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6.26.2016

Xô daqui, cólicas!


A Isabel foi um recém-nascido calminho. Os amigos até diziam que nunca a ouviam chorar e a Joana Gama chegou mesmo a dizer que ela chorava em mute. Mas recordo-me de nem sempre ser assim. Tenho uma imagem do David, meio desesperado, a andar com ela de um lado para o outro nos corredores da casa, como se estivesse a desfilar. Era, às vezes, a única maneira dela se acalmar e parar de chorar. Lembro-me de uma noite em que desatei também eu a chorar, por já não saber o que fazer. Vi-a inconsolável: nem o colinho, nem o som da minha voz, nem o swaddling, nem o white noise a ajudavam. Sofreu um pouco de cólicas nos primeiros tempos, se não me falha a memória até aos 3 meses. É normal, o sistema digestivo está muito imaturo. Por mais que eu tentasse ter cuidado com o que comia (há listas por todo o lado com os alimentos mais propensos a provocar-lhes cólicas), não vi nunca grande correlação. Agora sei que muito provavelmente, muitas das vezes, não seriam bem cólicas, mas ela a expressar-se, a comunicar, e que aquela manifestação de sofrimento – mais ao final do dia – seria a forma dela libertar o stress dos estímulos visuais e sonoros do dia. Eles são tão pequeninos que precisam muito de estar ao nosso colo, até para a temperatura se auto-regular. O nascimento deve ser um choque e tanto...

No entanto, havia dias em que não tínhamos grandes dúvidas de que seriam cólicas. Se agora com a Luisinha voltarmos a passar pelo mesmo, já tenho uma listinha de coisas a pôr em prática [além de já estar com mais estaleca e estar menos ansiosa]:

- na amamentação, há que corrigir a pega, de forma a que não entre ar desnecessariamente

- fazer massagens circulares e ginástica com as perninhas, tipo bicicleta (ajudava imenso a Isabel a soltar os puns)

- muito mimo e muito colo, pô-la mais vezes na postura vertical, coladinha a nós e fazer pele com pele, ou colocá-la de bruços, com a barriga pousada no meu braço

- usar mais vezes o sling/ pano elástico (vai ser como estar de novo na minha barriga e ali a ouvir bem perto o coração da mãe)

- fazer muito swaddling

- usar white noise (era incrível como aquele som, que remetia para o tempo no útero acalmava a Isabel)

- metê-la numa banheira shantala (nunca experimentei com a Isabel, mas desta vez tenho mesmo muita curiosidade)

- usar aqueles saquinhos de sementes que se aquecem no micro-ondas

Se nada disto for suficiente (muitas vezes não é...), irei pedir novamente instruções à pediatra, de forma a que me aconselhe um probiótico. Deverei usar o Bivos, em gotas, que é dos mais estudados em todo o mundo e dos mais recomendados nas cólicas e diarreia dos bebés.


Como não sou médica nem trabalho na área da saúde - nem os nossos filhos são todos iguais - o que vos recomendo são apenas as minhas experiências e truques. Por isso, caso estejam nesta luta contras as malfadadas cólicas, aconselhem-se com o pediatra dos vossos filhos, antes de administrar o que quer que seja, além do leite materno. E, já sabem, muita calma nessa hora! Uma certeza vos dou: vai passar!


Isabelinha com 10 dias

Se tiverem mais dicas, apitem.


*post escrito em parceria com a agência de comunicação

6.19.2016

Enroladinha

Já vos tinha falado do swaddling (aqui). Usei pouco esta técnica com a Isabel e agora uso e abuso com a Luisinha. Não terá só a ver com isso, claro, mas chega a fazer 7 horas de sono seguidas durante a noite (e mais faria, se não a acordasse). Fica muito tranquila ali aninhada e é um prazer vê-la assim.








Este swaddling deixou muito a desejar (não a enrolei como devia), porque a mão dela conseguiu escapar desta espécie de colete de forças fofinho, mas ela não se atrapalhou e ainda conseguimos tirar estas fotos amorosas.






Tinha 1 semana aqui. 


Fralda de pano nuvens, 100% algodão orgânico: Gloop
Ninho: Agu agu


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E a mim também;) @JoanaPaixaoBras

6.17.2016

Já pedi ajuda e espero que tenha resultado.

Quero é ter os vossos bitaites à mesma!

Desde há alguns dias que, de vez em quando, a Irene tem acidentes na cama. Ainda dorme de fralda, ainda nem sequer começamos o desfralde, portanto tem 0 que ver com isso. Já foram três as vezes que quando a fui "acudir" a meio da noite que ela estava toda molhada e tive de trocar os lençóis. Coitadinha. Imagino a sensação, deve ser horrível. 

