7.14.2016

Preciso de desabafar... e rápido.

Não estava à espera disto. Nunca se está. 

Estava em estúdio, o Frederico conta-me que a Irene acordou da sesta, ficou molinha na sala e que adormeceu no sofá. Enviou-me vídeos para que ambos pudéssemos conversar sobre a perfeição de menina que tínhamos criado. Vê-la e ouvi-la respirar (raras as vezes em que a vemos a dormir), ver os pezinhos dela a mexer, os dedinhos. Foi fabuloso. Estávamos contentes por ela estar a descansar. 

Recebo uma chamada. Era o Frederico. Estava muito aflito. Não descrevo o quanto porque teria de ser ele a falar sobre isso. Não consegui perceber o que dizia. Achei que estavam os dois a brincar comigo porque ouvia-o e a ela lá ao fundo também. Finalmente consegui perceber "anda... correr... para casa... Irene... espumar da boca...". Corri mais que os jornalistas de rádio quando têm de entrar em directo e a impressora não cooperou. Corri tanto que, quem me viu passar, percebeu que não era para comentar, nem falar comigo. 

Pousei os meus phones e o guião na minha secretária e saí a correr tipo Forrest Gump. Perguntaram-me os meus colegas: "O que se passa, Joana?". Só tive tempo de responder "não sei" e o "i" já foi fora da porta, a correr para ir para casa. É certo que moro perto do trabalho. A 3 minutos a pé, mas pareceu-me uma eternidade. Mais tarde vim a perceber que tinha levado o carro ontem e que provavelmente teria chegado mais rápido se me tivesse lembrado disso. Ou, pelo menos, não me teria metido por um corredor/atalho em que decidi ignorar que estivesse fechado com uns avisos e que decidi percorrer na mesma. As minhas sandálias e os meus pés ficaram atolados em lama, mas não havia outra hipótese. Estava-me a borrifar se ficava cheia de lama até aos joelhos, percorrer tudo para trás e escolher outro caminho só para não me sujar não era uma opção. 

Ainda a caminho do corredor liguei para o 112. O meu corpo ainda não se tinha apercebido do que se estava a passar. Estava no modo de sobrevivência. Liguei. Demoraram uma eternidade a atender (uns 6 ou 7 toques - como é que é possível????) e depois reencaminharam para a parte de saúde. Era uma senhora, com uma voz doce. Desabei. "A minha filha está a espumar-se da boca e está roxa". Não lhe dei o número do Frederico porque sabia que ele não iria conseguir falar ao telefone. 

Demoraram a chegar. A porcaria da minha rua não aparece no GPS de ninguém. Que perigo. Já escolhemos uma aqui perto para dar agora. Quando cheguei, cheia de lama, o Frederico entregou-me a Irene, já a chorar muito alto e peguei nela ao colo. Instintivamente comecei a cantar umas músicas foleiras que ela gosta para se acalmar. Reparei que ela não mexia os braços. Dei-lhe o coelhinho dela, que ela queria e ela não o conseguia agarrar. 

Interiormente sabia que provavelmente isto era o que me acontecia quando eu era pequenina. Talvez daí não estar inconsciente. Seria pior se tivesse visto a Irene como o Frederico viu, como se tivesse partido, sem poder fazer nada. 

Chegou a ambulância. Mediu-se a febre. Fez-se um pedido grande para ir para o São Francisco (é onde temos a nossa pediatra, etc.) e lá fui com ela. Sempre a tentar tornar o momento engraçado, mesmo sem ter a certeza que ela estaria a assimilar alguma coisa. Ela respondia que sim e não por entre o choro às minhas perguntas, devia estar a assimilar: 

- Necas, estamos a andar de ambulância!!! Aquela que faz tinoninoni e para onde vai a ambulância? Para o hospital. Que giro, Necas!!

Ela acenava que sim com a cabeça, nos solavancos na ambulância, amparada pelas minhas mamas, enquanto mamava. Só assim parava de chorar. Continuava sem mexer o braço. Eu tentei convencer-me que seria espectável. O corpo naturalmente deve ter-lhe dado um ansiolítico qualquer. 

