9.01.2016

Comecei a dieta!

Estou a fazer dieta (risos). Agora a sério, livrei-me das bolachinhas, chocolates, gelados, fritos, croissants, coca-cola e coisas que tais, pelo menos numa dose diária e constante (!!!). Tenho fomes incontroláveis (já a amamentar a Isabel era igual), mas comprei coisas saudáveis para substituir os snacks estúpidos que andava a comer a toda a hora. Pensei em experimentar Paleo, mas sinto que o meu corpo precisa de massa e arroz (manias minhas...) e vou apenas deixar de comer tanta tralha, comer mais verdes e fazer exercício físico, o máximo que conseguir. Acho que é mais fácil deixar de lado as sobremesas quando se tem metas estabelecidas de perda de peso e eu não tenho... mas vou tentar fazer isto pela minha saúde (e pela das minhas filhas).

Pode ser que estas imagens vos inspirem também!

Pudim de chia com leite de côco e arroz, flocos de aveia, iogurte natural biológico, fruta, fio de geleia de agave, pólen de abelha


Truque: deixar durante a noite no frigorífico

Tostas de soja (tenho de encontrar outras mais saudáveis), com abacate (com sumo de limão e sal q.b.), dois ovos escalfados (descobri que não sei escalfar ovos, how sad?!) e tomate cherry. Muito bom!



Frutos vermelhos e morangos com iogurte natural, geleia de agave, flocos de milho, côco e canela

Papa de aveia (foi pequeno-almoço da Isabel, mas às vezes também como). Ela chama-lhe "papa boa".





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8.31.2016

Três meses de Luísa

Dia 31 de maio repete-se todos os meses, mesmo nos que não têm esse dia. Vieste mudar a nossa vida, virá-la de pernas para o ar, porque por muito que sejas calma, a vida deixou de o ser. Vieste agitar a maré, torceste a tua irmã, mas tenho a certeza de que também fizeste nascer nela sentimentos únicos. Ficou ainda mais afectuosa, mais empática, mais carinhosa. Preocupa-se quando choras, tenta distrair-te e diz "a mana está aqui, Luisinha. Já vais à maminha, espera só um bocadinho, okay?". Já te deu uns "chega para lá" valentes, mas ainda ontem disse "gosto de ti, mana". De derreter qualquer coração. 

Sabes, Luisinha, apesar de não ter muitas fotografias tuas a sorrir, (quase) sempre que me vês, sorris. Quando acordas, de manhã, quando estou noutra divisão e regresso a ti, quando estou de costas e me viro, quando me meto contigo, quando percebes que vais mamar. Sorris e palras e adoras quando te interpelam. Podia jurar que te vejo aos pulos de alegria.

Sabes, Luisinha, às vezes estou a fazer o almoço ou outra coisa qualquer e dou por mim a balançar-te no colo, mesmo que não estejas. Como se essa dança já fizesse parte de mim, como se já não soubesse viver sem ela. E agora que já não precisas de estar todo o dia no meu peito, a ouvir o meu coração, a sentir o meu cheiro, apercebo-me do quanto cresceste e do quão depressa o tempo passa. Assim como os teus olhos verdes acinzentados que vão deixar de o ser e que quero gravar em mim. Assim como o tamanho das tuas mãos e dos dedinhos dos teus pés. Assim como os sons, ai os sons! 

É tão bom namorar-te, cheirar-te e desejar que os dias passem devagarinho, num amor sem fim e sem pressas. Já te conheço tão bem e ainda tenho tanto para descobrir. É esta a magia. Em tão pouco tempo sermos tanto, juntas. Obrigada, filha.

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8.30.2016

Vou ficar sem trabalho e a culpa é da miúda!

Mais nova que eu, mais bonita e engraçada!

O que vou fazer à minha vida?

Vou eu para a escola dela dormir em catres ou lá como lhes chamam?


A video posted by Joana Gama (@joanagama) on


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8.29.2016

Vou deixá-la ir (ou a importância de ter primos)

Quem diz primos, diz filhos de amigos, diz vizinhos. É tão bom vê-los brincar, zangarem-se, fazerem espectáculos, brigarem, abraçarem-se, alinharem nos mesmos disparates, comerem gelados até ficarem com bigodes, nadarem juntos, aventurarem-se... 

Brinquei muito com os meus primos, briguei muito com eles também. Única rapariga na família, nem sempre adorava juntar-me aos Wrestlings e às brincadeiras parvas que eles inventavam, mas às vezes lá tinha de ser. Compensava depois com as amigas da escola, da ginástica, das danças de salão... com as vizinhas do rés-do-chão, com os amigos do bairro. 

