1.28.2015

Conversa de mães (#03)

Então e do que falam as mães entre si? Das melhores escolas e do método Waldorf? Da importância da alimentação? Da homeopatia? Da educação positiva?

Não. Disto:
Se depois disto ainda nos quiserem continuar a seguir, gabo-vos a paciência.

1.27.2015

Quando ela for grande...

A Joana Gama lançou-me o desafio em modo de provocação aqui. Não quero que a Isabel use fofos até aos 18 anos, mas pelo menos até aos 15 vai ter de ser, temos pena... E claro, meias até ao joelho, carneiras, gola de meio metro e laçarote XXL na cabeça.
Um dos maiores desejos para a minha filha é que descubra que se recebe muito mais quando se dá.
Quero que a minha filha goste de ver chover lá fora e que queira chapinhar nas poças, com umas galochas amarelas. 
Que goste de rapar as taças com os restos de massa dos bolos até ficar com o nariz cheio de chocolate e que me ajude a fazer bolachas de gengibre. 
Que dance comigo, faça rodas e abane o bumbum ao som de músicas pirosas e que goste de cantar no carro enquanto viajamos os três. 
No fundo quero que a minha filha experimente, veja o mundo, saiba como cheira uma bugavilía e não tenha medo de apanhar uma lagartixa, mesmo que o rabo dela se separe do corpo.

Quero que a Isabel goste de se ver ao espelho e que não tenha complexos, como a mãe dela teve. 
Quero que seja decidida, mas que saiba voltar atrás e fazer de novo sempre que for preciso. 
Que não se sinta fracassada quando perde, mas que saiba erguer-se. 
Gostava que a minha filhe fosse ambiciosa e que a sua maior ambição não fosse nem ser rica nem famosa, mas sim ser uma: uma pessoa na sua individualidade, com voz crítica, criativa, diferente.

Espero que ela tenha sempre sonhos por cumprir, não para ser eternamente insatisfeita, mas para sentir que há muito mundo por descobrir e que pode ser tudo o que quiser. 
Que não seja uma totó mas que não tenha vergonha de o parecer, que saiba brincar e não se leve demasiado a sério. 
Que não perca nunca aquela gargalhada, que é o melhor som que eu já ouvi na vida.

E vocês, o que é que querem que eles sejam quando forem grandes?

Inventam tudo (#06)

Epa, giro, giro era inventarem um carrinho de bebé que se transformasse em triciclo e até em carrinho de compras! 

HAHAHA Joana, que disparate sem nexo nenhum!

Ora, baixem lá a bolinha! Comam e arrotem! (pronto, foi infantil, excedi-me um pouco)


Senhoras e senhores, cá está o BabyOom. Pelo que percebi, ainda está apenas em projecto, mas mesmo que se comercialize, cheira-me que não é para a bolsa aqui dos tugas. Cheira-me...

Vvvvvvvvvvvvvvvv (som do secador)

O meu marido ainda hoje adora o som do secador. Diz que se lembra da mãe estar a secar-lhe o cabelo, com ele sentado na sanita e de adormecer com cabeça encostada ao peito dela. Gosta do quentinho e do barulho. 

Quando estava grávida e secava o cabelo, ele aproveitava quando saia do banho e, apesar de não precisar, passava com o secador pelo corpo também. Digo "apesar de não precisar" porque calhou-me um velhote com tanto pelo quanto uma manga: nenhum! Demasiada informação? Sim, sempre. 

O meu pai também (acho que era o meu pai, nunca me lembro bem), depois de eu ter o pijama vestido, também me punha um bocadinho o secador por dentro do pijama e eu adorava o balão de ar quente. 

Pelos vistos, o namoro do ser humano com o secador é ainda anterior à nossa infância. Vem de quando éramos bebés. Nunca tinha ouvido falar disto até começar a investigar maneiras de acalmar recém nascidos (para quem ainda não seja mãe, eles choram muito e nem sempre é maminha ou fralda suja). 

E não é que o som do secador é muito parecido com o barulho que eles ouvem dentro do nosso útero e, proporcionalmente, no mesmo volume? 

Há a teoria de que os bebés deveriam só nascer 3 meses depois, que deveríamos ficar grávidas durante um ano se isso não fizesse com que nos esvaíssemos em sangue pela coisinha (adoro!), porque nessa altura os bebés já estão mais desenvolvidos cerebralmente (e não só) e o parto não seria tão traumático (para eles). A Natureza faz com que eles nasçam mais cedo, mas é pelas mães, segundo essa teoria. 

Às vezes, essa inquietude "traumática" e desesperante (para nós) do recém nascido, faz com que mediquemos a torto e a direito os nossos bebés achando que "só podem ser cólicas". Eventualmente essas "cólicas" acabam por passar e, erradamente, atribuímos a um determinado medicamento ou probiótico em vez de ser o próprio bebé que se encontra mais "situado". Estou a gastar imensas aspas, eu sei. 