Chegámos. Rapidamente entrámos para as emergências. Pulseira de muito urgente. Ben-U-Ron para o bucho (era o genérico que eu vi) e a Dra. atendeu-nos. Era mesmo o que a mãe teve quando era pequena: convulsões febris. Herdou de mim. Porém, tínhamos de fazer análises para despistar outras hipóteses como ausências de nutrientes ou excessos, segundo percebi. 

As análises. O terror das análises. Fizemos uma vez análises e foi picada dezenas de vezes. Tive de proibir que lhe tocassem mais. Contei isso aqui. A Dra. disse que aqui seria diferente, que picam mais vezes miúdos e todos os dias. Não tinha outra hipótese. Era como a lama. Tinha de ser. 

O Frederico perguntou se estaria dispensado. Claro que sim. Nem repararia se ele iria lá estar ou não. Eu tinha que estar. A Dra. disse que podia não ir nenhum de nós, mas nem pensar. Prefiro ficar eu impressionada com a dor dela do que ela sentir que a mãe a deixou sozinha para que lhe fizessem uma cosia que dói. 

Desta vez tentaram tirar sangue noutro sítio. Não conseguiram. É realmente difícil tirar sangue à Irene e ainda para mais estando com febre. Tínhamos de repetir dali a pouco. Os gritos, os choros. Eu a explicar-lhe o que se estava a passar e para quê, dizer que quando estivesse boa que íamos fazer as coisas preferidas dela. Só me apetecia pedir-lhe desculpa. Desculpa por não haver uma maneira menos imbecil de saber o que se passava com ela e dela ter de passar por aquilo: um garrote, prenderem-lhe o braço e picarem algumas vezes para tirar sangue. 

Voltámos para a sala de espera. Necas sempre na maminha, sempre a pedir maminha. Esperámos meia hora e lá fomos outra vez, agora com menos febre. Fomos as duas. 

A Irene já nervosa a entrar na sala. "Pulseira (garrote), não, menino! Menino!!! Menino!! Menino???". Começou a entrar a agulha e a Irene grita várias vezes "Pede desculpa, menino!! Pede desculpa!". Choro agora e chorei na altura. Obriguei-o a pedir desculpa. Claro que era para o bem dela, mas a Irene tinha de perceber que sim, quando se magoa alguém, se pede desculpa e que o menino era amigo. 

Custou-me dizer-lhe que podia descansar e fechar os olhos, que estava tudo bem e ela fazê-lo. Deitei-me com ela na maca da sala de espera a dar-lhe maminha deitada. Acabou por adormecer. Os resultados saíram rápido: tudo bem com as análises dela. Níveis mais baixos de oxigénio e de dióxido de carbono, mas associaram a estar a chorar muito. Era mesmo verdade, a Irene tem convulsões febris. E o que a minha mãe sofreu com isto. Quando ela fala sobre isto ainda hoje parece que fala de uma das piores coisas pelas quais já passou. Que é aflitivo e muito. Eu já suspeitava que ela tinha isto. Ninguém me deu ouvidos na altura, mas eu já sabia. Escrevi sobre isso aqui

O mais provável é que ela faça isto sempre que haja uma subida rápida da temperatura. Se for como eu, é o primeiro sintoma de doença com febres altas. Levamos uma bisnaga com um relaxante para lhe dar nas próximas convulsões. Está tudo bem. A Dra. que nos atendeu rapidamente percebeu que era a nossa primeira filha. Fizemos milhares de perguntas e todas respondidas com paciência. Que maravilha. 

Viemos para casa. Irene a dizer piadas. Assustada com tudo, mas já a dizer piadas. A família estava a curar-se com o humor.

Ao adormecê-la ouvi um "mãe, anda dormir comigo, mãe" e só não fui porque tinha outra pessoa que ainda não tinha sido abraçada o dia inteiro e que estava bem mais assustada. Faltava dar beijinhos ao Frederico. A pizza familiar que tínhamos pedido não resolveu tudo. 

Ele acabou agora de lhe dar um beijinho na testa e ela disse "obrigada, pai". Parece que é a gozar.

Obrigada por me deixarem desabafar.


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49 comentários:

  1. "obrigada, pai" :D Linda a tua menina. Acabei de ler isto com lágrimas nos olhos.
    Beijinhos

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  2. Meu Deus, que "aventura"...
    Não consigo sequer inaginar o vosso susto, a sensação de impotência do pai, enfim...
    Rápidas melhoras para a filhota e para os vossos corações!

