9.30.2019

Então e para quando o terceiro filho?

É uma das coisas que mais me perguntam: então e para quando o terceiro filho (ou versão: então e vais ao menino?)? Acredito que quando se tem três se pergunte se vão ao quarto. Ou se vão ficar por ali, em tom de brincadeira. E quando se tem quatro se pergunte se foi planeado (ahah que horror...).

Para desilusão de alguns - sinto-, não planeio ir ao terceiro filho, pelo menos nos anos mais próximos. Tenho 33 anos, duas filhas, de 5 e 3 anos. É certo que em sonhos antigos, com esta idade, já teria uns quatro filhos, mas guess what?: mudei de ideias. Para dizer a verdade, eu não jogava com o baralho todo antes de ser mãe. Não é que agora jogue, mas pelo menos percebi que, nestas coisas, não se pode fazer demasiados planos. Não dá para definir isto antes de ter a experiência. É ir vendo, passo a passo, como estamos, como nos sentimos, como vai a vidinha, o que queremos realmente, do que queremos abdicar ou não. 

Estou numa fase mais auto-centrada agora. Claro que as minhas filhas vêm em primeiro lugar, mas sinto que estou, finalmente, a conseguir ter espaço para ambas e para mim. Para algumas pessoas isto não é importante, há outras prioridades, ou conseguem fazer outro tipo de malabarismo que eu não aprendi a fazer, ou fecham os olhos, lançam-se num próximo filho e "tudo se faz" mas, para mim, um filho, neste momento, não vinha nos planos. E não vem, só se o DIU me falhar. 

A novidade é que dantes este era um tema que me causava algum desconforto. Sentia que estava com as minhas prioridades trocadas e que se quisesse mesmo fazer outras escolhas, poupar nas viagens que fazemos, comer menos fora, deixar-me de querer ter tempo para mim, conseguiria ter mais filhos... mas agora não. Agora sinto que não tenho de ter mais filhos. Que não está escrito. Que não é suposto. E que não preciso de ter. Que estamos bem assim. Que somos uma família linda e completa. E que as minhas escolhas não têm nada de errado. Que estão certas, porque são as minhas. Dantes queria muito trazer ao mundo pelo menos mais um bebé, mais uma criança fantástica, ter o prazer de descobrir tudo de novo, criar mais relações entre todos que nos fizessem crescer, ver mais alguém tornar-se adulto. Mais amor, mais hormonas, mais vida. 

Agora quero ser feliz com o que tenho. Que já é tanto. Que continua a ser um desafio, mas que me dá tanto prazer. Que já me preenche tanto. Que já tanta alegria dá a tanta gente. 

Fiquei comovida hoje a ouvir, no quarto ao lado, a minha mãe a brincar com as miúdas. Estava a ver uma série, deitada na minha cama, a descansar. E ouvi as gargalhadas. Acho que agora estou mais atenta a tudo. Estou diferente. A aproveitar tudo melhor. [Mesmo que cheia de dúvidas, de momentos de desespero, de momentos em que não compreendo nada, nem me compreendo a mim]. Só que também por estar mais sensível, sinto tudo mais. Estou mais alerta. O que era bom agora é óptimo.

Agora eu, agora nós. Só (tanto) nós. 

Depois, logo se vê. 

Fotografia: Joana Sepulveda Bandeira do The Love Project

Mais alguém que sinta que já fechou mesmo a loja? Ou que dificilmente aumentará a família?



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Este é o nosso último episódio, que podem ouvir no Spotify, Soundcloud, Anchor FM e Apple Podcasts.


E este é o nosso último vídeo, que saiu ontem.

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9.29.2019

Não senti nada pela minha filha quando nasceu.

Bem, tal como algumas vocês dizem (às vezes de maneiras menos charmosas): "vamos por as mamas da Joana Paixão Brás" de parte. Só durante um bocadinho. Ainda que, com aquele aconchego, suspeito eu que nunca tenham estado tão juntas.


Bom, falemos de coisas mais... coiso. 

É bem polémico este título, mas não deixa de ser verdade. Quando a Irene nasceu, houve algo em mim que pareceu não funcionar. Pelo menos de acordo com aquilo que eu esperava e tinha visto nos anúncios de televisão ou que as outras mulheres me tinham contado. Será expectável? Terá sido consequência de um parto atribulado? Ou apenas o desenrolar previsível de alguém que estava aterrorizada com a experiência de ser mãe? Seja como for, há coisas que todas nós podemos tentar garantir para termos partos melhores. Ouvindo os relatos umas das outras talvez nos dê mais ideias daquilo do qual nos podemos tentar proteger e até sugerir. 

Este foi o post que escrevi em Dezembro de 2014 que reuniu muitos comentários de mães que passaram pelo mesmo. Somos muitas: https://bit.ly/2mKIANj








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Um podcast que podem ouvir no Spotify, Soundcloud, Anchor FM e Apple Podcasts. ;)



E ainda uma iniciativa para a qual convidamos marcas parceiras. O "a Mãe é que sabe ajudar". A Joana e eu vamos a casa das mães vencedoras dar uma mão naquilo que precisem e também levamos ajudas preciosas. Quem nos queira contactar, poderá fazer através do e-mail amaeequesabeblog@gmail.com. 


9.24.2019

Deixar de passar a roupa a ferro?

Já há que tempos que penso sobre isto. Quando era mais nova e morava sozinha (sem Irene, entenda-se) e a minha roupa ia ser lavada a casa da mamã (ahh... luxos), obviamente que nem era uma questão. Depois, quis dar o grito de Ipiranga (acontece) ao pensar "epá, preciso da roupa passada para quê?". 

