7.11.2015

Não lhes cortem o cabelo, pá!

A Irene tem muito cabelo desde sempre. Estava eu na sala de partos (a parir - que é mesmo assim ;)), quando a enfermeira disse: "ela está mesmo aqui, eu consigo puxar-lhe o cabelo e tudo!". "Ai sim? Então não puxe que isso dói!!". 

Sempre adorei o cabelo dela, mas já no Verão passado a fazia suar imenso e ficávamos cheios de pena. Vai daí, (já não sei de quem foi a ideia, mas como sou eu a escrever aqui e foi uma má ideia, foi do Frederico, pronto), lembramo-nos de lhe cortar o cabelo. Não íamos a um cabeleireiro com uma bebé de 4/5 meses (ou lá o que era), pareceu-nos estúpido. WRONG!

Este é o aspecto normal da Irene, com a boca suja de bolacha do Celeiro e tudo (fotografia tirada ontem ao final da tarde): 


Agora vejam esta beleza. Parece que teve um ataque de stress intenso e que começou a arrancar cabelo a si própria. Ou então aquelas velhotas que começam a fazer um corte masculino.... Fica o conselho: não lhes cortem o cabelo. Vão a especialistas!









7.10.2015

O macacão mais cool de sempre

Afinal não sou só a mãe das golas farfalhudas e dos tapa-fraldas cheios de rococós. Também sou uma mãe super cool e trendy (lol).
Este macacão foi das compras mais rápidas de sempre. E a culpa não foi minha. Olhei, adorei, mas segui em frente, porque a Isabel não precisa nem de mais um par de meias. Ouço a minha mãe, que vinha atrás: "ai este macacão!". Já sabia que era aquele jumpsuit (pumba, mais um termo da moda) flúor das palmeiras, nem precisei de olhar. Não me fiz de rogada, pois está claro.

É ou não é muito fofo?







Jumpsuit - Little Jack
Sapatilhas - Zippy

Ando com uma camada de nervos em cima!

Epa. Eu sei. Que é uma fase. Que ela está bem. Que é normal. Que passa. Mas só quem tem filhos que se recusam a comer é que sabe o que se sofre com isto.
No outro dia, fui para o quarto chorar, carregadinha de nervos no corpo. Tento que a Isabel não note a minha enorme frustração e tentamos fazer das refeições uma diversão, sem impingir nada para que ela não associe as refeições a uma coisa negativa, mas... as minhas costas ficaram tensas, tensas e desabei.

Tive um flashback. Lembrei-me dos dramas da minha mãe com o meu irmão Frederico, na nossa cozinha pequenina, no nosso 6º andar.
- Frederico, come.
- Não gôto.
- Mas ontem gostaste!
- Mas não gôto.
- Senta-te à mesa, filho. A mãe não disse que já te podias levantar. Fredericooo!

Lembro-me também da minha mãe servir tomate todo o santo dia no prato do meu irmão, a acompanhar as refeições. Ao fim de muitos dias, ele lá decidiu provar. E afinal até gostava, só não sabia. Já eu sempre fui boa boca, diz a minha mãe. Acredito. Só pode. Desde miúda que gosto de experimentar tudo, adoro comer, não torço o nariz a nada. Vá, não consigo comer tripas, porque apanhei um trauma quando me engasguei e tive de ser virada de cabeça para baixo e espancada pelo meu pai para aquela porcaria sair. Lá está, estava a provar tripas em criança.

A Isabel está a sair-me a maior pisca de todos os tempos. Às vezes vai para a cama com um iogurte no bucho. Outras vezes nem isso. Anda a recusar sopa, sopa da mãe, sopa da avó, sopa mais grossa, sopa menos grossa. Recusa massa, recusa arroz, recusa feijão (que ela adorava!), recusa tudo o que possam imaginar. Fruta, que ela comia inteira, à dentada, agora, nem vê-la. Prova e cospe. É um de-ses-pe-ro! A sério. 

O que me vale? Ela almoçar bem na creche, quase sempre. Come a sopa (até pedi para filmarem porque nem queria acreditar), come o segundo muitas vezes, e come a fruta. Ao fim-de-semana não há creche... por isso, fico com as costas todas tensas e as lágrimas a quererem espreitar. 

No outro dia, sentei-me no chão com ela e comecei a comer. Disse-lhe "não, é da mãe". E lá veio ela, provar. Psicologia invertida, com esta idade? Pois, lamento. Vale tudo já. Eu, a mãezinha anti-comida-processada-e-doces e não sei o quê, já me vi a dar-lhe a porcaria de um croquete!!! Já lhe dei daquelas coisas de fruta moída (num dia quis, no seguinte já não). Já atrasei jantares para ver se ganhava fome. Já fiz trinta por uma linha. Ultimamente temos tentado estar à mesa com ela, dar-lhe colheres e por-lhe a comida à frente, deixo-a comer com as mãos (sempre deixei, mas dantes corria bem e agora só esmaga a comida e manda para o chão). Nada. Não vai nada para aquela boquinha pequenina.