Nunca me tinha acontecido (sendo que aqui o "me" é à Irene), só quando ela era mesmo recém nascida e tinha daqueles números 2 que faziam uma espécie de Picasso nas costas. 



Não entendo porque será. 

Já me deram algumas opções: 

a) Usar um tamanho maior de fralda

b) Usar uma segunda fralda por cima e dar um corte na primeira 

c) Não usar body

d) Deitar fora a Irene porque está estragada.


Tenho usado o tamanho maior de fralda nas duas últimas noites e tem resultado, mas continuo à espera de mais um acidente. Quando a situação estiver estabilizada fico confiante. Já "vos" (eheheh agora todas a dizerem que fazem imenso xixi na cama) aconteceu? Como resolveram? 

6.06.2016

10 sítios de graça onde ir com os miúdos!

Andei a pedir sugestões para passeios com a Isabel, em Lisboa e arredores, que, de preferência, tivessem animais (que ela adora) e que fossem de graça.



Em menos de nada, tinha muitas dicas boas, que passo a partilhar convosco, às quais acrescento as minhas, nesta lista:


1 - Jardim da Gulbenkian - já fomos, mas quero muito repetir - link aqui.


2 - Monsanto: Parque da Serafina (ou dos Índios) ou do Alvito - já fomos a ambos algumas vezes e recomendo!




3 - Quinta Pedagógica dos Olivais - já fomos e foi um sucesso: podem ver aqui mais fotografias


4 - Estádio Nacional do Jamor, que já vos mostrei aqui há uns tempos: tem patinhos, espaço para andar nuns triciclos em família, mini-golf, canoagem (para os mais crescidos) e, pelos vistos, baloiços, mas eu não os encontrei.


5 - Parque Marechal Carmona, em Cascais - já fomos, mas um bocado a correr. Temos de lá voltar, porque tem pavões, galinhas, patos...

Fotos LoveLab

6 - Estação Agronómica, em Oeiras - fui lá fazer a minha sessão fotográfica de grávida (da Isabel) e realmente nunca mais me lembrei: é bem giro! Tem cabras, ovelhas, burros, cavalos, dois bambis, um porco. A ir.

7 - Jardins do Palácio da Pimenta - tenho de ir pesquisar melhor, mas disseram-me que tinha pavões lindos e era um lugar bem agradável para passear. A ir.

8 - Parque do Moinho de Santana, no Restelo - disseram-me que no Verão tinha patos, melros e outros pássaros, tartarugas, peixes e gatos :)

9 - Jardim da Estrela - Ainda não fui com a Isabel e é, de facto, muito agradável. Fiz lá a minha festa dos 20 e não sei quantos anos e foi um piquenique muito simpático.

10 - Jardim Botânico Tropical, em Belém - não conheço, tenho de lá ir, depois de enfardar uns 4 pastéis hehe - OU Jardim Botânico da Universidade de Lisboa - já fomos os três, mas para a idade da Isabel ainda não tem grande interesse.


Depois, a pagar, têm outras hipóteses:

- Aquário Vasco da Gama - paga-se, mas é muito em conta. São 5€ por adulto e as crianças até aos 3 anos não pagam. A partir dessa idade são 2,5€. Mostrei-vos a nossa experiência neste link.



- Oceanário - A Isabel já foi só com o pai, num fim-de-semana em que eu estava a trabalhar (ela gostou mas o pai ficou com a sensação - e faz sentido - de que a partir dos dois, três anos é mais indicado, por isso iremos repetir).



- Jardim Zoológico - fomos duas vezes e adorámos! Fotos aqui e aqui.


Querem deixar aqui as vossas sugestões e fazermos juntas o melhor post de sempre para quem gosta de laurear a pevide com os putos? Usem e abusem desta caixa de mensagens, até para dicas para outras cidades!


*post escrito antes da Luisinha 

6.04.2016

Últimos mimos de grávida.

Quando me aconselharam o Cut by Kate para pintar o cabelo, estando grávida, prometeram-me que iria gostar muito. Não podiam ter acertado mais. Além da preocupação na utilização de produtos naturais e sustentáveis, o cabeleireiro tem uma pinta do caraças - gostei imenso da sensação de estar num sítio com tão boa onda e tão bonito a tratar de mim - e é gerido pela grávida mais gira de Santarém, que curiosamente vai ter o bebé em Junho (namorado para a Luisinha!).