A verdade é que não uso camisas, nem outros tecidos que fiquem verdadeiramente asquerosos se não forem passados a ferro. E, durante uns meses... ou até um ano, não passei a roupa. Era prático, útil, mas confesso que não me deixava vaidosa. Ia até semi constrangida para o trabalho ou actuar - mas o que seria dar-me ao trabalho de passar a ferro. Por acaso, até tentei várias vezes, mas o que me fez desistir foram os lençóis de baixo de elástico. Não há maneira daquilo não azucrinar o meu OCD, que nervos. 



Depois, à medida que a vida foi avançando, não consegui prescindir. Ter a roupinha toda arrumada e passada é bom para me sentir eu própria mais bonitinha e arrumada. 

Houve um dia em que disse à nossa empregada que não valia a pena passar a roupa do bebé a ferro. Era tão pequenina que, bem espapassada, fica bem arrumada. Ela ficou assustada e disse: "nem pensar, o ferro mata as bactérias!". Claro que não queria perder aquelas horinhas a mais que recebe por passar a nossa roupa, mas... será mesmo assim? 

Há quem diga e defenda isto de se deixar de passar a roupa não só por questões ambientais, mas também para irmos contra a convenção social que nos obriga de estarmos "a direito" também na roupa. 

Depois há as outras pessoas que dizem que a roupa é um bom indicador da personalidade e roupa amassada não ajuda a que retiremos boas conclusões dos outros e da maneira como se tratam a si mesmos, por exemplo. 

A favor da "campanha": 

Quem defende a campanha diz que uma casa em que não passe roupa é o equivalente a plantar 7 árvores (embora não digam quanto tempo equivale a que número de árvores onde li). 

Não ter de passar a ferro. 

Não ter de pagar a alguém passar a ferro.


Contra a campanha: 

Ter a roupa toda torta no armário.

Dar muito nas vistas por não ter a roupa "em condições". 

A questão de higienização da roupa por estar a ser passada a ferro a altas temperaturas (?)


Já pensaram nisto? Mudaram? Querem opinar? 





Entretanto, têm um vídeo novo para ver, sobre os maravilhosos bagos da outra autora deste blog. Ela por aqui esclarece todas as vossas dúvidas, mas não só! Vamos oferecer meia mama às nossas leitoras, ahah. Por acaso, tive oportunidade de falar com o médico dela e perguntei se podia pôr duas mamas. A resposta está aqui em baixo: 




Para além disso, agora que a Joana Paixão Brás está de férias, vamos continuar a render o peixe no nosso último episódio de podcast. Querem ouvir? É sobre os nossos maiores sonhos (ou o da Joana que faloooouuu... faloooouuuuu...). 


Também estamos no Soundcloud, Spotify e Apple Podcasts ;)





Para além disso, marcas onde trabalhem ou que conheçam alguém que lá trabalhe, querem entrar no projecto "a Mãe é que sabe ajudar"? A Joana Paixão Brás e eu vamos durante um dia a casa das da família vencedora do passatempo e além de oferecermos a nossa ajuda durante um dia inteiro, também queremos levar produtos e prendas connosco. Querem entrar? Enviem-nos um e-mail para amaeequesabeblog@gmail.com

9.22.2019

E quando os nossos amigos educam os miúdos de outra maneira?

No início foi complicado. Convivemos com alguns casais que educam os filhos de uma maneira diferente da nossa - filhos diferentes, pais diferentes, objectivos e referências diferentes - e era complicado não "intervir". Não me levem a mal, não iria chamar os pais à atenção (a não ser que estivessem a bater na criança ou a serem violentos verbalmente), mas também não creio que vá socializar voluntariamente com pessoas assim, não fazem parte do meu círculo. 

Não por andar a escolher amigos consoante as suas crenças de parentalidade, mas o tipo de amigos que tenho coincide com serem pessoas com as quais geralmente não me desidentifico brutalmente. Bom, parêntesis feitos, o que tenho para vos dizer? 

Temos convivido com alguns casais que não educam de forma igual os seus filhos. Eu sigo alguns princípios que ao longo destes 5 anos tenho partilhado convosco aqui no blog e sou bastante verbal em relação a isso com a Irene. Isto para ficarmos atentas a comportamentos inaceitáveis das pessoas com ela, etc. 

No entanto, não vou estar no momento "da crise" chamar a Irene à parte ou conversar com ela sobre o assunto. Tenho ficado sentada, no meu lugar, a observar o que se passa com a devida compreensão e empatia. Depois, consoante a minha relação com o casal, oportunamente poderei - se sentir abertura para isso - sugerir outra perspectiva ou propor outra ferramenta. No entanto, não no momento de crise. 

Claro que não me agrada que a Irene seja exposta a outro tipo de comportamentos com os quais não concordo ou que não estejam totalmente alinhados connosco. No entanto, é o Mundo, não é? E talvez com o contraste das diferenças, a Irene também consiga valorizar e criar um sentimento crítico relativamente às coisas. Estamos a criar pessoas e opiniões tridimensionais são óptimas. 


Alguém castiga um miúdo à nossa frente. A Irene sabe que sou contra castigos e sabe porquê. Não falo, não digo nada, também porque não preciso. Já conversamos sobre essas coisas. No entanto quero ajudá-la a compreender o que passou, a observar com empatia e criar as suas opiniões. 

