Caramba. Sei que é este o propósito deste vídeo: fazer-nos pensar. Desde que a Irene nasceu - aliás, até antes de nascer - que estava preparada para ser mais activa, para passear mais, para ver o mundo com outro grau de pormenor e mais devagar.
Verdade seja dita que acho que o facto de não ter saído com ela de casa nos primeiros três meses (conselho da pediatra por não ter vacinas - agora não faria isto, claro) acho que contribuiu e muito para que tudo fosse mais difícil neste começo de vida a três.
Antes de ser mãe não sentia nada disto, não me sentia grata por termos a sorte de ter um país onde podemos aproveitar tanto de um pouco de tudo.
Já viram? Vejam. Sim, foi a Skip que fez este vídeo, mas esta publicidade agrada-me: publicidade com emoções e que não ande à boleia delas. Como é que isto é possível?
Como é possível que os reclusos tenham direito a duas horas de ar livre e as "coisas" estejam organizadas para que não consigamos dar isso aos nossos filhos? Temos de os ir buscar - e isto é ser optimista - ao final da tarde, sermos pais e ainda prepará-los para irem dormir e, pelo meio, onde podemos viver todos juntos a magia de estarmos "lá fora"?
Há coisas que são menos importantes como escrevi aqui. Podemos não ter duas horas, mas podemos fazer com que aqueles 15 minutos sejam os melhores dos dias de todos.
Mais importante do que isto: será que conseguimos mudar alguma coisa neste sistema? Será que podemos propor novas actividades, passeios, visitas na escola?
E nós e os nossos filhos?
Publicidade desta? Sim. Obrigada, Skip, por nos terem feito chegar este vídeo.
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