Carolina Patrocínio foi mãe há oito meses, ou há sete meses
e 30 dias, para sermos mais precisas.
A Diana nasceu no dia 26 de março de 2014 e nós temos
acompanhado todos os passos da bebé mais fofa do mundo (logo a seguir aos
nossos, claro!).
Será que a vida da Carolina deu uma volta de 180 graus? O
que mudou na vida da apresentadora? Imaginam-na uma control freak ou uma mãe
super descontraída?
De uma coisa não tenham dúvidas: a Carolina é que sabe.
Como soubeste que estavas preparada para ser mãe?
Tenho a sensação de que sempre soube. A maternidade nunca me
assustou talvez por sempre ter tido vivido com a minha mãe que esteve grávida
grande parte da minha adolescência. O facto de ter um sobrinho também acelerou
o apelo da maternidade. Não estive propriamente à espera de um sinal que me
dissesse que já estava preparada. Estava só mesmo à espera de me casar e dar
andamento à coisa! (risos)
Quem foi a primeira pessoa a quem contaste que estavas
grávida?
À minha irmã mais velha, Mariana.
Qual foi a primeira coisa que compraste para o bebé?
A primeira coisa que comprei foi passado bastante tempo.. já
estava grávida de quase seis meses. Comprei um tapa fraldas num mercado
qualquer de Natal só pela pressão de ainda não ter comprado nada. Mas a verdade
é que nunca o usei porque não sei onde o guardei! (risos) Como na altura ainda
não tinha nada pronto, nem o quarto, nem as gavetas de roupa, devo-o ter
deixado em algum saco provisório que nunca mais apareceu. No meu caso ficou
provado que comprar cedo demais e comprar só por comprar não dá bom resultado.
Tinhas preferência por menino ou menina?
Para ser sincera não me lembro bem. Mas talvez sim… apesar
de não ter sido nada muito assumido nem denunciado. Acho que na altura tinha
preferência por um rapaz devido à vontade do Gonçalo.
A tua gravidez foi muito comentada porque nunca deixaste de
fazer desporto e porque fizeste barriga mais tarde do que o habitual. Como
geriste isso?
Com a maior naturalidade possível e confesso que com algum
gozo à mistura devido à ignorância de algumas pessoas que faziam os comentários
mais descabidos. Comentava-se na altura que eu teria um bebé prematuro,
raquítico e descolamentos de placenta devido ao exercício que fazia… enfim, só
cenários macabros. A preocupação do meu médico era precisamente a oposta, pois
sabia que a bebé tinha um percentil grande num corpo pequeno como o meu. Nunca
tive contrações prematuras, dores ou desconforto provocados pelo desporto. A
verdade é que, apesar de ter treinado literalmente até ao dia antes do parto, a
bebé estava de tal modo confortável dentro da barriga que nasceu no final do
tempo, grande e gorda.
Quantos kgs ganhaste?
8kg.
Ias com medo para o parto ou calma?
No dia anterior estava aterrorizada de medo, não preguei
olho. Acho que fui para o hospital com uma directa em cima! Tudo o que o médico
me tinha dito para não fazer… supostamente devia ter tido uma boa noite de
descanso, tomado um bom pequeno almoço e ido para o hospital cheia de energia
para um dia que se avizinhava longo por ser um parto induzido. Mas quando saí
de casa, com a mala pronta, fiquei estranhamente calma e segura… senti-me
preparada e tudo correu bem.
Cesariana ou parto normal?
Parto normal, sem sombra de dúvida.
Amamentaste a Diana. Foi fácil? Algum conselho para as
futuras mamãs?
Sim, amamentei. Confesso que nos primeiros dias não foi nada
fácil. A subida do leite foi sem dúvida das experiências mais difíceis com que
tive de lidar no pós parto. Mas a verdade é que não ia de todo preparada nem
informada sobre o assunto, daí hoje em dia aconselhar sempre as futuras mães a
lerem sobre o assunto. Tive uma subida drástica e repentina e não soube agir da
melhor forma. Da próxima vez já não me apanham na curva. Vou fazer tudo
direitinho.
