11.30.2017

As melhores prendas de Natal para eles!

Olá a todos e todas que estão a ler este post na esperança de encontrarem por aqui boas sugestões para as prendas de Natal :).  Aqui está um resumo para quem esteja mais apressado e não queira saber o porquê de cada recomendação. Sabemos que têm o jantar para preparar, a Stranger Things para acabar de ver e, por isso, não vamos tomar-vos muito tempo. 

Sabem o melhor disto tudo? 

Despacham-nas a todas na FNAC ou, até mesmo através do site fnac.pt (zinga e, de repente, Natal para os miúdos todos da família tratado - de nada, gente, de nada).



São sugestões da Joana Gama (à esquerda) e da Joana Paixão Brás (à direita, como já conseguiriam prever...) 

Vá, está aqui o resumo, passem aos sogros para irem adiantando (eheh):





O Monstro das Cores


Há mães que têm sempre imenso prazer em comprar roupa para as miúdas. Eu vou mais para os livros. Procuro sempre livros que, além de divertirem a Irene, ensinem alguma coisa e, cereja no topo do bolo, que ajudem-me a explicar-lhe as emoções e como lidar com elas. Este livro "O Monstro das Cores" é tão, mas tão engraçado. É simples, ela percebe (tem 3 anos) e os cenários criados em pop up, além de serem resistentes qb para serem eles a manusear, permitem mesmo que se crie o mundo de cada emoção. Um dos nossos preferidos do momento.





Giotto Canetas de Feltro Laváveis
Não sei dos vossos filhos, mas cá em casa uma das actividades mais pedidas é desenhar e pintar. No dia em que fui ao teatro com a Isabel, foi o que safou o David: a Luísa adora, adora pintar e pintar-se e assim ocupou uma hora. Estas canetas de feltro são mais pequenas e fáceis de usar, não são tóxicas (a minha gosta de degustá-las às vezes e é uma segurança), são fáceis de lavar da pele e da roupa e - importante - têm uma tampa anti-asfixia. Perfeitas.




Robot DOC Clementoni


Apesar de ultimamente não nos versarmos muito na vertente tecnológica da vida (quer dizer, a Irene, que eu tenho um problema com o meu telemóvel), quero adicionar tecnologia relevante - a que ensine algo e que, já agora, dê para brincarmos juntas. O DOC (o robotzinho que a deixou enternurecida) tem vários níveis e vai evoluindo consoante a capacidade de quem esteja a jogar. A Irene ainda só tem três anos mas já sabe pô-lo a andar de um lado para o outro e não necessariamente no tapete do jogo (eheh), depois vamos evoluir para os números e para as letras... Já sabe programar o robot e daí a pôr a máquina da roupa a lavar vai ser um instantinho. 


Fur Real Friends Pax
Não sou muito de oferecer bonecos ou peluches mas este... este é diferente. Além de fofo, ladrar, sentar e comer biscoitos, o Pax FAZ COCÓ! Sempre quis um boneco que fizesse cocó e o mais parecido com isso que tive foram pegamonstros. Alguém se lembra? Aiiiiiii (suspiro de saudosismo) quando sujávamos tectos e paredes lá de casa e isso era cool...






Guitarra Stagg

Comprei uma guitarra (igual a esta) para o Pai da Irene porque ele estudou numa escola de música e achei que iria criar momentos lindos entre ele e a miúda - tinha razão. Agora está em casa dele e de certeza que aproveitam. Melhor prenda - o pai a tocar guitarra (ou alguém da família no Natal assim que desembrulharem a guitarra, imaginem o cenário mágico). Agora, esta descoberta não foi minha, mas dos avós da Irene: há guitarras iguais para os mais pequeninos e às cores. Os avós da Irene ofereceram-lhe uma azul bebé e, tanto quanto sei, tocam os dois de vez em quando. Uma prenda para todos. Das melhores de sempre, aquelas que tocam no coração e que duram e duram.