Nos momentos em que nos afastamos do casal ou do episódio falamos sobre o que aconteceu. Não sobre o assunto em particular, mas sobre o evento: "foi giro, não foi?". Começamos por aí e, se a conversa for por aí acabamos por aproveitar o sucedido para conversar. 

"Mãe, concordas que o xxx obrigue o/a xxx a comer tudo o que tem no prato?"

"Não, Irene, não concordo. Mas há mães e pais que ficam muito aflitos pelos filhos não comerem bem e só ficam descansados assim. Há também outras crianças que não comem e que perdem muito peso e que frustram muito os pais ou até que os médicos possam dar outras indicações. No nosso caso não concordo porque sei que quando tens fome comes e eu odiaria que me obrigassem sempre a comer tudo o que tenho no prato, ainda para mais se não fosse eu a servir-me. E tu?"

"Eu acho que me devias dar todas as pastilhas do Mundo". 

Vá, isto só aconteceu uma vez. Normalmente até lhe pergunto primeiro o que ela acha, mas esta fez-me rir, confesso. 

Mas isto que no início me deixava nervosa, agora não deixa. Não só porque estou satisfeita com o que tenho conversado com a Irene mas também porque lhe tenho ensinado que o que está certo para uns, ainda que também pudesse estar certo com outros, há outras coisas na vida que nos fazem agir de outras formas. Eu não sei como reagiria se a minha filha não me ouvisse, por exemplo, se não me respeitasse, embora sinta que a nossa relação e a forma como temos crescido juntas tenha ajudado brutalmente nisso. 





E antes de se irem embora, lembrar-vos de que já saiu novo episódio do nosso podcast em que falamos de tudo menos de maternidade e que, desta vez, foi sobre os nossos maiores sonhos: o da Joana Paixão Brás é cantar. Falamos sobre os Onda Choc, o Ídolos e tudo o que ainda que lhe falta falta fazer. Ah! E ainda canta um bocadinho, cheia de vergonha...
Além do Spotify, podem ouvir no SoundCloud, Apple Podcasts e Anchor FM. Basicamente omnipresentes. 




E só para terminar - irra que ela não se cala - se conhecerem marcas que estejam interessadas em entrar no nosso projecto de ajudar mães nas fases mais difíceis de ter um bebé, falem connosco através do e-mail amaeequesabeblog@gmail.com, sim? Sim! ;)

Tudo sobre a minha operação plástica

Não é novidade que a Joana Paixão Brás fez uma operação às mamas. E agora que já perceberam que não foi a Gama que se operou toda (só ao nariz), vou parar de falar na terceira pessoa. É verdade, fiz uma mastopexia periareolar com implantes há 3 meses.




Explico tudo neste vídeo, respondo às perguntas que mais me fazem sobre este assunto, e há bónus! Conseguimos ligar ao meu médico, o Dr. João Bastos Martins, para esclarecer umas questões que a Joana Gama tinha, no que diz respeito à anestesia geral ou à vontade de meter um kg em cada mama. Uhmmmm...





Caso tenham ficado com dúvidas depois disto, comentem, que vou tentar responder e, caso não consiga, posso pedir ajuda ao Dr. João.

Já escrevi várias vezes sobre isto no nosso blogue mas, como sou uma querida, deixo aqui os links todos:


Caso queiram falar directamente com o médico, deixo-vos também os links do instagram e do site.

Subscrevam o nosso canal no youtube, activem o sininho, e assim não perdem nenhum vídeo ;)

Estamos também no instagram, claro, e em @joanapaixaobras e @joanagama

E antes de se irem embora, lembrar-vos de que já saiu novo episódio do nosso podcast em que falamos de tudo menos de maternidade e que, desta vez, foi sobre os nossos maiores sonhos: o meu é cantar. Falamos sobre os Onda Choc, o Ídolos e tudo o que ainda me falta fazer. Ah! E ainda canto um bocadinho, cheia de vergonha...
Além do Spotify, podem ouvir no SoundCloud, Apple Podcasts e Anchor FM. Basicamente omnipresentes. 




E só para terminar - irra que ela não se cala - se conhecerem marcas que estejam interessadas em entrar no nosso projecto de ajudar mães nas fases mais difíceis de ter um bebé, falem connosco através do e-mail amaeequesabeblog@gmail.com, sim? Sim! ;)

9.16.2019

Marraquexe: a primeira viagem com amigas

Acho que a ideia partiu de mim numa tarde de piscina. E se fossemos a Marraquexe, só "gajas"? Em pouco tempo estávamos a comprar os vôos e a marcar o riad.
O David ficaria com as miúdas e eu iria ter uma experiência nova, com amigas, num país que quero há muito tempo conhecer. Combinado. Siga para a aventura.



ONDE FICAR

Vimos milhares de opções, mas tínhamos já uma decisão tomada: queríamos estar perto do centro, na medina, andar a pé até à praça Jemaa El-Fna, de possível com uma piscina para nos refrescarmos, e teria de ser algo em conta. Descobrimos o Riad Slitine e encaixava nos requisitos, além de que ficava a 200 e poucos euros a cada, uma semana, com pequeno-almoço. E ainda tinha aquele ar que procurávamos: portas e decoração marroquinas, arcos e duas piscinas (uma micro mas muito querida e mais reservada, com cactos). Ficámos em quartos comunicantes - dois quartos - e a casa de banho ficava no meio, grande, com banheira no meio, alta, chuveiro à parte e, noutra pequena divisão, a sanita. Perfeito para amigos terem a sua privacidade. Tudo limpinho e cheiroso sempre. Pequeno-almoço simples, mas bom, junto à piscina, com compotas caseiras, pães, bolos, sumo de laranja natural, chá ou café e ainda pedimos ovos mexidos. Gostámos imenso de todos os empregados, sentimos ambiente familiar (a filha da Thouaria, a senhora que tratava dos pequenos-almoços, estava sempre por lá, a dançar), mas há um que ficará especialmente no nosso coração: o Abdel, da recepção, que nos deu as melhores dicas. Adorámos (ah! pormenor que não é assim tão pequeno: servem álcool e que bem nos soube beber uma cervejinha fresca ou um vinho marroquino de vez em quando, junto à piscina).