Como recuperaste o teu peso?
A treinar muito e a ter algum cuidado com a alimentação… mas
o segredo reside nos meses da gravidez e não no pós parto. Não há milagres em
15 dias com um bebé recém-nascido nos braços se não se tiver tido cuidado ao
longo dos 9 meses.
Agora que foste mãe, sentes que te dão mais credibilidade?
Nem por isso. Não acho que isso afecte a nossa credibilidade
perante os outros.
Custou-te muito regressar ao trabalho e deixares a tua filha
com outras pessoas? Como geriste isso?
O facto de não ter um trabalho das 9h às 19h faz com que não
tenha que estar fora de casa o dia inteiro. No entanto, também não pude
usufruir da tradicional licença de maternidade, por isso tive que ir gerindo as
minhas ausências, deixando a bebé entregue às avós. Aos 8 dias de vida da Diana
tive uma sessão fotográfica para a SWATCH em que a tive que levar comigo. Aos
15 dias levei-a para França de avião. Tudo se consegue com vontade e algum
sentido prático. A primeira grande ausência foi só aos 5 meses quando fui
viajar com o meu marido para a Tailândia durante 8 dias.
És uma mãe control freak ou mais descontraída?
Descontraída… bastante mesmo. Segundo a minha família,
muitas vezes 'peco' por demasiada despreocupação. Deixo a bebé andar pelo chão
em todo o lado (gatinha na rua, no chão dos restaurantes, nos parques) mexe em
tudo, suja-se com tudo, vai à praia e à piscina... não tenho nada a obsessão
pelas bactérias ou pelas doenças. Desde que nasceu que leva lambidelas do nosso
cão Kruger, apanho-lhe a chucha do chão e não esterilizo biberões nem nada que
se pareça. Ela está óptima, desenvolvida e recomenda-se. Anda no berçário e
felizmente ainda nunca ficou doente!
És das mães que aproveitam todos os silêncios para falar da
Diana? É difícil controlar, não é?
Entre mães é muito difícil controlar-me! Mas fora do
contexto tento não ser chata.
O que é que mais gostas na tua filha?
De ser super despachada, simpática e ter uma enorme destreza
física. Mas confesso que adoro o facto de, hoje em dia, eu ser o auge da vida
dela. Mal me vê entrar em casa começa a dar guinchos de histerismo como se eu
fosse a maior alegria de sempre. Acha-me a pessoa mais engraçada do Mundo,
ri-se às gargalhadas com tudo o que digo ou que faço e está constantemente a
mostrar-me as novas gracinhas.
Aprendeste algo novo sobre ti, agora que foste mãe?
Percebi que consigo sobreviver com menos horas de sono e que
tenho uma paciência infinita.
Pergunta da praxe: para quando o próximo?
Para o ano. Mas não digam ao meu chefe (risos) Estou a
brincar... Quando queremos planear demasiado as coisas podemos cair facilmente
na desilusão. Por isso não gosto de agendar tudo ao milímetro. Gostava de ter
filhos que fizessem a diferença de dois/três anos para serem próximos uns dos
outros. Mas quando chegar a altura logo se vê se tenho as condições reunidas.
Da próxima vez o que é que vais fazer diferente?
Em primeiro lugar o contexto familiar será diferente. Vou
ter o meu marido a viver em Portugal comigo, coisa que não aconteceu quando
estive grávida da Diana e até ela ter dois meses de idade. E vou ter
decididamente acompanhamento profissional no dia da subida do leite.
A mãe é que sabe?
O instinto de uma mãe não se compra, não se transmite, não
se ensina. Uma mãe vê, ouve e sente melhor. Sabe sempre antes dos outros e
raramente se engana.