Glupi Musical Goula

Música, música e mais música. É sempre uma boa escolha. Este peixinho com uma pega dá para transportar para todo o lado, tem xilofone, reco-reco e um prato. A baqueta também funciona na hora de ajustar contas entre irmãs, mas é a vida, elas que resolvam o assunto.




O Urso e o Piano


Ainda dentro da lógica dos livros, este O Urso e do Piano deixou-me apaixonada pelas ilustrações. Comprei-o imediatamente por causa disso, confesso. E, depois, com calma, em casa li a história um pouco a medo se iria ser uma história que a Irene fosse compreender e que se alinhasse com aquilo que quero que ela leia. E sabem que mais? Per-fei-to! A história além de ser mesmo muito muito amorosa, fala da amizade e amor, integridade e família. Vai acompanhar-nos durante muitos anos. 




Mosaico Goula


Apaixonei-me por este mosaico de madeira. Além das ilustrações serem muito giras, aprendem as cores e dão aso à imaginação, já que vem uma tableta em preto para desenharem com os pins o que desejarem. Óptimo para a coordenação olho/mão e para puxar pela criatividade. 



Figuras PJMasks

A Irene agora anda com esta febre dos PJMasks. Nunca vi estes desenhos animados mas do que tenho vindo a aferir são mini super-heróis que, durante a noite, salvam o mundo. Há que tempos que me anda a falar da corujinha e, por isso, integrará algures as prendas de  Natal, ainda para mais porque ela brinca imenso com figurinhas, fazendo os diálogos alterado as vozes, fazendo-os voar e, depois, achando ela que é uma das figurinhas quando as tem na mão e anda a correr pela casa toda a dizer que está a usar a "velocidade gato". 


Puzzle Gatinhos
É uma das minhas marcas preferidas de brinquedos e este de madeira é não só muito bonito como excelente para a Luísa associar cores e construir personagens: o índio, a bailarina, a médica. São 6 gatinhos, com 3 peças cada, para começar a estimular o gosto dela por puzzles.


Plasticina Dentista Engraçado

Uma das maiores paixões da Irene. A plasticina, no geral, é uma das melhores brincadeiras porque ajuda na motricidade, na imaginação... tudo! Às vezes sugiro eu a plasticina por me apetecer também brincar, confesso. Agora, esta do dentista é algo que a Irene me tem andado a suplicar para o Natal. Ela sabe que tem de ir à dentista em breve e isso despertou-lhe interesse pelo tema. Andar a brincar os dentistas também vai fazer com que vá com outra abertura para a consulta. Assim explico-lhe o cenário. 



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Desculpem-me, amigos e amigas.

Com isto dos anos em cima e com a nossa história a ficar desejavelmente mais arrumada e ainda depois de termos sido mães, há coisas que fluem de outra maneira. 

Nunca admiti, sem ficar incrivelmente triste, que um amigo se esquecesse do meu dia de aniversário, ou que não fosse a uma festa minha ou que soubesse que os meus dias andassem a ser mais complicados e não me dissesse nada. 

Agora, aos 31, mãe de uma miúda, é diferente. 

Desculpem-me amigos e amigas. 
Muitos de vocês que ainda não são pais e mães e que julgam que me afastei.

Desculpem-me amigos e amigas.
Muitos de vocês que, na volta, já nem se lembram de me convidar para coisas.

Desculpem-me amigas. 
Vocês que sei que me adoram, mas que já não consigo ter tempos mortos para conversa.

Desculpem-me amigas. 
Vocês que querem jantar comigo, almoçar comigo, ir algures comigo e eu não pareço interessada.

Desculpem-me amigos. Amigos de longa data. 
Vocês que não entendem como funciono, como é a minha vida agora e que o tempo me aflige e o que me sobra é para nada. 

Desculpem-me, queridas amigas. 
Amigas que já partilhei tanto nos últimos anos em tantas conversas no telefone e em alguns encontros e agora parece que não quero saber.
Não é verdade. 
Eu quero saber, mas "ando a mil". 