O QUE FAZER

Como íamos com vontade de descansar um bocado, além de bater perna nos souks, é um bom programa ficar na piscina umas horas, a conversar e a ler, certo? Done. 
A maior parte do tempo foi passada a andar pelas ruas e ruelas, a ver as cores e os cheiros, a regatear preços de malas e babuchas, a comprar especiarias e a beber chá. Fiquei fã daquela cidade. As pessoas são simpáticas, metem-se connosco, mas não senti que "tirassem pedaço". Nunca sentimos medo e chegámos a caminhar à noite, depois do jantar, nas calmas.

Depois, fomos a quatro sítios que vos recomendo:

- Palácio Bahia - um dos mais bem conservados exemplares da arquitectura marroquina (este é mesmo um must go; 7€ a entrada)
- Palácio El Badi - foi construído após a batalha de Alcácer Quibir, era um dos maiores do mundo árabe, mas foi destruído para não fazer concorrência a outros (está em ruínas), 7€ a entrada
- Le Jardin Secret - é um pequeno jardim, sem qualquer barulho a não ser passarinhos e água, no meio da medina. Têm a opção de subir à torre, com uma mini-visita guiada; entrada 6€, subida 3,5€
- Jardim Majorelle - obrigatório. Como já fomos perto do fecho e já estávamos cansadas de tanto andar, acabámos por visitar o jardim e o museu berbere (deixando para outras núpcias o museu yves saint laurent) - 10€ a opção que escolhemos


ONDE COMER

Em todo o lado, basicamente. Na praça central Jemaa El-Fna há barraquinhas e comida a ser feita à nossa frente, onde se consegue provar um pouco de tudo (ver se os preços estão expostos ou fechar logo o preço ao pedir, para não pagarem tanto quanto nós, cerca de 20€ por pessoa - comemos muito e bem, porém). Claro que provei também os caracóis que vendiam na praça: sabiam que, ali, o molho que fica na taça é tipo caldo para se beber?
Na primeira refeição que lá fizemos, num restaurante pequenino, uma tajine de frango eram 4,5€ e estava excelente, assim como o couscous de vegetais.
Depois, jantámos uma vez umas pizzas no Cafe de France - tem uma vista linda sobre a praça e ficou por volta de 14€/pessoa.
Marraquexe está cheio de restaurantes da moda giros e, claro, também mais caros, acima dos 25€/pessoa. Experimentámos dois: o Nomad (comida e serviços muito bons, além de ter um terraço com luzinhas e um ambiente especial) e o Le Salama, tudo delicioso (o peixe era incrível) e num ambiente muito giro, com dança do ventre, plantas por todo o lado e até no tecto e um serviço muito bom. Foi o meu preferido, ideal para um jantar que queiram mais compostinho, romântico ou de aniversário. Ou de amigas, claro ;)


Se a ideia for não gastar muito em refeições, também conseguem, claro, mas achei os preços bastante próximos aos de cá.  

OUTRAS DICAS:

- Trocámos euros por dirhams no aeroporto de Marraquexe, logo à chegada

- Deram-nos logo no aeroporto um cartão SIM da Marroc Telecom, que carregámos com 50DH (+5€) para 5GB, para dividir por todas (a Raquel levou um daqueles aparelhometros wifi-não-sei-o-nome). Também encontram cartões à venda em lojinhas. Atenção que para os gigas ficarem todo disponíveis têm de pôr o código e *3 - leiam bem as instruções. O recepcionista do Riad ajudou-nos com isso).

- A app MAPS.ME é fundamental para termos acesso aos mapas offline

- A app Splitwise dá imenso jeito para ir dividindo despesas, sem termos de estar, a cada almoço/jantar, a contar trocos - assim ficamos a saber quem gasta o quê e no final ajustamos contas

- Regatear faz parte, é cultural. Eu sou a pior pessoa do mundo para o fazer e cheguei a estragar negócios a amigas por não saber fechar a matraca - quase me queriam fechar no Riad LOL -, mas a verdade é que, se o preço não estiver marcado, o valor que vos dão NUNCA é o valor final, normalmente é o dobro do final. A ideia é descer para mais de metade, para acertarem pela metade, pelo menos. Se comprarem mais coisas então no mesmo espaço, é para descer para bem mais de metade. Mas não me peçam técnicas, não consigo e prefiro peço desculpa por existir. Boa tarde.

- Se quiserem tirar fotografias a lojas, a barraquinhas de sumo, a pessoas seja em que circunstância for, têm de perguntar sempre antes e prepararem-se para pagar (aconteceu-me filmar um bocadinho de um espectáculo de rua, público, e ter logo a seguir os artistas a exigirem dinheiro). Faz parte por lá também. 

