7.02.2016

Farta de ti, Joana.

O melhor é estar calada. Devia ter estado. 

Quando acabei de ter a Irene, apesar de ter sido um parto muito complicado (vejam - salvo seja - aqui), disse ao Frederico que teria outro e que era "demasiado fácil" gerar vida. Aqui entre nós, acho que fiquei surpreendida por ter sobrevivido àquilo tudo quando o meu limiar de dor antes tinha sido por 12 km/h na passadeira no ginásio. 

Pensámos em ter o próximo filho quando a Irene estiver mais independente (falei disso aqui), mas ando-me a passar da cabeça. Desde que a Joana teve a Luísa e que até anda bem da cabeça, desde que a Mariana Alvim me apareceu com o Matias lá na rádio e eu peguei no moço (até me desceu o leite) que penso se não estarei só a ser mariquinhas. 

As nossas filhas Isabel e Irene estavam a tomar banho juntas num alguidar. A Joana estava a fotografá-las e eu estava a tentar não dar instintivamente maminha à Luísa. 
Tanto a Constança Ferreira (uma fada mágica que ajuda mães e que tem agora dois livros que recomendo a TODAS as mulheres) como a Patrícia Paiva (irmã de uma amiga minha, também interessadíssima e especialista no lado bom da força - o mais natural - da maternidade) dizem que tem que ver com o meu parto. Dizem que, provavelmente, por causa do meu parto é que não senti uma ligação imediata com a Irene e que me recriminei muito por isso (escrevi sobre isso aqui) e que, por causa disso, me dedico tanto à Irene e tenho uma sofreguidão em aproveitá-la, em comê-la viva, em que ela esteja sempre feliz - mesmo que seja a não fazer nada. 

Confio que sim. Elas viram muito mais do que eu. Sei, porém, que existem mais 4567459 motivos para querer que ela se sinta indubitavelmente amada todos os dias e em todas as linguagens possíveis. Gosto de ser mãe assim. Estou bem. 

Isto é ela a olhar para o meu nariz grande e a achar que é um mamilo.
Quero muito ter um segundo filho. Se, por um lado, acho que estou a ser mais maricas que quem já avançou. Por outro lado, sinto que cada uma de nós dá os saltos de fé quando se sente preparada para isso. A vontade de ter mais um filho tem de ser superior à nossa capacidade de negação - caso me estivesse a enganar com os motivos que dou a mim própria para não engravidar já. 

Ainda nem tenho o período!

Quero muito voltar a ter uma salsichinha nos braços. Estes moluscos com um coração com tanto sangue do nosso a bater e que precisam de nós para sobreviver. Que bebem o nosso amor, que precisam do nosso calor, do nosso colo, daquilo que temos de mais animal, mais verdadeiro. 

Passava bem por minha filhota, se calhar por estar ao meu colo e não estar vestida de folhos e golas tão grandes que parecem um enxoval de uma alcofa.
Depois dos primeiros meses (nem sei quanto tempo durou a pior fase) correrem "tão mal" comigo e com a Irene (eu era super ansiosa e era tudo um pesadelo, deixei de ser e mudei a minha vida toda), quero muito experimentar ser mãe de uma forma mais contemplativa e grata e menos insegura e em modo de sobrevivência. 

Ando louca para ter um segundo filho, mas não louca o suficiente. Penso que, quanto mais tempo passar, mais terei aprendido sobre tudo e mais terei crescido e melhor estarei para o próximo. 

A Joana a tirar as fotografias disse "estou a cortar-te a testa, ok?". Claro que agradeci. É assim mesmo, Joana. 
Farta de ti, Joana e o facto de seres tão optimista. Obrigas-me a pensar que as coisas também podem correr bem. Fazes-me sonhar além dos quadrados que tenho na cabeça.

O facto da Luisinha ter gostado de mim não ajudou!

Porcaria do relógio biológico... Bem, ao menos é biológico e não tem químicos e não sei quê! Bedum pum txxxx...


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Como está a correr?

Obrigada por perguntarem. Desta vez não nos esquecemos das malas em casa (bem se lembrava ontem uma leitora). Não perdemos máquina fotográfica nem carteiras. Mas viagem dos Brás da Silva que se preze tem de ter sempre emoção. Acho que já saímos sempre de casa à espera que algo aconteça, senão nem teria piada. 

Até agora, está tudo vivo e de boa saúde mas a viagem começou com:

- "David, o que estamos a fazer quase na Serra D'Aire?!". Fizemos uns bons 60kms a mais, porque o piloto estava distraído do GPS (quem nos mandou calar a gaja?) e a co-piloto ia distraída ao telemóvel.