Penso em vocês todos os dias e é um alfinete que me pica o coração, mas não consigo.
Não consigo sair do carrossel em que estou neste momento e parar um pouco para respirar convosco. 

Quando consigo respirar, não quero falar com ninguém, quero estar no sofá e adormecer no momento mais feliz do dia. 

Eu amo-vos. E, como vos disse, todos os dias me lembro de vocês, mas há sempre aquela sopa que precisa de ser feita, o detergente da máquina que acabou, aquele e-mail que falta enviar, aquela constipação, aquele fim-de-semana em que se tem de ir picar o ponto aos avós, aquele... 

Desculpem. Sei que parece ridículo.

Sei que corro o risco de, um dia, quando sair do carrossel, não ter nenhum de vocês à minha espera. 

Mas, também sei, que, com o tempo, começamos todos a encaixar melhor o tempo de distância e não o ver como uma separação, mas como um intervalo. 

O silêncio de uma batida do coração, apenas. 

Desculpem-me amigos e amigas, mas amo-vos. 

Ana, Eugénia, Inês, Elsa, Susana, Joana, Renata, Filipe, Pedro, Diogo, Rita, Bibi, Bruna, Vera, Cláudia, Zé Pedro... 

Também tenho saudades vossas. A sério. Acreditem em mim. 





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11.29.2017

Ligaram-lhe da escola a dizer que a filha não conseguia andar!

Tinha marcado ontem um encontro com uma amiga e a filha lá em casa. E, quando enviei mensagem a confirmar, ela respondeu-me (ofegante) que não poderia ser porque lhe ligaram da escola a dizer que a filha não conseguia andar e não tinha batido em nada nem se tinha magoado. 

Quando o meu telefone toca e é da escola já me apetece falecer, imagino se me dissessem uma coisa dessas. Não estamos equipadas para saber lidar com isto (ou estamos?). 

Falei com uma colega minha do trabalho (Catarina) que me explicou que, na família dela, tanto ela como a irmã já tinham tido esses sintomas: na irmã era porque algo ali estava inflamado e passou com gengibre (fazer uma boneca de pano) na coxa  mas, no caso dela, era um parasita que ainda tinha ficado alojado no corpo dias depois do antibiótico - algo do género que não somos médicas. 

Perguntei se precisava de alguma coisa e tentei acompanhar a história sem ser metediça ou sem obrigar uma mãe stressada e preocupada a responder a pessoas no whatsapp. E, ao que parece é uma Sinovite Transitória da Anca

"Na maioria das articulações do nosso corpo, para se poderem mover livremente, possuem líquido no interior, chamado líquido sinovial. Esse espaço contendo líquido é revestido por uma membrana, designada membrana sinovial. A palavra sinovite significa inflamação da membrana e líquido sinovial. Assim entende-se facilmente o que é a sinovite transitória da anca – uma inflamação transitória da articulação da anca."


Decidi contar-vos isto porque da mesma maneira que falar das convulsões da Irene já ajudou uma amiga minha a lidar melhor com a primeira convulsão febril da Irene, também este post poderá acalmar o vosso coração se vos acontecer algo do género ou alguém que conheçam. 

Já esta diagnosticada a pequenita e agora ficará boa num instante (mais ou menos que pode ser um mês  a ser levada ao colo de um lado para o outro, sem poder ir à escola). Força meninas! 


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11.27.2017

Chorou que se fartou, mas recomendo o espectáculo.

Nunca pensei vir a escrever um post sobre um espectáculo onde tivesse ido com a Irene e onde ela tivesse chorado imenso no final. E, pior, recomendando que fossem.

Não que seja uma expert em espectáculos, mas já vi tanto os meus e de amigos com 14 pessoas, como o Cirque du Soleil em Las Vegas. Sinto que há aqui um espectro que poderá ser interessante para vos recomendar alguma coisa - tendo em conta os meus gostos, claro. Eu gosto de comer massa crua, por exemplo (até ter partido um dente), vale o que vale.

