agora, alguém faz ideia se ela se pinta assim tipo "imagem de marca" ou se sofre com alergia aos poléns e gramínias e os espirros acontecem sempre que ela põe o eyeliner?


Para o vídeo do Sapo que vai sair na quinta-feira (depois digo-vos), também fiz a minha interpretação de Paula Bobone, mas acho que me esforcei demasiado.

Apreciem não só 25% da minha casa de banho, a make up à Bobone, o ar de quem viu um snack da Nutella e um mini corno a surgir na testa porque é a terceira vez que bato com ela numa prateleira do Ikea mas ainda não fiz nada em relação a isso, entro em negação. 


Regra 1: The answer is coming

Quando se fala no Whatsapp não é para se falar às mijinhas. A ideia do Whatsapp é que as pessoas possam ler quando lhes apetecer, tiverem tempo ou se lembrarem. Não é prender ali a pessoa em tempo real para depois, no final, contar que está a usar fucidine para tirar um pelo da virilha e que está louca que o Verão acabe para ficar um urso novamente. 

Regra 2: ESTOU SEMPRE PRONTA! 

Nunca estar na mesma janela enquanto falam connosco. Mesmo que estejamos a morrer de curiosidade se o marido dela descobriu que a principal motivação para ela ir ao ginásio era um PT a quem nas veias lhe corre sangue africano... Não. Isso é creepy. Seja onde for na vida, em que momento for, a ideia é nunca darmos a entender que estamos "em cima do acontecimento" e que vivemos para isso. Não. Chill, nem que seja só aparentemente. É a chave de parecer fixe. Digo eu, não sei bem. 

Regra 3: Forever Friends

Quando há um grupo de 10 pessoas e só duas conversam... get a room! Se a malta não está a conversar é porque está a ser aborrecido... e vocês não querem parecer a tipa da fila da frente na escola que responde a todas as perguntas do professor e que tira dúvidas sobre matérias que ainda nem deram. Não. Aqui a tia não vos deixa fazerem essas figuras - eu era essa pessoa na escola e na faculdade - uhhh só para dizer que tirou um cursinho. 

Regra 4: Stalking de qualidade 

Nunca, mas nunca usar a cartada do "enviei-tem a mensagem às 14h, estiveste online pela última vez às 14h30, são 16 e ainda não me respondeste". Nãaaaao! Isso pode dar a brilhante ideia da pessoa tirar essa informação de disponível no Whtsapp e nós não queremos isso. Nós queremos saber o que se passa e a que horas. Eheheh Vá, vamos fingir que isto é um comportamento aceitável e que não é stalking, que não é doentio e que não revela a insegurança de uma pessoa, vamos? Vamos. 


Pronto. Ele há outras regras, mas também não vos posso fazer a papinha toda. Uma coisa que vos contei é que tirei as notificações todas das aplicações, para ser "mais feliz que isto". Querem ler? Ai que bom, então está aqui: Quero ser mais feliz que isto (#1): Adeus instagram! 





9.18.2018

Vocês dizem que este blog está uma seca e é verdade!

Epáaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Apercebi-me de uma coisa: eu não leria este blog. Primeiro porque não leio blogs (como não são sobre mim, não me interessam - ahahah, brincadeira... médio). 

E depois apercebi-me que, com a devida distância, aquilo que torna o nosso blog único são as diferenças gigantescas de personalidade entre mim e a outra Joana (a Paixão Brás). Não têm sido anos fáceis desde que a Irene nasceu (ou antes, ahah) e, por isso, tem sido complicado para mim encontrar o meu "humor" dentro disto da maternidade. 


Acho que o facto de ser um blog de maternidade me pesa muito, como se me obrigasse a calçar uns sapatos de salto alto e a andar maquilhada ou comprar toda a minha roupa na Massimo Dutti. Como se vocês e eu não tivéssemos o nosso qb de imbecil ou todas nós não déssemos puns de vez em quando. 


Isto está pesado e aborrecido. É verdade! Está inspirador e tal, estou cada vez mais apaixonada pela Irene e por isto da maternidade, mas está cansativo. Sinto que me tenho estado a tornar - aqui, porque faço outras coisas - uma espécie de Gustavo Santos da maternidade (que continuarei a ser, mas não só isso). 

Tomem disto, a mãe que sou e o quanto desisto da vida quando a levo a um parque ;)


Todas nós temos a nossa evolução espiritual (mesmo naquelas em que, nos comentários, pareça haver mas é um marasmo completo, ahah), mas porra! Abrir um blogzinho para estar sempre a ver quantas vinte maneiras arranjei de amar a minha filha e de me sentir uma mãe melhor é, sim, vomitável (emoji vómito), têm razão. Só isso, não!