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  3. Caramba Joana que fiquei com vontade de lhe dar um abraço... força aí... as melhoras... nós costumamos ter por casa uma bisnaga dessas para o caso de acontecer algo do género... indicação do pediatra do mais velho...

    Um beijinho muito grande...

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  4. Aiiiii, Joana! Não foi comigo mas estou com o coração apertado e com os olhos rasos de água. Que a Irene não tenha nunca mais uma convulsão!

    Um beijinho

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  5. Beijinhos Joaninha...
    Força, vai correr tudo bem... :)

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  6. Passei exatamente o mesmo a uns meses atrás , e espero nao voltar a passar! cada vez que a minha Tilde tem febre fico em panico por ver o termometro a subir .... nunca tive tanto medo na minha vida .. todos aqueles exames a impotência de a ver a sofrer e nao poder fazer nada! =(

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  7. Olá Joana, o meu filho também teve uma na escola, quando nem sequer tinha febre, foi no primeiro pico de febre, é horrivél... mas felizmente não passa disso de um cenário mau! Não teve mais nenhuma e já passaram 6 meses, e já voltou a ter febre depois disso.

    As melhoras da Irene.

    Beijinhos

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  8. Que sufoco Joana..... Mas já passou :)

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  9. Fogo, li e só me apetece chorar :'( A minha pequenina tem 6 meses e graças a Deus ainda não sabemos o que é ela estar doente, e sei que não estou preparada...

    Sinceramente, nem li tudo, fiz scroll na esperança que dissesses "e foi este o meu pesadelo esta noite..."

    As melhoras Joana, e que não volte a acontecer...Beijinhos para vocês*

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  10. Querida.. sei tão bem como te sentes!!!
    Passei pelo mesmo quando o meu filho tinha 3 anos e meio!
    Nesse dia ele acordou febril.. fomos à urgência e viemos de lá com ben-u-ron e brufen.. como estava sozinha no escritório.. decidi trazê-lo comigo e não o mandar para o colégio.
    Ele disse que queria dormir.. e deitou-se no sofá que está mesmo em frente à minha secretária.. passado uns minutos.. começa a convulsão.. e foi o pior momento da minha vida!!!
    Consegui manter a calma.. ligar ao 112.. depois ao marido.. e os 5 minutos (sim 5 minutos) que o INEM demorou a chegar pareceram uma eternidade..
    Ele esteve inconsciente desde a convulsão.. e até chegarmos à D. Estefânia.. fizemos as analises e exames.. e felizmente foi apenas umas convulsão febril!!!
    Até hoje.. felizmente não teve mais nenhuma!!
    Espero que a Irene esteja melhor...
    Um grande beijinho

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  11. Da forma que escreveste faz nos viver esse momento como se fosse real tb para nós, fizeste me chorar ... Força, vai tudo correr bem :)

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  12. Joana, deixou-me sem ar e com os olhos cheios de lágrimas. Estes miúdos dão-nos com cada susto... Força.

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  13. Também eu estou com as lágrimas a escorrerem pela cara! Enquanto lia só pensava: "e se fosse a minha filha???".. Que grande aflição! Foste muito corajosa Joana! um beijinho enorme para vocês!

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  14. Não se faz as pessoas chorarem Joana! Bad girl! Tudo a correr bem! As melhoras! ❤️❤️❤️

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  15. Li isto com as lágrimas nos olhos. "Pede desculpa menino!" Doi tanto não podermos sofrer por eles :/

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  16. Ai Joaninha fizeste me chorar eu tenho uma bebê com 8 meses e imagino o teu sufoco!!as melhoras para Irene super fofa e linda.bjinhos

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  17. Já passei por algo parecido, a minha filha mais velha ía atrás do choro. Começou por volta de uma ano e meio, quando era contrariada chorava, ficava roxa sem ar e desmaiava assim do nada. A primeira vez ficámos em choque com ela nos braços inanimada. Não gosto nem de me lembrar. Exames e mais exames, até que nos disseram que ela ía atrás do choro e que sempre que começasse a chorar para virar-mos as costas e não darmos importância que ela acabaria por parar. E muito a custo assim foi, aprendemos a lidar com isto ao longo do tempo. Nunca sequer tinha ouvido falar de crianças que vão atrás do choro... Força Joana, a maternidade tem destas coisas. Eu já vou no quarto filho (mas fico por aqui)...