Fomos ao Bela e Monstro no Gelo no Alegro de Alfragide e gostei. Gostei por ser tudo tão diferente de alguma coisa que já tivesse visto. Nem na Disney me lembro de ter visto algo tão compostinho. A escala é diferente, bem sei, mas deixa-me feliz saber que há algo tão giro e bem feito, tão pertinho de nossa casa - ainda por cima. 

Eles cantam - e cantam bem - os fatos são fantásticos, a história está bem contada, patinam todos no gelo (há espaço ainda para uma coreografia fantástica de um patinador profissional que faz magia num pista tão pequena), ficamos envolvidos com as personagens, às vezes a acção muda de palco... 

Como a Irene tem três anos apenas, fui preparada para explicar a parte em que o Monstro é apunhalado pelo marido prometido da Bela. Expliquei que tinha sido um susto e que o Monstro estava a recuperar. Quando apareceu em modo príncipe, disse-lhe que o Monstro tinha ido ao cabeleireiro e que, agora, com o pêlo cortadinho a Bela já não tinha nenhum medo dele. 

E foi aqui. No fim. No fim que a Irene desatou a chorar. Chorou. Chorou porque queria que o Monstro ficasse Monstro para sempre. Com algum cansaço acumulado do dia (fomos à sessão das 18h), também se tornou mais difícil que não entrasse em loop, mas é curiosa a reacção.



A Irene não queria que o Monstro deixasse de ser Monstro. 

Giro. Ou foi porque gostou do Monstro e assim o "Monstro" foi embora com tudo o que representava para ela - hoje em dia há muitos livros e desenhos animados que fazem com que os monstros não metam medo. 

Outra interpretação - com psicologia em cima - terá que ver com a tendência com que todos tempos para catalogar coisas. O Monstro para ela poderia ter a representação do mal e o mal transformando-se em bem implica um raciocínio bem mais complexo do que uma mera separação ou até uma mera dicotomia da realidade: bom e mau, benfica e sporting, direita e esquerda...  

Assim que houve oportunidade foi-lhe explicado novamente - como já vos tinha dito aqui que faz parte dos meus planos - que o bom e o mau fazem parte da mesma pessoa. Que todos somos tudo. Que não há Irene má, há a Irene. Que a mãe, quando parece má, continua a ser a mãe que ela adora. 

Que as pessoas que parecem só más também têm coisas boas, que as pessoas que parecem só boas também têm coisas más. Que nem é tudo estanque. Que nem tudo é comentável rapidamente num blog cuspindo a sensação mais imediata que se tenha no coração por dor ou cansaço. 

Somos tudo. 




A história da Bela e do Monstro com tudo o que as histórias de princesas têm de bom e de mau (lá está), ajudou a dar e a materializar um óptimo exemplo para ensinamento da Irene. É para isso que somos uma equipa, certo? :) Para ir ensinando, descondificando...

Recomendo o espectáculo. Vivamente. Gostámos muito de ir. :) Agora brincamos muito à peça, a fingir que patinamos. 



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Não sei cozinhar.

Não sei. E acho que saber me iria fazer mais feliz.

Aquilo que cozinho nem costuma sair mal, é o chamado "come-se", tirando os "hambúrgueres da selva" que uma vez fiz para a Irene e que faz com que sempre que me oiça a fritar algo pergunte: "

Irene: Não são os hamburgueres da selva, pois não?

Eu: Não, filha, não são...  - por dentro, rio-me enquanto me cai uma lagriminha de tristeza.

Coitada da miúda. 

Por achar que não sei cozinhar, raramente lhe consigo dar comida com mais de um dia. Se aquilo já não me parece ter bom aspecto quando termino - raio de insegurança - quanto mais ainda com uns dias de atraso...? Não estou a dizer que a deite fora, mas que me custa, custa. 