Isto é muito um diário para mim, pensado em inspirar algumas de vocês e, precisamente, a tentar salvar "muitas de mim" que passam, passaram ou passarão (um pássaro grande) por todos os pensamentos e tormentas de quem fez nascer um ser das suas entranhas (seja pela pança ou pela pomba - ahaha, esta expressão), mas lá por ser mãe não quer dizer que não me ponha para aqui a contar outras peripécias da minha vida que não tenham nada a ver com isso. 

Ser só uma coisa não define ninguém. E bem sei que o nome deste blog é um pouco "redutor" dos vários papéis que uma mulher tem na sociedade, mas uma mãe (o quanto tremo com isto que vou escrever agora) também é mulher e, portanto, agora levem com a mulher toda. 

A Joana sem achar que tem de ser "eloquente" ou toda pimpona e pesada e sentimental só porque é mãe. Aqui também posso ser bem humorada, porra. Sou bem humorada o dia todo (médo), porque é que depois aqui no blog me dá uma travadinha e fico tipo coach sentimental? Não tem mal, mas é boooooooooooooooooooooooooooooooooring. 

Por isso, sim. Obrigada pelos comentários num dos posts anteriores a dizer que o blog está uma seca, porque têm razão: está. 

Isto vai ficar esquisito a partir de agora porque vou falar de coisas que se calhar quem gosta do meu outro registo vai ficar extremamente desagradada e sentir-se enganada e querer por o blog no lixo, mas... páaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa tenho que me libertar desta cerimónia toda! 

Soobbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbe, Joana Gama Freire!

O que querem mais de mim, de nós? 

Se disserem menos publicidade, vão passear porque gosto muito de ter dinheirinho para comer e, portanto, amanhem-se, ahah. Também não fazemos assim tanta, deixem-se de mariquices, vá. 

9.13.2018

Já tiveram este click também?

No outro dia é que me apercebi: vou ser mãe a vida toda. Sei que isto parecerá parvo para muita gente, mas estava a pensar como é que poderia incluir uma secretária no quarto da Irene (o quarto é muito pequeno) e, enquanto procurava ideias no Pinterest, comecei a imaginar as canetas dela por lá, o dossier da escola (ou o ipad, sei lá), eu a ajudá-la no que fosse preciso. Termos de rever matérias para os testes... 



Ela tem 4 anos ainda. E já aprendemos tanto juntas. E ainda só agora está a começar. Vou ter uma miúda lá em casa - já vou tendo, vá - e isto vai durar a vida toda. Ela um dia irá sair de casa, irá trabalhar, irá... Só costumo vê-la tal como está, mas esqueço-me que ela já é um pedaço de tudo o que vai ser. 

Que click...



9.12.2018

Não lhe vou dizer que posso morrer!

Disseram-me que as histórias que leio à Irene não têm interesse. Não vou dizer que foi um dos meus irmãos e o meu padrasto nas férias que me disseram isso.  Acho que seria desagradável (olá João ;)). Reparei que "a malta" ficou decepcionada por não haver muitas aventuras nos livros da Irene (os que levei, que foram dois, vá) e isso fez-me pensar. 

Haters: 

Claro que fez pensar, algo que não te faça pensar? 

Ai, lá vem mais uma liçãozinha de moral dela em como ser melhor mãe porque os livros não sei quê?

Aposto que é para dar um abracinho a uma marca qualquer para ter mais uns quantos livros de graça. 

Ai, não tem mesmo mais nada que fazer. Se tivesse a minha vida...


Ouvi-vos a todas antes de começar, mas se vos desse mesmo ouvidos nunca escreveria nada em lado algum e, por isso, temos de aprender a seguir. Vou seguir. 

Muitos dos livros que a Irente tem, até agora, não são aqueles "clássicos" do Capuchinho Vermelho e afins. Achei que até agora, para a Irene, ainda não era a altura de a introduzir a noções de "bem e mal" e a coisas tão grotescas como "foi comida pelo lobo e o caçador abriu-lhe a barriga...". 



Agora que já está a ficar mais crescida, acho que já lhe consigo explicar melhor que o que vê nas histórias que por exemplo "o lobo não é mau só porque tem fome e precisa de comer".  Não a vou conseguir privar ou proteger de várias coisas distorcidas que a nossa cultura tem, por isso, o que posso cultivar nela é o sentido crítico.