- Fomos no mês mais quente, em agosto, (chegámos a apanhar 50 graus, mas eu era a única das 4 a queixar-me, não devia estar assim tão mau LOL), por isso, caso sejam loucas como nós, é levar chapéu, comprar águas a cada esquina, beber suminhos de laranja (arrisquei no gelo, mas já estava por tudo - e correu bem) e a levar roupa e calçado confortável. Andei sempre com as mesmas xanatas, as que já sei que são confortáveis, sempre. Roupa fresca.

- Há imensas excursões possíveis para conhecer outros pontos de Marrocos. Optámos por uma viagem de dois dias (para lá demorámos 12 horas de bus) até ao "deserto", em Zagora. Está entre aspas porque eram duas dunas, basicamente. Tendo estado já no deserto dos Emirados Árabes Unidos, foi uma anedota. Não gostámos muito do acampamento, nem da comida, nem do espectáculo berbere (claramente nada muito talentoso e pouco preparado).
Valeu - apenas - pela passagem em Ait Ben Haddou, património da Unesco, fundada no ano de 757, onde filmaram dezenas de filmes e séries (no Game of Thrones, é um dos cenários) e que é absolutamente fantástica. Aprendemos coisas muito giras com o guia, o Ibrahim, como o facto de as casas terem 4 torres, uma para cada uma das 4 mulheres do homem da casa (kashbahs). Vimos como faziam as pinturas e tivemos tempo para percorrer tudo até lá acima e ainda beber  um chá ou uma água dentro de uma daquelas casinhas de barro. Aprendemos sobre a vegetação e sobre o rio que por lá passa.
Outra localidade interessante por onde passámos foi Ourzazate, onde nos serviram um chá e fomos a uma loja ver confeccionar tapetes (um projecto giro onde apoiam mulheres) - aprendemos as diferenças entre os de lã, fibra de cacto, camelo, etc e ainda vimos como construíam as casas, com palha e barro; comprámos chá e especiarias numa loja local; e apanhámos chuva, abençoada.
Fomos 6 dias e uma manhã, se fosse agora, teria talvez escolhido uma excursão só de um dia (sem deserto) e teria ido conhecer outras coisas em Marraquexe.

Notas finais (e agora senti-me à secretária da faculdade, numa frequência):
Adorámos Marraquexe. Adorei a comida, os mercados, o ambiente. Gostei imenso de ter ido com amigas e adorava fazer todos os anos uma viagem com elas. Rimo-nos muito, foi muito bom. Mas este é um destino excelente para ir a dois também e - fizeram-me várias vezes esta pergunta no instagram - em família também. As minhas filhas teriam adorado. Iam achar que estavam no filme do Aladdin o tempo todo. Caso eles não alinhem em comida mais condimentada, há imensas opções com carbonaras, pizzas, hamburgueres, saladas. O ambiente é seguro, simpático. E não fica uma viagem cara (só se se estragarem muito em compras).

Alguém a pensar ir?


[Tenho mais dicas e vídeos nos meus stories aqui]


9.15.2019

Que Joana vai ganhar no jogo das 5 perguntas?

Quem será... será.... ... ... Façam as vossas apostas!



Muito provavelmente acertaram na pessoa que vai ganhar. Não intereeeesa! O que interessa é participar ;) Querem experimentar fazer o mesmo com as vossas amigas? ;) Pode ser giro! Pelo menos lembram-se de mais coisas para falar da VOSSA vida, ahah.




Subscrevam o canal, comentem, façam like que todos os domingos há um vídeo novo para vocês, yes?

 




Aproveito para vos dizer que ontem saiu o segundo episódio do nosso podcast "a Mãe é que sabe" em que falamos de tudo menos de maternidade - só para desenjoar um bocadinho. Está disponível no Spotify, SoundCloud, Apple Podcastas e Anchor FM. Aproveitem para fazer boas reviews que, como ainda é novo, a Apple ainda está a ver se vale a pena ou não ;)





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9.13.2019

"Se não lhe bato, faço o quê?"

Ontem, a meio de uma conversa lembrei-me de um grande desafio que tive de ultrapassar com a Irene. Inexplicavelmente (ainda que a nossa cabeça consiga arranjar milhares de explicações, claro), houve uma fase em que perante qualquer contratempo que mexesse mais com o meu ego, cansaço e insegurança, o meu instinto era levantar a mão à Irene. 

Ela não me obedecer, ela não fazer o que eu precisava, não reconhecer o meu esforço, os meus sacrifícios deixavam-me muito frustrada. E, infelizmente, a minha falta de ferramentas e a minha falta de capacidade momentânea para arranjar ferramentas pareciam deixar-me num beco. 

"Se não lhe bato, faço o quê?"

Tenho a "sorte" de ter recebido algumas palmadas e muitos gritos. E fiz o exercício de voltar atrás e rever o que isso me fazia sentir. O quanto me sentia incompreendida, sozinha e menos amparada por quem precisava mais que me amparasse. 

Aí prometi. Lembro-me de já ter prometido quando era mais nova a não ser assim. Mas voltei a prometer agora mais crescida. Vou mesmo dar a força que sinto que me resta (vamos sempre buscar mais) e dar-lhe tudo o que tenho para não levantar a mão e arranjar alternativas.


Isso implicou ler. Implicou chorar. Muita frustração. Ouvir muitas opiniões que me "deixavam" insegura. O "deixavam" está assim escrito porque os comentários só deixam alguém inseguro se essa pessoa já estiver, aumentam a insegurança. Quem está verdadeiramente confiante não se deixa abalar. Ainda que isso possa ser uma utopia. 

Ajudou-me ver a Irene como uma mini-eu. Bem sei que esta projecção poderá não ser saudável se estendida a um campo maior, mas ajudou-me a vê-la. Como pessoa, como mini pessoa que está a ir buscar em mim o significado da maioria das palavras e, acima de tudo, o do amor. 