Não cresci a ver alguém a cozinhar. A minha mãe dirá que terei recusado imensos convites para aprender, mas agora sinto que tudo seria melhor se tivesse sido envolvida enquanto se cozinhava. Ainda hoje, como é dia de cozinhar, já estava a pensar em actividades para a Irene enquanto ia cozinhar e rapidamente me apercebi que a vou envolver. 

Não quero que ela chegue aos 25 anos e não saiba fazer uma sopa. E não quero que vá pedir a um dos seus melhores amigos para ensinar e que, muito menos, diminua o valor que tem de si mesma por não ter sabido fazer uma coisa tão simples. 

Por isso, hoje, Irene, vais ver a mãe a tentar fazer o melhor frango de sempre. Também não sabe cortar um frango, mas há de haver um vídeo no youtube a explicar e ensinar-te-ei estas coisinhas enquanto não me puderes dizer que não. Ou, quem sabe, apanhas o gosto de pequenina e cozinharmos juntas passará a ser uma coisa só nossa.




Melhor ainda: cozinharás para mim enquanto estou na sala a ver a This is Us. 

Já agora, os hambúrgueres da selva foi uma vez em que decidi inovar na cozinha e juntar banana e côco aos hambúrgueres. Não foi um jantar feliz e, seis meses depois, ainda nos lembramos disso, ahah. 



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A minha vida mudou e vai mudar na próxima semana mais ainda

Ninguém perguntou, mas faz'conta. Ora então comecei a trabalhar na 3a feira e correu muito bem.

Fim do post.

Então eu era lá menina para deixar isto assim. 

Na 3a feira comecei a trabalhar, pela primeira vez, num trabalho que não é a televisão. Coincidentemente no dia mundial da televisão. Estou numa agência de comunicação.

O friozinho na barriga, o não chegar tarde, o receber as pastas e as dicas, o começar a conhecer os clientes e a ter noção dos procedimentos e das regras da empresa, o aprender coisas novas, programas novos e tentar decorar os nomes dos colegas e os cargos, tudo ao mesmo tempo... Já não me lembrava de como isto se fazia e trouxe-me à memória uma vez, noutro trabalho, em que ouvi, alto e bom som, "quem é esta?". Desta vez, "esta" foi muito bem recebida e tudo começou da melhor forma. Mesmo com tantas novidades. Mesmo com comboios e metros por apanhar, casas para tentar arrendar, creches por procurar,  consegui focar-me e dar o meu melhor. Melhor serei quando tudo fluir, quando já souber fazer (quase) tudo e quando tudo me sair com mais naturalidade.

Sempre gostei de reinícios. Nesta coisa dos primeiros dias, nunca fui de fugir. Se calhar também sempre tive a sorte de ter colegas pacientes, que dão a mão e que explicam tudo tintim por tintim (Betinha, agora tive saudades tuas e das tuas explicações sobre o Arquivo). Facilita muito.

Está a fazer-me muito bem voltar a trabalhar. Não que estar em casa não me desse água pela barba, não que estar mais tempo com as minhas miúdas não me fizesse o sangue correr pelo corpo, quente, cheio de vida. Não que a minha vida não me desse alegrias. Mas, algures entre ir levar e ir buscar as miúdas, passava muito tempo sozinha {e isso não me dava prazer}. Precisava de pessoas, de ouvir umas larachas, de me sentir (ainda) mais útil {atenção que nunca duvidei do quão útil era para as minhas filhas e nunca me esquecerei do quão enriquecedor foi poder acompanhar este ano e meio delas mais ao pormenor, um autêntico privilégio que não trocava por nada!}, de aprender e de ter alguns desafios, de ganhar autonomia e até de (voltar a? recomeçar a?) construir uma carreira.

Esta semana e a próxima são atípicas. É a minha mãe quem me está a fazer a retaguarda, a ir por e a ir buscar, a dar banhos e dar refeições. ❤️Meu amor.

A partir de Dezembro, vamos mudar-nos para Lisboa. Não estava à espera de ser tudo tão rápido mas tudo se está a compor para voltar a ter as minhas filhotas mais perto de mim e do David.