- Não achar que por toda a gente fazer algo que é o que está certo para nós. 

- Não achar que por estar escrito que é verdade.

- Não achar que toda a gente que faz coisas erradas, é gente má.

- Não achar que por sentirmos algo como mau que é isso que merecemos... 

Etc., etc... 

As Irene leu ontem comigo dois livros: o do Capuchinho Vermelho e Hansel e Gretel. A segunda, especialmente, deixou-me mais inquieta porque a "Madrasta convenceu o pai a abandonar os filhos na floresta e ele assim fez". Mesmo apesar do final em que o pai diz à madrasta para se ir embora e fica com os filhos, não deixa de os abandonar duas vezes na floresta e deles terem assassinado uma senhora no forno que queria comer um deles. 

What the hell? Principalmente aos 4 anos quando ainda não separam bem a realidade da fantasia. Não me apetece muito lidar com medos surreais da Irene. Já lido com os fantasmas da vida, os monstros da vida... para quê introduzir como vi no outro dia no início de um filme de animação uma perseguição de pessoas armadas dentro de um carro? 

Além de que o paralelismo com a vida dela é terrível. O pai um dia poderá ter uma namorada. E onde está a mãe? Não lhe vou dizer que a mãe morreu. Não lhe vou dizer que, aos 4 anos, a mãe pode desaparecer porque não se controla nada nesta vida.

Muitas das vezes estamos em automático nestas coisas mas nem nos apercebemos das mensagens que estamos a passar aos nossos filhos. Como vejo muita gente na rua a usar t-shirts com mensagens completamente diferentes daquilo que a pessoa é. Até me tem feito rir, honestamente. Pessoas com tshirts a dizer sports, ou instagramer, ou inflluencer ou... 

Tudo passa para eles. Tudo é uma mensagem. 

Bom, seja como for, atrevi-me e li esses dois clássicos (depois de já ter dado uma olhadela antes de saber se lhe podia ler os livros) e preparei-me para responder às perguntas de forma proveitosa e também de a ir observando à medida que ia lendo. 

Não acho que compense para já a euforia da aventura de matar uma bruxa dentro do forno ou de se sentir que se pode ser comido por alguém ou que um pai nos pode abandonar se a mulher dele (má) disser. Não quero sequer que ela saiba que há quem abandone os seus filhos ou que as mães podem morrer. Ela tem 4 anos. 

Poderá haver outras aventuras, outro tipo de livros, mas ela tem gostado dos que lhe leio e muito. E eu também os leio com prazer. Os clássicos ontem que lemos, são livros lindos e maravilhosos - refiro-me às ilustrações, à paginação, ao feel das páginas... - e tenho mais uns quantos clássicos arquivados que lhe quero ler um dia. mas now its not the time. 


Haters: 

Um texto todo deste tamanho para dizer que não lê alguns livros - que afinal até leu - à miúda?

E um texto mais confuso, Joana, não há?

Ai, não vou ler isto tudo, deve estar mas é louca.

É a Joana Gama que está a escrever? Só gosto da outra. Caguei.


Isto é, mesmo aos 4 anos da Irene, mesmo com 4 anos (haters: 4 anos e acha que sabe alguma coisa disto), ainda estou sujeita a repensar tudo o que faço com comentários alheios (nem foram nada de mal, nem nada, imaginem se fossem ahah). Ouvir comentários e tê-los em conta é bom porque às vezes poderei estar a fazer algo com o qual não concorde, mas agora sei que lá por o que eu faço ser "contra" o que me foram dito, não quer dizer que esteja errado. É só diferente. E faz sentido que seja. Quero que seja assim.

Eu não sou totó. Sei que há aventuras que não metam abandonos e homicídios, mas acho que perceberam o que quis dizer. 

Haters: 

Não, não percebemos. Nunca percebemos. 


Seja como for, no que toque à Irene e enquanto ela precisar que assim o seja (e eu), as mães são imortais. 

'Tá. 






9.10.2018

Super útil dicas agora para o regresso à escola, não é? É quando tenho, amores...

... muito melhor do que estava à espera, caramba! Não sou uma pessoa propriamente calma e optimista por natureza (ou se era, escangalhei-me), mas seja como for, a primeira vez que a deixei na escola depois das férias foi... maravilhosa. 


Sabem o que fiz que acho que ajudou?


(sim, Joana, agora que já toda a gente tem os putos na escola, vamos todas adorar as tuas dicas, principalmente quem não teve a mesma experiência) 




Acordei-a estupidamente cedo. 