Quando chegou o cabaz de legumes e fruta que encomendamos uma vez por semana, deixei-a explorar. Até me comovi quando a vi ir buscar uma ameixa e trincar aquilo. Depois pediu-me para tirar a pele e comeu. Comeu a segunda. Era isto. Era isto, todos os dias. Só que não é.


A pedir-me para lhe tirar a casca












Para quem quiser saber, esta delícia de legumes e fruta é do Cabaz Natura. Vale cada cêntimo. E o queijo e a broa de milho... não estão bem a ver!

7.09.2015

A nossa poltrona

Já antes de saber se ia amamentar ou não, etc., sempre imaginei o quarto dum bebé com uma cadeira de baloiço ou uma poltrona. Na esperança de amamentar, investimos nisso (isto é: um dos avós ofereceu) e escolhemos esta no Ikea. Melhor coisa de sempre. Óptimo apoio nas costas, braços super úteis, os gatos não se passam com ela e não a arranham feitos fãs do Justin Bieber quando viram há pouco tempo que ele pôs uma fotografia do rabo no instagram. 

Foi a minha melhor amiga muito tempo. Passei a Irene para o quarto dela no 2º dia e passei muitas horas nesta cadeira. A dormir, acordada, meia a dormir ou meia acordada... E ainda passo. É o meu sítio preferido para lhe dar de mamar. E a primeira mamada da manhã que ficamos as duas na ronha a fazer festinhas uma à outra também é lá. 

Parte da nossa história é esta poltrona. Bem escolhida que, depois do próximo, virará uma cadeira para a sala, provavelmente para o Frederico se sentar e envelhecer lá mais um bocadinho. ;)

Invistam numa boa cadeira para o quarto. Para os adormecer, para dar mama e para os adormecer, para lhes dar mama, para miminhos... o que for. Uma boa cadeira, porque nunca devemos ter pressa nesses momentos e, por isso, temos de estar confortáveis. 













Poltrona - Ikea

T-shirt - Zara

Macacão - Laçarote

Autocolantes armário - Não me lembro (mas ninguém tinha reparado neles que eu sei)

Ilustração panda na parede - Marydoll

Pá - Ikea

Body no chão - Jumbo

Filha - Da mãe e do pai.


O escorrega foi destronado

Completamente. Não sei se foi porque tinha em competição um passadiço movediço que era novidade. Às tantas, da próxima vez que formos ao parque, o escorrega vai voltar a ter aquele mini-corpo a descer e a subir até às costas da mãe gritarem por socorro, mas o que é certo é que nunca a vi tão feliz e compenetrada, focada em passar de uma ponta à outra do passadiço. Eu estava num misto de riso e nervoso, com medo que ela se estatelasse toda, porque não me parece que aquilo seja para a idade dela. Final de tarde de domingo maravilhoso, com novas descobertas. E, melhor ainda, com as mulheres da minha vida.


















 



Ainda nem 9h eram e já estava lavada em lágrimas

E é mesmo verdade. Muitas vezes uso títulos que não sei quê, mas este é mesmo verdade. Estou com uma infecção urinária (um clássico aqui da menina) e confesso que me custou muito a adormecer com pânico de que tivesse de tomar um antibiótico que fizesse mal à Irene (amamento e na semana passada, o antibiótico compatível com a amamentação que tomei não fez nada), mas lá adormeci. Hoje, de manhã, decidi não esperar mais e com a esperança de que ainda não estivesse toda a gente nas urgênicas, às 8 da manhã, lá fui. Receitaram-me um antibiótico compatível. Ufa. Vamos ver se resulta.

À saída, para pagar, ouvi um menino pequenino a chorar, mas agora que sou mãe percebi logo que não era choro de birra, não era choro de sono, não era choro de impaciência, era um choro de dor. Olhei para ele e estava ao colo da mãe. Tentei "ignorar" para não parecer demasiado curiosa, porque as pessoas têm direito à sua privacidade. Depois, ao ouvir a mãe falar com a senhora da recepção, reparei que estava num estado de grande nervosismo e preocupação mas que, com o choque, ainda estava a tentar estar operável. Ainda sorria e tentava acalmar o bebé como se nada fosse. Reparei que estava sozinha e que as coisas com a senhora da recepção estavam a demorar. Não  consegui evitar e perguntei se podia ser útil nalguma coisa, dizendo que também sou mãe (achei que isso a faria confiar mais em mim). 