Casa nova, creche nova, vida nova. Sem grandes angústias, tudo se vai compor,  e 2018 vai ser um ano do caraças!






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11.26.2017

Cérebro de cocó (perdão, de mãe)

Há um estudo que diz que o cérebro muda depois de sermos mães. Felizmente para melhor, dizem. Com a maternidade (com a paternidade nada parece mudar, segundo este estudo), o cérebro assume uma configuração que parece traduzir menor ansiedade e mais capacidade de lidar com o stress, assim como uma melhoria da memória.

Quando fui ler, achei, claro, que seria o contrário. Tipo o da imagem:

Imagem BabyCenter

Nos primeiros tempos, pelo menos, sentia-me extremamente burrinha, sem memória, parecia que o só tinha o tico e o teco a funcionarem. Palavra. Felizmente melhora e ficamos uma espécie de Super Mulheres.

Uma vez, estacionei na bomba, fui pagar, entrei no carro e fui-me embora. Sem abastecer. Sim. Contei-vos aqui. Bem, comparado com o que uma pessoa da minha família fez (não vou dizer quem, para não ferir susceptibilidades), foi peanuts. Essa pessoa arrancou com a mangueira da gasolina no depósito. Bonito.

Quero saber: quais os maiores disparates que já fizeram por estarem cheias de sono, cansadas, a gerir mil coisas ao mesmo tempo. Vamos eleger a mais disparatada? Quem tiver mais likes nos comentários no Facebook ganha (uma mão cheia de nada) :)

Façam-nos rir! Boa sorte!

P.S. Lembrei-me de quando a Joana tentou amamentar o pé da Irene. Onde anda esse post que me fez chorar a rir? Vou tentar encontrar.


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11.24.2017

Não pedia tanto.


Não pedia tanto. 
Aliás, nem pedia, nem pedi. 
Depois de te decidir, não esperei nada de ti. Apenas de mim. 
O peso da barriga era equivalente ao peso em cima de mim, dos meus ombros, das minhas costas. Tudo tenso à espera do primeiro momento para falhar e para me culpar. Pronta para, mais uma vez, dramatizar o negativo e relativizar o positivo. 

Não pedi nada. Há algo em muitas de nós que não nos faz sentir merecedoras disto.
De um amor que cresce em nós e que, depois, nos abraça. 

Nunca pensei. Nunca tentei imaginar como serias. Nunca consegui visualizar o quer que fosse. Porque não consigo, porque não sou capaz e ainda bem. 


Tendo vindo a amar-te aos bocadinhos. Nunca conseguiria aguentar com este amor todo depois do nosso parto. Tenho de o saborar assim, aos poucos. Conforme vou conseguindo.


Mas tu, tu desfazes-me. Tu e as tuas palavras e a autenticidade dos teus gestos e sentido de oportunidade.

Tu que ontem à noite me chamaste "porque tenho saudades tuas, mãe, fica aqui ao pé de mim". Tu que hoje de manhã me disseste "mãe, tenho saudades tuas". Tu, sua minorca de três anos, que me alteras aquilo de que julguei ser feita apenas com um toque, olhar ou palavra. 

Tu que não queres cortar o cabelo ou que fazes questão de misturar riscas com flores. Tu que queres as mãos do boneco direitas ou que não me deixas carregar no botão do elevador. Tu, minha pequena tudo, que mesmo sem me teres deixado dormir durante 3 anos, me colores as entranhas. 

Sinto que nunca nada chegará, mas o sentimento de poder tentar traz-me uma gratidão imensa nem que seja por te ouvir respirar quando me deito depois de ti. 

Não fui eu quem te deu vida. Foste tu. Minorca. 


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11.23.2017

A Maria já voltou a sorrir e a família também!