Moramos ao lado da escola e acordei-a (por acaso até foi sem querer) às 6h30 da manhã. 
Deu para brincar com ela na cama, fazermos umas festinhas e conversar sobre não só "o dia", mas também sobre o fim-de-semana que está para vir em que ainda vamos ao Algarve e, por isso, as "férias ainda não acabaram". 

Comprei uma roupinha de primeiro dia de aulas. 

A minha mãe deve ter-me feito isto quando eu era pequenina e devo ter gostado, porque me lembrei de fazer o mesmo com a Irene. Lá me torci toda e comprei uma roupa que não gostei grande coisa porque sabia que ela ia adorar e... adorou! Porém, depois, quis trocar porque afinal não queria usar o vestido - e já tinha cortado a etiqueta... aquele clássico. 

Disse mais vezes que sim de manhã (até porque tinha tempo). 

"Queres ver como dou cambalhotas no sofá?", "Queres ver a pirueta que dou com o tacho na mão?". Quero tudo, filha. Não só porque não quero que sintas a minha ansiedade, mas também porque vou divertir-me mais assim e o dia pode ser bom apesar estar morta por dentro de medo. 

Preparei tudo no dia anterior e caprichei.

Há coisas que me fazem sentir bem e descansada. Caprichar no lanche que lhe levo para a escola e no desenho ajuda. Por isso, no domingo, para ajudar à ansiedade, estive a fazer bolachas, sumos e tudo mais. Hoje já não tive que pensar em quase nada, foi óptimo. 

Levei-a antes da malta.

Foi fantástico. Além de ter lugar para estacionar, havia menos loucura no ar, menos miúdos a chorar, menos pais nervosos e conseguiram ajudar-me mais a despedir da Irene, distraindo-a depois de me despedir. 

Isto foi o primeiro dia, não quero cantar de galo, mas sei que tudo isto terá ajudado. Nem que seja a mim e, portanto... :)

9.07.2018

Se eu soubesse isso sobre cólicas...

A Irene berrava que nem uma louca ao final do dia. Ela berrava e eu não a conseguia acalmar. Depois berrava ela e chorava eu, choravamos as duas e eu não percebia o que estava a acontecer e nem conseguia mudar nada. Experimentei o clássico dos probióticos, mudar a alimentação (amamento), deitar mais cedo, deitar mais tarde, virar a cama para sul, o desespero era... todo. 

Se eu soubesse estas coisas sobre (bebés) ou, neste caso, sobre cólicas: 


- Os bebés nascem  9 meses "mais cedo": 

Os bebés nascem "imaturos", sem estarem prontos para se afastarem da mãe. Somos a espécie que fica mais tempo dependente. Passamos por uma espécie de nova gestação fora do útero, a exterogestação. Leiam mais sobre isto num site de uma marca conhecida de marsúpios (makes sense). Há mais 9 meses depois da gravidez em que o bebé. Se o bebé e a mãe não estiverem alinhados com estes princípios é normal que o bebé também se ressinta e, ainda para mais, ao final do dia com o "cansaço" todo em cima e outras coisas que vou dizer a seguir. 

- O sono aparece ao final da tarde: 

Existe uma hormona do sono que é segregada ao final do dia. Já houve quem me tivesse tido que é a partir das 18h (mas haverá mesmo horas para isto?). Principalmente para recém-nascidos é quando cai o cansaço todo em cima. E, por isso, também, o descontrolo. Eles sabem lá gerir as suas emoções, nem os braços conseguem controlar, quanto mais!

- Ressaca

Para nós, um dia em casa parece ser extremamente simples. Para um bebé, existem milhares de cheiros, temperaturas, o barulho da televisão que não sabe de onde é, as texturas dos lençóis, o mudar a fralda, a voz da mãe, as horas do dia... Tudo isso são informações que o bebé tem que processar. Ao final do dia, se houver hiperestimulação (isto é só em casa, imaginem num espaço público com muita gente ou actividade), é normal que possa ter mais descontrolo por estar mais "cansado". Costumo comparar isto ao dia a seguir a ir a uma discoteca quando ainda se fumava lá dentro. Mesmo sem álcool, a cabeça dói, os olhos estão péssimos e o corpo está exausto... 




- Imaturidade do intestino.

Como nascem mais cedo, também ainda estão a "aprender a fazer cocó. Não se esqueçam que os bebés amamentados podem ficar mais tempo sem fazer cocó, não se stressem tanto. E é provável que os bebés alimentados com outros tipos de leite tenham mais problemas de digestão (é mais complicado digerir).