Durante os três meses seguintes (cá fora), eles sentem que não pertecem a lado algum e têm saudades do útero. Por isso, o swaddling (embrulhá-los numa manta, bem apertadinhos e fazer shhhhh bem alto ao ouvido), o som do secador e outros, visto que reproduzem as condições do útero, fazem com que fiquem mais calmos.

Experimentei isso com a Irene e resultou. Usava isto quando estava desesperada (não é que eles sejam insuportáveis, mas nós, mães, estamos a passar por muita coisa ao mesmo tempo e torna-se, às vezes muito complicado):


Claro que não é o secador em si que é milagroso, o som do aspirador também resulta (não tenham medo de os acordar enquanto aspiram a casa se forem recém nascidos, até ajuda) e o som do exaustor. Lembro-me de precisar de ir fazer xixi e de a por na espreguiçadeira ao pé do exaustor para poder fazer xixi durante um bocadinho, sem me stressar. Abençoados aparelhos.

Depois não só lhes passa como voltamos a estar bem da cabeça e a conseguirmos ser criativas e ter instinto para os afagar, mas este é um óptimo truque de emergência!

Funciona quase com todos, verdade?

1.26.2015

Quando ela for grande...

Rir. 

Queremos (sim, porque não me fecundei sozinha) que a nossa filha, além de se rir e muito, saiba fazer rir. 

Tanto o pai como eu achamos que ter sentido de humor é uma das características mais importantes também por aglomerar tantas outras que são imprescindíveis. 

Queremos que ela seja a maior. 

Não a maior no sentido do porte do pai, claro. 

Quer dizer, se quiser ser balofa e andar a mamar comprimidos para o colestrol todas as segundas, quartas e sextas, também pode, mas vou avisá-la de que o Visacor está caro. 

O pai acha que é muito importante que ela aprenda a partilhar, que é um dos valores mais importantes. 

A mãe (eu) não se pronuncia em relação a isso porque é bastante fuça em tudo o que faz, fez a faculdade sem emprestar apontamentos a ninguém. 

Eu quero que ela seja capaz de sonhar (tal como o pai é), que tenha vontade de tentar concretizar coisas que pareçam difíceis e que seja uma mulher segura de si (porque tudo o resto que vem com isso é só bom, não tem é muitas amigas mulheres se assim for, mas não faz mal). 

Quero que ela não use decotes e que, mais importante que tudo o resto, não fume Águia, que esse tabaco fica mal a qualquer um, não dá estilo como os outros. 

Espero que nunca chegue atrasada a lado algum, porque não há traseiro para esses manfias. Ah! E que nunca diga que escreve "voçes" assim por "estar na net".

O resto eu depois falo com ela que já me estou a enervar. 

Aposto que a outra Joana quer que a Isabel vista fofos até aos 18 anos...

Afinal havia outra (#03) - Para as Marias, com humor

Quando, às 14 semanas de gravidez, o médico anunciou que vinha aí uma menina, o pai ficou desapontado. Para ele, só podia ser menino – o menino que ia levar todos os domingos desta vida ao estádio da Luz. Mas não, era menina. E então substituiu o trauma por uma teoria interessantíssima acerca de um ser com apenas 14 semanas de gestação: “E se ela fizesse stand-up? E se ela fosse mesmo boa a fazer stand-up? Era do caraças!” – sendo que o pai delas nunca diz caraças, diz a outra palavra…
Nessa altura, eu estava preocupada com outras coisas. Era a primeira filha e o meu espírito estava constantemente a ser assaltado por dúvidas avulso: Será que estou a comer o que é suposto para ela crescer bem? Será que vai ser saudável? Vai nascer de parto natural ou cesariana? Pensava também, e desculpem-me a futilidade, se iria ser bonita. Não sei porquê, mas tinha medo que a miúda viesse feia. E se calhar veio, mas para mim - que sou mãe dela - é gira que se farta!
Mas para o pai o importante era ter sentido de humor. E - vá-se lá saber se ele fez alguma promessa à Nossa Senhora das Piadas ou o raio – a miúda tem mesmo sentido de humor. É uma característica dela, muito vincada e que ela vai aperfeiçoando da mesma forma que aperfeiçoa a forma de desenhar ou de falar – agora anda feliz porque já diz “prato” em vez de “pato”. Na verdade diz “perato”, mas ninguém tem coragem de corrigir.
E a mais nova não é diferente. É muito trapalhona a falar mas é muito expressiva, muito física e gozona – portanto, esta coisa do humor só pode estar em grande no código genético delas.
A relação do pai com elas também inclui as rotinas dos banhos, das refeições, do deitar e do “ralhar”, quando é preciso – não há cá polícia bom e polícia mau! Mas é, sobretudo, uma relação de brincadeira e de conversas parvas. Tenho não um, mas três palhacinhos em casa – e não duas, mas três crianças. Às vezes isto é uma canseira desgraçada, mas a maior parte do tempo é muito fixe e divertido.
Um dia ele lembrou-se de gravar uma dessas brincadeiras e assim nasceu o primeiro vídeo das Marias, este:

Seguiram-se outros e em todos vemos o pai a provocá-las, a Maria Rita a reagir e a Maria Inês a borrifar-se para tudo – tal como na “vida real”.
 