- A Isabel já caiu três vezes. Três! Da mesa de apoio à sala, da cadeira e na casa de banho, sendo que desta queda quase conseguiríamos fazer um arroz de cabidela. 

- A Isabel abriu uma embalagem de corante alimentar vermelho em cima do sofá (que estava num kit muito giro que nos deram à chegada, para pintarmos [sabiam que se misturarem corante com iogurte natural, eles podem fazer pinturas?]). 

- A Luísa levou com uma manápula da Isabel, cheia de óleo de massagem, na cara e nem sabe bem como é que aquilo aconteceu (no meio de uma daquelas birras descomunais, que já não fazia há uns dias - até achámos que já tinham passado, que ingénuos hehe). 

Pronto. Para já é tudo. Mas cheira-me que ainda vos venho cá contar mais novidades "emocionantes" deste fim-de-semana. ;) 

Tirando isso, as partes boas, que superam os pequenos acidentes, vêm em forma de foto. Sim, porque estamos a gostar muito de estar novamente no Obidos Lagoon Wellness Retreat

(E as miúdas já estão a dormir e nós agora vamos tentar ver um filme - mal acabe o Alemanha-Itália - comer uns caracóis e beber um vinho branco geladinho. Eu dou só um golo, não se preocupem! Hehe).









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Estou a ser muita parva, não estou?

Estou a fazer as malas para ir de férias e dei por mim a levar isto...


Estou a falar dos livros. Primeiro: levo quatro. Depois... levo livros? 

Já nas últimas férias levei imensos livros e... POR ACASO ATÉ LI UM! Afinal é possível!

Vou com os meus sogros para uma casa alugada em Óbidos e como só há uma televisão, vocês percebem! Ainda por cima acho que só tem os nossos quatro canais (medo). 

Levo quatro, não porque me esteja a armar em Marcelo mas como nenhum é um romance em que se tenha de seguir uma história com muita atenção, posso ir trocando consoante me apeteça aprender uma coisa de outra coisa qualquer. 

Vocês conseguem ler no dia-a-dia? Ou hibernam como eu? Isto é: adquirem livros para ficarem giros no quarto na esperança de que um dia os vossos filhos casem e leiam tudo de seguida? 


Ah!!!

Se forem de férias, é favor levar o nosso livro, está bem? 


Ouvi dizer que é dos melhores que para aí andam. 

6.30.2016

Voltar ao jardim da minha infância

É dos parques a que vamos mais. Além dos baloiços e do escorrega grande, tem bastantes árvores, relva e uma paisagem lindíssima do rio Tejo e da lezíria. Mas mais do que bonito, aquele jardim das Portas do Sol traz-me memórias. Tantas... e tão boas. Eu passeei tanto por ali, com o meu irmão, com os meus primos, com amigos. Demos comida aos patos, disputámos escorregas, fizeram-me chorar certamente (consta que eu era uma chorona, duvido imenso... haha), vimos noivos em sessões fotográficas e, já adolescente, namorei muito por ali. Já não é nada do que era, mas a magia mantém-se, de alguma forma. E é bom ver agora as minhas filhas a serem felizes nos sítios que me fizeram feliz.











Carinha de sono a da Isabel (a da Luísa nem se fala hehe).

Adoro esta foto, apesar de desfocada, de quando a Isabel se veio aninhar a mim, enquanto eu dava mama à Luísa.  <3




Vestido e fofo - INNY Kids Wear


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HELP! Tenho síndrome da tartaruga!

Sou uma pessoa normalmente descontraída, mas pareço uma barata tonta (acho que a lerdice e a burrice normal do pós-parto também não ajudam). Vamos de fim-de-semana, que, pelas minhas contas, são só dois dias (está certo, não está?) e eu acho que estou a fazer uma mala para vinte. Achava que a síndrome da tartaruga (levar a casa às costas) só nos dava no primeiro filho, mas pelos vistos não. 

E se bolçar mais que o normal? É melhor levar mais dois bodies. E se fizer daqueles cocós descomunais até ao pescoço? Mais uns babygrows. E se estiver mais frio? Mais uns casaquitos. E se for picada por melgas? É melhor levar a caixa toda dos medicamentos e pomadas. E repelente. E rede mosquiteira. Carrinho: levo o que tem alcofa ou o outro? Almofada de amamentação, valerá a pena? Uhmmm... E vai o ninho ou a alcofa de palha? Cremes para os mamilos? Se a Isabel quiser voltar a experimentar o leitinho da mamã e aquele dente partido ferrar, se calhar é melhor...