Entreguei-me à confiança nas mãos da Catarina e por mim ainda lá estava agora a receber aqueles mimos todos (pronto, já chega de tanto amor, que eu não sou a Joana Gama com as suas relações amorosas com massagistas, de que falou aqui).








Fui lá fazer o penteado que levei ao último casamento (e que ficou giro, giro, giro - podem ver aqui), e desta vez fui fazer um tratamento intensivo de hidratação no meu cabelo.

Usámos 3 produtos naturais da marca italiana Davines (nesta marca, além dos ingredientes naturais e todo o processo ser ecologicamente sustentável, até as embalagens são recicladas!) - shampoo, queratina e máscara, com fitocêuticos extraídos da uva. Fiz o tratamento Nourishing, com efeitos nutritivos, revitalizantes e reconstrutivos para cabelos secos e enfraquecidos e couro cabeludo desidratado. 

Reparem no pormenor da embalagem, que a Catarina reciclou. Além disso, pede às clientes que devolvam as embalagens depois de terminada a utilização, para que as possa reciclar (adorei a ideia!)

Para quem gosta de saber mais detalhes sobre os produtos, pedi à Catarina que me ajudasse nas descrições. Usámos:


1) shampoo nourishing - com acção antioxidante, nutre, revitaliza e fortalece os fios.


2) nourishing restructuring miracle - é um daqueles tratamentos de choque de queratina, com uma acção reconstrutora profunda.

3) nourishing vegetarian miracle conditioner - máscara que ajuda a reestruturar os fios e também amacia os cabelos, deixando-os mais suaves e brilhantes. Tem óleo de açaí, óleo de passiflora e óleo de arroz, além dos fitocêuticos da uva.





Se eu disser que senti imediatamente os efeitos, vai soar a anúncio de TV, mas é mesmo verdade. Já se passaram alguns dias e o cabelo continua super brilhante e macio, o que, já se sabe, com coloração é mais difícil de alcançar. 

Já desejosa por lá voltar! E como desta vez vou fazer de tudo para não ficar só com 3 fios de cabelo no pós-parto (não é mito, perde-se mesmo tufos e mais tufos de cabelo...), lá estarei para fazer um tratamento anti-queda.

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5.29.2016

Que roupas compro para o meu bebé de 0 a 3 meses?

Claro que isto vai depender daquilo a que estiverem acostumados e, principalmente, do estilo de vida. No meu caso, não acho necessário, nem tenho grande gosto em vestir um recém-nascido com roupa de rua e, aparentemente, menos confortável que um babygrow e, por isso, prefiro investir em babygrows do que em coisas mais complicadas para mudar a fralda ou que me dêem vontade de chorar caso haja um cocó mais maroto (que é o mais provável) - bem, esta frase é tão grande que, se fosse para eu dizer na rádio, ficava sem ar. 



São só dicas de UMA mãe. Todas as que lerem, acho que seria giro se dessem o vosso input nos comentários para haver opções para quem leia. 

0 meses: 

- Já vos disseram de certeza que esta roupa não vai durar muito tempo - se tudo correr pelo melhor. Convém sempre comprar para eles estarem mais aconchegadinhos nos primeiros tempos e até - bater na mesa - caso nasça antes do tempo e, por isso, mais pequenino. Compraria (ou, neste caso, mendigaria às visitas): 

- 4 babygrows

- 4 bodies

- 1 gorro 

- 5 babetinhos 

- 1 mantinha de algodão ou polar (consoante o tempo, para cobrir o ovinho nos passeios).



0 a 3 meses: 

- Principal: o bebé estar o mais confortável possível e ser muito fácil trocar a fralda porque é 50% do trabalho com um recém-nascido. 

- 10 Babygrows com molas à frente e não atrás (os outros baralham-me toda, mas há quem diga que dá mais jeito). Além de que agora põem-se os bebés a dormir de barriga para cima e, por isso, convém que as molas estejam para cima também. Compraria uns 10 (ou pediria emprestado) porque lavar a roupa nestas alturas não é algo que nos apeteça fazer com grandes timings. Bom, lavar tem que se lavar logo, mas passar... fica para depois. Eles sujam IMENSO os babygrows, imenso, desde cocó a bolçar.

- 10 Bodies com aberturas grandes para a cabeça, de maneira a que dê para tirar tanto por cima como por baixo. Aqui apostaria também nos 10. Penso numa semana e mais uns, vá. 