O pai diz na brincadeira que os vídeos vão servir para as envergonhar perante os namorados. E diz a sério que os faz para que elas possam lembrar-se dele, da infância e das brincadeiras deles. E isto derrete-me o coração.
São criticados por uns e elogiados com carinho por outros. Aliás, foi assim que percebemos que têm mais de bom do que de mau. Há pais que repetem estas brincadeiras com os filhos em casa e depois contam-nos como correu. Outros dizem que elas mais tarde vão vingar-se – como a médica que, na sexta-feira, viu a Maria Inês na urgência e esperou pelo fim da consulta para dizer “Então, Maria, as tuas melhoras e vê lá se começas a engendrar um plano com a mana para tramar o papá!”
Para mim, são pequenos quadradinhos de BD que ilustram a vida cá por casa – lugar onde tentamos, todos os dias, não levar a vida demasiado a sério.
 Catarina Raminhos, mãe da Maria Rita e da Maria Inês


Olhá magra!

Quando vejo uma recém-mamã magra com um bebé de meses ao colo, começo logo a perguntar-me se não será a irmã mais velha ou uma babysitter. Como é possível tanta força de vontade?
Sim, sim, esta sou eu, nem percebo a dúvida...
Aquela história de perder peso estando a amamentar comigo não colou. Primeiro, porque no primeiro mês só sentia fome e fazia lanchinhos a tudo o que era hora. E bolachinhas durante a noite. E torradinhas. E tostas. No terceiro mês, já estava a recuperar o peso quase todo que tinha perdido na maternidade.
A sério que vocês, magras, não tinham vontade de devorar tudo o que apanhassem pela frente? Mas quê, estavam tão exaustas que adormeciam a comer, era isso?

Começar a trabalhar afastou-me da minha filhota, mas, graças a Deus, também me afastou da despensa (não tenho despensa, mas tenho comida). Afastou-me também da comidinha que a minha avó fazia, do arroz doce e dos chocolates. Sim, eu comia chocolate a amamentar porque fiz o teste e a filha não tinha mais cólicas à conta disso (dei-me ao trabalho de testar isto, já estão a ver o quão gulosa sou). Deu-me horários (que para perder peso é fundamental) e voltei a ter regras. A levar lanchinhos saudáveis (como cenouras, queijo Vaca que Ri light, nozes, goji e alpista, como lhe chamava) para ir picando entre refeições e nunca me dar fome ao ponto de querer devorar um hambúrguer com batatas fritas. E cogumelos. E molho para o pão. E... tenho de parar com isto!!!

Inscrevi-me na ginástica pós-parto e lá me disseram que era normal ganhar peso nestes meses em casa. Ufa, não estava sozinha. O facto de me agarrar aos pacotes de bolacha confortou-me mas não me ajudou nadinha no que à perda do peso diz respeito.
Só lá para o sexto mês é comecei a levar isto a sério. Queria perder os quilos que faltavam e, já agora, mais uns quantos e perder alguma massa gorda e a gordura visceral (que é perigosa!). E, mais importante de tudo, tentar ter uma boa alimentação porque quero conseguir dar o exemplo à minha filha. Como lhe incuto um estilo de vida saudável se lhe peço para fazer o que eu digo e não para fazer o que eu faço?

Nutricionista comigo, plano feito e, claro, nada de loucuras de fechar a boca porque queria continuar a amamentar. E porque não acredito em dietas parvas. Ganha-se o peso que se perdeu todo num instantinho e ainda mais algum. Falo com conhecimento de causa e até tenho vergonha de explicar por que é que até hoje não consigo comer maçãs... Vá, eu conto: já fiz - o mais grave é que foi já na idade adulta - a dieta das maçãs em que só podia comer, isso... maçãs. Vá, já tenho as orelhas quentes, parem lá de me chamar parva.

O meu plano desta vez era perder dois kgs por mês, nos dois primeiros meses, e depois um por mês, até chegar ao peso pretendido. Assim foi. Juro: não custou nada. Desde que comam (o truque é não passar fome), é possível! Têm é de comer coisas saudáveis e tentar ir cortando nalgumas coisas. Por exemplo, no meu plano, ao jantar, começava por um grande prato de sopa. Peixe ou carne grelhada com salada. Nada de hidratos de carbono à noite. Não é difícil, garanto! É tudo uma questão de hábito.

Agora, há nutricionistas que se opõem ao "estrago da semana". A minha não e fiz os tais estragos porque para mim era importante comer um docinho uma vez por semana e nada disso afectou a perda de peso. 