Fico sempre com um braço amputado quando a Isabel vai com as primas para casa dos sogros um ou dois dias, mas tenho plena consciência de que lhe faz bem e, mais importante, ela gosta. Foi a terceira vez que isso aconteceu e o feedback é sempre óptimo. Adoro vê-la nas fotografias ao colo do avô, a brincar com a Alice, a tomarem banhos de espuma e a fazerem barbas. Gosto que cresça a saber que a família não são só os pais e que pode confiar também nos avós, nos tios, e que construa esta cumplicidade com os primos pela vida fora... Sinto sempre que me falta algo, quando ela não está, mas acho também que estas experiências lhe acrescentam algo. Por isso, vou deixá-la ir...










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Qual a coisa, qual é ela...


Qual das três foi mãe há poucos meses? Qual das três ainda não é mãe? Qual das três tem um puto com 4 anos?
(Joana e Vanessa, estão lindonas vocês!)

Podia ter ao menos posto uma base na cara para disfarçar um bocado aquele arzinho-insonso-e-branquela e ter posto um rímel naqueles olhos-cachucho-cansados... e o que é aquele cabelinho que já está claramente a cair à bruta, deixando as entradas dar um ar de sua graça? Bem, bem. Pormenores, um dia destes já ando aí com um ar fresco que nem uma alface! Lá para 2023! Mais alguém? :)


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Afinal não quero falar convosco!

Super agressiva? Pareço uma pré-adolescente quando se apercebe que as portas dão para fechar com força, não é? Não era essa a minha intenção. Sempre que vos vejo e vêem falar comigo, fico eufórica por sentir que os números que vemos nos posts são reais. Que há pessoas por trás dos números. Que aqueles comentários vêm de seres que respiram, que amam que, tal como nós, têm crescido todos os dias por causa do amor - o que é que se passa comigo hoje?

Só que... há um problema... 

Não sei o que se passa comigo, mas não estava à espera desta minha reacção: eu que já fiz stand-up, eu que sempre fui a primeira a levantar o braço para tirar dúvidas aos professores, eu que adoro e fiz um bocadinho de teatro, que sou sempre aquela que, nos jantares grandes, alegro (ou chateio) toda a gente)... Afinal, procuro é um buraco para me enfiar!


Quando ontem conheci a Matilde e a Madalena e a Leonor e a Lúcia (o que se passa também com os vossos nomes? ;)) no sábado, tentei perceber o que sentia e fico muito tímida. Gosto imenso de vos conhecer, mas é como se estivéssemos num encontro combinado por amigos mas que já vos tivessem contado tudo de mim e eu na perfeita ignorância.

Fico toda contentinha, é um facto. Porém, sempre que nos afastamos fico a achar que pareci uma totó por não ter conseguido dizer nada de jeito. Tenho receio de parecer antipática (porque não sou) e - que parvoíce - de ter destruído uma imagem qualquer que vocês tenham criado (até parece que vocês lêem uma história erótica por aqui e que depois conhecem o rapaz sem jeito nenhum na vida real). 

Estou mesmo surpreendida com esta reacção. Sei que sempre fui uma falsa extrovertida, que é tudo uma espécie de alter-ego, mas sempre consegui representar bem para os mais desatentos. Agora não consigo. Com vocês não... 

Porque... (palmas e lágrimas) tudo o que vos escrevo aqui, vem mesmo da minha cabeça, vem mesmo do meu coração. Estou mesmo despida perante vocês, uma multidão que não conheço, mas que estimo e muito. Conto-vos o mau, o estúpido e o bom e o genial (ahah).

Quando me vêem, vêem-me mesmo. 

Claro que não quero não falar convosco, mas não fiquem a pensar que sou uma totó, está bem? ;) Fico mesmo envergonhada... 

Obrigada Leonor e Lúcia, Matilde e Madalena. 

"Desculpem" lá qualquer coisinha.
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8.28.2016

Um pôr do sol faz maravilhas.

Estamos os três doentes. Ainda não percebo muito de doenças. A minha mãe sempre foi a pessoa que - sem ser completamente à balda - nos ia sugerindo coisas para tomarmos quando tínhamos tosse ou ranho ou espirros ou febre ou dor de barriga. Acho que não entendo o "básico" da saúde. Achei que estava constipada e achei que a constipação não fosse algo que se pegasse - não deve ser constipação. Ou, se calhar, é. Sei lá! 