Temos tanta coisa a acontecer nas nossas vidas que, por vezes, é complicado conseguirmo-nos por no lugar dos outros, principalmente daqueles que poderão não estar tão perto da nossa realidade. Imaginem a quantidade de más notícias que se recebem e que atravessam a vossa realidade com toda a força e onde mais vos afecta : os vossos filhos, a vossa família.

Acordar em casa, sabendo que um elemento da vossa família precisa de tratamento e urgente para sobreviver, o pequeno-almoço, o vestir, o ir para o hospital… toda a família tem de se transformar em super-heróis para continuarem a viver e, se possível, com um sorriso de esperança. Com abraços que acalmem e aqueçam.

Já vos falei uma vez da Maria que já voltou a sorrir. A Maria, um dia, ficou doente e, para ficar boa, teve de ir para um hospital para longe de casa. Conheceu a Casa Ronald McDonald, perto do hospital, e assim a Mãe e o Pai da Maria ficaram com ela, sempre, por esta casa ser uma “casa longe de casa”, também por lá conheceu o Pedro. Podem conhecer a história completa de ambos em www.casaondeestaonossocoracao.pt .




Entre 24 e 26 de Novembro, podem ajudar estas famílias com crianças em tratamento hospitalar, pedindo um McMenu em qualquer restaurante McDonald’s. Por cada McMenu, a McDonald’s contribui com 25 cêntimos para apoiar a Fundação Infantil Ronald McDonald.

Se preferirem fazê-lo de outras formas, podem sempre ver aqui como poderão fazê-lo.


A Fundação Infantil Ronald McDonald surgiu em Portugal há 17 anos e tem como objectivo  contribuir para o bem-estar das crianças e das famílias é, também, uma IPSS. Os principais espaços da fundação são as casas Ronald McDonald de Lisboa e do Porto e também o Espaço Familiar Ronald McDonald no Hospital Santa Maria em Lisboa, ambos estes espaços aproximam as famílias e as crianças, contribuindo para um maior conforto e bem-estar numa altura que tanto precisam.

Há várias maneiras de ajudar, mas de certeza que nesta sexta-feira  e sábado ou domingo se vão lembrar desta oportunidade quando passarem por algum dos 160 restaurantes McDonald’s.


*post escrito em parceria com a agência de comunicação.



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11.22.2017

É difícil ser mãe sozinha, não é?

A Irene tem pai e avós, claro, mas no dia-a-dia, a logística de estar sozinha com ela é complicada. Também surgem muitas coisas positivas com o divórcio - senão não teria acontecido - mas há umas tantas que me têm esgotado muito também. 

Nada parece horrível porque é ela. E porque somos nós, mas a verdade é que há dias em que a energia desaparece e em que tudo parece mais cinzento. 

Fotografia Joana Hall


- ROTINA MATINAL

A ansiedade de manhã é maior. Sozinha tenho de me assegurar de tudo o que se passa ser feito com tempo e a horas. O pequeno-almoço tem de ser preparado, a miúda tem de estar arranjada e eu também me tenho de arranjar pelo meio. Já desisti de me maquilhar em casa, ligo a televisão enquanto tomo banho para me dar alguns segundos de descanso e ela toma o pequeno almoço no meu quarto para estar mais perto de mim e menos sozinha enquanto tomo banho. Claro que podia preparar o lanche no dia anterior (que inclui fazer um desenhinho para ela sorrir quando o for comer), mas raramente acontece. 

- CHEGAR À ESCOLA

Sou eu quem a levo e comigo o desprendimento é smais complicado do que quando era com o pai a levá-la. No meio de tudo isto é já tarde e tenho horas para picar o ponto no trabalho, embora gostasse de ficar lá mais tempo a brincar com ela. Tive de desistir do ginásio de manhã porque levá-la uma hora mais cedo para estar uma hora no ginásio a treinar e ainda tomar banho à pressa para vir trabalhar não estava a resultar para nenhuma das duas. 