- Qualidade da pega. 

Amamentar não tem que doer, sabiam? E há várias maneiras de pedir ajuda (procurem por CAMs ou, se forem de Lisboa, liguem para a Amamentos). Há muitas respostas na net e bons grupos de Facebook (foram essenciais para eu conseguir continuar a amamentar a Irene). Se o bebé fizer barulhos a mamar, o som de beijinho por exemplo, é sinal que está a engolir ar enquanto mama. E vocês já tiveram muitos puns que, enquanto não sairam, vos doia incrivelmente a barriga, não já? Imaginem um bebé com o intestino imaturo e sem se saber expressar e ao final do dia... Poooois! 



- Ansiedade e ambiente.

Eles são esponjas. Não só em bebés, mas particularmente em bebés. Tudo à volta deles é informação. Quando estamos mais nervosas, o nosso cheiro muda, a pulsação também. Os gestos, tudo. Eles sentem isso e respondem a isso com medo e desconforto. A mãe está insegura e enervada, como é que se hão de sentir calmos? Tudo o que ajude a melhorar o conforto da mãe e da família é de extrema importância (sempre, mas principalmente nesta fase em que ainda estão todos a perceber o seu lugar).


Há de haver questões médicas que desconheço que vão além disto, mas do que tenho reparado, há muitas mães que ficam perdidas quando os médicos já não conseguem ajudar e recomendam coisas que nos fazem sentir "milagrosas", que nos dão descanso enquanto temos fé mas que, não resolvendo, pioram o desespero. 

Não há mal em tentar ou compreender a criança numa óptica não só física. Até porque nós somos tudo e está tudo ligado, não é?

Estão à vontade para me corrigirem no que estiver enganada, isto é só um resumo de muita coisa que li, mas estou sempre receptiva a receber mais :) 











9.05.2018

Tenho tido umas aulas com a Oprah Winfrey!

Quem me falou disto foi o meu colega Rui . 

É sempre uma boa maneira de começar um texto, respondendo a uma pergunta que ninguém fez nem nunca iriam fazer. 

Ultimamente os meus tempos livres têm sido para ouvir a Oprah Winfrey num programa que ela tem que é o "Super Soul Sundays" onde ela entrevista pessoas seleccionadas por ela: autores de best-sellers, iluminados espirituais e especialistas em saúde e bem-estar (estou a traduzir mediocramente o que está no site). 

Olhem eu a ter aulas com a Oprah: 


Não consigo ter disponibilidade para papar os vídeos, apesar de me parecerem muito interessantes. Ainda bem que existe o Oprah's Super Soul Podcast. Tenho ouvido no Spotify e tenho ouvido TODOS desde o início. Neste momento estou a ouvir o da Indie Arie. 

Sei que esta conversa não é para toda a gente, mas sei que hão de haver umas quantas que vão delirar com isto como eu. Tenho aprendido imenso com a experiência das pessoas que lá têm ido. A entrevista com o Paulo Coelho é fabulosa, por exemplo...




Se gostavam de ter mais tempo para ler, para aprender, para estudar e não conseguem ter de momento. Não me consigo lembrar de aulas mais práticas e com mais significado que estas que estou a ter neste momento. 

Alguém daqui que vá seguir a dica? 


Será errado comparar a minha filha a um cão?

A minha melhor amiga tem uma cadela já há algum tempo. A cadela tinha sido atacada pelos irmãos por ser a mais fraca da ninhada... estava muito nervosa mas a Susana ficou com ela. Não a conhecia de lado algum, foi alguém que sugeriu e ela aceitou a Lua. 

A Lua dava cabo da cabeça da Susana. Extremamente ansiosa e, por isso, maluca na rua. Ficava louca e ladrava muito quando via outros cães na rua, sempre demasiado entusiasmada com tudo e nada obediente. 

A Susana ficou esgotada de tentar ir contra ela. Primeiro ainda tentou a "autoridade". "Ela deve fazer isto por não me respeitar, tenho de me dar ao respeito". Nem por isso resultou. Apenas esgotou mais as duas.

Depois, reparou, que quando ela estava mais calma, a cadela também estava. Que, quanto mais tranquila e grata estava por ter a Lua consigo, mais tranquila ficava a Lua. 

Deixou de fazer de todos os assuntos uma procura de repeito da Lua por si e ponderar bem o que deve ser imposto, ensinado e exigido, balançando com momentos de afecto, de convívio e de amizade. A Susana passou a respeitar a história da Lua e a Lua começou a poder ver a verdadeira dona. 