DESCOMPLICA, JOANA!

Mas... e se me esquecer de algo mesmo mesmo importante? As mamas vão, Joana, não há nada mais importante.

Isto são os dois únicos neurónios que me restam a dialogar, os mesmos dois que daqui a dois dias vão descansar um bocadinho no Obidos Lagoon Welness Retreat.
Eu disse descansar? Hahaha melhor piada de sempre. :) Mas mesmo "correndo o risco" de vir de lá mais cansada do que vou, com a nova gestão das duas piolhas, estamos em pulgas! Casa acolhedora só para nós, pequeno-almoço à porta, cesta de piquenique, piscina privativa, SPA... mas, acima de tudo, vamos voltar a um sítio onde fomos muito felizes - parece impossível, mas já passou um ano desde que lá estivemos.



Já sorri de orelha a orelha só de rever estas imagens e já quase me passou a síndrome da tartaruga. Eu disse quase, por isso, cá vai: HELP!

O QUE TENHO MESMO DE LEVAR NA MALA DA MAI' NOVA? :)


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6.29.2016

Saudades de conseguirem conversar com uma amiga?

Na quarta-feira fomos ao jardim de Belém. Nem me lembro há quantos anos não ia para aquela zona (a não ser para jantar na Enoteca de Belém que recomendo vivamente - sem crianças). A Bruna (minha amiga desde o 12º no Liceu Camões) e o Vicente (um dos seus três filhos) e nós (a Irene e eu) chegámos praticamente ao mesmo tempo (vou parar com isto dos parênteses, não é?). Levei um lanchinho para eles para comerem na relva enquanto púnhamos a conversa em dia e assim foi. Não resistimos em ir ao McDonalds, quais adolescentes e a Bruna mamou um smoothie (já não ia ao Mc há tempo suficiente para não saber que isso existia e que havia infra-vermelhos nas máquinas de despejar os tabuleiros - whaaat?) e eu um sundae de caramelo (acho que foi a primeira vez que comi um sundae até ao fim). Fomos até aos baloiços numa de "lhes dar o que eles querem", mas ficámos tão cansadas de estar a acompanhar e a restringir e a aconselhar que voltámos para a relva outra vez. 

A Irene comeu um pedacinho de pau, o Vicente fartou-se de cair (acho que vai ser duplo), atirou a Irene ao chão por ela ter sido chata e ter tentado roubar a bola dele (é uma das coisas que me preocupa na creche - a Irene levar safanões dos outros meninos), a Bruna e eu quase que conseguíamos acabar uma frase de vez em quando, mas foi maravilhoso: sentir o vento fresco (em vez de estar em casa a fabricar suor), ver tanto verde, ver os miúdos entretidos e estar com uma amiga de longa data. É sempre incrivelmente bom voltar a estar com amigos "de sempre" e ver que não mudaram, que a dinâmica continua igual. No nosso caso, até é assustador. Estamos mesmo iguais. 

Só tive mesmo pena que não desse para falarmos mais profundamente e disse-o à Bruna. Tivemos conversas de "quem está ali com os filhos", mas também foi muito melhor por eles estarem ali connosco. Compensa. 

























Macacão - Zippy (está grande demais, daí ter cortado um elástico e feito um nó atrás)
Sapatos - IGOR
Gancho - Claires
Chapéu - Zara

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Quando ir a um terapeuta da fala?

A Diana Lopes, nossa leitora (espero eu, senão é só esquisito ahah), propôs-se a dar alguns conselhos às mães sobre a área dela. Adorei. Por muito que achemos que "a Mãe é que sabe", sobre terapia da fala, a Diana é capaz de saber mais um bocadinho haha, mas só mais um bocadinho. 

Querem ler o que ela tem para dizer? Se conhecerem alguma mãe que ande com a pulga atrás da orelha sobre o desenvolvimento da fala do filhote, passem-lhe este artigo para ela ficar mais sossegada ou, então, para iniciar o percurso da terapia com ele! ;)


"Um dia, a Mãe acorda e começa a sussurrar aos ouvidos do seu bebé “Vá diz MÃ-MÃ, é fácil é só repetires MÃMÃ, MÃ-MÔ. A história repete-se com o pai, “PA-PÁ, diz PAPÁ”. Quem levará a vencida? A mãe ou o pai?

E quando a criança não faz a vontade a nenhum dos progenitores e aos dois anos nem o pai e/ou a mãe levam a vencida?