- IR BUSCAR à ESCOLA

Não há cá "deixa ver se ele pode ir buscar hoje". Tenho de a ir buscar, quero ir buscar o mais cedo que puder, mas ser todos os dias a pessoa que tem essa obrigatoriedade, além de não ajudar nalguma flexibilidade no trabalho com tarefas e afins, é uma responsabilidade grandalhona. 

- TAREFAS DA CASA

Ter que, naquela hora ou horas que temos com eles de, pelo meio, arrumar a loiça, tratar da roupa, preparar o jantar, dar banho, dar a comida, comer, lavar dentes, história... 

- ADORMECER

Aquele ritual que, quanto mais cansadas estivermos, mais difícil é. Demora tanto meia hora como duas e, pelo caminho, a paciência vai diminuindo enquanto o sentimento de culpa aumenta. Temos de ser nós, não há outra hipótese. 

E isto é quando nenhuma das duas está doente ou se tem de levar trabalho para casa ou... 

Hoje estou muito cansada e tenho de pensar em "largar" rotinas antigas para incluir mudanças que me facilitem a vida, mas não consigo pedir mais nada à minha cabeça de momento.

Sinto-me feliz, grata, mas esgotada. Melhores dias virão em que não acordo a sentir que o meu corpo não parou de correr a noite toda...

Mães "sozinhas" têm truques? 



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11.20.2017

No chão é que é.

É esta a conclusão a que chego. Claro que há muitas brincadeiras que posso fazer com a Irene, mas nenhuma me deixa mergulhar tanto na cabeça dela e na fantasia dela como me sentar no chão a construir em conjunto. 

Cria-se uma ligação diferente e o tempo passa de outra forma. Nem damos por ele, desaparecendo pressas e obrigações. 

Mergulha-se. 

Os Mega Bloks da Fisher-Price são uns dos brinquedos que usamos para ter este tipo de momento. São brinquedos muito úteis para ajudar a desenvolver outras capacidades da Irene como a fantasia,  a imaginação, a motricidade fina ou até mesmo de vocabulário ou de cultura com a explicação da quinta e como funciona ou as letras e para que servem. 

E arrumar os Mega Bloks também pode ser giro se jogarmos ao "atira para a caixa". Consigo pôr a Irene com vontade de arrumar assim, mesmo que já seja final do dia. 

Aproveitem para ver o vídeo para conhecerem a minha sala de estar e, já agora, para nos verem às duas em movimento. Como é para vocês, o vídeo, deixei-me de formalismos e é o que somos. :)



*Post escrito em parceria com a Fisher-Price.





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11.19.2017

Sentir saudades pode ser bom

Sou uma pessoa muito apegada. Felizmente muito mais a pessoas, a sensações, do que a coisas. Sou uma pessoa física, gosto muito de abraços, beijos {mas só à família e amigos próximos}. Gosto de sentir que tenho os meus debaixo de asa. Preciso de lhes saber os cheiros, a temperatura das mãos e das bochechas, a respiração.

Por isso, estar longe do que mais me faz pulsar, acaba por ser um teste às saudades. Este fim de semana em que estive no Porto, tive saudades das minhas filhas. Mas foi um sentimento sempre bom. A tranquilidade em saber que estavam com a pessoa que, a par de mim, mais as ama e conhece no mundo,  o pai, também ajudou a que não houvesse qualquer ansiedade. As saudades são boas quando sabemos que vamos voltar a ter aquelas pessoas presentes na nossa vida em breve. E assim foi. O fim-de-semana passou a correr e depressa voltei para elas. Foram para Évora ter com as primas e estiveram sempre bem (até as noites foram razoáveis). A Luísa pôde aproveitar melhor a avó e o avô e a tia, a quem estava sempre a chamar.
Foi quando me senti preparada para me separar da minha filhota, quando achei que ela estava preparada, e não me enganei.
Saudades boas de cada vez que recebia uma foto ou vídeo ou de cada vez que falámos por telemóvel. E um amor ainda maior pelo David por me dar este espaço e este tempo só para mim.

                        Sortuda eu? Muito.



Colar com os nomes
Ai Ai Matilde 



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