Num dia em que contava não sair de casa, até por estarmos mais molinhas por causa da doença, não podia dizer que não a ir ter com a minha Eugénia e sua família. Lá fomos. Ao parque da Serafina que a menina, por não ser "de cá", não conhecia. 

Que maravilha de pôr do sol. Parece que teve o efeito de 40 dias de férias em mim. Ver os nossos filhos a brincarem, comer melão cortadinho aos pedacinhos e conseguir conversar uns 5 minutos nas duas horas que estivemos juntas fez-me melhor que 32 Cêgripes. 

Agora é o Frederico que está doente. Acho que isto tem mesmo de ser uma virose - mas uma virose dá febre? 

Sei que não há nada como irmos passear um bocadinho. Sei que o sol faz-nos mesmo falta (imprescindível para regular os nossos ritmos de sono e muitas outras coisas) e sei que vamos sentir muita falta disto no Inverno. 

Melhor do que o sol? Só estar com a Eugénia! ;) 












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Técnicas para conseguir alta depois do parto

Tinha ouvido um zunzum de que poderia ser no dia seguinte, se tudo continuasse bem. Apesar de todo o carinho que recebia ali, não deixava de ser um hospital, com comida de hospital (acho que perdi o peso todo da gravidez logo à conta daquelas iguarias), com companheira de quarto com horários diferentes, choros de outros bebés, pessoas desconhecidas no meu quarto. Sem televisão, sem um sofá confortável, sem a minha cama larga e grande, os meus lençóis, os meus cheiros. Mas essencialmente sem a minha filha mais velha. Que saudades gigantes! Queria voltar à minha casa, mesmo correndo o risco de ter mais dores, de ter uma pirralha a saltar em cima de mim e a pedir-me colo sem eu poder dar, de ter menos acompanhamento, de temer a subida do leite. Apesar de tudo o que tinha acontecido, do maior susto das nossas vidas, de que falei aqui, eu queria voltar à normalidade. Apesar dos meus olhos ainda inchados de tanto chorar na primeira noite, o resto do meu corpo queria reagir, queria pôr-se de pé. A miúda já tinha tido alta um dia antes, só faltava eu. Então o que fiz?

- maquilhei-me: um pó, um bocadinho de blush para me dar uma corzinha, rímel e um batom claro nos lábios - cuidado para não parecerem transformistas no Finalmente

- pus o melhor sorriso possível na cara - não exagerem no sorriso amarelo, senão ficam a parecer a Betty Grafstein (a senhora do Castelo Branco)

- falei com alegria na voz - mas também não queiram ser Anas Malhoas, alegria q.b., acabaram de deixar passar um pequeno elefante pelo pipi ou foram escurtanhadas como se fossem bife do lombo

- disse à médica que tinha ouvido "por aí" que poderia ser nesse dia, com uns olhinhos de Bambi, e que adoraria ir para casa, "se fosse possível, claro" - mostrem que estão preparadas, que querem muito, mas que a autoridade na matéria é sempre a médica, porque qualquer pessoa com dois dedinhos de testa (até tenho uns doze, como se pode ver) e com alguma sanidade mental percebe que o mais importante é ir para casa em segurança.

Fotografia que enviei à Joana Gama antes de ter a visita da médica no quarto ;)

Antes de sairmos do hospital

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8.27.2016

Viemos jantar fora!



Hoje a Isabel foi dormir a casa dos avós com as primas Alice e Laura, que faz seis anos, e viemos jantar fora com a Luisinha. A Vanessa, amiga com quem dividi quarto na altura em que vivemos em Londres (daquelas amigas de sempre para sempre) faz anos e viemos celebrar. Tenho estado muito em casa e acho que me vai fazer bem estar com pessoas, conversar, beber um copo (de água lol). Estou muito confiante que a bebé se vai portar muito bem, não estou? :) seja como for, já me soube bem vestir um vestido bonito e ter saído da rotina! 


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8.26.2016

Um dia, vai melhorar.

Hoje foi uma noite daquelas. Em que damos valor a ter um companheiraço com quem dividir o cansaço. Em que achamos que não vamos dar conta sozinhas. Em que pomos em causa tudo: "foi muito cedo? foi uma decisão precipitada? estou a fazer alguma coisa mal?".