Apercebi-me que a maneira como a ajudo a resolver os conflitos ou como lido com as explosões de frustração dela, de cansaço e de tudo o resto, é como mais tarde ela poderá vir a resolver com os seus filhos ou até como agora poderá lidar com os colegas ou até comigo. 

No início finge-se (mal e porcamente) a empatia. A voz fica hipnótica e sentia-me falsa, a representar. Porém a dinâmica mudou (temos vindo a crescer) e a empatia sai-me do coração. Consigo ouvi-la e vê-la. Já não se trata de paciência, mas de carinho. 

Não vejo os obstáculos como algo pessoal, mas sim como um desafio e até uma oportunidade para ensinar ou sugerir aquilo que considero melhor. Sendo que o "melhor" é o que lhe traga mais felicidade agora e depois e também aos que a rodeiam. 

Estou a focar-me em criar um ser humano bonito, ainda que venha a falhar. 

Queria só deixar uma palavra de incentivo a todas as mães (e pais) cujo o primeiro instinto também tenha sido ou ainda seja o de levantar a mão que é possível guardá-lo no bolso e ficar com os braços livres para abraçar. É uma mudança lenta, feia, mas com um final muito feliz e um crescimento muito grande. 

A relação muda e faz bem a todos.

Se acharem por bem, partilhem pelos vossos amigos ou familiares que notem que têm a mão mais rápida, pode ser que ganhem fé em si e na mudança porque é possível (e necessário). 

Um beijinho e bom fim-de-semana, já agora ;)





Aproveito para vos dizer que ontem saiu o segundo episódio do nosso podcast "a Mãe é que sabe" em que falamos de tudo menos de maternidade - só para desenjoar um bocadinho. Está disponível no Spotify, SoundCloud, Apple Podcastas e Anchor FM. Aproveitem para fazer boas reviews que, como ainda é novo, a Apple ainda está a ver se vale a pena ou não ;)




Além disso, esta semana (tal como todos os Domingos), publicamos um novo vídeo, este sobre as 5 piores coisas da gravidez. Já subscreveram o canal? ;)




Para além disso,se conhecerem marcas que estejam interessadas em entrar no nosso projecto de ajudar mães nas primeiras fases mais difíceis de ter um bebé, falem connosco através do e-mail amaeequesabeblog@gmail.com. Ok?

9.10.2019

Vocês lembram-se do bullying na escola?

No outro dia, a passear pelo instagram - faço-o mais do que gostaria, ainda que tenha um lembrete de quando passaram 15 minutos no total - dei com uma publicação de uma comediante sobre o bullying e o regresso às aulas. 

Reparo que os "crescidos" estão sempre a dizer para "aproveitarem agora porque depois só vais ter saudades porque vai haver muitas responsabilidades", etc, mas que isso não nos faça esquecer do quão difícil foi para nós ou para outros miúdos que andaram na escola connosco. 

Já falei sobre bullying num post anterior em que um pai, por a rapariga ter sido bully na escola, a obrigou a ir a pé até à mesma (não era só assim a história), filmando-a. Aí podem saber melhor a minha opinião que empatizo com todos os lugares da dinâmica, achando que se pode resolver a médio longo prazo com atenção, amor, disponibilidade e não com castigos e afins. Mas obviamente que não vi e não vivi tudo. Talvez se fosse professora de determinados alunos mudasse de opinião, não sei. Duvido, mas não sei. 

Aproveito para vos falar desta série que ou já viram ou já evitaram ver mas que além de talvez nos relembrar determinadas coisas do liceu, que nos relembra a olhar mais para o outro para o perceber e fugirmos da dicotomia fácil da etiquetação primária de "bom ou mau" - 13 Reasons Why. 

A Irene está numa turma mista e no ano passado era das mais novas. Este ano é das mais velhas e está muito feliz com isso. Quando lhe relembrei disso pela primeira vez, os olhos dela iluminaram-se e o peito encheu-se de orgulho. Foi tão bonito de ver. "Já sei como vou motivá-la para ir para as aulas, que bom", pensei.

Depois, quando li esta publicação que a Sarah Silverman fez repost...



E pus-me a pensar: é bom que ela esteja orgulhosa, mas o ano passado dela foi complicado. Havia algumas raparigas que, como é expectável, algumas vezes sacavam dos galões (penso sempre em galos grandes) para impôr respeito ou território com essa cartada. Tentei relembrar-lhe do que sentiu e em vez de apenas lhe puxar a vaidade de ser das mais velhas, fazê-la lembrar-se da responsabilidade que isso traz e do quanto ela pode mudar a sensação dos meninos novos da sala, para que nenhum sinta o que ela sentiu no ano anterior.  

Isto porquê? Eu sei que a minha filha é um amor. Obviamente que é a miúda mais amorosa do mundo, mas este tipo de comportamentos são expectáveis e, até algum ponto, necessários. Às vezes é necessário que imponham respeito, ganhem espaço ou metam medo, tem que ser. Mas que o seja de forma aceitável e pertinente. Neste caso, quando ela o fizer, vai pensar duas vezes, espero. Vai perceber o que está a fazer e talvez ver na cara de quem o está a ouvir, o que lhe está a provocar. 

A Irene pode ser bully. Todos somos às vezes ou fomos ou vamos ser, mas nada como tentar passar-lhe o que seria mais acertado. 

Começar de pequenos. Estão comigo? 