Agora conhecem-se e são amigas. Nunca foram as duas tão felizes. 

Lembro-me muito da história da Susana e comparo-a comigo e com a Irene. Reparo que quando estou mais centrada e presente a Irene fica irreconhecível. Fica calma, doce e procura-me para ter e dar miminhos. A diferença é enooooooorme. Desde a enroscar-se em mim quado lhe conto histórias quando a vou adormecer. "Normalmente" - quando estou nervosa ou desalinhada - somos apenas verbais e reactivas. Parecemos duas linhas em paralelo quando não está tudo ok comigo. 

Tenho conseguido cada vez mais que sejamos crochet. Estamos entrelaçadas. Fisicamente até. Cada vez mais próximas. A recompensa de estar presente e calma é tão grande que a motivação para não dar corda a determinados pensamentos ou comportamentos é cada vez mais forte. 


Ela é o meu espelho e ainda parece que não tem tudo muito vincado nela. Ainda vou a tempo. Não que esteja a dizer que tudo o que fiz enquanto estava em modo automatico não estava certo, mas ainda vou a tempo de mostrar à minha filha que a mãe é mais do que "vá, Irene, temos que ir" e "agora não posso" e "já te disse umas três vezes". 

Eu sou tão fixe e ela também. Seria uma pena que depois chegasse à idade adulta sem conhecer a mãe e eu sentindo que nunca estive completamente ligada a ela. Quero conhecê-la e para isso tem que haver tempo. Custe o que custar. 

Até para conseguir chegar cada vez mais a ela quando ela precisar de mim. Quero criar confiança entre as duas, ir o mais profundo que conseguir. Quero ensiná-la o que é amor - sendo que eu ainda estou a perceber como se ama e se é amada também. 

Quero que, quando eu disser "a Mãe está aqui" ela saiba o que quer dizer para que, um dia, quando disser aos filhos, saiba dizê-lo com o corpo todo. 

A Mãe está a aprender a estar aqui. 

9.04.2018

Voltou mais cedo das férias com o pai.

Como vos contei (podem ler aqui em "Uma semana sem ela, vou sobreviver?"), estive uma semana sem a Irene, pela primeira vez. Sei que muitas de vocês têm de passar por períodos mais alargados, até há quem tenha custódia partilhada e, desde que os filhos são bem bebés, passam uma semana com cada pai, mas isto para mim foi difícil. 

Claro que não foi horrível. Tenho muitas coisas que quero fazer e que só posso fazer quando ela não está comigo. Nomeadamente: nada. A minha cabeça abranda em quase 75% e vejo outras qualidades minhas - das quais normalmente tenho saudades - a regressarem a mim mesma. Uma semana deu para ter um laivo da Joana que não está sempre preocupada com tudo o que tenha a ver com a Irene. 

A Irene divertiu-se muito com o pai e com os avós de férias. Fiquei de coração cheio a vê-la na piscina a brincar. Pareceu o timing certo para já passar uma semana inteira sem mim e agora tive a certeza. No entanto, no último dia, perguntou várias vezes por que é que ainda ia dormir um dia à casa do pai e não vinha logo ter comigo. 

Estava na dúvida se abria a excepção ou não. Visto que a conversa tinha sido "a mãe está a trabalhar, só pode a partir de terça". Ainda para mais agora com o regresso à escola, não queria muito que ela percebesse (mal) que existe alguma maleabilidade nestas situações - quando a mãe diz que tem de ir trabalhar, é porque tem de ir. Porém, como em tudo o que tenho aprendido nisto de ser mãe até agora - o meu coração dizia que sim. Afinal de contas, a minha filha estava a dizer-me que tinha saudades minhas e eu, a morrer de saudades dela, só tinha mais que lhe dizer que sim. 

Fui educada a ver todas as combinações como contratualizadas, como se não pudesse haver flexibilidade ou se pudesse seguir algum tipo de fluidez. Reconheço como uma boa qualidade minha esta pseudo-fiabilidade, mas há que "deixar a vida entrar". Se a minha filha perguntar duas ou três vezes por que é que não podia dormir comigo não é motivo suficiente para quebrar um plano, o que seria? 

E que parvoíce que é a minha cabeça. Acreditam que a minha cabeça ainda questionou se podia ser apenas curiosidade? Como se eu não fosse "uma mãe que desse saudades"? 