- 5 Leggins com pézinhos, ou lá como se chame. Depende muito do mês em que o vosso bebé nascer, mas às vezes convém por mais qualquer coisa por baixo do babygrow e collants nem sempre são 100% de algodão. Aqui compraria menos. Acho que nem sempre é necessário. Compraria umas 5. Depende do tempo, depende se os babygrows forem de "veludo" ou só de algodão. Depende de muita coisa. 

- Um gorro - Imprescindível caso se saia à rua, para estarem mais protegidos nas orelhinhas e até porque é por onde sai a maioria do calor. 

- Dois conjuntinhos bonitos - Sempre tendo em atenção a questão da fralda e do conforto, claro. Ah! E também ser fácil de substituir as peças por outras caso haja acidentes. Isto vai depender do vosso grau de "cerimónia" e gosto. Pode ser que gostem de ter sempre o bebé vestido quando há visitas para as fotografias. Eu só precisaria de dois, mas eu sou eu. 

- 5 babetinhos para ver se se conseguem salvar algumas roupas com o leite das maminhas que pinga, os bolçados, os vómitos... ;) Por mim ainda serviriam os dos 0 meses. 




*atenção que, se tiverem mães extremosas e sogras amorosas ou ajuda na limpeza de tudo e não se importem de ter a casa com gente nestes dias - eu importava-me imenso - compram menos porque lava-se mais. ;)

4.18.2016

Fomos, gostámos e queremos voltar.

Aqui é assim: pão, pão, queijo, queijo (só de escrever esta máxima, fiquei a salivar, Deus me acuda estas fomes!). Fomos, gostámos e queremos voltar. Estou a falar do Ô Golf Mar, onde passámos o fim-de-semana, e que fica em Maceira/Vimeiro.

Já lá tínhamos estado no ano passado (vejam aqui a diferença na Isabel!) e quisemos repetir a experiência. É um luxo estar ali, em família. Boa comida, em buffet (porque será que a gordalhufas começa logo por este item?), quartos grandes e acolhedores, vista deslumbrante, piscina interior, atendimento 5 estrelas, espaços enormes para a criançada brincar, demorámos 55 minutinhos de Lisboa e chegámos a Santarém numa hora e picos. O que se quer mais? Bom tempo? Até a isso tivemos direito (quando a meteorologia não estava nada a nosso favor e davam chuva). Sol, sol e sol. Só ouvi chover um bocado nas três horas em que dormimos a sesta. 

Quando viemos embora, a Isabel dizia "xau, hoteu" e ainda hoje falou da piscina. Deu para ir à praia passear e brincar na areia, enfardar uma bola de gelado de snickers em Santa Cruz, saltar nos insufláveis... Olhem, meninas, foi bom mas bom!
















Se não tiverem ainda planos para o próximo fim-de-semana prolongado e puderem dar uma escapadinha, aconselho, até porque os preços vão ser muito convidativos (198€ duas noites, com oferta da estadia a uma criança, com os pequenos-almoços e os jantares incluídos, e uma série de actividades radicais para toda a família). Vejam aqui.


Vou ficar tão sexy!


Não vou? E ainda vou ficar mais do que esta senhora, com aquela barriga mole do pós-parto e com uma hérnia umbilical.

(Vai de meter uma mala fofinha aqui pelo meio para embelezar a imagem)
 

Naquele momento, queremos lá saber disso. Queremos é que o bebé esteja bem, mame em condições, que não tenhamos os mamilos em ferida, que os pontos - em havendo - não infectem e que não tenhamos dores. De resto, cuecas - com rendados ou com três andares - não interessa nada.

São estas as cuecas/fralda que vos recomendo para o pós-parto. 

Antes da Isabel nascer, numa ida à farmácia para comprar coisinhas que me faltavam na lista do hospital, a senhora, daquelas mesmo simpáticas e prestáveis, sugeriu-me isto em vez dos pensos higiénicos XXL. Olhei para a embalagem, por dentro cuspi um "really?", mas pareceu-me perfeita a ideia. Macias, confortáveis e que, para nos livrarmos delas, não temos de nos baixar (rasgam-se de lado). Não há cá pensos higiénicos que fogem para um lado ou para o outro, não há cuecas de rede manhosas, que experimentei e não gostei. Nos primeiros tempos (acho que uma semana) usei disto. Foi assim o único investimento de jeito que fiz (isso e material para as mamas). De resto, soutiens de amamentação emprestados, camisas de dormir da Primark e tudo do mais barato que houvesse no mercado. 

Fica a dica (se houver dicas daí, são bem-vindas!).