Sempre que tenho de ficar só com as duas, sinto-me desamparada. Questiono-me como conseguem as heroínas que para aí andam a viver isto da maternidade sozinhas. Ontem foi uma noite-não. Adormeci a Isabel com a Luísa a chorar. A Luísa adormeceu mais tarde do que o normal, eram 23h30 e ainda estava acordada. À uma e tal da manhã, a Isabel acorda a chorar e a chamar por mim. Às três e meia, estava eu no quarto da Isabel, começo a ouvir a Luísa a choramingar. A Luísa que nunca acorda. Vou até ao nosso quarto e dou-lhe mama, adormece passado um bocado. Às cinco, Isabel com um pesadelo enorme: "menina come tudo, come tudo, come tudo!". Vou, meia perdida e desesperada, até lá. Não a consigo ajudar logo, está entre o sonho e não deixa que a ajude, nem me ouve. Demora a voltar a dormir. Ouço no meu quarto a Luísa a queixar-se. E agora? Se me levanto já, a Isabel fica num pranto ainda maior. Deixei-me ficar, a Luísa parou: "deve ter adormecido", pensei. Dei colo à Isabel, como me pediu, digo-lhe "agora cama e dormir, a mãe está cansada." Pede-me leite, dou-lhe leite. Aninha-se a mim, suspira. Adormecemos. Acorda às 7h - costuma ser às 8h - e eu senti que não tinha dormido nada. Às vezes consigo acordar bem disposta, assim mesmo. Hoje não. Até agora. Não consegui superar ainda esta noite. E eu que até andava calma e optimista. Acho que o meu corpo tinha andado a accionar uns analgésicos interiores, andava meio apática até, para não me enervar. Mas hoje sinto o coração a bater mais forte e mais acelerado. Estou ansiosa e triste. Passa. Acaba sempre por passar. É o cansaço a falar. Vou deitar-me com a Luísa e entregar-me ao sono, agarrar-me à ideia de que vai melhorar. Um dia, vai melhorar. E este sorriso vai voltar. Vou fazer por que esse dia seja já hoje.




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8.25.2016

Adoptei.

Tenho cá dois gatos que foram salvos e agora decidi incorporar mais um membro na família. Este foi só salvo de ir para a casa de alguém que não lhe desse o devido valor. E não queremos isso, pois não? Andamos nós a namorar aquele item naquela loja em particular há imenso tempo para depois ir para a casa de uma sonsita qualquer que nem se lembrará dele? Pff...

Querem viajar comigo para um mundo ideal? - vá, eu sei que muitas de vocês começaram a cantar interiormente a música do Aladin

Imaginem que, enquanto saem para ir a algum lado, alguém vos aspirava a casa? Ou, imaginem que estão a ver um filme na sala, acham que a cozinha está uma nojeira e podem, tranquilamente ficar com a cozinha aspirada sem fazerem nada que implique sequer meia respiração? 

É um facto que, assim, perdemos o prazer de aspirar a casa. Ai, que maravilha que é! Eu, por mim, era esse o meu sonho: ter um filho, plantar uma árvore, escrever um livro e nunca parar de aspirar. Só que não. 

Tive a oportunidade ("lá vem ela com publicidade, pronto" - não sejam chatas que ninguém me pediu para escrever nada sobre isto, estou mesmo entusiasmada) de experimentar o bicho Romba 651... sinto que a minha vida só começou agora. Não me perguntem se prefiro a Irene ao bicho porque hoje estou claramente inclinada para o bicho - a não ser que a miúda comece a aspirar melhor. 



Achava que estes robots (e na volta os outros são assim) por serem redondos que não limpavam os cantos, que passavam a vida a chocar contra coisas como os gatos quando correm atrás de moscas imaginárias, que tinham tão pouca bateria que morreriam a meio de aspirar um tapete, etc.  Ainda no outro dia o meu sogro disse que devíamos comprar uma "coisa destas" e eu mandei-o passear - educadamente que o senhor mede quase dois metros e não quero cá problemas (mas só por causa disso). 

Afinal, este robot (não conheço os outros) é fantástico. É uma qualidade de vida da qual não estava à espera. Sabem aquela sensação de lençóis lavados na cama? É isso, mas sem ter que pagar a uma empregada. Um dos meus sonhos era ter empregada diariamente (que maravilha que seria), mas como não há dinheiro para isso, chegar a casa e ter a casa aspirada parece-me perfeito! Dá para agendar quando quero que ele comece a aspirar, em que dias da semana e volta para o sítio onde se recarrega sozinho! 

