Sei bem que não é uma palavra esdrúxula, mas gosto de dizê-la com sotaque nortenho: vácinas.
A Isabel levou a Rotateq e a Prevenar, além de todas as incluídas, claro, no Plano Nacional de Saúde. Claro, não. Atenção que não é assim tão óbvio, porque há pais que não concordam com a vacinação e assinam um termo de responsabilidade. Não é muito comum em Portugal (cerca de 95% vacinam), mas existem. Os possíveis efeitos secundários e o medo que, a longo prazo, as vacinas possam trazer complicações graves ou doenças como o cancro, inibem alguns pais na hora de vacinar os filhos.
A Isabel levou a Rotateq e a Prevenar, além de todas as incluídas, claro, no Plano Nacional de Saúde. Claro, não. Atenção que não é assim tão óbvio, porque há pais que não concordam com a vacinação e assinam um termo de responsabilidade. Não é muito comum em Portugal (cerca de 95% vacinam), mas existem. Os possíveis efeitos secundários e o medo que, a longo prazo, as vacinas possam trazer complicações graves ou doenças como o cancro, inibem alguns pais na hora de vacinar os filhos.
Mas também é claro que cá estamos todos, em parte, devido à vacinação. Uma criança não vacinada pode representar um risco e há riscos que não queremos correr. Nem quero imaginar a dor e o sentimento de culpa de um pai em confrontação com uma doença num filho que poderia ter sido evitada com a vacinação.
Sou pró-vacinação, mas recentemente deparei-me com a Bexsero (contra o Meningococo B) e fiquei cheia de dúvidas. Vacinar é um processo seguro, ajuda a irradicar as doenças e nem tudo se pode resumir à pressão da indústria farmacêutica, mas mais uma vacina? 100 euros cada dose? Bolas! E a célebre questão: se é assim tão importante, por que não está no Plano? Falta de pilim, já ouvi falar, sim.
Mas a sério que vou encher o corpo da minha filha com mais bicharocos, provocar-lhe febre e mal-estar?
Cheia de dúvidas, leio isto:
"As meningites por meningococo são responsáveis pela forma mais agressiva desta doença [a meningite]. Ele circula entre nós no trato respiratório dos seres humanos, podendo passar de um portador assintomático para uma criança, deixando-a doente. A forma mais eficaz de controlo da infecção meningocócica é a vacinação. Na Europa, predominam o meningococo B e o C. Para este último, nós já tínhamos a famosa Meningitec, incluída no PNV desde 2006. Muito à custa desta vacina, a chamada doença meningocócica tem diminuído de frequência (0,8 por 100 mil habitantes em 2011). Ainda assim, leva à morte em 5% a 14% dos casos, sendo que 11 a 19% dos doentes sobrevivem com alguma sequela a longo prazo - sequelas neurológicas, perda de audição, alterações cognitivas, cicatrizes cutâneas e amputações. Também à custa da vacina contra a estirpe C. a percentagem de meningococos do tipo B cresceu nos últimos anos, sendo actualmente 72% dos N. meningitidis isolados. É neste contexto que agora surge a Bexsero, para prevenir estes meningococos do tipo B.
A vacina foi testada em laboratório e ensaios clínicos e demonstrou ser imunogénica e segura."
Cheia de dúvidas, leio isto:
"As meningites por meningococo são responsáveis pela forma mais agressiva desta doença [a meningite]. Ele circula entre nós no trato respiratório dos seres humanos, podendo passar de um portador assintomático para uma criança, deixando-a doente. A forma mais eficaz de controlo da infecção meningocócica é a vacinação. Na Europa, predominam o meningococo B e o C. Para este último, nós já tínhamos a famosa Meningitec, incluída no PNV desde 2006. Muito à custa desta vacina, a chamada doença meningocócica tem diminuído de frequência (0,8 por 100 mil habitantes em 2011). Ainda assim, leva à morte em 5% a 14% dos casos, sendo que 11 a 19% dos doentes sobrevivem com alguma sequela a longo prazo - sequelas neurológicas, perda de audição, alterações cognitivas, cicatrizes cutâneas e amputações. Também à custa da vacina contra a estirpe C. a percentagem de meningococos do tipo B cresceu nos últimos anos, sendo actualmente 72% dos N. meningitidis isolados. É neste contexto que agora surge a Bexsero, para prevenir estes meningococos do tipo B.
A vacina foi testada em laboratório e ensaios clínicos e demonstrou ser imunogénica e segura."
(no Blogue de um pai e cirurgião pediátrico "E os filhos dos outros")
Vocês, o que vão fazer? Vão dar ou não a Bexsero? O que recomendam os pediatras dos vossos filhos?