Claro que ainda há muito a fazer: desporto. Fundamental. Mas calma, magras, não me peçam tudo, isto tem de ir devagarinho. Pus-me a fazer o Treino Focus T25 em frente à Tv, adorei e aconselho, mas não tenho a força e a determinação para o exercício físico como tenho para fechar a boca.
Mas vou ter. Ai vou, vou. Que este corpo feito de gelatina vai ficar uma rocha. Ou não me chamo Joana Paixão Brás.

Ajuda, ajuda, ajuda. Digam-me que me vou viciar, que vou adorar, porque quando estou a mexer este corpinho só me apetece chorar.
(E o mais triste é que fiz desporto a vidinha toda até ter começado a faculdade. Como se uma coisa impedisse a outra... Burra!)

*Imagens do We Heart It

1.25.2015

Tu é que és!

Depois das piores coisas para dizer a uma grávida (que escrevemos aqui), achei engraçado compilar também quais as piores coisas para dizer a uma recém-mamã. 

No fundo, tudo é péssimo de se dizer a uma recém-mamã, mas a fingir que não, porque pode haver quem não saiba disso e assim também não passa a saber. 

É tudo péssimo porque estamos extra-sensíveis e não queremos estar com outras pessoas que não as que nós escolhermos estar e, por isso, tudo o que seja extra, nesta altura, bem que podia ser passado a ferro por um alfa-pendular que tanto nos fazia. 




"Ai! É tão parecido com o pai!" - A não ser que haja dúvidas sobre qual o ser masculino que terá fecundado a mãe (e nos achem porcalhotas portanto), é chato saber que tivemos 9 meses a carregar um ser e a fazê-lo crescer que depois sai com a cara da pessoa que menos esforço fez (com a cara do outro que só nos regou um bocadinho com a sua semente e passou os restantes meses no sofá a olhar e a poder fumar). 

"Tão pequenino!" - Isso quer dizer o quê? Que acham que vai ser anão? De certeza que não estão a dizer isso com contentamento pelo facto de ter demorado menos tempo a sair por ser mais baixo.

"Tão magrinha!" - Sim, a miúda ainda nem sabe respirar convenientemente e já lhe estão a por problemas com o peso. Se, aos 3 meses, achar que ter o peso da Ana Marques é que é o mais desejável, depois falam vocês com ela e, se puderem, com a Ana Marques, porque sinto um misto de pena e inveja e não consigo lidar mais com estes sentimentos contraditórios.

"Ele tem é fome!" - Obrigada. Obrigada. Nesta altura em que a maior parte das mães ainda está a ganhar confiança com a amamentação é importante ouvir uma pessoa "de fora" a atirar bitaites sobre coisas que acha que não passam pela cabeça de uma mãe. FYI, "ter fome" é a primeira coisa que passa pela cabeça de uma mãe quando um recém-nascido chora, não é: "Olha lá, por que é que o Sumol de Ananás não sabe a Ananás?".  

"Cá para mim, é sono!" - E a pergunta? Onde está? Ninguém fez? Então, por que é que houve resposta? Se calhar, o melhor era ter ficado caladinha, não? Tudo o que passe pela cabeça de uma pessoa que esteja a olhar para o nosso filho, já passou pela nossa. E, provavelmente, só ainda não a pusemos a dormir porque temos alguém POUCO OPORTUNO ainda de visita. Se o bebé recém nascido chora, é para sair de fininho.

"Assim não fica com frio?" - Fica, por isso é que o vesti assim. Gostava que ele experimentasse ter frio para ficar grato por todas as vezes em que não tiver. Só tem dois dias de vida, mas acho que ele vai saber retirar o melhor desta experiência. 

"Tu ainda não perdeste peso nenhum, que giro!" - É tão giro que quase que me babei de tanto rir. Como é que, no meio deste cenário de ter acabado de por um ser vivo no mundo, tu vais olhar para o meu peso, como se importasse, como se a vida da minha filha (ou a minha), neste momento, dependesse disso? Precisas de rebaixar uma mãe em pós-parto para te sentires menos descabida neste mundo? 

"Vais-lhe dar mama outra vez"? - Porquê? A mama é uma borracha e gasta-se se eu a usar muito? Ou ela fica com a boca em forma de teta para o resto da vida? Os primeiros meses são importantíssimos não só para estabelecer uma boa amamentação, mas também para o bebé não se sentir desamparado da mãe. Dá-se mama sempre, mesmo que seja 30 segundos depois. Não é a tua mama, pois não? É? Se for, é um bocado esquisito e não gosto que metas tetas alheias na boca do meu filho. 

Por isso... "TU É QUE ÉS" E DEIXA-NOS EM PAZ! 

Dúvidas na Gravidez (#01) - Toalhitas ou compressas com água lavante?

Deve ser o maior período de insegurança de uma mulher, a seguir a... Não! Acho mesmo que é mesmo este!