Afinal sou! E hoje fiz-lhe umas panquecas de espelta com linhaça, banana e ovo (ahah nunca pensei usar sequer estas palavras alguma vez na vida, quanto mais tê-las na minha cozinha) numa frigideira que comprei o ano passado... e pensei: "Porra, ela até tem sorte!".




Claro que não é por causa da porcaria das panquecas, mas acho que a Irene até tem uma mãe porreira. Imperfeita, mas porreira. Vocês conseguem ver o quão incríveis são? 

9.03.2018

Um ano em casa com os filhos... é boa ideia?

Neste momento, 3 anos depois de já não estar em casa com a Irene (depois de ter estado durante um ano e meio), só me apetece dizer-vos "fujam!!!!". 

Não houve nada mais desgastante pelo qual tenha passado e de que tenha memória. Foi duro. Foi mesmo muito cansativo e uma prova de... amor passada juntamente com uma prova de sanidade mental não passada. 

A privação de sono, a aventura da amamentação (que começou pessimamente e torta andou durante para aí os primeiros 5 meses, podem ler aqui em "As minhas maminhas e da minha filha"), a responsabilidade que sempre me pesou tanto nos ombros que me anulava, etc. Decidi, para justificar ficar em casa sem ganhar, dispensar a nossa empregada e, para além de ser mãe, também achei que poderia ser dona de casa - afinal... ia estar tanto tempo sem fazer nada... Não.

É uma missão incrivelmente difícil. É cansativa. Mexe com o que há de mais primário em nós, não vos sei explicar. Sei que voltaria a fazê-lo de novo, mas agora tudo com outra atitude (depois, já sem estar privada de sono é tudo muito simples). É normal que pareça que "tudo vai pelo cano abaixo". 



Confesso que conheço mães muito mais relaxadas que eu e para quem, estar em casa, é menos "estar em casa" do que o que senti e é tudo muito menos horrível. 

Compensou? Sim. Se teria sido engraçado e positivo caso não tivesse ficado em casa? Sim, acho que talvez tivesse sido melhor para a minha cabeça. Voltaria a fazê-lo, mas de maneira completamente diferente. A sério.

Lembrei-me disto porque encontrei algures na internet que "Ficar em casa com os filhos é mais desgastante que trabalhar fora" - a "notícia" é tão simples e pouco fundamentada que é claramente para partilha desenfreada (o que não tem mal, só faz quem quer). Não sei o que custa mais, não sei o que cansa mais porque depende de muita coisa: como ficamos depois do parto, do sono, da ajuda, da ansiedade, do tipo de trabalho... 

Seja como for, vocês que estão em casa com os filhos, muita força, mesmo muita força. Lembrem-se que tudo é uma fase. 

Para quem não tenha tido essa sorte, acreditem que há coisas boas em não ficar em casa durante um ano ou ano e meio ou três ou quatro. Tanto para vocês, como para eles. Como em (quase) tudo. 

Já tinha escrito sobre isto há uns tempos, se quiserem ler mais um bocadinho aqui em "Se me arrependo de ter ficado um ano e meio em casa com ela?"

9.02.2018

Quero ser mais feliz que isto (#03) - Nunca mais tenho férias só no Verão!

Epá, miúdas... Importam-se que vos chame "miúdas"? Não é que não seja miúda como vocês, é precisamente pelo contrário. Acho que somos todas umas miúdas e que vamos ser para sempre. Mesmo as avós que andam para aqui a ler umas coisinhas - só não digo que são mais "que as mães" porque seria parvo. 

Já viram a diferença que nos faz termos férias? Fazermos uma pausa? Bem sei que nem toda a gente tem a minha sorte de poder ter 25 dias de férias por ano e de poder escolher quando as tira, mas têm visto como tudo muda? O sol, o bom tempo ajuda, mas... acima de tudo acho que é parar e "sair". Quebrar a rotina. 

Nem tudo tem que ser caro. Não precisamos de estourar um ordenado num hotel. Ou de ir para o "estrangeiro". Há amigos que têm casa em sítios, sei lá. É termos a lata de pedir a chave para um fim-de-semana. É roubar a tenda a alguém e ir acampar para outro concelho, é... irmos ter com alguém algures e ficar acordados até tarde. Muitas de vocês já devem fazer isto e já descobriram "o caminho para a felicidade", não era o meu caso.  



Tenho deixado as minhas férias todas e a mentalidade "de férias" para as férias. Não pode ser. Tenho de pausar. Tenho de deixar mais férias para o resto do ano, para irmos. Só. Irmos. Para desaparecermos um bocadinho e voltarmos a nós. Especialmente eu. A diferença em mim quando saio da "roda de hamster" é... incrível. 