3.27.2016

O filho mais velho sofre com a chegada de um bebé?



Não ando propriamente a sofrer por antecipação, mas de vez em quando pergunto-me se a Isabel vai sofrer um bocadinho com a chegada da mana ou se vai reagir muito bem. Não faço ideia se valerá a pena planear algumas coisas, se deixar fluir e seguir o nosso coração será mesmo o melhor. Acho que vou apostar mais nesta última opção. 

Mas há pequenas coisas que temos de decidir, por muita ou pouca importância que possam ter: vai visitar-nos à maternidade logo no primeiro dia ou vai buscar-nos no último dia, quando viermos todos juntos para casa? Era giro dar um presentinho simbólico à Isabel, como se fosse a mana a trazer, ou o maior presente será a irmã mesmo e tudo o resto é dispensável? É preciso sensibilizar as visitas para lhe darem atenção? Vou tentar arranjar uma hora por dia em exclusivo só para a Isabel ou envolvê-la desde logo nesta relação a quatro, esquecendo essa coisa do “dia do filho único”? 

Imagem We Heart It

Acredito que dependa muito das idades dos irmãos e da facilidade em compreenderem o que se passa, mas mesmo assim pedi opiniões e dicas em vários grupos de mães do FB e cá estão algumas respostas. Obrigada a todas <3

- “A minha filha ficou tão encantada com o irmão, que só queria estar com ele! Deixei fluir...

- “Joana, planeei tudo e tentei que fosse o mais natural possível mas correu tudo pessimamente. Lol. O mais novo ofereceu presente que demos na maternidade, foi ela que lhe mostrou a casa e o quarto, as visitas tiveram imensa atenção à mais velha, eu fui busca-la à escola 4 dias depois e tentei fazer programas só com ela e foi um absoluto desastre. Com ele era um amor, comigo foi um terror e durante 15 dias não existi. Nesta gravidez estou a tentar levar tudo de forma mais natural (um filho de 2 anos e uma de 4) e não faço ideia o que me espera. Mas vou de certeza fazer menos planos e ter menos expectativas. Beijinhos e boa sorte!

- “No nosso caso o bebé trouxe 1 prenda ao mais velho e comprámos uma prendinha para o mais velho oferecer ao bebé! Um ursinho com música que ele adora pôr a tocar ao mano!!! :) Uma vez por semana faço 1 aula de yoga com ele... naquela horinha somos só os 2 hehe

- “As minhas filhas fazem diferença exata de 25 meses. A mais nova trouxe um presente para a mais velha. Mas se fosse hoje, acho que não tinha levado a mais velha ao hospital. A reação foi esquisita, e custou-lhe ir embora e "deixar" a mãe com a irmã num sítio que para ela era muito estranho.
Em casa, a gestão era trabalhosa mas fazia-se. Não houve o dia da filha única no início, mas "momentos", como ir às compras por exemplo.
A questão das visitas, tentei que as pessoas percebessem que tinham que dar a mesma atenção à mais velha, mas nem sempre é fácil.
Não houve crises, nem birras de ciúmes, mas ainda não consegui criar a ligação entre irmãs que sonhei. Mas a mais velha ainda não fez 3 anos, e a mais nova tem 10 meses. Já há reações de carinho, mas a interacção não é muita.
O tempo ajuda tudo”

- “Tive agora a segunda filha que trouxe um presente à mais velha. Mas acho que se não tivesse trazido nada, não tinha feito diferença. Ainda não tem uma semana, estou a amamentar e com algumas restrições - ainda tenho agrafos - mas conto fomentar momentos a sós com a mais velha.

- “Os meus filhos têm diferença de 4 anos, quando nasceu a mais nova o rapaz ficou responsável por tirar a primeira foto à bebé no hospital. E com isso conseguimos que quisesse registar momentos importantes da vida da irmã. Depois quando foi possível na logística, lanchar juntos, fazer caminhadas e partilhar com ele coisas com as quais se identifica. Não há receitas, apenas dicas e aprender a ver com o coração. Pois, o mais importante é sentirem-se muito amados”

- “O meu filho mais velho era muito pequeno e não percebeu muito bem o que se passou. A irmã trouxe um presente quando nasceu, mas ele ficou realmente encantado com ela. As pessoas que iam visitar-nós a casa faziam questão de falar com ele primeiro e ser ele a apresentar a mana. Com o 3o filho não houve presentes para os mais velhos mas sim um presente que eles quiseram comprar para o mais novo. Não consigo ter tempo para o filho único. Com as actividades fora da escola e com a mama do mais novo o único tempo que me resta uso-o para dormir. Sinceramente acho que o melhor será o deixar fluir.”