Como sabemos que vamos ter em mãos um ser-vivo que queremos que além de que continue vivo, também seja feliz, ficamos calmamente em pânico durante os 9 meses (até antes). 

Toda a gente manda bitaites sobre isto e mais alguma coisa. Com o tempo os estudos mudam, as teorias, só as avós é que mantêm a mesma opinião porque "no tempo delas fizeram assim e ninguém morreu" - a verdade é que a taxa de mortalidade infantil era mais alta (ehehe, mas não é para culpar ninguém!). 

Fomos mães há pouco tempo, achamos que ainda não mudou muita coisa (ou, mesmo que tenha mudado, fica aqui registado que já temos cabeça de avós) e, portanto, aqui vai o que me lembro que me preocupava: 



Toalhitas ou compressas com água lavante? 

Sim, toda a gente usa toalhitas. Ninguém morreu por usar toalhitas mas, a verdade, é que após 10 meses de Irene, estou a ponderar voltar à agua lavante (como quando ela era recém nascida): além de lavar o rabo e não tirar só a cor do cocó das nádegas, ela nunca esteve assada enquanto eu a limpava com as compressas.

Hoje em dia não posso dizer a mesma coisa das toalhitas. Além de que, se temos de usar muitas vezes o creme reparador por estarem assados, é sinal de que temos de mudar alguma coisa e, muitas vezes, são as toalhitas. 

Também dei por mim a pensar (uau) "se as toalhitas nos fazem mal aos pipis porque mudam a nossa flora vaginal (sim, isso existe e não é porque tenhamos margarina no pipi) e isso faz com que apanhemos mais candidíases e afins, por que hei de correr esse risco com a miúda?".

Água lavante é como se lhe desse banho. Melhor do que isso? O quê? 'Tá bem. Os pediatras e dermatologistas são fãs das compressas com água lavante, é moda, mas tem sentido. 

Ah! Continuo a usar toalhitas para quando saio com ela à rua, aí já não tenho destreza cerebral para andar com o frasco da água mais as compressas atrás, lamento.

As compressas são mesmo muito baratas e acaba tudo por ficar bem mais barato que as toalhitas, além de que não necessitamos de estar sempre a comprar água lavante. Podemos depois usar o frasco com agua da torneira e um bocadinho de gel de banho deles que faz o mesmo efeito.

Resposta aqui da campeã: Toalhitas quando se sai de casa. Compressas em casa. A preguiça é só mais de conceito porque não dá trabalho nenhum molhar 5 compressas de uma vez e usá-las para limpar "um daqueles". 

Inspirações para a festa de anos

Eu e a Joana Gama andamos de volta da festa de anos das miúdas. Queríamos ter pouco trabalho, mas vai-se a ver e até se perde algum tempo de volta dos pormenores. Pelo menos para mim, umas fatias de Panrico e uns Dancakes não são concebíveis. Não para a festa do primeiro ano da filha.

Tudo bem que a festa não é para ela e que nunca se irá lembrar, mas por que não festejarmos nós o facto de a termos há um ano nas nossas vidas? Por que não tentar fazer uma mesa linda e com coisinhas saborosas para os convidados?

Não sou a melhor das donas de casa, mas nestas coisas dou o meu melhor. Posso não saber fazer um bolo de pisos e de camadas, com recheios (e graças a Deus, já tenho quem faça por mim), mas posso pensar nos cupcakes, na decoração, nos brinquedos para os miúdos mais velhos se entreterem, num spot para as fotografias...

Espaço baratinho já está reservado (sim, que aqui em casa era impensável), lista de coisas a comprar feita, lista de pessoas feita, já só falta... tudo. Fazer pompons para o tecto, (no que é que eu me vou meter?), arranjar uma gaiola de ferro para decoração, hélio para encher balões, garrafinhas para flores, bandeirolas de tecido que não custem os olhos da cara e mais uns bons 20 pormenores, que esta cabecita não pára.

Tema: Primavera (passarinhos, flores...)
Cores: Rosa claro e verde água

Entretanto já vi tantas fotografias no Instagram e no We Heart It que pelo caminho me desviei um bocadinho da rota inicial, mas já voltei às inspirações iniciais.

Se tiverem mais ideias para me confundirem mais um bocadinho, be my guest!











1.24.2015

Truques para eles comerem que nem uns bois.

A hora da refeição nem sempre é muito fácil para nós: eu preferia dar de mamar a estar a aborrecer-me a dar-lhe a colher à boca e ela, apesar de gostar de comer, acho que fica enfadada rápido de estar ali.

Como quero ao máximo evitar televisões e ipads e afins (quase 10 meses e sem nada disso, yeahh), tento sempre arranjar maneiras para lhe enfiar umas quantas colheres goela abaixo, sem que ela repare. 

Atenção que não sou nada a favor de lhe espetar a sopa toda só porque tem de ser, aliás, até falo disso neste post ("Come a papa, raio do miúdo, come a papa") que, não sei porquê, é tradição nossa querer que eles comam a quantidade que nós queremos quando nos apetece e eles também são pessoas. 