Ela contou-me que tinha caído o aquecimento em cima do pé do filho, abrindo-o. Olhei para o pé e tinha os dedos com sangue, como se de uma pequena ferida se tratasse, não era muito impressionante. Vieram-me logo as lágrimas aos olhos, não só pelo choro pequenino do bebé, aqueles gemidos de dor que todas as mães acabam por saber o que é, mas acima de tudo por tudo aquilo que a mãe estava a sentir e por tudo aquilo que estava a tentar ultrapassar. Ela tinha que ser forte. Não podia chorar, não podia quebrar ali. Tinha caído um aquecedor em cima do pé do menino (se tinha 3 anos, era muito). Disse-lhe, lavada em lágrimas, mas a tentar disfarçar para não lhe fazer pior, que estava com ela, que nem conseguia imaginar o que ela sentia, que tudo vai passar, que ela é muito forte e para não se preocupar que correu tudo bem e já estava onde era preciso. Perguntei se queria mais alguma coisa, tentando parar de falar porque reparei que estava a puxá-la para a realidade da gravidade da situação e não era isso que ela precisava, ela tinha de estar "ocupada", em modo de "vamos lá resolver isto, sentimentos para o fim". Afastei-me dizendo-lhe que ia correr tudo bem. 

E vim a chorar até ao carro. Chorei no carro. Tudo. Tudo a que tinha direito como se algo de mal me tivesse acontecido. Eu que (não que fosse um monstro) não era muito sensível à dor alheia, passei a ter este calcanhar de Aquiles. A Joana dantes ficaria triste pela mãe e pelo bebé, mas não pensaria mais nisso passados 5 minutos, nem choraria, nem falaria com a mãe, nem se ofereceria para ajudar.

Tudo muda quando somos mães.  Tornamo-nos muito maiores para caber este coração gigante que cresceu durante esta nova vida que criámos.

É uma frase que odeio por ser tão corrente, por ser usada em campanhas comerciais, por cantores pimba, canais de televisão, tudo, mas é mesmo o que me apetece dizer:

estamos juntas. 

7.08.2015

Piores fotos de gravidez de sempre!

Cruzei-me com estas imagens e não consegui deixar de partilhá-las convosco. Às vezes pedem-nos conselhos e perguntam por fotógrafas para eternizarem momentos únicos, vai na volta e está aqui o que precisam. Momentos inesquecíveis, sem dúvida. Só me pergunto: "porquê?!" My eyeeeeeeees!

 - Cucu! É por aqui? Posso rasgar-te a barriguinha toda, mamã? 


 - Preparem-se meninos. Ele vem aí.


 - É por aqui que ele sai ou por aí?


 - Amorzinho, assim de repente não consegui as flores. Mas arranjei ali um pneu.
- Oh, Telmo. É por estas e por outras que te amo tanto.

 No comments...

- Ai que bem que se está. Estou tão confortável que, por mim, até dava aqui à luz.


- Lulu, vais nua para a ria? Olha que te constipas!
- Não, Jorge. Trouxe aquele kit do lixo que me faz parecer uma sereia, amor!


- Oh Zé, aqui não, olha os senhores...

Hoje nem ligámos a televisão.

Nem vos vou dizer como têm sido as noites da Irene que não quero amaldiçoar. A verdade é que isso me dá muita mais paciência e vontade de fazer coisas diferentes com ela. Hoje de manhã nem ligámos a televisão (só um bocadinho para editar estas fotografias, mas já foi muito, muito pouco tempo), decidi que íamos desenhar (ou ia eu e ela riscar) com lápis de cera e aproveitar a plasticina que comprei no outro dia na Tiger (menos de 4€, diz que é para a partir de 1 ano e não tem glúten, wow!). 

Ela ficou cheia de nojo ao início. Já sabem como é que eles são com novas texturas. Acho graça que, com a comida querem logo meter a mão, mas com a plasticina... 

Até já voltei a tirar-lhe fotografias com a máquina "melhor" e ter algum trabalho com as fotografias. Por isso... estou solidária com todas as mães que não dormem e que se sentem aprisionadas pelo cansaço e que não conseguem fazer tudo o que gostariam de fazer como gostariam que ficasse feito. 

Brincar até brincamos, mas é tão melhor quando estamos dormidas. Bom, nem vou falar mais nisto que estou cheia de medo que mude. ;)











Obviamente que não ponho colares à minha filha, principalmente destes que providenciem um estrangulamento acidental, mas usa-o sempre com a nossa vigilância e não conseguimos dizer que não visto que é da "vó". Ficou esquecido cá em casa e passou a ser o brinquedo preferido da Irene. Mais do que a plasticina. 





Laço  - Fitas para chuchas & companhia (lindo e puffy)

Body - Jumbo (estou a falar a sério! 1€ e é lindo)

Calções - Primark (são de um pijama, mas a parte de cima é muito quente)