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    1. A minha fazia igual mas nunca chegou a desmaiar, porque falei nisto logo ao segundo ou terceiro episódio ao pediatra e ele disse ser uma questão emocional e que por mais que nos custasse não podiamos dar importância. Mas é uma aflição ficava ali suspensa de boca aberta... Coitadinhas.

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    2. Fiz um curso de socorros pediátricos e falou-se nisso. Como choram muito, há pouca entrada de oxigênio. Por isso o cérebro "desliga-se" de forma a não sofrer danos. Passado pouco tempo volta tudo à normalidade pk ao "desligar-se" a entrada de oxigénio faz-se normalmente e chega a todos os órgãos

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  18. O sexto sentido das Mães nunca falha.
    Bj enorme Joana <3

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  19. Ainda bem que já está tudo bem... Foste exemplar! Caramba, não sei onde as mães vão arranjar forças para estar lá para os filhos nesses momentos. Eu penso sempre que entraria em pânico... Mas não, arranjamos forças porque é preciso, nem sei onde.
    Nas férias, ainda com menos de um ano, a minha filha teve uma desidratação e simplesmente não se mexia. Deixou de se mexer e parecia toda molinha. Estávamos a ir para o restaurante tomar o pequeno-almoço e quando a vi assim comecei a ter uma sensação de desmaio... Devo ter ficado tão nervosa que ia cair para o lado. Que coisa mais idiota... :(
    Lá me recompus, ela bebeu um biberão cheio de água de seguida e, felizmente, melhorou.
    Na tua situação acho que ficava doida, e na parte das análises punha-me a chorar com ela...
    Espero que esses episódios não se repitam e que fiquem todos bem. Muitos beijinhos

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  20. Possas que situação Joana, deve ser desesperante mesmo, sempre tive medo dessas ditas convulsões derivadas da febre e que não se conseguem prever. Graças a Deus correu tudo bem. Por aqui o medo é que a garganta feche, ja fomos duas vezes de ambulância para o hospital (que demora tb uma eternidade) mas tem que der pela necessidade de administração de oxigénio durante a viagem. Assim que tem qualquer problema de garganta basta chorar mais um bocadinho que começa a desfalecer e a querer fechar os olhos :( da última vez vomitou teve uma crise de choro e la fomos nós aflitos 🙈 Horrível!

    Não desejamos a nenhuma mãe a aflição de vermos as pequenas assim... E a tua mãe deve também sofrer por te ver passar por aquilo que já passou um dia.
    Força Necas, Frederico e Joana 💖 Beijinhos

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  21. Não sou mãe, sou uma jovem que se delicia com as vossas histórias mas até eu cedi a este post, lágrimas escorreram-me involuntariamente da cara ao ler os momentos de sofrimento que a tua família viveu. Sou jovem, mas chorei ao perceber o amor infindável de mãe. Força Joana!

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  22. Só quem passa por uma situação destas percebe a aflição. Também fui de urgência para o São Francisco com o meu filhote em situação semelhante (com a agravante de que nessa semana tinha falecido uma criança de morte súbita no colégio por isso imaginem o pânico). E fiquei incrédula da forma como tiraram o sangue para análises (infelizmente já temos feito no sams e aí são sempre impecáveis). Até me apercebi que ligaram do laboratório para as enfermeiras a dizer que aquela recolha não tinha sido em condições.

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  23. Acabei de ler o texto com lágrimas nos olhos... Nem quero imaginar a situação. Espero nunca ter de passar por esse sufoco. Muita força para ti e para o Frederico e as melhoras da Nequinhas :* :*

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  24. Joana que tal episódio nunca se repita e que a Irene recupere rapidamente! Fiquei sem fôlego e c lágrimas nos olhos ao ler...que coragem Joana!

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  25. Até chorei...não é fácil ser pais! Que medo Joana, que medo! Beijinhos grandes para os 3

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  26. Oh Joana que susto...e o Frederico...as melhoras da Irene.
    DEUS nos guarde !
    Bjs

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  27. Um abraço apertado e as melhoras da Necas.