Aproveito para vos relembrar que agora também temos um podcast (em que falamos de tudo menos de maternidade) e que já está disponível nos Podcasts Apple, Anchor FM, SoundCloud e aqui, no Spotify:


Para além disso, temos também um vídeo novo sobre as 5 piores coisas da gravidez, já viram?


Subscrevam o nosso canal e, já agora, último lembrete de hoje:

continuam abertas as inscrições de marcas para a segunda vaga do projecto “a Mãe é que sabe ajudar”, um projecto que visa ajudar mães nos primeiros momentos mais desafiantes da maternidade, oferecendo tempo e prendas úteis. Enviem-nós um e-mail para amaeequeasabeblog@gmail.com que responderemos com os detalhes de participação. Para já fechamos um parceiro repetente, a AEG com mais 1500€ em electrodomésticos e mais uma marca de automóveis que vai emprestar um carro familiar óptimo durante uma semana com o depósito cheio. Passem a palavra a amigas e amigos vossos que trabalhem em sítios interessantes e bora lá 💪🏻.

9.09.2019

Sou má mãe?

Sei que esta pergunta já vos deverá ter passado, pelo menos uma vez, pela cabeça. Talvez não como "sou má mãe?" mas como "fui má mãe"?. 
Li algures que só pelo facto de questionarmos, de sentirmos que pudemos ter falhado em alguma circunstância, significa que nos preocupamos e, por isso, não somos. Se fossemos más mães, não queríamos nem saber.

Ontem questionei-me. Depois de um dia fantástico de praia e de cansaço, não estavam a jantar nada de jeito. Levantavam-se 22087 vezes da mesa, fugiam, riam, voltavam, comiam uma colher, "não quero mais" e lá seguiam. Eu dizia que não se podiam levantar, que tinham de comer, senão iriam ficar com fome, etc. Até estava calma. Acho. 

Chegou a uma altura em que fiz um ultimato. Ou comiam ou eu iria assumir que estavam cansadas e que teríamos de ir lavar os dentes e dormir e no dia seguinte logo comeriam. Fiz duas tentativas, dei-lhes mais duas oportunidades. Avisei que seria a última vez que podiam voltar à mesa. Cumpri. Fomos lavar dentes e cama. A Luísa começou logo a dizer que tinha fome. A chorar desalmadamente. A pedir desculpa. Mas eu senti que fome não estariam, de facto, a passar, que tinham lanchado bem, ainda petiscaram qualquer coisa do jantar e que aquela demonstração de desagrado - totalmente compreensível e válida - foi precisamente porque achou que eu não seria capaz de fazer aquilo. 

Fiz. Não voltaram a sair do quarto e adormeceram, depois de bastantes lágrimas, pedidos e lamentações (e a Isabel a dizer que não iria conseguir adormecer enquanto a Luísa estivesse a fazer birra, todo um filme).

Senti que esta consequência lhes mostraria algo e que teria efeito, a médio prazo. Claro que a meio me apeteceu desistir, mas não quis mesmo mostrar-lhe que eu desistiria sempre que ela chorasse. Foi o combinado, elas ouviram bem, as regras estavam claras e a consequência foi esta. 

Não foi fácil. Tudo o que mexe com emoções, culpa (e pedidos de desculpa), necessidades básicas, acaba por custar bastante. Mas educar também é isto. E crescer enquanto mãe também.

Não sou má mãe. Não somos más mães.

Somos mães que erram, que querem melhorar, que se sentem abençoadas e que, por vezes, só desejavam um minutinho de silêncio. Mães que às vezes andam à procura de uma identidade, que sentem que perderam algumas coisa, mas ganharam outras. Mães que nuns dias descomplicam e que noutros são assombradas por dúvidas. Mães cheias de coragem e de vontade de educar seres fantásticos.




Ontem foi assim. Hoje há de ser melhor.

9.08.2019

As 5 piores coisas da gravidez

Primeira coisa a apontar: falamos de rabo, demasiadas vezes neste vídeo. Uma já seria demais.

Vamos ao tema: sim que na gravidez as mulheres ficam com uma luz radiante; sim que (quase) toda a gente nos faz perguntas na rua e nos sentimos especiais; sim que estamos a gerar vida e - escutem o som dos passarinhos - e o milagre que é... /INTERROMPEMOS ESTA EMISSÃO/ vamos lá ao nosso momento do "menos bom da gravidez".

Eu, que adorei estar grávida, consigo na boa fazer uma lista de coisas que teria dispensado, se pudesse. A Joana Gama fez este corte de cabelo:

Ao pé do irmão da Joana Gama também não fica fácil igualar (calma JG, não sou pedófila)

Vejam se há na lista coisas com que se identifiquem e acrescentem as vossas ;)





Além destes conteúdos fantásticos neste fantástico blogue (dos melhores de maternidade da Buraca), estamos também no instagram, claro, em @amaeequesabept @joanagama e @joanapaixaobras, sim?
Toca a seguir!
E o podcast? Gostaram? Uhm?

9.06.2019

Tenho sono.

Tenho sono. 

Já tive fases da minha vida de mãe em que não faço ideia de como sobrevivi. Quando a noite chegava ao fim, só me apetecia chorar. Aliás, cheguei a chorar ao lado do berço, desesperada, em pé. Uma vez, caí no percurso entre o meu quarto e o da Isabel. Não faço ideia se foi quebra de tensão mas quase que podia jurar que adormeci. Confirmei, aí, que a decisão de a mudar de quarto foi estúpida, precoce. Não conseguia adormecer a dar-lhe de mamar, na cadeira de baloiço e isso talvez tivesse feito a diferença. Quando chegava à minha cama e voltava a adormecer, ela estava a acordar outra vez. Nem mesmo o facto de me revezar com o David ajudava grande coisa. Ela queria mama, aconchego. 