Mesmo assim, reconheço que às vezes ela fecha a boca e desvia a colher só porque está enfadada de estar ali e não por não ter fome. Enquanto não há birra, continua a levar com a sopa que até anda de lado (por acaso não anda, nem de lado... nem de frente, nem gatinha). 

Estes livros têm sido, nos últimos dois meses, as melhores alegrias à hora das refeições (estou em casa todos os dias com a Irene, tenho de lidar com almoço e jantar). Se ficam cheios de sopa? Ficam. Se tenho que os apanhar umas dez vezes por colher? Quase. Se vai a sopa toda sem birras e ainda um bocado da fruta? Sim senhora.

O Peekaboo é mágico. Depois de dois meses a usá-lo todos os dias, ainda ontem vi, pela primeira vez, a página de uma flor (devia estar colada a outra por ter muita sopa). O do Jardim Zoológico tem sons, o que é óptimo para ela se rir de boca aberta e espetar mais uma colher e o do Bolinha é um bocado fracote (tem poucas páginas e pouca interactividade), mas dá sempre para variar mais uma vez e entretê-la para a fruta. 

Isto é serviço público, mães. Vão por mim. 

Além de que não estamos a dar a comida feitas robôs, assim interagimos com eles na mesma e até se torna uma actividade muito divertida (bom, se calhar, tirar o muito e trocar por algo). 

Como fazem por aí? Já estão fartas disto e dão-lhes por meio intravenoso? São extremamente adeptas do BLW (temos de fazer um post sobre isto) e nem sopa lhes dão? 


1.23.2015

Afinal havia outra (#02) - Violetta, Violetta



É em dias como hoje - em que milhares de pais em procissão se encaminham para o Meo Arena, atrás de um bando de filhas histéricas e de bandeiras da Violetta em riste - que agradeço ter sido mãe apenas há 17 meses e uns dias. A minha filha não diz pão, quanto mais Violetta e por enquanto gosta de rock e música alternativa. De vez em quando brindamo-la com alguma pop azeiteira (mas em bom). O máximo que autorizamos lá em casa é a música do genérico final da Casa do Mickey Mouse, a “Olha a Bola Manel” e “o Balão do João” – duas canções bastante tristes onde os protagonistas acabam a chorar mas que a minha filha parece apreciar de sobremaneira – e a canção do Ruca. De resto, a criança ainda não tem querer e estas músicas só são accionadas em loop em casos urgentes de birra eminente. Para dançar, Twin Shadow e D’Alva são os preferidos mas na verdade basta cantar “lá lá lá” para ela começar a abanar o esqueleto de forma bastante desengonçada e hilariante. A minha filha tem o ritmo no corpo mas não é um ritmo oriundo da américa latina. Quando for suficientemente grande para escolher, Violetta já estará transformada numa Miley Cyrus ou Britney Spears demasiado bêbeda para encantar criancinhas. Assim o espero até porque, como disse Ricardo Araújo Pereira na sua Mixórdia de Temáticas dedicada ao tema, “o problema não é serem cantorias, é serem cantorias em espanhol”. Eu pensei que o flagelo de “Carrossel” e “Chiquititas” tivesse servido para aprendermos alguma coisa mas aparentemente não. E não, o facto de Violetta ser da Disney não altera a triste realidade de terem filhas viciadas numa telenovela. Volta Gabriela, que pelo menos não cantas e és mais crescida. E boa.
Burros que somos não aprendemos nem com as novelas venezuelanas nem com o Avô Cantigas. Xana Toc Toc, miúda, estou a falar contigo. Mais esquisito do que um velho que nem é velho (estou a falar de quando eu era miúda) e que veste jardineiras, é uma quarentona com braços de ginásio e bronze de solário que gosta de se vestir de boneca e dar-se com crianças. É até ligeiramente perturbador. Vejo pais de pele pálida e ar miserável a falar na televisão nos concertos dos Caricas e da Toc Toc, com os filhos aos pulos o tempo todo, a confessarem que o rádio do carro já não lhes pertence e que todas as viagens eram feitas ao som das canções dos filhos.
Pais que sofrem tenho uma cena para vos dizer: os grupos infanto juvenis não são uma invenção deste século. Em 1980 e picos havia uns grupos musicais chamados Ministars e Onda Choc que enchiam salas de concertos e apareciam todos os fins de semana na televisão. Lembram-se? Eu, como vocês, hoje pais da minha geração, adorava-os, queria ser como eles e comprar roupa nos Porfírios e na Cenoura (dois opostos). Mas não deu, azar. A roupa era cara para caraças e os meus pais não foram em cantigas, literalmente. Também nunca me passou pela cabeça obrigá-los a ouvir os Onda Choc, fosse no carro ou em casa. Com os meus pais no carro ouviam-se os Beatles e os Supertramp e o Eric Clapton e o Elton John. No carro da minha avó aprendi a letra de “Eu tenho dois amores” porque se ouviam as cassetes da minha avó e não as minhas. E se o Marco Paulo não é razão suficiente para os pais recuperarem o controle dos rádios dos seus carros, não sei qual será. 
Leididi, mãe há 17 meses
O Blog do Desassossego

Afinal havia outra é a nova rubrica do A Mãe é que sabe, escrita por outras mães que não as Joanas. Podíamos dizer, qual candidata a Miss Mundo, que queremos dar voz a outras mães mas no fundo, no fundo, o blogue está a correr tão bem que já nos podemos dar ao luxo de ter escravas a trabalhar por nós. 