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  28. Que pânico... Parecia que estava a ler um livro de suspense, sustive a respiração , arrepiei-me toda... As melhoras para a boneca e para os pais... Não imagino se fosse comigo... Beijinhos

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  29. O que já chorei para aqui... isto de ser mãe é muito duro...
    Muita força, Joana! Beijinhos e obrigada pela partilha.

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  30. Possas não queria estar na vossa pele dever ter sido um valente susto, ainda bem que já está tudo bem com a princesa. Beijinhos para vocês.

    Diana Brito - http://dentrodequatroparedess.blogspot.pt/

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  31. As lágrimas também me correram pelo rosto ao ler o teu texto! Força, muita força e as melhoras da menina e vossas. "Ainda bem" que sabem a causa. Agora é só esperar que não volte a acontecer. Um beijinho aqui do Porto.

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  32. OOhhh que aflição e que susto! :O
    As melhoras da pequenina. Tudo de bom. Senti o coração apertadíssimo ao ler o texto. Ser mãe é mesmo difícil. Nunca ninguém disse que iria ser tão duro.
    Beijinhos

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  33. Bem que descrição, senti uns calores subir, o coração disparou e li o mais rápido que pude, tal era a ansiedade que tinha em perceber o que tinha acontecido.
    Não consigo imaginar o que sentiram, quando eu nem nunca sequer tinha ouvido falar em tais convulsões.
    Espero nunca passar por isso, mas assim fiquei a saber que existem.
    As melhoras :-) Beijinhos.

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  34. Nossa...que sufoco!

    Senti o coração apertadinho enquanto estava a ler! :(

    Beijinho grande e rápidas melhoras para a Irene

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  35. Ainda estou a digerir tudo!As melhoras e um beijinho para os três!

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  36. Olà boa tarde Dna. Joana ao ler o seu desabafo arrepiei-me e imaginei o sofrimento do meu marido e pais e sogros quando da última vez que tive uma convulsão após o meu transplante renal e só acordei uma semana depois...e acordei ...coisa que jà ninguém contava. E tudo porque os niveis de sódio desceram dràsticamente e a equipe do INEM o fez subir hà força toda e me iam matando ?!? Cada aventura nesta vida :)

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  37. Tenho o coração feito em bocadinhos :( coitadinha da Irene e do pai também! que situação dificil... O importante é que ela agora já está bem e que já estão informados do que efectivamente aconteceu. Obrigada por partilhar connosco tudo isto, também me deixou mais alerta e já fui pesquisar mais coisas sobre as convusões febris. Devemos sempre estar informados. Beijinhos e as melhoras

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  38. Joana, lamento muito o que passou, nenhum pai devia passar por estas situações tão angustiantes e dolorosas.
    Mas digo-lhe, sendo mãe de lindo menino de 6 anos que desde 1 ano de idade faz análises e mais outros tantos exames a nível hospitalar (por cause um problema de saúde grave); que nunca mostrei ao meu filho que fazer análises ou qualquer exame (por mais doloroso que fosse, e olhe que fazer uma punção lombar é dose); dizia eu que fazer análises e exames médicos fosse estarem-lhe a fazer mal.
    Nem nunca fiz ou obriguei um profissional de saúde a pedir desculpa por estar a realizar um exame ao meu filho (se o estiver a fazer nas devidas condições).
    Sempre consolei o meu filho (e com 11 meses não é fácil explicar a uma criança porque vai fazer análises) dizendo-lhe que era um herói, que eu sabia que doía mas que tinha mesmo de ser feito para ele ficar melhor, e que ele se tinha portado muito bem e que tinha sido muito corajoso. Nesta parte, o pessoal hospitalar é impecábvel, e colaboram sempre dizendo, "foste muito corajoso", etc.