- “Filha com quase 3 quando o mano nasceu. Fizemos da prenda oferecida pelo mais novo e gostou. Sempre que as visitas traziam presente para o mano, era a mana crescida que ajudava a abrir. Ela foi nos buscar à maternidade e foi quando conheceu o mano. Não foi antes. E pedimos para ser ela a mostrar a nossa casa ao mano, quando chegámos. Claro que faz parte deixar fluir. Mas é importante estarmos atentas. Não há lugar a arrependimentos. Mas a minha filha nos dias menos bons não reagia mal à presença do mano, mas sim à falta que a mãe lhe estava a fazer...

- “Deixar fluir... Estarem presentes nos momentos importantes como a preparação do quarto e assim, e depois quando o irmão vem para casa, mostrarem a casa ao recém chegado, mostrarem os brinquedos, onde vai dormir.... De resto, é parte da dinâmica da família, acredito que dece ser-se o mais natural possível! Boa sorte

- “Detesto a ideia do filho único! Ter um irmão é uma dádiva pelo que é importante fomentar a união mesmo que isso implique aprender a dar a vez a cada um de escolher um programa ideal!
Valorizar o mais velho é uma forma de mostrar que nada mudou! Só melhorou! É mostrar a importância que este vai ter pra o mais novo!
O presente é sempre simpático.
A foto do mais velho na cabeceira da maternidade é um galardão e pêras!
Deixar o bebé com alguém para fazer um programa de crescidos é algo só para crescidos, e que não inclui bebés de chucha... E não se trata do dia do filho único. Até porque quando voltamos pra casa estamos cheios de saudades! Mas isto são só opiniões...”

- “Levar tudo com a maior naturalidade possível! As minhas filhas têm 26 meses de diferença e foi amor à primeira vista. Acredito que a maioria das vezes são os adultos que complicam a cabeça dos mais novos!

- “A minha tem 4 anos e teve agora uma irmãzinha. Fez parte de todo o percurso. Ainda grávida foi comigo à ecografia, viu aí a mana pela primeira vez. Arrumamos o quarto do bebe juntas, fizemos desenhos e colocamos na parede. No dia a seguir ao parto, que foi cesariana, foi nos visitar, foi a nossa primeira visita e naquele dia única visita, quisemos ficar assim os quatro.
No dia da alta, estava em casa à nossa espera, mostrou a casa à mana e desde aí, participa em quase tudo, dar banho, mudar a fralda, escolher roupa para a irmã, às vezes só atrapalha, uma fralda de um xixi demora mais que um cocó à séria, mas têm uma relação de cumplicidade e um amor incomensurável. Sempre que posso, e, porque a bebe já está com 7 meses, faço programas com a mais velha. Levo a ao cabeleireiro quando vou fazer a unha, vamos ao cinema, passear na praia, ler um livro no jardim, às vezes uma sessão de cinema em casa com pipocas. Adora! Julgo não haver grandes segredos, fazer o que manda o instinto, é o meu quote:)

- “Envolver em todas as actividades... os meus tem quase 4 anos de diferença. Pedir ajuda para mudar a fralda, pedir para aconchegar o mano porque tem a certeza que fica mais calminho quando é a mana a aconchegar, dizer que a mana é mesmo uma grande ajuda para si, comparar principalmente para dizer que o mais velho fazia as mesmas coisas tal e qual. Nada de megalómano para valorizar o mais velho, apenas muita conversa, atenção e mimo.

- “Eu também fiz isso das prendas, é importante mas é apenas um momento, o desafio é o dia a dia. Na maternidade quando o mais velho chegou tive o cuidado de o bebé não estar ao meu colo, as prendas para a mana é sempre o mais velho que as abre. E agora no dia a dia evitar comparações, evitar dizer-lhe que não a alguma coisa usando como justificação a mana. Basicamente ele não pode sentir que a mana lhe esta a roubar tempo com os pais. Muito importante o mais velho ser incluído em tudo, ajudar a tratar da mama e ser elogiado por nós sempre que nos ajuda. E tentar ao máximo não alterar as rotinas que já existiam. É um desafio constante a "gestão" da relação de 2 irmãos. Ate agora esta a correr na perfeição mas não quer dizer que não mude mais tarde

- “Tenho 2 meninos com 27 e 3 meses, têm 24 meses de diferença portanto. Sempre encarei tudo com muita naturalidade. O mais velho foi com o pai e os meus pais ver o mano à maternidade no dia que nasceu. Eu estava com o bebé ao colo, ele chegou, abraçou-me e deu festinhas e beijinhos ao mano. Não houve prendas nem para um nem para outro, não acho necessário. No final da visita o mais velho queria ficar comigo mas o pai explicou que não podia ser e foi com ele para casa. Em casa correu sempre muito bem, adoram-se e nunca houve ciúmes. Há muitos beijos, muitos abraços, é uma delícia! Eu e o pai damos banho e deitamos à vez e mimo nunca lhe faltou! Mais uma vez sublinho que agindo com naturalidade tudo se resolve super bem!