Daí eu estar a escrever-vos sobre isto. Às vezes poupamos dinheiro para coisas que nos darão menos qualidade de vida que esta maravilha. Considerem, até porque, com crianças (e dois gatos - no meu caso), chão limpinho é... no mínimo, o desejável. O problema? Não conseguimos fazer tudo. E no meio do nosso "tudo", não é o chão que é o mais importante. É ver e comentar o que o nosso filho desenhou em vez de gritar "boa!" enquanto arrumamos a loiça na máquina. 

Sinto que ganhei tempo. 

É só uma dica. 

Outra? Se usarem acetona na sola dos ténis, elas ficam mais brancas. Li num site brasileiro qualquer e vou ali experimentar e já volto. 

A Irene vai pela primeira vez à creche na quinta-feira.

Tenho perfeita consciência de que estou numa situação muito mais fácil que a maior parte de vocês. Penso sempre no exemplo da Joana Paixão Brás que foi obrigada a ir trabalhar ainda tinha a Isabelinha 3 meses - que desumano, que falta de direitos incrível! A Joana falará sobre isso, mas acho que ela pairou por essa dificuldade sem se afundar, entrou em modo de sobrevivência, porque "tinha que ser". 

A minha história é muito diferente. Aliás, foi uma das coisas que também me fez sentir confortável em ter "já" a Irene: o pai é freelancer e poderia ficar com ela até ela ter uma idade em que ficássemos ambos mais confortáveis que ela fosse para a creche. Acabei por tirar um ano sem vencimento da rádio e fiquei um ano e meio com ela em casa. O pai ficou, faz esta quarta-feira, praticamente um ano. com ela desde as 9 da manhã até à hora do lanche. 

Ela vai aos dois anos e meio para a creche. Poderia ir mais tarde, mas a verdade é que noto que a Irene vai beneficiar e muito de ter alguém constantemente interessada na sua aprendizagem e desenvolvimento, além de já notar nela uma vontade de socialização e de consciência do outro. Não apenas numa de "olha um bebé, mãe", mas está a aprender regras e limites, a aprender a lidar com as pessoas, com o mundo. 

Estou muito feliz. Sei que os meus problemas são "não problemas" porque, mais uma vez, tenho consciência do quanto tantas vocês têm de largar filhos em berçários e de ir trabalhar a seguir. Para umas é libertador e pacífico, para outras é de uma agressividade extrema, como se lhes estivessem a dar pontapés no coração. Lamento que tenhamos que passar por isto. Lamento que não haja mais empresas que tenham condições para podermos levar as nossas crianças para o trabalho e para podermos continuar a fazer parte do dia delas como quando estamos em casa ou parecido. Lamento, lamento, lamento. 

Prometo que se um dia for dona de alguma coisa ou patroa de alguém que tentarei facilitar tudo no que puder até porque sei que uma mulher e mãe equilibrada é melhor do que alguém desfeito em frente a um computador (ou o que for). 



Sinto-me em paz com a ida para a creche. Estou feliz por ela estar afastada do iPad. Agora, enquanto estiver no trabalho, sei que está a sentir-se incluída num grupo que terá os mesmos gostos e que andará a fazer experiências novas todos os dias com os novos amigos e com a professora. Creio que a culpa de ter que a passear sempre que chegava a casa do trabalho vai acabar. Ela vai ter dias variados e repletos de novidades. É isto que quero para ela. Menos um peso para mim, mais felicidade para ela. 

O pai diz que ela não vai chorar quando formos embora. Eu acho que é provável que sim mas que, mesmo que chore, sabe que voltamos. É a sorte dela já ir "crescida" e a falar. Já lhe expliquei que a vamos deixar na escola e que depois "vamos trabalhar" e que depois da sesta a iríamos buscar. Ela parece entusiasmada. Também já lhe expliquei que será outra pessoa a mudar-lhe a fralda, que irá um dia experimentar a sanita como os amigos, que vai comer sozinha... Ela parece-me feliz com a ideia!

Que privilégio poder explicar-lhe que eu depois volto. Lembro-me do meu regresso ao trabalho ao final do tal ano e meio em que me ia embora e ela chorava muito. Porém, parava minutos depois, envia-me o Frederico numa mensagem. Choram porque não querem que nos ausentemos, mas não porque não querem ficar no sítio onde estão.

Sonho com o dia em que a Irene chore porque não quer sair da escola. É isso que pretendo. É esse o meu objectivo. 

Uma curiosidade engraçada? Uma leitora do blogue tem-me ajudado muito a tirar monstros da cabeça. Quando fui à reunião com a educadora, ela estava a ir buscar a filha e reconheceu-me. Já tenho uma bff na creche que muito irei estimar e que, além disso, tem uma filha muuuito querida e que irá fazer as delícias da Irene. 