Se fosse agora, teria feito o que fiz com a Luísa quando ela era bebé: dormir com ela. Pronto. Quando as noites da Isabel melhoraram, ficámos tão felizes que decidimos mandar vir outro bebé. Só que depois voltou a piorar. Foi uma semana boa. 5 anos depois, posso dizer que já nada é tão grave como era. Também posso dizer que ainda é raro dormimos uma noite inteira. Ou acorda uma, ou outra, ou pesadelo, ou frio, ou calor ou ouço-as zangarem-se por qualquer motivo, ou vem uma para a nossa cama ou as duas. 

Tenho sono. E hoje nem tem nada a ver com elas, mas lembrei-me de quando tinha sono dia após dia após dia após dia. E de quando a Luísa, que dormia 12 horas de seguida para nosso alívio, começou a acordar - não vou exagerar - de hora a hora. “Outra vez não, por favor.” Ainda era pior do que as 3 horas da irmã, que pesadelo. Pedi ajuda. Várias vezes. Não temos de passar por isto sozinhos. Mudei o mindset. Reajustei algumas coisas. Dormi com ela. Aceitei. Melhorou. 

Já passou. Acho que a pior fase já lá vai. Tenho sono, mas já não o digo com desespero. 



9.05.2019

E amizades entre mulheres?

Este foi o tema do novo episódio do nosso podcast "a Mãe é que sabe", mas que fala de tudo menos de maternidade. Foi o nosso objectivo e, até agora, final do primeiro episódio, estamos a conseguir. 


Ontem tivemos duas reuniões. Uma neste sítio fantástico com a Cláudia com quem vamos iniciar mais um projecto daqui do nosso e vosso estaminé. E outro num restaurante onde afuçanhei um belíssimo tártaro a cairem-me lágrimas de comoção por quem terá inventado o ar condicionado.

Ainda tivemos tempo de gravar mais um episódio do nosso podcast, querem ouvir? Em breve estará nas outras plataformas. Tentei resolver isso sozinha, mas não está a ser fácil. Vou ter de pedir ajuda. Nãaaaaaaao, não gosto, mas vai ter de ser.




O quê? Ainda acham que trabalhamos pouco? Como assim?

Ainda esta semana vos presenteámos com um vídeo hiper cómico (vá, estou cheia de moral a dizer isto, mas é verdade) em que vos damos a conhecer a APP Mega Wook, vejam lá:


Podem descarregar a APP Mega Wook aqui: 

àna Apple Store

àou no Google Play
Sim, a APP preferida da Joana era a de um isqueiro. Está a mudar. Estamos a mudá-la juntas e vamos conseguir, malta!

Para além disso, acabámos de fechar mais um parceiro para a iniciativa a Mãe é que sabe ajudar, voltamos a ter um carro durante uma semana para a vencedora, mas outra marca ;) Acho que vão delirar com isto. 


Se conhecerem marcas que estejam interessadas em entrar no nosso projecto de ajudar mães nas primeiras fases mais difíceis de ter um bebé, falem connosco através do e-mail amaeequesabeblog@gmail.com. Ok? 



Entretanto, posso ainda relembrar-vos de um dos nossos últimos vídeos? Reflectimos em conjunto sobre o que temos andado a fazer com as nossas filhas e os tablets. Querem partilhar connosco o que pensam vocês? Não se esqueçam de subscrever o canal, yes? 



Um beijinho e tenham um óooooptimo dia ;)



9.03.2019

Ela anda cheia de dores...

Há já umas semanas que a Isabel se vai queixando. Não todos os dias, mas sempre que o faz, é à noite, antes de ir para a cama ou já depois de estar deitada. Diz que lhe doem os pés, na parte de cima, nas pernas e nos joelhos. Pede-me massagens e passados uns 20 minutos melhora. 

"São dores de crescimento", disse-lhe. "Estás a crescer muito, meu amor."

Acho que, de certa forma, lho disse para ter uma razão e para ser mais fácil de suportar. Faço-lhe massagens sempre que me pede, ali na zona de trás dos joelhos, nos gémeos, nos pés. 

Lembro-me, como se fosse hoje, das dores que eu também tive. Foram anos. Fazia bastante desporto  (quase todos os dias) e associávamos a isso. Os médicos sempre desvalorizaram. E a verdade é que, até hoje, não há uma razão já comprovada para estas dores, pelas pesquisas que fiz. É estranho serem realmente dores de crescimento, já que as fases em que mais crescemos não são estas (mas sim logo nos primeiros dois anos e mais tarde, novamente), mas assim ficaram apelidadas.

Vou marcar consulta dos 5 anos e logo vejo com a pediatra o que aconselha. Partilhei esta dúvida no meu instagram e uma mãe disse-me que foi a ver e afinal a filha tinha uma escoliose ligeira. Noutro caso, falta de vitamina D e que, depois de começar a tomar de novo, melhorou. Às vezes, podem ser outras coisas associadas, não saberemos.

A pose ;) Coisa mais querida!

Algumas mães recomendaram-me massagens: nuns casos com um gel fresco, noutros com pachos de água quente. Li também que a natação ajudará, já que é de baixo impacto. Mas vou falar com quem sabe.

E vocês, já passaram pelo mesmo? E os vossos filhos?