Antes da história do papá e da mamã, existe todo um processo que traduz o desenvolvimento linguístico da criança e, cada vez mais os pais devem estar atentos ao desenvolvimento da linguagem e da fala e tentar compreender qual a sua relação com as dificuldades na aprendizagem. Para tal, é importante que identifiquem alguns dos sinais de alerta que podem ajudar a entender qual a altura certa para procurar um profissional qualificado.

Ao longo do seu desenvolvimento as crianças vão aprendendo a comunicar de acordo com as regras da comunidade onde estão inseridas e o estímulo que recebem. O choro é a primeira e principal forma de comunicação do bebé e é através dele que o bebé vê as suas necessidades atendidas pelos pais nesta fase de vida. Designamos este período de pré linguístico, em que a criança comunica através de produções sonoras como, por exemplo, o choro (referido), o riso, o palreio e a lalação.

É através da interação de vários fatores (biológicos, psicossociais, cognitivos e biológicos) que as crianças desenvolvem a linguagem.

Por vezes ouvimos dos nossos vizinhos, amigos, familiares dizer que ela ou ele ainda “é um pouco espanhol a falar”, “fala um pouco à bebé”, “é um pouco sopinha de massa” ou ainda de forma mais específica “o teu filho fala mal”,  “ainda não diz os L’s, o S,…” mas na verdade a mãe é que sabe … a Mãe é que conhece a sua cria e melhor que ninguém conseguirá identificar os sinais de alerta manifestados.

Também é verdade que cada criança tem o seu ritmo. Mas quando devo agir? Deixo-vos aqui alguns sinais de alerta:

·     12 - 18 meses – o bebé é muito silencioso, não reage nem brinca com os sons, não aponta, não estabelece contacto ocular

·         18 – 24 meses – não compreende ordens simples, dificuldade em formar frases com duas palavras

·         2 – 3 anos – não forma frases simples

·         3 - 4 anos – apresenta um discurso ininteligível, não forma frases simples

·       4 - 5 anos – não relaciona acontecimentos simples e recentes, não compreende ordens simples, omite e troca sons nas palavras, discurso pouco estruturado, só os pais o compreendem

·        5 - 6 anos – utiliza frases mal estruturadas, tem um discurso incoerente

·        6 anos – alterações na articulação das palavras, trocas sons/letras ao falar, ler ou escrever.

O Terapeuta da Fala é o profissional habilitado para avaliar e aconselhar estas alterações. A intervenção precoce é a mais eficaz.

O Terapeuta da Fala

O Terapeuta da Fala é o profissional responsável pela prevenção, avaliação, intervenção e estudo científico das perturbações da comunicação humana, englobando não só todas as funções associadas à compreensão e expressão da linguagem oral e escrita mas também outras formas de comunicação não verbal. O Terapeuta da Fala intervém, ainda, ao nível da deglutição (passagem segura de alimentos e bebidas através da orofaringe de forma a garantir uma nutrição adequada). O Terapeuta da Fala avalia e intervém em indivíduos de todas as idades, desde recém-nascidos a idosos, tendo por objetivo geral otimizar as capacidades de comunicação e/ou deglutição do indivíduo, melhorando, assim, a sua qualidade de vida (ASHA, 2007)."


Há poucos brinquedos melhores que este!

Ontem fui visitar a Joana a Santarém e uma das melhores coisas foi mesmo ver as miúdas finalmente a interagirem uma com a outra. Eles gostam de se ver uns aos outros mas, segundo li, só mais perto dos três anos é que interagem mesmo. Foi o caso. Consegui ver imensas diferenças. Estavam super felizes. 

Depois de um clássico banho no alguidar (mostro-vos em breve), não conseguimos resistir às bolinhas de sabão, mas sem nenhuma das mães ficar com uma quebra de tensão por estar a soprar durante horas ou sem nenhuma delas ficar totalmente encharcada de sabão por querer soprar e segurar no frasco ao mesmo tempo.

Estamos super fãs desta máquina. Óptima para o nosso descanso e consegue cumprir as expectativas das garotas de quererem 2000000 bolinhas de sabão ao mesmo tempo. Só mesmo algo sem pulmões para conseguir dar esta velocidade toda. 










Foi um daqueles momentos que, obviamente, a Irene se não se fartará de falar nos próximos dias...  "A Necas e a Isabel fizeu bolinhas de sabão!". 

Sabem o que gosto mesmo mesmo muito nesta máquina? Ao contrário de outra que já tive? Esta anima uma fotografia em vez de ter vontade que ela não apareça. Adoro as cores. Fica bonita, infantil, alegre. 

Claro que as nossas filhas ajudam. ;)

Máquina de Bolinhas de Sabão - Imaginarium 

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