Afinal havia outra - (#01) Grávida pela primeira vez

Tenho saudades de estar grávida. Grávida pela primeira vez. É algo irrepetível que nos marca para sempre. Tenho vivido de perto a primeira gravidez de uma amiga e é incrível ver nela as minhas dúvidas, as primeiras descobertas e o amor que cresce desde o primeiro minuto. Desafiei-a a escrever sobre este estado de graça e o resultado não poderia ter sido melhor.

Do estado de graça ao estado de alarme

“A mãe é que sabe” propôs-me escrever. Não hesitei! Gosto de o fazer, mas atenção, esta mãe ainda não sabe nada! Estou na chamada primeira viagem e ainda me falta sentir o cheiro da minha menina (pirosa já estou! Melhor só o pai que lhe chama “a minh'Alice”). Sinto-a e vejo-a. E sinto cada vez mais porque soluça muito e porque deve fazer coreografias dentro de mim! Vejo-a cada vez mais porque ando a fazer ecos semanais. Já a vi num sonho e num pesadelo. Também sonham com isso? Já a vi morena linda e já a vi tipo lobisomem cheia de pêlos (é que nem a dormir a paixão e o medo se largam). Mas falta-me o cheiro! O cheiro maravilhoso a bebé que deve superar tudo quando o bebé é nosso. Só quando a sentir nos braços e me preencher os cinco sentidos começarei a tornar-me "uma mãe que sabe". Por agora, sei que passei de um estado de graça a um estado de alarme. Sei que a gravidez é este turbilhão entre a paixão e o medo. A paixão por passarmos a sentir dois corações dentro de nós... Por passarmos para um lado transcendente e tomarmos consciência do nosso super-poder.

Depois, a paixão que se reacende com o pai e a compaixão por quem nos rodeia e mima! Não sei se é assim noutro lugar, mas os portugueses sorriem para as grávidas (exceto nas filas do supermercado). Durante os nove meses não há quem nos queira mal, mas há um estado de alarme! Começa quando as análises confirmam a gravidez e esperas três meses até anunciar. Porquê? Nunca pensei fazê-lo, mas decidi guardar segredo. Um medo que se intensifica a cada ecografia. Na véspera não se dorme bem e antes de entrar respira-se fundo. Depois, vamos sorrindo devagarinho a cada boa notícia mas só no final soltamos o grito.

Chega a preparação para a parentalidade (só nomes pomposos). Vale muito a pena, mas acciona o estado de alarme! “Já têm pediatra?” “Já sabem onde vão ter a criança?” “Creche ou avós?” (Bolas, será que já deveria estar a tratar disto às 26 semanas?) E o doudout? (um boneco para dormir) “Se dormirem já com ele terá o vosso cheiro e acalmará a criança!” (Raios, não estava a pensar comprar nada disto e já temos o boneco na cama e duas chuchas na gaveta). E quando rebentarem as águas, se for transparente podem tomar banho e comer, se for verde não demorem tanto e sigam para hospital, e blá blá blá. E eu que sou calma e descontraída começo a acusar a pressão!  “Não posso esquecer disto!" “Ai não tenho camisas!” “Ai 'bora lá ver da creche.” “Recapitulando, se for verde... Errr!” Mas depois respiramos, descarregamos no pai e voltamos à normalidade, nunca total.

E não termina aqui! O estado de alerta vermelho dá-se lá para o último trimestre. “Aí tenho uma dor.” “Aí não, é bexiga cheia.” “Ui estou a ter uma contração.” “Vê lá o que achas?” “Não me parece, a barriga não está toda rija.” Diz o pai. “Olha agora é mesmo!” “Sim, agora é!” “Mas hoje já tive uma.” “Mas foi há uma hora.” “Olha outra. Espera. Desta vez é uma cólica.” “Será que isto é mesmo a miúda a mexer?” Entretanto já fez uma coreografia e põe-me também a saltar cada vez que mexe, mas pelo sim pelo não pedimos ao pai que coloque a mão para confirmar. “Estarei com falta de ar?” “Não, é ela que já ocupa espaço.”