    É preciso fazer análises, fazemos. Sim é m procedimento doloroso, mas passa e pode ser muito importante (ou até vital) para a saúde deles.
    Sempre mostrei ao meu filho que há muita coisa que custa muito, que doi, mas que temos de fazer para que ele fique melhor. Choro, consolo-o, mimo-o, faço tudo para minimizar a dor física e o medo. Mas nunca, nunca disse ao meu filho que um profissional de saúde era mau porque estava a fazer-lhe um exame (e nunca me passaria pela cabeça obrigar um enfermeiro ou técnico de análises a pedir desculpa ao meu filho)
    Se não houvesse ninguém para fazer este tipo de coisas: colheita de sangue, análises, exames especiais, etc - eu possivelmente já não tinha o meu filho comigo. Por isso estou muito grata a todas as pessoas que exercem estas profissões e que possibilitam que se tratem problemas de saúde tão complicados.
    Temos a enorme sorte de viver numa época em que a medecina já consegue tratar de tantas doenças e problemas. Graças aos "imbecis" que inventam formas "imbecis" de tirar sangue, formas imbecis de diagnosticar problemas de saúde, e quiçá se calhar também formas imbecis de tratar de problemas de saúde, temos a enorme sorte de conseguir tratamento para tantas doenças Só podemos estar gratos por ter acesso a tudo isto e a poder muitas vezes(infelizmente nem sempre) salvar a vida dos nosso filhos.
    Eu sei que escreveu este texto a quente, mas já no episodio que relatou anteriormente também dá a mesma ideia, de que mostra à sua filha que nos hospitais as pessoas são más e fazem mal à crianças.
    É a forma mais errada e abordar estas situações. Eles têm de perceber que vão-lhes fazer uma coisa que doi, mas é preciso e é para o bem deles. E quem está a fazer não é uma pessoa má e que a quer magoar. Está a fazer aquilo porque tem de ser feito e é necessário para ela ficar melhor.
    As melhoras da Irene
    Maria

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    1. E eu não diria melhor...
      Parabéns pelo texto!

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  39. A minha filha a partir dos 9 meses fez convulsões febris. Coisa hereditária porque eu também tinha. Até perdi a conta de quantas foram. .. na altura senti imensa falta de poder falar com alguém que tivesse passado pelo mesmo p tirar dúvidas ou até para me sentir mais tranquila. ..ela agora tem 3 aninhos e está tudo bem :)
    costumo dizer que tenho um mestrado em convulsões porque literalmente ''engoli'' toda a informação que pude recolher sobre o assunto. .. lol se precisar de alguma coisa o meu mail gatrita@gmail.com. .. bjs

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  40. Joana,gabo-lhe a coragem.Ha tive algumas situações chatas com a minha filha mas nada comparada a esta.Quandi for falar com a Educadora que vai ser da Urena ,não se esqueça de falar deste problema de saúde pois as funcionarias da Instituição agradecem e actuaçao é mais rápida. Beijinhos e as melhoras

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  41. Ana Azevedo8:52 da tarde

    Expectável:)

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  42. Nem consigo e confeso que nem quero imaginar pelo que passaram... So de ler já me arrepiei.desejo apenas que nunca mais lhe aconteça. Bjs Sandra Gonçalves

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  43. É aflitivo quando vemos os nossos filhos passar por estas coisas. Dávamos tudo para poder trocar com eles, dói demais ver o sofrimento de um bebé a ser picado uma e outra vez e não perceber o que se está a passar e pior a mãe vê e não faz nada para além de abraçar e sussurrar um entalado "pronto Bé já passou a mãe está aqui", ainda hoje chora quando se aproxima um médico para lhe mexer e eu fico doente e aflita sempre que ele tem uma recaída, só de pensar que vou ter de voltar ao sítio onde o vi chorar como nunca o fez. Já passou quase um ano mas eu jamais esquecerei o que sofri ao ver aquela agulha picar vezes e vezes sem conta e só de uma vez foram 7, não sei como me aguentei quase um mês assim, mas agora morro de medo que tudo volte acontecer, mesmo tendo consciência que pode acontecer. Mas ser mãe tem destas coisas. Muita força e que a Irene não tenha de passar mais por isto e os pais também não... São situações difíceis de digerir :( Bj

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  44. Outch...
    Obrigada pelo testemunho!

    Beijinhos

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  45. Ai Joana senti o desespero e aflição... caiu me as lagrimas

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  46. Joana só agora me cruzei com este post.
    Estou sem palavras de lágrima nos olhos só de pensar no susto que os três apanharam. E o Frederico... bem... sem palavras mesmo.
    Beijinho e que tenham sido só sustos e sem repetição.

    E pá. Ficou mesmo a apetecer dar um abraço a cada um de vocês.

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