A Irene já me pode contar tudo o que fizer na creche. Acho que isso também contribui para que eu ande a conseguir dormir, apesar de já ter tido um pesadelo ou outro em que obviamente é o meu cérebro a processar esta "separação". 

Para vocês, mães, que estão tão assustadas que nem conseguem ver uma maneira das coisas correrem bem... Não consigo dizer-vos nada que vos ajude. Só que imensas já passaram por isso e ainda cá estão e que estão bem agora. Adorava poder abraçar-vos uma a uma porque... as mães também precisam de colo...

Força!

Já faz umas micro-sestas!

Confesso, andava céptica. Tudo o que fosse deixá-la deitada na cama nas sestas não iria resultar. No primeiro mês funcionou, no segundo nunca. Até parecia já estar no sono mais profundo, mas assim que a afastava do meu corpo "a cama tinha picos", como se costuma dizer. Agora, de vez em quando, já consigo que durma umas sestas pequeninas sem ser no colinho. Até aconteceu uma coisa inesperada: adormeceu sozinha, no sofá. Estava tão fora de mim que resolvi tirar uma fotografia com o telemóvel para enviar ao David. Resultado: acordou com o click (única vez em meses que tinha posto o telemóvel com som rrrrrr). 

Descrente como andava, tinha a minha To be touch ainda na caixa, feita parva (não a almofada, entenda-se), e só hoje lhe dei uso. Consegui almoçar em paz, assim que a Luisinha ferrou, lá fui eu alambazar-me (sou só eu que como em modo turbo, cheia de medo que a miúda acorde?). Amanhã repito a dose!


Já viram bem a coxa do bicho? <3 Meu leitãozinho.
E sim, as bordas da fralda estão para dentro, não admira que haja depois festivais de cocó...


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8.24.2016

Sim, visto calções!

Provavelmente vai parecer a coisa mais estúpida que já ouviram, mas quem teve complexos em miúda (ou ainda tem), vai perceber. Já odiei os meus joelhos. As minhas pernas, no geral, mas principalmente os joelhos. Não deixei de me importar totalmente, não deixei de ver, mas passei a assumir como parte de mim e a deixar de me importar com o que os outros possam pensar.

Quando tinha uns 14 anos e a minha mãe me ofereceu uns calções da Agatha Ruiz de la Prada, todos coloridos, tive um ataque de nervos. No meio da parvoíce da idade do armário e dos complexos, senti aquilo como um afronta. Chorei, berrei e - agora dá-me para rir, claro - chamei à minha mãe "assassina" (a lógica devia ser "queres que me mate?"). Descontroladíssima, claro, estão a ver o nível de falta de amor próprio que para ali ia. Foi uma vitória começar a vestir calções curtos, saias, vestidos que deixassem ver os joelhos e a coxa. Uma vitória ainda maior seria deixar mesmo de me importar com, mas duvido que consiga. Até lá, vou gozando o facto de não ter vergonha, de não querer saber, de me sentir confortável com roupas curtas no verão. Who cares? "Dar importância ou que a tem, Joana", converso muitas vezes comigo, para me convencer. E foi com umas jardineiras muita' giras que fomos até ao Jardim da Liberdade, em Santarém, para a Isabel se divertir. O resto... o resto são só uns joelhos.





A Isabel quis imitar uma miúda que lá andava e descalçar-se e eu deixei. Foi libertador!





Luísa com a sua mais recente paixão: as mãos. Só falta aprender a chuchar nelas.

Jardineiras - Pura

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8.23.2016

Ficámos fechadas em casa.

E foi maravilhoso. Além de estar doente (constipação, nada de grave, mas já debilita qb), ando a por em prática o que vos contei neste post. E aqui estão as coisas que fizemos ontem à tarde: 

As canetas para vidro da Tiger que já vos tinha falado noutro post.

Experimentei fazer os clássicos carimbos de batata (difícil, pá). 

E juntá-los às aguarelas da Irene.

Nota-se que são da Irene. Se fossem minhas estavam limpíssimas, imaculadas - até porque nunca as teria usado. 

Tenho uma mini-mulher em casa...

Ouviste bem: MINI-MULHER!

Toda babada de tanto tentar! Adoro a persistência deles - é mesmo de quem não tem nada para fazer.

O Noddy e a Bubbles.

A Irene a aperceber-se de que para encher um balão tem de ter mais de 5 anos e menos de 60.

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