- “Cá por casa somos 3: 6 anos, 4,5 anos e 34 meses.  As minhas gravidezes foram muito atribuladas (gripe A, ruptura franca de bolsa... Internada no Natal e na passagem de ano, de repouso metade do tempo...) a C. sentiu muito o nascimento da irmã (ainda por cima a irmã chorava imenso!!!) mas tudo se resolveu facilmente com:
- dia do filho único; - eu deitava e contava a história; - eu levava e buscava da escola; - ajudava nas tarefas; - 1H/ dia filha única
O maior problema foram as primeiras visitas, que faziam uma festa enorme à bebé (principalmente as que acompanharam os dramas da gravidez) e quase nem ligavam à C. Como ela não sabia ler, pusemos um aviso na porta: "a única que percebe o que dizem e valoriza a vossa presença é a C., é a ela que devem mimar".
Quando me perguntavam o que é que era para trazerem, eu dizia sempre que a bebé não era nada materialista e se quisessem comprar alguma coisa, então que fosse para a C.
Ao fim de 2/3 dias a C. já estava toda feliz com o nascimento da mana: casa cheia, elogios e presentes.
A mana teve vários problemas de saúde, inclusivamente um atraso no desenvolvimento, que exigiu muita atenção durante os 3 primeiros anos... Daí termos tantos "momentos de filho único com a C. e o T.
À chegada do T. foi tudo super simples: elas adoraram o nenuco a sério e adotaram no. (Por vezes sinto-me dispensável loool).
O nosso único cuidado foi deixá-las fazer tudo o que já fossem capazes: dar comida (metade para o chão), cantar uma música (não sei como ele não é surdo), escolher a roupa (temos algumas fotos engraçadas)...
De tudo o mais importante foi avisar as visitas. As pessoas vinham ansiosas para ver a bebé-aventura e quando chegavam começavam logo com uau, que linda, enorme...
E a C. ficava uns instantes tipo bibelô... Quando passaram a cumprimentá-la a ela e a dizer (uau, tens uma mana, és mesmo crescida...) ela percebeu que o seu lugar no mundo ia continuar.

- “O meu filho tinha 2,5 anos quando a irmã nasceu; foi comigo uns dias antes comprar um presente para dar as boas vindas a mana; foi visitá-la no primeiro dia e também recebeu um presente da mana; estava super feliz com a mana mas não foi nada fácil a aceitar ver-me a amamentá-la; tentamos manter a rotina dele ao máximo e por isso tratava da mana antes dele chegar e ela dormia enquanto eu estava com ele a brincar, banhos e jantar; ela está prestes a fazer um ano, dormem no mesmo quarto, brincam juntos e já são muito amigos, adoram-se! É lindo ver esta relação a crescer!

- “A minha filha tinha 16 meses quando nasceu o irmão e a única coisa que fiz mesmo questão foi que se conhecessem sem mais ninguém à volta! O meu marido entrou no recobro com ela e ela adorou-o!!! Fui para o quarto com um de cada lado! Achei q era bom o pai fazer programas só com ela e foi um desastre! Lol! No dia em que decidimos ir almoçar todos juntos ela rebentava de felicidade...o que ela queria era estar em família! O amamentar nunca foi problema, eu dizia que o mano estava a papar e pronto...até ontem que no meio da missa ela me enfiou a mão dentro da camisa e disse "papa"! LOL!

- “Comigo foi um bocadinho "navegar à vista"... A única coisa que organizei foi a ida à maternidade e fiz questão que a minha filha (2A) só fosse no dia da nossa saída. Tinha à espera dela o irmão e uns mega balões para levar para casa. O entusiasmo com o novo bebe foi tão grande, que me começou a pedir para ajudar em tudo: mudar a fralda, dar banho, biberon, etc. incentivei bastante esta parte e acabei por comprar à minha filha um "kit Nenuco" que tem todas estas coisas de brincar e estamos muitas vezes as duas a fazer a mesma coisa: eu no bebé, a minha filha no Nenuco (e às vezes vice-versa). Tentei não quebrar nenhuma das suas rotinas, continuei a fazer os mesmos programas e, quando não deu para fazer a 4, fazia-se a 2, com o Pai/Mãe alternativamente. Sinceramente, acho que não há uma fórmula, é estar atento ao que os nossos filhos nos dizem, nas suas mais variadas formas, e entregar...!