Pode não parecer mas a paixão aumenta muito mais do que o medo. E o medo já é fruto da paixão. É o nosso estado de graça que nos coloca em alarme, porque o amor é tanto e não queremos que os nossos poderes especiais falhem. Não é, mães que sabem? 



 
 Célia Alves, grávida de 35 semanas e 6 dias
Blogue O meu coração de criança
(acabadinho de nascer)


Afinal havia outra é a nova rubrica do A Mãe é que sabe, escrita por outras mães que não as Joanas. Podíamos dizer, qual candidata a Miss Mundo, que queremos dar voz a outras mães mas no fundo, no fundo, o blogue está a correr tão bem que já nos podemos dar ao luxo de ter escravas a trabalhar por nós.

a Mãe dá (#05) - Livros da Joana Gama

Claro que não vou dar os livros que tenho aqui em casa. Ah, afinal vou!

Não são é aqueles que tive de comprar. Assim é que é!

Escrevi um livro sobre a minha pré-gravidez e, depois, gravidez. Um livro de homenagem à Irene.

Um livro que mostra como a mãe foi mudando com o tempo, como foi preparando a cabeça para a chegada da filha e tudo o que foi crescendo nela (para além da borreguinha na barriga).

Fica aqui uma descrição mais profissional do livro:



Estou toda grávida - Crónicas de uma vida anunciada" é a perspectiva de uma outsider sobre algo que está a acontecer inside her.

A maria-rapaz lá da escola que nunca quis ter filhos está agora ansiosa por ter um e está a ver a sua barriga a crescer.

É o crescendo de uma mentalização, o derreter de um cubo de gelo e um escorregar emocional no que é a maternidade. Isto, pela miúda que usava um boné da Nike quando queria estar bonita para ir para as aulas.

"Irrita-me a forma como falam com as grávidas no sites e nos livros. Tratam-nos como se fossemos uma espécie de Carris metal: somos úteis para transportarmos pessoas, mas suspeita-se sempre de um atraso."

"Na última consulta, a Dra. tinha dito que era uma menina, mas que só tinha 80% de certeza. Agora vimos o pipi! Não da Dra., claro."

"Estou a adorar estar grávida! A ver se não me afeiçoo muito a este estado de graça, senão depois passo os dias a ver se consigo voltar a pôr o miúdo ao pé das minhas trompas."


Se já alguém tiver lido o livro, diga (de mansinho, se for negativo para eu não chorar) o que achou nos comentários :)

Senão, podem ver esta entrevista em que pareço extrema amiga do mê amigo Mané e, um dia minha patroa, Cristina Ferreira:

Entrevista no Você na TV aqui (entro aos 9:02, mas as outras senhoras são muito queridas e simpáticas, vale a pena ouvir o que elas têm para dizer também).

Vá, toca lá a participar para eu oferecer dois livrinhos (e... e...! ;))

Para participar é preciso:
1) Fazer like na página d'a Mãe é que sabe (mas isso já está, não é?)
3) Partilhar publicamente o link do post no seu perfil do Facebook.
4) Preencher o formulário em baixo.


Condições:
Os vencedores será anunciado algures durante a próxima sexta-feira, 30 de Janeiro.
Os vencedores serão escolhidos aleatoriamente através de random.org.

Só é válida uma participação por endereço de e-mail.



1.22.2015

Carnaval para bebés: sim ou não?

É a discussão do momento. É um assunto tão importante que vai a debate parlamentar. E eu estou à beira de um ataque de nervos porque não sei que faça. Preciso muito da vossa ajuda, antes que seja tarde demais...

Os bebés têm Carnaval ou não têm Carnaval? Devemos fazer deles os nossos macaquinhos, sem eles terem a mínima noção do que está a acontecer e se nem se vão lembrar? 

Confesso, não vou em carnavais. Se for assim no Brasil, com 30 e tal graus e uma caipirinha no bucho, aí já 'tamo falando outra língua! Me chama q'eu vou!

Agora por cá, tenho dificuldade a achar piada a isto. Raras foram as vezes, nos meus 28 anos de existência, em que não choveu, em que não fez frio, em que não achasse descabido bundas desnudas a tentar sambar e a fingir que está tudo numa grande alegria. 

E, atenção, não sou uma pessoa cinzenta, adoro festejar e celebrar, não tenho medo do ridículo, mas Carnaval para mim é como a passagem de ano: ainda bem que só acontece uma vez por ano. Se pudesse hibernar nesses dias, não perdia nada. 
"Ah! É porque nunca vieste a Torres!" "Ah! É porque nunca foste a uma festa de jeito!" A única vez que me mascarei já adulta jurei para nunca mais.

Por outro lado, não quero condenar a minha filha a este espírito anti-carnaval. Por eles, tudo. Até me imagino a agarrar na máquina de costura e a fazer o fato mais cool do mundo para ver a carinha dela feliz. Até me imagino a mascarar-me de novo, por ela.

Mas em bebé faz sentido? Mascararam ou vão mascarar os vossos bebés?