Temos todas - principalmente as que sentem, como eu, que "andam a mil" - de ser mais espertas e ver como podemos quebrar esta sensação de urgência constante que tão nos maltrata e aos mais próximos de nós. 

Recebi uma mensagem de uma amiga e leitora na semana passada a pedir-me o contacto de uma psicoterapeuta (eu faço terapia e já falei disso aqui no blog aqui em Faço Terapia) e pulei de felicidade (parte do motivo de ir às consultas é este meu histerismo - ahaha brincadeira) por saber que há mais uma pessoa a "acordar" e a ter vontade de "Ser mais feliz que isto". Não tem necessariamente de passar por terapia para toda a gente (para mim é importante que tenho... muitos sentimentos reprimidos, muita história por desconstruir e muita... dor por arrumar), mas acho que uma das coisas que temos de fazer é esta: parar mais vezes. 

Conseguem já não andar sempre "a mil"? 

Tenho andado a repensar coisas, fica aqui a lista do que já partilhei convosco: 


Ainda engravidamos mas é as duas.

E não uma com a outra. A Joana Paixão Brás tem o seu David, ser esse que atura três pipis em casa e continua com um sorriso saudável nas fotografias. Parece inclusivamente estar a gostar. Ainda no outro dia a Joana fez um post a dizer que a ver fotografias da Isabel com a Luísa lhe davam uma traulitada no relógio biológico (leiam aqui em Tenho o relógio biológico todo atrofiado) e eu... nestas "férias de Irene" olho para bebés com vontade de lhes dar uma trinca. 

"Pior": no outro dia, a Irene pediu para ver vídeos de quando era bebé (outra vez) e lá fomos. Digo sempre que sim porque é uma oportunidade muito importante de lhe contar como foi desejada e amada pelos dois pais desde que nasceu, fazendo-se sentir especial (ainda mais) por ter - além da sua própria experiência - uma outra garantia (as vezes que forem necessárias) que a mãe e o pai e os avós a amam profundamente. 

Ao mesmo tempo que parece que foi ontem que ela gatinhava mediocremente (nunca chegou a gatinhar como deve ser, ahah) e lambia os pés das cadeiras (há sempre uma altura em que os bebés lambem ferro, não é?), em que encaixava num braço apenas e... acima de tudo, em que ela adormecia no meu peito, verticalmente, depois de mamar quando a punha a arrotar....  já passaram 4 anos. 


Só devo ter um segundo filho quando tiver feito as pazes comigo pela experiência de parto que tive, pela forma como me lembro de quando a Irene tinha meses... Ainda me parece ter sido tudo um terror, mas cada vez menos. É até me esquecer. Depois aí, é aproveitar os dias em que não esteja "com os copos" (porque Estou a usar um copo menstrual neste momento) e, zinga, ter mais um bebé.  Quero redimir-me e quero que a Irene tenha irmãos. 

Agora que já me separei, agora que volto a estar feliz (e tanto), sinto que voltei à idade que tinha antes de ter a Irene - 27 anos. E que, como tal, sinto que quero viver o tempo com tempo. Não consigo ainda ter força e vontade para malabarismos e para escolhas que, para mim, são difíceis.

A maternidade em mim é a minha força e também calcanhar de Aquiles. Diz-me muito ou praticamente tudo. Puxa o meu perfeccionismo, ansiedade, ambição, total atenção, coração inteiro. Cansa-me e completa-me. Ter um outro filho agora seria como ter dois empregos (que muita gente tem, bem sei), mas não consigo ter força. Ainda nem consigo sentar-me no sofá quando chego a casa. Quero também dar tempo à Irene para me ensinar mais. Ainda preciso. 

Um dia será. Já olho para bebés. Já me apetece trincá-los. Sou cada vez mais feliz e é quando estamos felizes que devemos pensar em bebés. 

Posto isto, queria só dizer-vos que se estiver a olhar para os vossos bebés e a sorrir ao mesmo tempo que não os vou meter no bolso. Ando com esse olhar assustador a resolver coisas em mim enquanto o meu coração cresce e a minha cabeça tenta sintonizar com ele. 

Se me perguntarem, acho que a Joana aqui na loucura do casamento e da lua de mel, ainda leva o David para mais uma aventura, ahah. Vamos abrir um site com apostas? Quem vai ao próximo primeiro? ;)