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3.05.2016

Usam os sapatos certos nos vossos bebés?

A Joana, minha seguidora no instagram, atreveu-se a comentar os sapatos que tinha escolhido para a Irene, dizendo que era podologista. Não resisti e fiz-lhe o convite de nos escrever algumas dicas. ;)

       


"A pedido das Joanas, deixo aqui algumas dicas sobre os cuidados com os pés dos bebés, e daqueles menos bebés, as crianças que já andam, saltam, correm e se acham uns “crescidos”.

Todas as pessoas gostam de olhar e mexer nos pés dos bebés, porque são muito fofos, pequeninos e bonitos. Ou vá, se calhar sou só eu que, sendo Podologista, gosto particularmente de pés e em especial dos pés da minha filha! No entanto, e por muito bonitos que sejam, merecem especial atenção e cuidados.

Os delicados pés dos bebés vão evoluindo de forma natural desde que mantidos em ambientes confortáveis e com os cuidados necessários. Durante todo o processo de desenvolvimento dos pés, estes devem andar livres e sem pressão de sapatos. Como ainda não andam, não é necessário usar calçado fechado, por mais moles que sejam, a não ser em dias muito frios e chuvosos e caso tenham de sair de casa. Regra geral, o mais indicado são umas meias pequenas, colãs (não escrevo “meia-calça” porque muitas pessoas não iriam entender este termo nortenho de onde sou natural), ou babygrows com pé que também ajudam a proteger, desde que qualquer um destes não seja demasiado pequeno, de forma a impedir os movimentos dos dedos.

É a partir do momento em que começam a gatinhar ou caminhar apoiados a algo ou alguém que podemos calçar um sapato de modo a proteger de objetos no chão, ou do frio, sendo numa fase inicial, o ideal a meia antiderrapante. Os sapatos devem ser maleáveis e nunca de sola dura. Nesta fase é importante que eles sintam as irregularidades do solo, as diferenças de texturas, para que a sensibilidade seja desenvolvida e a própria destreza e o equilíbrio sejam trabalhados. No verão não há que ter medo de os deixar descalços!

Quando as crianças já são mais crescidas e já andam de forma mais segura e sem apoios, aqui sim pode começar-se a usar calçado mais resistente, tendo sempre em atenção a forma como elas andam (em bicos de pés, se tropeçam nelas próprias facilmente - nem sempre isto é sinal que são trapalhões podendo mesmo ser uma patologia - etc.). Após o início do uso de calçado mais duro é importante ver se aparecem zonas mais vermelhas e/ou bolhas por fricção – isto poderá querer dizer que o sapato é demasiado grande ou demasiado apertado. Com o uso de sapatos poderá, também, haver um aumento da transpiração levando ao surgimento de problemas de pele e eventualmente de unhas (unhas encravadas, por exemplo – segredo: corte reto das unhas e sapatos com tamanho e forma adequados).

No que respeita ao calçado, algumas características devem ser tomadas em consideração aquando da compra do mesmo, nomeadamente:

Flexibilidade do sapato – estão proibidos os sapatos demasiado moles e que dobram com facilidade

Rigidez do contraforte (zona do calcanhar) – mais uma vez, nem demasiado moles que colapsem com a pressão lateral dos dedos, nem muito rígidos

Zona frontal (dos dedos) – deverá ceder ligeiramente quando se pressiona na sola, mas sem que a zona da frente, com essa pressão, dobre em demasia

Para aquelas crianças (as mais “crescidas”) que frequentam piscinas, balneários podem também surgir problemas de pele, como as verrugas (facilmente confundidas por calos) e que merecem a maior das atenções pois são vírus e altamente contagiosas. 

Acima de tudo é importante deixar os seus filhos andarem com os pés livres de pressões sejam bebés ou mais crescidos e tratar bem deles com uma boa hidratação e cuidados adequados à idade. E não se esqueçam, para a prevenção e tratamento dos pés é crucial a ajuda de um profissional de saúde especializado.

Cuidem bem da saúde dos pés dos vossos filhos. Eles agradecem!"

Podologista Joana Silva